sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Música: Mortal (30.12.11)

Antes do dia nascer
Com o cabelo esculachado
Café quente e olhos assustados
(Vai começar)
A jornada que a madrugada
Fez de tudo
Pra maltratar
(Por trás da face séria)

Curvas e ilusões
Por todo o trajéto
Lágrimas perpétuas
Que congelam uma
Solidão sem fim

O que são essas cores desbotadas?
Por que os passáros
Acordaram calados?

Não é um dia comum
Tatuagens invisíveis
Inflingem o aspecto original
E dentro do coração
Há um vazio descomunal

Certezas convulsivas
Alucinam em emoções descompensadas
No transe do despertar
Memórias aziladas
Deixam livre a insanidade
Respirando sem entender
O por quê
(De aqui estar)

Tantos dias e noites
Que se emendam
Sem dar trégua
Ao que chorar


Curvas e ilusões
Por todo o trajéto
Lágrimas perpétuas
Que congelam uma
Solidão sem fim

O que são essas cores desbotadas?
Por que os passáros
Acordaram calados?

Ninguém pode responder
O mundo morreu
Sem perceber
E assim mais um pouco
Indo embora pra sempre
Dormentes as verdades
Se tornam ausentes

E por mais que tentem alcançar
Jamais terão de volta
O que o tempo calar


Curvas e ilusões
Por todo o trajéto
Lágrimas perpétuas
Que congelam uma
Solidão sem fim

O que são essas cores desbotadas?
Por que os passáros
Acordaram calados?

Insegurança em meio ao caos
Sofrimento a soluçar
Só mais um momento
Pra colecionar

Lamentos não vão resultar
Em nada mais
Sangramentos incontidos
Deixam contrangidos
Cada um que perguntar

O que são essas cores desbotadas?
Por que os passáros
Acordaram calados?

Nunca vamos saber
Não vamos entender
Aconteceu frente aos nossos olhos
Quando viramos a alma
Em outra direção

Se foram todas as cores
Em meio a distração
Cairam os passáros
Todos mortos no chão

By: Lulu
30.12.11

Música: Estou aqui (30.12.11)


Antes de sair de cena
Vale a pena lembrar
Todos os meus poemas
Eram feitos por te amar

Agora aprendi
Que a razão sempre
Descobre antes
O final

E a canção
Que toca no coração
Nunca mais se escuta igual

Hoje eu disse
Até logo
Eu não voltarei
Sacrificios e saudades
Nunca planejei ficar
(Sozinha e sem forças
Pra tentar)

Trajetórias opostas
Sentimentos em vãos
De apostas silenciosas
Vacilantes, desgostosas
Sem perceber foi pra sempre
Que acabou

Rompidas almas pulsam
Brandamente a enlouquecer
Nada vai satisfazer
Essa vontade de voltar

Dizer que sinto muito
Não vai fazer diferença
Talvez você esqueça
De lembrar que eu faltei
Não sei se existe mais
Na paz que conquistei

Arde demais a ausência
Que não cogitei
E agora é tarde
Para desaparecer
É cedo pra buscar
No fundo dos seus medos
Um lugar que eu possa estar

Nos piores pesadelos
Não restam mais espaços
Para recomeçar
Me aqueço em sentimentos
E deixo o tempo curar

Sei como é sentir dor
Já senti o peito chorar
Gritei só para sobreviver
Enquanto tudo se acabava
Não sabia como proceder
Mas nada disso importava

Estou aqui
Jamais deixei de crêr
Que o amor
Faz cicatrizar

Todos os cortes
E sombras que a vida
Faz questão de deixar

Estou aqui
(Estou aqui)(2x)
Haja o que houver
Meu coração
Não vai sair

Estou aqui
(Estou aqui)(2x)
Mãos dadas estancam
O que sangrar

Estou aqui
(Estou aqui)(2x)
Cada vez que algo
Te impedir de sorrir

Estou aqui
(Estou aqui)(2x)
Dentre as feridas
Do meu peito
Um abrigo feito
De versos pra você

Estou aqui
E por mais longe
Que isso for
Saiba que é
Com todo amor que
Estou... aqui

By: Lulu
30.12.11

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Música: Pagando o preço (26.12.11)

Tudo vazio
A começar
Mais uma vez
Tentando crêr
Antes de desabar

Queria desaparecer
Naquela hora
A nostálgia  me trazia
Porta a fora

Errei a direção
Sem perder o sentido
Não sei por que
Meu mundo é tão sofrido

Eu não iludo
Mas ainda sinto dolorido
Diluído em cada canto
A melhor parte
Do meu coração

Ninguém mais quer
Saber se existe
Além da compaixão
Uma alma completa
Por de trás da solidão

Um  medo ausente de culpa
Naturalmente aguçado
É hora de jogar todas
As fichas

Ganhar ou perder
Pouco vai importar
Se deixar ao partir
O que habita
Muito mais
Do que eu cantar

Viver por sí
Nada interessa mais
Viver aqui

O resto não é mais
Que uma camada
Do passado
Quando o dia amanhecer

Pagando para proteger
O que vale de verdade
O preço que empobrece
As alegrias
Promovendo a infinitude
Do prazer do singular

Nascer é um jejum
Carente da própria coragem
(De alimentar)
(Fazer crescer)

O que existe
Não é nada
Que não possa

Se desfazer
Se refazer
Se esconder pra quê?
Fugir de quem?

Se estou aqui
É para demonstrar
Que há muito
Pra falar
E nada ou alguém
Irá fazer minha força
Se esfarelar

O brilho das estrelas
Cega a dor
Em um luar

Há quem não pare
Se quer para apreciar
Há quem diga
Não ter tempo
De se emocionar

Intrigas, verdades
(Silêncio)
Foi longe demais
Agora é hora
De fazer um pouco mais

O jogo vai virar
Apostas sempre vão valer
O que se subtraí
Não vai servir
Para matar

Apenas vai abaster
O prazer de ser capaz
De mais

Muito mais
Mais e mais
E mais... e

Nascer é um jejum
Carente da própria coragem
(De alimentar)
(Fazer crescer)

O que existe
Não é nada
Que não possa

Se desfazer
Se refazer
Se esconder pra quê?
Fugir de quem?

Se estou aqui
É para demonstrar
Que há muito
Pra falar
E nada ou alguém
Irá fazer minha força
Se esfarelar

Intrigas, verdades
(Silêncio)
Foi longe demais
Agora é hora
De fazer um pouco mais

O jogo vai virar
Apostas sempre vão valer
O que se subtraí
Não vai servir
Para matar

Apenas vai abaster
O prazer de ser capaz
De mais

By: Lulu
26.12.11

sábado, 24 de dezembro de 2011

Música: Sobr iedade (24.12.11)

Nasce o medo
Com a chuva
Cicatrizes ainda visiveis
Do que há pouco
Ainda sangrava

Intervalos de memórias
Dentro do escuro
Do dia
Relutam o tempo inteiro
Sem se apagar

Aonde quer que estejamos
Nessa noite
A única certeza
É a distância entre nós

Muito mais do que
A voz que não se ouve
Muito maior que o tempo
Que passa sem que
Nossos olhos
Se deixem tocar

Uma navalha aberta
No caminho que era nosso
E nada mais

Sangue no rosto
Janelas fechadas
Um susto e um adeus
Pra sempre desatada
A estrada desapareceu

Aonde quer que estejamos
Nessa noite

Eu vou ficar
Eu vou ficar só

Borbulha em silêncio
Os nós deixados
A razão despedaçada
Forçada a funcionar
A missão está lançada

Da escada posso ver
Mesmo em turbulência
Não perco o chão dessa vez

Aonde quer que estejamos
Nessa noite

Antes da primeira
Dose posso sentir reprisar
A tristeza que ontem
Banhava meu olhar
Hoje fica a lembrança
Não quero te encontrar

Aonde quer que estejamos
Nessa noite
A única certeza
É a distância entre nós

Aonde quer que estejamos
Nessa noite
Vamos estar distantes

Sem perceber
Tudo vai acabar
Até o dia refazer
A sensação de bem-estar

Aonde quer que estejamos
Nessa noite

Muito mais do que
A voz que não se ouve
Muito maior que o tempo
Que passa sem que
Nossos olhos
Se deixem tocar

Uma navalha aberta
No caminho que era nosso
E nada mais

A Lua tem que ir
Pr'o céu trazer
A luz do Sol

By: Lulu
24.12.11

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Música: Depois da meia noite (21.12.11)

Aprendi e já faz
Algum tempo
Que na vida
Não se deve esperar

De ninguém
Algo mais
Do que se pode
Alcançar dia a dia

Mas confesso que eu
Não sabia
Não conhecia o limite
Mortal por não ser igual
Quem sabe

O dia havia sido
Quente como sempre
Costuma ser nesse período
Da estação

Era tanta gente
Sorridente a brindar
A solidão junto
Dos ausentes presentes
No espaço vão da razão

Sem sentido
Tudo parecia natural
No entanto eu sentia
A melodia desigual

Subtraindo a magia
Do meu jeito habitual
Quando chega o Natal

Estranhei, porém acostumei
Tentando crêr que é assim
Que acontece

Mas confesso que eu
Não sabia
Não conhecia o limite
Mortal por não ser igual
Quem sabe

Eu não pudia imaginar
Considerar ou prever
A chance de perder
Outra vez você

Fiz de tudo
Usei o que tinha
E o que faltava também

Busquei no brilho
Das esquinas as forças
Pra encontrar seu abraço

Passo a passo
Engoli o medo
E fui capaz
De tentar apagar
Tudo de errado
Pra calar ao seu lado
O fracasso inesperado
De um ano inteiro

Mas confesso que eu
Não sabia
Não conhecia o limite
Mortal por não ser igual
Quem sabe

Champagne misturado
Com whisky
Existe na combinação
Certa dose de ilusão

Talvez falta de atenção
E a razão desaparece
Frente as suas desculpas
Meu coração se entrega
Mais do que deveria

No abraço não sentia
Nem de longe a sensação
Que era a última noite
Que eu segurava sua mão

Depois de acordar
O rosto talvez pudesse
Se recuperar
Se não fosse o desgosto

Era sua vez de me fazer
Chorar de novo
E para sempre dessa vez

Mas confesso que eu
Não sabia
Não conhecia o limite
Mortal por não ser igual
Quem sabe

Confesso que eu
Não sabia

Que era a última noite
E os sorrisos
Nunca mais seriam
Como eram antes

Mas confesso que eu
Não sabia
Não conhecia o limite
Mortal por não ser igual
Quem sabe

By: Lulu
21.12.11

Música: Depois de amanhã (20.12.11)

Passos despreocupados
Izolam dos corpos
Todas as ideias
Que parecem estar
A mais

Queria esquecer
Não era capaz
Sentimentos sempre são
Fortes demais

Desencontrados de qualquer noção
Do que é ou não
Possível
Transbordam o invisível
Enquanto avanço

E mesmo longe
De tudo o que aconteceu
Meus olhos ainda molham
Quando de frente
Pr'os seus

Só mais três dias
Para o tempo
Vencer-nos
Outra vez

Mas pra que lembrar?
Pra que alimentar
A sensação de erro?

Tentando preservar a inspiração
Desse Dezembro exagerado
De amor

Deixa o fim do ano demostrar
Que tudo terminou
E quando abrir os olhos
Da próxima vez
Já passou

Como sempre
Passa
E fica só a música
Tocando pra contar

E mesmo longe
De tudo o que aconteceu
Meus olhos ainda molham
Quando de frente
Pr'os seus

Só mais três dias
Para o tempo
Vencer-nos
Outra vez

Mas pra que lembrar?
Pra que alimentar
A sensação de erro?

Tentando preservar a inspiração
Desse Dezembro exagerado
De amor

Deixa o fim do ano demostrar
Que tudo terminou
E quando abrir os olhos
Da próxima vez
Já passou (3x)

By: Lulu
20.12.11

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Música: Acidentalmente inevitável (15.12.11)

Em meio aos sonhos perdidos
Segredos guardados
Uma mente enlouquecida
Que nunca descansava

Em frequente continuação
Pensamentos afastam
Qualquer possibilidade
Que pudesse vir
Junto com o verão

Nada vai bastar
O efeito é nulo
Depois de tantos socos
Que a vida deu

Quando o Sol baixa
Sempre cai sob os ombros
Uma melodia triste

Acidentalmente inevitável
Relutam os olhos
Buscando contér
As palavras
(Que já não servem mais)

Milhões de defeitos
Tantos prejuízos
É tarde demais

Não venha dizer
Que não importa o tempo
Dessa vez
(Não vai adiantar)

Com sangue nas mãos
Dizendo adeus e as ilusões
Levando consigo

Sem critério
Sem amigos e também
Sem intenção

De ir assim
Sem direção
De mãos vazias
Nada além da solidão

E uma canção
Escrita em um papel comum
(Avulsa se desfaz)

Só mais um pulso
Que parou
Só mais uma história
Que não continuou
Só mais um corpo
Sem sinal e um final
Infeliz

Acidentalmente inevitável
Relutam os olhos
Buscando contér
As palavras
(Que já não servem mais)

Milhões de defeitos
Tantos prejuízos
É tarde demais

É tarde demais
(Tarde demais)
(Tarde demais)
(Tarde...)

Só mais um pulso
Que parou
(Acidentalmente inevitável)
Só mais uma história
Que não continuou
(Acidentalmente inevitável)
Só mais um corpo
Sem sinal e um final
Infeliz
(Acidentalmente inevitável)

By: Lulu
15.12.11

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Música: Estrada à fora (14.12.11)

Tento não me sentir mal
Até arrisco parecer normal
Mas não tem jeito

Não sei se tem correção
Sinto falta do que
Jamais tive

Se eu correr
Ou errar
Apostando toda a vida
Em uma ideia
Puramente emocional

Não sei dizer
Se vai vingar
Não sei fazer
Sinto que vou chorar
Mais uma vez

Mistérios do inseguro
Me perturbam sem querer
Andando pouco a pouco
Nada me faz esquecer

Não surpreendo mais
Já perdi demais
Não restou nada aqui
Melodias entaladas na garganta
Não importam a ninguém

Se encontrar um caminho
A seguir eu vou
Sem volta
Quem sabe no meio
Do trajéto encontro
Uma resposta

Quem sabe não andar
Tão reto
Também é uma aposta

By: Lulu
14.12.11

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Música: Apenas sombras (13.12.11)

Onde as palavras
Não alcançam
Os olhos cansados
Repousam a lacrimejar

Mente em mau-estar
Com o whisky ao lado
Tentando relaxar

Já passa da meia noite
Ninguém quer pagar pra ver
O que se esconde
Por trás dos erros meus

Punhais sangrantos
Se disfarçam de canções
Dias cinzentos
Labirintos tão famintos
De soluções

Sinta além do sangue
Veja o que não posso
Mais mostrar

Não deixe
Que o tempo
Faça as cordas do violão
Enferrujar

Risque as palavras
Que não dizem nada
Escute apenas o silêncio
Transformado em quase nada

Olhos secos
Desistentes
Tão frequente a ilusão
Querer tanto
Dormir pouco
Acordar sem pulsação

Em dias como hoje
Somente a dor
Me dá sua mão

Não prossigo
Não recuo
Ecuo minha própria solidão

E nas paredes
Dessa sala
Sei vou virar poeira
Sem querer
Me perdendo intensamente
Sem jamais tocar você

Siga em frente
Não volta pra olhar
O que fica
É triste e feio
Aqui não é o seu lugar

Mas se um dia
Pensar fundo
Sentir vontade de encontrar

Alma amiga
Amor puro
Um abrigo
Ou um abraço

Estarei por aqui
Canso sempre
Mas até agora
Nada me fez desistir

Muito mais do que
Uma história triste
Que não terminou

Muito maior do que o medo
E a prisão
O amor que eu sinto

Me faz seguir
Me faz sorrir
Enquanto as lágrimas
Rolam
Enquanto todos se vão
Aqueço meu coração
Assim

Onde as palavras
Não alcançam
Os olhos cansados
Repousam a lacrimejar

Mente em mau-estar
Com o whisky ao lado
Tentando relaxar

Já passa da meia noite
Ninguém quer pagar pra ver
O que se esconde
Por trás dos erros meus

Punhais sangrantos
Se disfarçam de canções
Dias cinzentos
Labirintos tão famintos
De soluções

Sinta além do sangue
Veja o que não posso
Mais mostrar

Não deixe
Que o tempo
Faça as cordas do violão
Enferrujar

Não deixe
O veneno imperar
O estranho não é mais
Do que a chance
De um novo olhar

Onde as palavras
Não alcançam
Os olhos cansados
Repousam a lacrimejar

Mente em mau-estar
Com o whisky ao lado
Tentando relaxar

Já passa da meia noite
Ninguém quer pagar pra ver
O que se esconde
Por trás dos erros meus

Punhais sangrantos
Se disfarçam de canções
Dias cinzentos
Labirintos tão famintos
De soluções

Sinta além do sangue
Veja o que não posso
Mais mostrar

Não deixe
Que o tempo
Faça as cordas do violão
Enferrujar

By: Lulu
13.12.11

Música: Só mais uma história sem sentido (13.12.11)

Parece que nunca aconteceu
Mas na realidade
Já faz tanto tempo
Que meu corpo
Se perdeu
Do seu caminho

E hoje eu ando
Tão sozinha pensando
Como posso fazer
Tentando acreditar
Um pouco mais

Quando a Lua dormir
E Sol não acordar
Quando o céu vier feliz
Mesmo com as nuvens
A chorar

Chega a hora
De entregar os escudos
Abrir as portas
E correr o mundo inteiro

Em poucos segundos
Sim ou não
Verdade ou ilusão
Sintomas de um perdão sozinho
Um violão que não mais toca

Canções perdidas
Em uma voz desafinada
Uma neblina ensanguentada
Na memória que se vai

Desisti de ser encontrada
Descanso em paz
Sem querer nada mais
Sem crêr que sou capaz

Volto atrás na história
E tanto faz
Só mais um dia
Que termina
Sem ao menos começar

Parece que nunca aconteceu
Mas na realidade
Já faz tanto tempo
Que meu corpo
Se perdeu
Do seu caminho

E hoje eu ando
Tão sozinha pensando
Como posso fazer
Tentando acreditar
Um pouco mais

Quando a Lua dormir
E Sol não acordar
Quando o céu vier feliz
Mesmo com as nuvens
A chorar

Chega a hora
De entregar os escudos
Abrir as portas
E correr o mundo inteiro

Em poucos segundos
Sim ou não
Verdade ou ilusão
Sintomas de um perdão sozinho
Um violão que não mais toca

Canções perdidas
Em uma voz desafinada
Uma neblina ensanguentada
Na memória que se vai

Desisti de ser encontrada
Descanso em paz

By: Lulu
13.12.11

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Música: Futuros opostos (09.12.11)

Não diga que não
Existe final
Olhando pra tudo
Vejo claramente
Cada passo
Que nos trouxe
Aqui

O dia em que ganhamos
A noite em que eu perdi
Ambos precisamos
De algo pra sentir

Mas nada está igual
As páginas viraram
Sem seguir a história
E tudo acabou

Seria muito pedir
Que eu esqueça
Até quando quase
Me obedece a vontade
De ignorar

Enquanto o verão
Não chega
Espinhos consolam
A intenção de mantér
O jardim

Fotos rasgadas
Palavras caladas
Curvas na estrada
Levaram você
Pra longe de mim

Eu estava cansada
Talvez necessitada
De algo assim

Um pouco maior
Do que eu podia
Guardar em mim

Violento e nocivo
Sacodia a alma
Fazendo o corpo
Também girar

O mundo é ventania
Um dia quando alucina
Se torna um motivo
E é preciso por ele
Se guiar

Juntando forças
Maquiando tropeços

São recomeços
Que gritam nossos nomes
Em lugares tão opostos
Que não se encontrarão
Jamais

São recomeços
Novos planos,
Nova vida
Outra história
E outro alguém

Não estou mais aqui
Não venci e não perdi
Recomecei
Sem terminar

Sempre fez parte
Do meu cantar
Estradas dilaceradas
Renovadas
Por saber
Que vai sarar

Juntando forças
Maquiando tropeços

São recomeços
Que gritam nossos nomes
Em lugares tão opostos
Que não se encontrarão
Jamais

By: Lulu
09.12.11

Música: Insones (09.12.11)

Inquietude calculada
Liberdade em condição
Vitímas conscientes
De um turbilhão

De ideias frágeis
Rotinas questionáveis
E passados que nunca
Irão passar

Rostos tão cansados
Olhares perdidos
Longe de serem compensados
Quando a manhã chegar

Viram pr'o lado
Continuam a dormir
No outro canto
No mesmo mundo
Alguém a infringir
O que parece
Tão normal

Com os olhos pesados
Passando mal
Um orgulho destilado
Resolveu dizer tchau

Pra quem fica
Boa sorte
Vou viver
O que é real

Outros tempos
Sem amigos
Mas sempre literal

Fidelidade a essência
Sem medo de perder
Pouco importam as carências
Se ainda resta você
Tudo está inteiramente salvo

Paralelamente absolvida
Mesmo sem levar
Além de minha própria sorte

Rimas e anedotas
Não servem a ninguém
Quando o único castigo
É ser ferido tentando
Ser outro alguém

Pontas dos dedos afiadas
São as lâminas
Que restaram
Das mágoas que o ontem
Me deixou

Não vou driblar
Com olheiras
Meus medos
E ânsias

Vou acordar
Pronta pra chorar
Encarar quase viva
A solidão e o caos

São lágrimas amigas
Que hoje se entregam
Para me fazer
Sentir um pouco
Mais igual

Não vou lutar
Contra mim dessa vez
Se perdi as chances
De mantér o comum
Finalmente se quebra
Mais um jejum

No mundo dos sonhos
Não vou ser
Só mais um

Não vou
Tentar convencer
Minha alma a ficar

Me sinto perdida
Ferida e assustada
Mas não vou fugir
Apenas me deito
Para então dormir


Rimas e anedotas
Não servem a ninguém
Quando o único castigo
É ser ferido tentando
Ser outro alguém

Pontas dos dedos afiadas
São as lâminas
Que restaram
Das mágoas que o ontem
Me deixou

Não vou driblar
Com olheiras
Meus medos
E ânsias

Vou acordar
Pronta pra chorar
Encarar quase viva
A solidão e o caos

Com os olhos pesados
Passando mal
Um orgulho destilado
Resolveu dizer tchau


Pra quem fica
Boa sorte
Vou viver
O que é real

Outros tempos
Sem amigos
Mas sempre literal

Fidelidade a essência
Sem medo de perder
Pouco importam as carências
Se ainda resta você
Tudo está inteiramente salvo

By: Lulu
09.12.11

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Música: Razões perdidas (08.12.11)

Diz por que
Preciso encontrar
Um motivo a mais
Para explicar
Todos os dias
Que se foram
Sem lembrarmos de nada

Cada madrugada
Em que eu fugia
Dos sonhos
Só pra não chorar

Enquanto a luz
Da Lua se fazia companhia
Do seu olhar

Eu não sei por que
É mais fácil negar
A lutar e sofrer
Por tentar

Crêr que existe
Algo a mais
Do que se pode enxergar

Tanto tempo depois
Encontrei o que faltava
Sempre esteve ali
Só que o meu coração
Desesperado e sem dormir
Não conseguia alcançar

Era um tanto diferente
Mas ainda era presente
Sorri sempre com a gente
Quando os rostos
Se deixam tocar

Olhos nos olhos
São o suficiente
Pra provar
Que o sentimento
Nunca deixou de viver

Mesmo em cada amanhecer
Ausente de nossa impressão
Esteve aqui o tempo inteiro
Cumprindo sua missão

Cada madrugada
Em que eu fugia
Dos sonhos
Só pra não chorar

Enquanto a luz
Da Lua se fazia companhia
Do seu olhar

Eu não sei por que
É mais fácil negar
A lutar e sofrer
Por tentar

Crêr que existe
Algo a mais
Do que se pode enxergar

Olhos nos olhos
São o suficiente
Pra provar
Que o sentimento
Nunca deixou de viver

Mesmo em cada amanhecer
Ausente de nossa impressão
Esteve aqui o tempo inteiro
Cumprindo sua missão

By: Lulu
08.12.11

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Música: Só para cantar (07.12.11)

Eu não espero nada
Não temo a solidão
Sei muito bem das marcas
Que constroem cada
Estrofe e refrão

Vim só para cantar
Sem pensar no que viria
Ou se haveria depois

Está dito e eu repito
Sempre que em mim gritar
São forças que as palavras
Não conseguem alcançar jamais

Correm sem sair do lugar
Se escondem no subjetivo
Fugindo sem querer
É que na realidade
Ainda restou medo
Por sofrer demais

Sem entender como
Pode acontecer
Amar sem ter
Um olhar capaz
De assimilar

Segurar as lágrimas
Buscando muito mais
Do que a verdade
Que elas deixam
Ao escorrer

Um silêncio profundo
Incapaz de ser conter
Quando encerrado
No meu mundo
Faz uma canção nascer

Vim só para cantar
Sem pensar no que viria
Ou se haveria depois

Está dito e eu repito
Sempre que em mim gritar
São forças que as palavras
Não conseguem alcançar jamais

Eu sei que os sentimentos
Vão longe sem querer
São vozes tão profundas
Que não podemos deter

Quando enconstam memórias
Se põe sempre porta a fora
E como os passáros a voar
Vão embora sem voltar

Ignoram o dia
Que ainda chora
A ausência do luar

Vim só para cantar
Sem pensar no que viria
Ou se haveria depois

Está dito e eu repito
Sempre que em mim gritar
São forças que as palavras
Não conseguem alcançar jamais

By: Lulu
07.12.11

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Música: Quando o dia nascer (06.12.11)

Não preciso jurar
Ou mesmo falar
Eu sei que você
Sempre poderá saber
Se quiser
Sentir
Se ainda conseguir
E sorrir quando encontrar

Por dentro de mim
O que sem fim
Irá te amar

Alimento minha alma
Com lembranças
Que trazemos em nós

Chegar até aqui
Significa muito mais
Do que tudo
O que um dia
Deixamos para trás

Todo o cansaço
A face séria
Sei que ninguém mais
Lembra

Já passou a dor
E agora o que sobrou
Está aqui
Guardado para sempre
Cada vez que olhar

No fundo dos meus olhos
Talvez também possa enxergar
Que o mal
Se faz esquecer
Erros machucam e constroem
Um novo amanhecer

Onde o sol
Sorri mais forte
Lúcido e real
Fazendo pousar

Ao meu lado
Um passado concertado
Abrigado com amor

Por isso onde quer
Que eu vá
Vai haver um lugar
Feito silenciosamente
Para conservar

Cada história
Uma a uma das memórias
E as vitórias sempre
Gritam muito mais

São luzes que produzem
Paz
Um brilho que vai
Longe sem jamais
Se perder

Obrigada por deixar
O sol renascer
Eu fui um dia
Que em você anoiteceu
Fomos o ontem
Tatuado nesse dia iluminado
Que hoje me surpreendeu

Não preciso jurar
Ou mesmo falar
Eu sei que você
Sempre poderá saber
Se quiser
Sentir
Se ainda conseguir
E sorrir quando encontrar

Por dentro de mim
O que sem fim
Irá te amar

By: Lulu
06.12.11

Música: Bem maior (06.12.11)

Quando eu fui embora
Não queria nada seu
Para guardar em mim

Mas eu sou assim
Vulnerável ao bem
Suscetível ao perdão
Sempre preservo as chances
E a melhor recordação

Mesmo sem cantar
Eu não desisti
Vou propagar
Tudo o que eu aprendi

Seja como for
O amor tem que vencer
Seja quem te magoou
Não há porque manter
A dor maior

Se existem lágrimas ardendo
É porque um coração
Está sofrendo por sentir
Bem mais que o outro

Então não há por que
Eliminar todas as palavras
De afeto e alegria

A ousadia de sentir
Faz parte de uma poesia
Que jamais vale a pena
Rasgar

Porque alguém
Olha com desdem
E é capaz de escarrar

Enxergando como um simples
Papel tomado por palavras
Que ao chão se vão
Sofrendo com cada pisão

Sem desistir
Do que faz viver
Crescer é crêr
Em tudo o que o sentimento
Pode fazer nascer

Mesmo sem cantar
Eu não desisti
Vou propagar
Tudo o que eu aprendi

Seja como for
O amor tem que vencer
Seja quem te magoou
Não há porque manter
A dor maior

A ousadia de sentir
Faz parte de uma poesia
Que jamais vale a pena
Rasgar

Porque alguém
Olha com desdem
E é capaz de escarrar

Enxergando como um simples
Papel tomado por palavras
Que ao chão se vão
Sofrendo com cada pisão

Mesmo sem cantar
Eu não desisti
Vou propagar
Tudo o que eu aprendi

Seja como for
O amor tem que vencer
Seja quem te magoou
Não há porque manter
A dor maior

Mesmo sem cantar
Eu não desisti
Vou propagar
Tudo o que eu aprendi

Seja como for
O amor tem que vencer
Seja quem te magoou
Não há porque manter
A dor maior

Não há porque mantér
A dor nunca poderá ser
Maior que o amor

By: Lulu
06.12.11

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Música: Ponteiros afiados (02.12.11)

As chances acabam
Junto com a paz
Esperando ou não
Querendo mais nada

Os dias são como espinho
Para a alma ensaguentada
O silêncio crescente transformou
Meu grito em lâmina afiada

Por dentro corrói
Destrói o que sobrou
Trazendo pouco a pouco
O que acabou

Lembranças sem fim
Que duram sempre mais
Em mim

Sorrisos mortos
Conversas caladas
Cicatrizes cansadas
Jamais cicatrizadas

O sangue que segue
Se nega a fluir
O peso dos dias
Se faz tormenta
Lamento existir

Só mais um pouco
Até adormecer
O sono não vai
Fazer esquecer
Mas quem sabe acordar
Em outro lugar

Onde tudo isso
Começou?
Por que até hoje
Não curou?

Infância enfraquecida
Ponto final delinhado com força
Fincado no meu coração
Escudos criados
Tão descompensado
Meu amor violado
Com ódio e rancor

Por rostos fracassados
Ainda persistentes
A me causar dor

Interminável
Feito sonhos ruins
O abominável ainda respira
Dentro de mim

Perdi as palavras capazes
De curar
A vontade de chorar
Explodindo em forças
Incontroláveis

Domínios obscuros
Insuportáveis
O tempo agride
A saudade dilascera
Perdido pra sempre
Nada mais me espera

Acaba a Primavera
Sem chegar Verão
Tudo o que desaba
Vai além do chão
Em um mundo sem perdão
Que julga o insano
Sem mesmo estar são

Só mais um pouco
Até adormecer
O sono não vai
Fazer esquecer
Mas quem sabe acordar
Em outro lugar

Onde tudo isso
Começou?
Por que até hoje
Não curou?

Só mais um pouco
Até adormecer
O sono não vai
Fazer esquecer
Mas quem sabe acordar
Em outro lugar

By: Lulu
02.12.11

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Música: Moinhos de Vento (29.11.11)

Asfalto quente
Vento espasso
Coração a mil

Por hora
Sinto que chegou
O momento de sair
Correr daqui
Ir pr'outro lugar

Qualquer outra paisagem
Que não lembre você
Não traga pra mim
Um pouco de nós
Antes do fim

Próximo ao Parcão
Hesitei parar
E não quis voltar
Então corri
Muito mais que o normal

A intenção era
Encurtar o caminho
Por onde hoje
Passei sozinha

Bicicleta, sol
E uma canção
Dentro do coração

Com versos misturados
De um passado
Em contra-mão
Deixado tão de lado
Quanto o velho violão

Agora mesmo percebi
Quando encostei
Rumo à Cristóvão
Que era triste olhar
Pra trás

Que o pouco
Que eu ignorei
Era longo demais

Sentada eu chorei
Sem tempo retornei
E da mesma maneira
Para casa eu voltei
Tão só

Asfalto quente
Vento espasso
Coração em mil
Pedaços

Bicicleta, sol
E uma canção
Dentro do coração

Com versos misturados
De um passado
Em contra-mão
Deixado tão de lado
Quanto o velho violão

Bicicleta, sol
E uma canção
Dentro do coração

Sorrindo e chorando
Alternando até chegar
Não importa
Se é triunfo ou derrota
É preciso enfrentar
A rota

By: Lulu
29.11.11

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Música: Inflamável (28.11.11)

O calendário voa
O rádio repete a canção
Mês a mês
Todos os dias
Frustração em clima
De verão

Demorou tanto pra voltar
Ainda não sei
Como encontrar
A razão que eu perdi em ti

Ao te ver
Mesmo de longe
Sinto falta do que foi

Ao silenciar confesso o medo
De voltar a querer
Ficar mais um pouco
Encontrar você

O vento começa a secar
A brisa não vai refrescar
Alguns dias curtos
De prazer
Tanta angústia
Impossível esconder
Os vultos no meu mundo
Ainda buscam você

Aquela tarde sem final
O Sol que foi
E veio outra vez
O brinde no quintal
Lembrando tudo de bom
Que ainda podia acontecer

Tudo isso foi embora
E da janela eu posso ver
O wiskhy fechado
Dessa vez não vai ser
O motivo de ser condenada
Simplesmente por sofrer

Está complicado e tão errado
Vou deixar pra trás
O que era tanto
Está acabado
Tanto faz
Se acabou em paz

Fotos e papéis decorados
Estão guardados
Pra lembrar quando quiser
Mas aqui do outro lado
Resolvi queimar de vez

Na lucidez dos meses
Que se vão
Sem o brilho difuso
Um clarão ilusório
Usando guaraná
Até finalmente
Sentir sangrar sem queimar

Eu era inocente
Hoje estou diferente
Vi de trás pra frente
O que passou

O fim do ano chegou
Com o céu azul me brindou
A manhã tão sóbria
Que valeu a canção

Tão triste aconteceu
São lembranças reais
Sinceramente não sei
Como fingir que não foi nada

Madrugadas inteiras não bastam
Fragilmente ignorável
Meus olhos cansaram
De se machucar

As minhas palavras
Pra você calaram
Como os dias quentes
Interpelam o vento
E afrontam as almas
Que queimam cada vez
Que o Sol marca o chão

O calendário voa
O rádio repete a canção
Mês a mês
Todos os dias
Frustração em clima
De verão


O vento começa a secar
A brisa não vai refrescar
Alguns dias curtos
De prazer
Tanta angústia
Impossível esconder
Os vultos no meu mundo
Ainda buscam você

Aquela tarde sem final
O Sol que foi
E veio outra vez
O brinde no quintal
Lembrando tudo de bom
Que ainda podia acontecer

Tudo isso foi embora
E da janela eu posso ver
O wiskhy fechado
Dessa vez não vai ser
O motivo de ser condenada
Simplesmente por sofrer

Está complicado e tão errado
Vou deixar pra trás
O que era tanto
Está acabado
Tanto faz
Se acabou em paz

By: Lulu
28.11.11

sábado, 26 de novembro de 2011

Música: A&B (26.11.11)

Nada é suave
Mesmo quando o dia
Nasce ensolarado

Meu reflexo cansado
Guia o medo
Com cuidado
Tentando não deixar
A face desnorteada imperar

Eles estão aqui
Quando canto
Ou enquanto eu não sorri

Eles estão aqui
Atentos ao meu rosto
Que mesmo indisposto
Se permite a expandir

Um pouco do sol
Nos lábios tensos
Só pra ver balançar
Tudo o que me leva
Devagar

A um outro lugar
Bem melhor
E quando vejo
É só um beijo
Molhando minha mão
Me levando consigo
Onde o perigo é ilusão

Aonde apenas meus amigos
Saberão me encontrar
Com pelos espalhados
Todo os lados
São uma só emoção

Deixei esfarelado
Do outro lado do portão
Meu semblante cansado
Farto de ilusão
Humanamente errado
Salvo por ter coração

Eles estão aqui
Quando canto
Ou enquanto eu não sorri

Eles estão aqui
Atentos ao meu rosto
Que mesmo indisposto
Se permite a expandir

Um pouco do sol
Nos lábios tensos
Só pra ver balançar
Tudo o que me leva
Devagar

A um outro lugar
Bem melhor
E quando vejo
É só um beijo
Molhando minha mão
Me levando consigo
Onde o perigo é ilusão

Deixei esfarelado
Do outro lado do portão
Meu semblante cansado
Farto de ilusão
Humanamente errado
Salvo por ter coração

Eles estão aqui
Eles nunca irão sair
Eles me fazem seguir
Eles são minha razão
De nunca desistir

By: Lulu
26.11.11

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Música: Depois de sonhar (22.11.11)

Lençois amarrotados
São certezas
Que não esqueci

O que diz
Cada marca
Dia após dia

Anos perdidos
Por um triz
Salve-se quem poder
Quem quiser ser feliz
Que deixe a cama desfeita
E ande sem olhar
Pra trás

Na estrada tão estreita
A poeira não satisfaz
Um coração
Que sempre quer
Algo a mais

Não vou esquecer
Os sonhos lindos
Vou trazer um a um
Pr' esse jejum
Comum de ser
Mais um igual
Real demais
Para deixar morrer

Entre os lençois
Do desespero
Dos pesadelos
Que acordam toda vez
Com os pés que levo
Ao chão

Anos perdidos
Por um triz
Salve-se quem poder
Quem quiser ser feliz
Que deixe a cama desfeita
E ande sem olhar
Pra trás

Na estrada tão estreita
A poeira não satisfaz
Um coração
Que sempre quer
Algo a mais

Anos perdidos
Por um triz
Salve-se quem poder
Quem quiser ser feliz
Que deixe a cama desfeita
E ande sem olhar
Pra trás

By: Lulu
22.11.11

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Música: Dias e noites (17.11.11)

Os pés dormentes
Esqueceram como andar
De trás pra frente
É tão valente
E ousada a força
De tentar

Outra vez
Contra os fatos
Contrário ao vento

O corpo precisa se manter
Pra chegar aonde a alma
Quer estar

Vencer a violência
Que arrasta tudo
Do lugar

Muito além do que a aparência
É capaz de revelar
Arde em caos a carência
De perder ao lutar

Sentir faltar o ar
Cada vez que o sorriso
Se vai devagar
E o sol queima
Derretendo sem esquentar
O coração

Tanta poeira
Sujeira demais
Vultos inúteis e vozes demais
Quem são eles
Que pensam ser mais?

Morrendo um pouco dia a dia
Pra quem sabe
Nascer diferente
Até que enfim possa funcionar

As lágrimas no meu rosto
Servirão um dia
Eu sei

Já constatei tantas vezes
Que jamais me enterrei
Não estou livre
São cicatrizes que insistem
Em sangrar
Fora de hora

Talvez para mostrar
Que mesmo com demora
A vida não foi embora
E tudo está aqui
Tão pleno e intenso
Sem desistir

Meu dia se vai
Por inteiro
Longe de finalizar

Como todas as estrelas
Que somem
E retornam
Através do Sol

Como a Lua
Mingua e nasce
Cheia sem perder
O essencial

Os pés dormentes
Esqueceram como andar
De trás pra frente
É tão valente
E ousada a força
De tentar

Outra vez
Contra os fatos
Contrário ao vento

O corpo precisa se manter
Pra chegar aonde a alma
Quer estar

By: Lulu
17.11.11

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Música: Sagarmatha (15.11.11)

Neblia o dia
Saudando as nossas dores
Esse cansaço
É só o que sobrou
Do laço
Que em pedaços
Desatou
De tanto apertar

Decepções são facas afiadas
Passeando na alma
Em desespero

A entrega e o fracasso
Casualmente decisivos
Passo a passo
ATé o triunfo
E o adeus

O corpo sente
O que a mente sucumbiu
O verão ainda não chegou
Não sei por que
Novembro está tão frio

Valores vivos
Encurralados
Olhos abertos
E a poeira
A penetrar

Ilusões mórbidas
Poetas fracos
Cadernos velhos
Mostrando a raíz
De todos os problemas

Folheados sem cuidado
Fazem visitados todos os labirintos
Tão famintos de verdades
Que convençam a razão
De encontrar

Nas palavras sem sentido
Lugares esquecidos
Destinos sem atalhos
Repletos de intenção

A chegada está tão longe
Perdida no caminho
Enfrenta o medo
Com canções semi-dormentes
Em tom baixo
Mas sempre evidente

Uma capela que constrói
Fortalezas invencíveis
Sem lembrar
Que o vento está forte
E pode derrubar

A entrega e o fracasso
Casualmente decisivos
Passo a passo
ATé o triunfo
E o adeus

Hoje com ou sem
Certezas
Vão estar aqui
Todas as forças
E também fraquezas
Duelando
Até que alguma
Possa desistir

By: Lulu
15.11.11

sábado, 12 de novembro de 2011

Música: Depois do Outono (12.11.11)

No corpo as marcas
Que não deixam mentir
O passado fala mesmo
Sem mais existir

Está em todo o canto
Por onde houver
Uma intenção e uma canção

Deixas semi-mortas
Ilusões nervosas de um futuro
Quase são

Onde tudo foi parar?
Ninguém ficou para ajudar
Tudo desabou
O chão era falso
E se rachou

Faltou pulmão
Mas o coração
Jamais secou

Transborda minha tristeza
Nos olhos sem direção
Onde tudo foi parar?

Outra vez eu não sei
Como sair desse lugar
Todos foram embora
Quando o sol deu lugar a dor

Temores izolados
Gritam o pavor
A clausura agonia
Desafinando o valor
De um tom sincero

Espero ver mais uma vez
O porto antes do dia
Se deitar

Onde tudo foi parar?
Quando olhar para o espelho
Não basta para resgatar
Aquele alguém

Que eu sei exatamente
Aonde quer chegar
Onde tudo foi parar?

Sem certezas
Sem prazeres
Sentenciada sem por que

Centenas de almejos
De joelhos vão embora
Sem destino
Onde tudo foi parar?

Quem eram os que aqui estavam
Quando parecia estar tudo em seu lugar?
Onde tudo foi parar?

Não sei se ainda me salvo
Mas não deixo de tentar
Onde tudo foi parar?

A certeza que resta
Basta para amenizar
Enquanto sangra em lágrimas
Cada canção que eu cantar
Bate forte no meu peito
O que eu estou a procurar

Onde tudo foi parar?
Onde tudo foi parar?

Perder não é morrer
Enquanto aqui pulsar
Perguntas fraquejadas
Fracassam sem silenciar

Onde tudo foi parar?
Onde tudo foi parar?

A certeza que resta
Basta para amenizar
Enquanto sangra em lágrimas
Cada canção que eu cantar
Bate forte no meu peito
O que eu estou a procurar

Em poucos instantes
Volta melhor do que estava
Antes de se desprender
Profundo como sempre
Assim eu sinto
O que é viver

By: Lulu
12.11.11

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Música: Fenômenos do tempo (11.11.11)

Simplesmente não queria acreditar
Em tudo o que o tempo
Me fez enxergar

Desmembrando lentamente todo o sentimento
Não sobrou nenhum momento
Capaz de explicar
Sua ausência e seu sorriso entediado
Toda vez que me olhava
Sem me enxergar

Tantas vezes tentei
Que tudo fosse diferente
Tantas vezes lutei
Sem ninguém para acompanhar
O sangue de cada batalha
Me custava tanto
E em pranto acabava por me entregar

De tantos cortes
Mais do que feridas
Nem que houvessem outras vidas
Poderia me curar

Em cada talho uma despedida
Estancando aos poucos
Toda intenção de transformar
Esse lugar escuro no lar
De uma redenção

Todas as boas lembranças ficarão
A podridão irá partir
No primeiro avião que cair
Pra nunca mais voltar
E nada restar do escombros
Depois que eu levantar

Minha vida planava em suas mãos
Com todo o amor que eu trazia comigo
Desdenhado e cuspido sem consideração
Agora sou eu que escarro
Com toda a força
Em sua direção

Eu não quero nada mais
Deixa a paz que em mim
Sobreviveu reinar
Sob seu sangue frio

É estranho perceber
Que o invencível também
Se corroeu
Que não existe mais
Você e eu

A insistência da frieza
Arrebenta a nobreza do perdão
Pisa com força na compreensão

Sem mais querer ficar
Sangrando em vão
Se arranca com cuidado
A raíz de tudo errado
Que está concentrado
No fundo do peito
E no coração só vai ficar
O que faz a alma cantar

Há uma luz mostrando
O começo do túnel
Sinais continuos para andar
E seguir mesmo quando tropeçar
O brilho se expande em silêncio
Para no final gritar

A liberdade é muito longe de você
Quando me encontrar
Logo vai saber
Não trago sangue em meu olhar
Mesmo ao enxergar em você
De hoje em diante
Tudo o que eu não quero ser

Eu não quero nada mais
Deixa a paz que em mim
Sobreviveu reinar
Sob seu sangue frio

É estranho perceber
Que o invencível também
Se corroeu
Que não existe mais
Você e eu

A insistência da frieza
Arrebenta a nobreza do perdão
Pisa com força na compreensão

Sem mais querer ficar
Sangrando em vão
Se arranca com cuidado
A raíz de tudo errado
Que está concentrado
No fundo do peito
E no coração só vai ficar
O que faz a alma cantar

Feliz muito feliz
Até mesmo na tristeza
Aprendiz

By: Lulu
11.11.11

Música: La honte (11.11.11)

Depois de fechar a porta
Não sei quantas doses
Eu vou precisar
Para deixar correr no rosto
O que vai muito além
Das lágrimas no meu olhar

Os dias passaram tão devagar
As manhãs se calaram
E eu não consegui voltar
A tudo o que a memória
Ainda guarda para fazer
O coração conseguir respirar

Do lado de dentro
Ninguém enxerga mais
Do que um recanto escondido
Paredes impermeáveis
São como papéis molhados
E no sopro dos poemas
Todos se fazem rasgados

Quem pode imaginar
Dimensionar ou entender
O quanto dói fazer se mover
Cada um

Queria tanto dizer
Que hoje não passa
De mais um dia comum

Mas nada está igual
É real, ganhou cor
Pulsação e som

Mostrando que chegou a hora
Antes que o dom vá embora
Ou que tudo possa fugir

Mais um gole
E as palavras tomam forma
Uma a uma sem parar
Não explicam
Não alteram
Até se transformar
Em soluços até o sono
Chegar

E o sol volta amanhã
Mais uma vez
Os olhos vão abrir
A mente não vai esquecer
Tudo repete até morrer

Queria tanto dizer
Que hoje não passa
De mais um dia comum

Mas nada está igual
É real, ganhou cor
Pulsação e som

Mostrando que chegou a hora
Antes que o dom vá embora
Ou que tudo possa fugir

Mais um gole
E as palavras tomam forma
Uma a uma sem parar
Não explicam
Não alteram
Até se transformar
Em soluços até o sono
Chegar

By: Lulu
11.11.11

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Música: Destino de Caronte (07.11.11)

Sem fôlego para tentar
Entender ou explicar
Encarar um outro olhar
Além do meu

Não vou me machucar
Por pouco
Ferir ainda mais
O que exaurido
Permanece como está

Sem que as suas palavras
Se façam capazes
De mudar

Cada sentimento como um corte
A aniquilar de norte a sul
O interior da alma em caos
Sangram pensamentos
Sem sujar as palavras

Quem falou
Que o dia amanheceu?
Foi só mais um pesadelo
Que se estendeu

Além das ranhuras
Dos lençois
As letras sós
Fazem voz outra vez

Ainda é Primavera
E por trás das janelas
Há uma vida inteira
Que jamais me deixa esquecer
O que essas paredes
São capazes de fazer

Desculpa se eu não atender
Campainha ou ligação
É que além da porta
Minha alma corta
Até a instinção

Cada sentimento como um corte
A aniquilar de norte a sul
O interior da alma em caos
Sangram pensamentos
Sem sujar as palavras

Quem falou
Que o dia amanheceu?
Foi só mais um pesadelo
Que se estendeu

By: Lulu
07.11.11

domingo, 6 de novembro de 2011

Música: Menina dos olhos (06.11.11)

Súplicas no silêncio
Correndo sem mais fugir
Tudo é tão decadente
Existe sem desistir

Correntes de um vento quente
Sufocante, crescente
Que arrasta sem levar
A nenhum lugar

Soprando no tempo
A derrota escúlpida
Em memórias derramadas
Em olhos inchados

Um castigo sem saída
Tantas vozes sem ninguém
Dor que faz o corpo dormente
Nesse presente onde o sorriso
É sempre ausente

Dias nascem sem iluminar
Nas sombras dos sonhos
Tudo fica exatamente
Aonde está

Ninguém fechou as portas
Mas não há como sair
Não existem muralhas
Porém algo está a impedir

O ar de passar
O sol de entrar
Os passos de chegar
Ou simplesmente andar

O dominío é mudo
O suor gritante
No semblante inocente
Nada ficou como era antes

Sentir não bastaria
Pra seguir em frente
A força que comprime
Não surpreende mais
Tantos planos deixados
Pra trás

Gritos infinitos ecoando
Entre as dimensões do invisível
Sem oxigênio sobrevive o mal
No berço da saudade
Nada é natural

Por isso eu sei
Que quando acabar
Algo vai restar do nada

E no fim do dia
O sol vai desenhar
Aquela estrada escondida
No fundo dos olhos

Que partem
Que choram
E para sempre fecham

O dominío é mudo
O suor gritante
No semblante inocente
Nada ficou como era antes

Sentir não bastaria
Pra seguir em frente
A força que comprime
Não surpreende mais
Tantos planos deixados
Pra trás

Gritos infinitos ecoando
Entre as dimensões do invisível
Sem oxigênio sobrevive o mal
No berço da saudade
Nada é natural

Por isso eu sei
Que quando acabar
Algo vai restar do nada

E no fim do dia
O sol vai desenhar
Aquela estrada escondida
No fundo dos olhos

By: Lulu
06.11.11

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Música: O chão da inércia (02.11.11)

A lua apagou
Acendeu a manhã
Um novo dia
Em uma história
Nada sã

O que sobra
Quando sobrios os olhos
Tentam enxergar
Além da neblina
O dia não nascerá

Dormindo profundamente
Sem descansar
Minguada a lua
Desistiu de brilhar
No sono dos justos
Quem vai julgar?

Escolhas erradas
Planos fracassados
As luzes do dia
Acenderam em vão

Os corpos dormentes
Permaneceram no chão
Secando ao sol
Sem jamais despertar

Queimando na sujeira das calçadas
Angústias de almas estraçalhadas
Atormentadas, perdidas
Viradas, esquecidas
Sem forças para
Estar em pé

Tropeços constantes
Violentos, cortantes
E uma decisão então impera
Na praça das mentiras
Não existe Primavera

Desaguam as nuvens
Tempestades bruscas
Inundam as ruas
Afundam-se os corpos
Submersos, profundos
Apodrecerão

Ninguém ouvirá
Conhecerá ou saberá
Quem tentavam ser
Jamais alguém dirá
Que esperavam espedaçados
O verão aquecer

Para seus olhos congelados
Enfim fazer tudo
Em volta se mover
E seus corações marcados
Talvez tornarem a bater

By: Lulu
02.11.11

Música: Tranversal (02.11.11)

Como vou suportar?
Agir não vai bastar
Eu vou correr
Não quero ver
Não quero estar aqui

Por que toda essa gente
Se contenta em existir?
Mais um ser comum
Simplesmente mais um
Sem nada a acrescentar

O que dizer
Quando nenhum argumento
É capaz de se fazer entender?

Dias cinzas, isolados
Ao meu lado ninguém
Não vou vestir a camiseta
Que não cabe no meu peito

Só para ter um jeito
Que me mantém
Como outro qualquer

Não vou maltratar
Minha conduta
Cuspindo minha moral

Se é assim
Vencer aqui
Sinto muito
Mas eu perdi

Dias cinzas, isolados
Ao meu lado ninguém
Não vou vestir a camiseta
Que não cabe no meu peito

Se há direito
Se há normal
Desisto de entender
E vou viver
Na transversal

Dias cinzas, isolados
Ao meu lado ninguém
Não vou vestir a camiseta
Que não cabe no meu peito

Não vou mentir
Proferindo inverdades
Só para adaptar
A maldade é a realidade
Que jamais me caberá

Não vou maltratar
Minha conduta
Cuspindo minha moral

Se é assim
Vencer aqui
Sinto muito
Mas eu perdi

Dias cinzas, isolados
Ao meu lado ninguém
Não vou vestir a camiseta
Que não cabe no meu peito

Se há direito
Se há normal
Desisto de entender
E vou viver
Na transversal

Não vou maltratar
Minha conduta
Cuspindo minha moral

Se é assim
Vencer aqui
Sinto muito
Mas eu perdi

By: Lulu
02.11.11

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Música: Normalidade padrão (1º de Novembro, 2011)

Sinto nojo
Demência moral
Sem dimensionar
O que cerca seu olhar
Faz das palavras armas
De alguém medroso e superficial

Tantos são assim
Vivem por aí
A sustentar o cotidiano
Com o "fácil" e usual

É duro, suado e desafiador
Ser astuto e autêntico
Aonde quer que for
Eu sei

Sinto nojo
Do lido com o mundo
Que só preza
O que parece certo
Por ser aceito normal

Sinto nojo
Reagir com inteligência
Parece ser solução
Apesar de complicado
Nesse mundo nada são
Desde sempre tão estranho

Sinto nojo
E também medo
De tudo ser mesmo assim
Transmitido do mais fundo
O que difere de mim

Na realidade dos dias comuns
Não sei se é loucura
Ser como eu sou
Mas prefiro continuar
Bem assim
Sendo quem sou

Abomino os modelos
De criaturas ideias
Posso morrer só
Com meus cães
E ninguém mais
Mas meu fim
Vai ser puro e em paz

É duro, suado e desafiador
Ser astuto e autêntico
Aonde quer que for
Eu sei

Sinto nojo
Do lido com o mundo
Que só preza
O que parece certo
Por ser aceito normal

Sinto nojo
Reagir com inteligência
Parece ser solução
Apesar de complicado
Nesse mundo nada são
Desde sempre tão estranho

Sinto nojo
E também medo
De tudo ser mesmo assim
Transmitido do mais fundo
O que difere de mim

Na realidade dos dias comuns
Não sei se é loucura
Ser como eu sou
Mas prefiro continuar
Bem assim

By: Lulu
1º de Novembro, 2011

Música: Insanável (1º de Novembro, 2011)

Quem é a dona
Dessa canção?
Onde estão as chaves
Dessa prisão?

Alguém me diz
Como posso ver
Por trás do desespero
De sempre perder

Nenhum elogio será capaz
De me salvar
Não há como me dar a mão
Ou minha dor curar

Meus passos são na contra-mão
Eu segui sem direção
E cheguei aonde
Ninguém quer estar

Precisava dizer
Não cabia mais aqui
Sangrou tanto
Que já não me importo
Em sujar minha face
A cada lágrima
De medo

Silenciando minha voz
A sós fiquei
Não mais cantei
Alguns sorriram
Aplaudindo a decisão
Pouco importa as feridas
Inflamando toda minha distração

Quem é a dona
Dessa canção?
Onde estão as chaves
Dessa prisão?

Se aqui dentro
Ninguém pode entrar
Sinto que jamais
Irei encontrar

Cansei de procurar
Não sei como buscar
No auxílio solução
Prefiro simplesmente deixar
A morte suturar
Minha excessiva infecção

Silenciando minha voz
A sós fiquei
Não mais cantei
Alguns sorriram
Aplaudindo a decisão
Pouco importa as feridas
Inflamando toda minha distração

Sinto tanto
(Tanto)
Em vão
(Em vão)

By: Lulu
1º de Novembro, 2011

Música: Subtamente nula (1º de Novembro, 2011)

Quando eu fechar os olhos
Acordar não vai valer
Quando eu pedir segredo
É porque já não
Tem mais como esconder

Arde, corrói, destrói por dentro
Acaba como o Sol
Que vai
Morrendo aos poucos
Eu nunca quis
Me entregar ou recoar

Pouco importa estar aqui
Tentar ou não desistir
Um dia a mais

Em silêncio ensurdeço
Desaparecendo em mim
Me perco enquanto escureço
Minha aflição jamais tem fim
Um dia a mais

Sem somar, se diluí
Falhando nada evoluí
Chances mortas uma a uma
Palavras sem som algum

Anos, meses, dias
Enjejum
Um dia a mais

Respirando involuntariamente
Ausente para sempre
A sensação de viver
Um dia a mais

Perdidas as verdades
Desfazem meus poemas
Acenda as luzes
Todos querem enxergar
A face abominável
Desse alguém a desabar
Um dia a mais

Vergonha, desatino
Melhor sumir com os espelhos
Cortes aparentes são somente
O que restou
De toda essa mentira
Que ainda não se enterrou
Um dia a mais

Quando eu fechar os olhos
Acordar não vai valer
Quando eu pedir segredo
É porque já não
Tem mais como esconder

Arde, corrói, destrói por dentro
Acaba como o Sol
Que vai
Morrendo aos poucos
Eu nunca quis
Me entregar ou recoar

Pouco importa estar aqui
Tentar ou não desistir
Subtamente nula

By: Lulu
1º de Novembro, 2011

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Música: Incandescente (27.10.11)

Eu sou a voz que escureceu
O silêncio concedido
Uma prisão funcional
Entre os dentes
Um punhal

Eu sou uma dor infinita
Alguém que você esqueceu
Uma angústia que não cessa
Um fim que nunca aconteceu

Deixo minhas melodias
Espalhadas pela área comum
Espero ao acordar
Estar um pouco sóbria
Pra explicar
Como tudo aconteceu

Uma lanterna apagada
No fim do dia
Verdades afogadas
Nostalgias e projetos
Não concretos cancelados
Empregnados no interior
De nós dois

Quando o vento chegou forte
Levou sem mostrar razão
Destruindo o que faz forte
Arrancando com precisão

Não sobrou nada
Não restou luz
Para enxergar quando o caminho
Teminou

Meu coração sofria
Minha alma congelou
No sopro inocente
O sol nascente condenou

Manhãs de inverno
Eram lembranças
Agora

Ao olhar pela janela
Vejo que já foi embora
E aqui estou

Fria, calada, longe
De qualquer canção
A um passo da libertação
Mesmo entre quatro paredes
Em salvação

Arrancada do meu peito
Uma parte de nós
Sangra com violência
Toda a perturbação
Então se foi

Em um impulso de verdade
Sem saudade eu vou agora
Arrebentar todas as paredes
Que estão a me cercar

Gritos profundos
Derrubam a solidão
Não mais muda
Ouviu-se a solução

Quando o vento chegou forte
Levou sem mostrar razão
Destruindo o que faz forte
Arrancando com precisão

Não sobrou nada
Não restou luz
Para enxergar quando o caminho
Teminou

Meu coração sofria
Minha alma congelou
No sopro inocente
O sol nascente condenou

Eu sou o brilho
Da noite
Eu sou o reflexo
Das águas cristalinas
Eu sou o inverso
Dos seus sonhos
Eu sou a lágrimas
Das suas feridas

Quando o vento chegou forte
Levou sem mostrar razão
Destruindo o que faz forte
Arrancando com precisão

Não sobrou nada
Não restou luz
Para enxergar quando o caminho
Teminou

By: Lulu
27.10.11

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Música: Dreno (26.10.11)

Uma volta inteira
Na desilusão
Quanto tempo passou
Perdido em vão

Até onde o sentimento
É capaz de suportar?
Quem resiste ao tormento
Quando a sorte mudar?

Não se apavore
Caso eu não volte
Pra contar
Quantos dias
Quantas horas
Hesitei enxergar

Lágrimas mortas
Melhor deixar pra trás
Certezas tortas
O afeto já não satisfaz

A dor que corta
Sempre acelera em mim
E é aqui que fica a prova
De que não finda
A tortura se a resposta
É sempre o fim

Por que eu tentei
Se já não alcançava
Além do próprio pranto
Eu não sei explicar

Perdi a paciência
Não vou sujar memórias
Com histórias sem sentido
Meus ouvidos não querem mais
Te escutar

Estou farta e meus olhos
Nunca mais irão
Te olhar

Sinceramente sinto muito
Por ver acabar assim
Mas todas essas palavras
Se puzeram muito antes
De tudo chegar ao fim

Uma volta inteira
Na desilusão
Quanto tempo passou
Perdido em vão

Até onde o sentimento
É capaz de suportar?
Quem resiste ao tormento
Quando a sorte mudar?

Perdi a paciência
Não vou sujar memórias
Com histórias sem sentido
Meus ouvidos não querem mais
Te escutar

Estou farta e meus olhos
Nunca mais irão
Te olhar

Perdi a paciência
Não vou sujar memórias
Com histórias sem sentido
Meus ouvidos não querem mais
Te escutar

Estou farta e meus olhos
Nunca mais irão
Te olhar

By: Lulu
26.10.11

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Música: Outubro (25.10.11)

Eu vou
Enquanto respirar
Seguir, tropeçar
Não desisto de avançar
Em algum lugar tranquilo
Haverá redenção

Entre os cortes
Do vento frio
A sorte de um verão
(Andando sem sinal algum)

Eu vou
Enquanto respirar
Seguir, tropeçar
Não desisto de avançar
Em algum lugar tranquilo
Haverá redenção

E então a salvo
Canto alto
Em gritos sem fim

No topo desse mundo
Eu sei alguém
Vai escutar
Perceber enfim
Que acabei de chegar

Eu vou
Enquanto respirar
Seguir, tropeçar
Não desisto de avançar
Em algum lugar tranquilo
Haverá redenção

Entre os cortes
Do vento frio
A sorte de um verão

By: Lulu
25.10.11

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Música: Enterrada (24.10.11)

Doeram meus olhos
Quando o Sol chegou
Mais um dia veio
O tempo acabou

Palavras ao vento
Sem sentido algum
Meus objetivos
Foram submersos em lágrimas
Vermelhas que secaram
Sem se apagar

Riscaram meu rosto
Deixaram sua cor
Traduzir a ferida
Que está em mim

Não sei fingir
Aceitar e partir
Quando o mundo me destrói
Sempre é profundo

Buscar outro modo
De respiração
Cansa a mente e intefere
Na força de cada pulmão

Sem luz, sem retorno
Sufoco e prometo
Não mais me entregar

Quero um recomeço
Não espero ganhar
Não planejo perder
Preciso enxergar por trás
De todo sangue
Onde está minha razão

Sede virgem de emoções
Viva
Inteira
Enterrada

Sem luz, sem retorno
Sufoco e prometo
Não mais me entregar

Quero um recomeço
Não espero ganhar
Não planejo perder
Preciso enxergar por trás
De todo sangue
Onde está minha razão

Sede virgem de emoções
Viva
Inteira
Enterrada

Sede virgem de emoções
Viva
Inteira
Enterrada

By: Lulu
24.10.11

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Música: Pedras, perdas e pérolas (19.10.11)

Talvez já seja tarde
Sei que passou da hora
Hoje tanto faz
Se demora ou vem
Depressa

Tudo o que eu sei
É que não me interessa mais
Buscar uma paz assim
Tão mentirosa
Suja e dolorosa

Nada faz sentido
Se eu não sinto
Em mim

Então não tenta
Me derrubar
Estou sem chão
Sem ar, suspensa
Por anzóis
De vidro laminado

Descrente no futuro
Semente do passado
Meu presente lentamente
Me faz sempre consolada

Eu não vou me perder
Pode acreditar
Basta ficar onde está
Não vir me empurrar

Um dia eu volto
Sem feridas
Simplesmente pra confirmar

Que ninguém é capaz
De me levar
Somente observar
De encontro aos meus olhos
O destino relatado
Quase sem contradição

Outro dia eu respondo
Como é seguir ao pé da letra
A voz do coração

Elogia, simplifica
Mas não tenta boicotar
Nada aqui justifica
Por isso não vou falar
Mais uma só palavra
Meu silêncio solidifica
A minha estrada

Tudo o que eu sei
É que não me interessa mais
Buscar uma paz assim
Tão mentirosa
Suja e dolorosa

Nada faz sentido
Se eu não sinto
Em mim

Então não tenta
Me derrubar
Estou sem chão
Sem ar, suspensa
Por anzóis
De vidro laminado

Descrente no futuro
Semente do passado
Meu presente lentamente
Me faz sempre consolada

Eu não vou me perder
Pode acreditar
Basta ficar onde está
Não vir me empurrar
(Não vem me empurrar, não)

By: Lulu
19.10.11

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Música: Deixei passar (18.10.11)

Algumas vezes é melhor
Deixar pra depois
Não contar a ninguém
O que se foi
Dentro de mim
Nada mais seu respira

Vou sem voltar
Em um caminho sem final
O instinto foi letal
Banhada em sangue
Eu sugeri o adeus
Eu disse tchau
Até depois
Quem sabe nunca mais

Um pouco de mim sossegou
Ganhando vida ao matar
Você aqui dentro

Não parece ser um bom momento
Pra cantar agora
Acabei de observar
Você indo embora
Sem deixar lugar vazio

Repleta de lembranças
Amargas a destilar
Venenos aptos a desnortear

Fiquei aqui
Deixando passar
De tudo um pouco
Até lentamente voltar

A história então começa
Quando silenciar de vez
Na lucidez do meu tempo
Não sobrou nenhum talvez

Caso você apareça
Outra vez aqui
Quero que esqueça
Que um dia eu pedi
Pra não mais partir

Siga sem pensar
Lembrar ou cogitar
Sinto muito
Acabou sua chance
De mudar

Facilmente comparável
A garrafa que secou
Nociva e finita
Tudo acabou

Fiquei aqui
Deixando passar
De tudo um pouco
Até lentamente voltar

A história então começa
Quando silenciar de vez
Na lucidez do meu tempo
Não sobrou nenhum talvez

Siga sem pensar
Lembrar ou cogitar
Sinto muito
Acabou sua chance
De mudar

By: Lulu
18.10.11

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Música: Jack (14.10.11)

Mais uma sexta-feira
Acaba de chegar
O céu sorri timidamente
Não sei como explicar

Tão sem razão lembrar
Da última sexta-feira
Que passei a esperar

Telefonemas contraditórios
Esclarecimentos nada claros
Respostas sem perguntas
Tudo nulo, vago, fútil
Mudando o rumo
Dos dias que viessem depois

Não era mês de Outubro
Não sei porque
Eu fui tão fundo
Ainda não entendi
O que me fez
Lembrar de ti

Justo agora
Bem na hora
Em que o café desceu amargo
Exatamente no momento
Onde lamento é o sentimento errado

Cruzam minha mente
Certezas embaralhadas
Lembranças infinitas
Do que há tanto se acabou

A sexta-feira em que desperçou
O plural que nos unia
Até então
Era verão mas o frio
Tomava conta do seu coração

Pra mim faltava chão
Eram cruéis os espinhos
Que você deixou em mim
Naquele copo havia
Medo, sofrimento e fim

Um atentado violento
De matar o que em mim soluçava
Agora eu sei
Porque lembrei

O dia nasceu
E era bem assim
O gosto do que enterrei

Quando você fechou os olhos
Quando você seguiu sem mim
Não era mês de Outubro
(Eu fui tão fundo)

Justo agora
Bem na hora
Em que o café desceu amargo
Exatamente no momento
Onde lamento é o sentimento errado

Cruzam minha mente
Certezas embaralhadas
Lembranças infinitas
Do que há tanto se acabou

A sexta-feira em que desperçou
O plural que nos unia
Até então
Era verão mas o frio
Tomava conta do seu coração

Pra mim faltava chão
Eram cruéis os espinhos
Que você deixou em mim
Naquele copo havia
Medo, sofrimento e fim

By: Lulu
14.10.11

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Música: Avelós (13.10.11)

Procurei um sentindo
Que pudesse explicar
A razão dessa angústia
Não parar

Hoje eu pensei em você
Lembrei de alguns
Momentos que me fizeram
Chegar (Onde estou)

Eram argumentos
Que o tempo transformou
A luz de velas
Senti correr
Lágrimas e o suor

Esperei por tanto tempo
Tropecei em nossos nós
E a sós chorei ao descobrir
Tentei sorrir para não mostrar
O quanto é triste enxergar

O que antes eram
Lindos laços
Contradizem meu sentir
Me enforcam
Me atormentam
Me aprisionam
Se eu deixar

Sinto muito
Preciso apagar a chama
Da vela que está
Queimando os meus pés

Escolher entre ser
Ou entender
Virou rotina
Então chegou a hora
De mostrar por onde
Resolvi seguir

Vou deixar o fogo apagar
No escuro andar
Sem enxergar nas suas sombras
Um lugar
Que acabou

Uma luz que findou
No tempo se misturou
Com o vento seco
Causando mal estar

Sem ar andei até
Cair no chão
Despedaçada supliquei
Por uma chance
Mas cansei

Os dias me levaram
Para outra direção
Se estou aqui agora
É para enfim respirar
Gritar, cantar, esclarecer

Os dias me levaram
Para outra direção
Se estou aqui agora
É para enfim te dizer

Já não é mais sua
Minha canção
Já não me importa
A solidão ao lado seu

O dia está lindo
Lá fora
Abro a porta
Deixo você se perder

By: Lulu
13.10.11

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Música: Cachorros (11.10.11)

Trocaria um ano inteiro
Por esses minutos
Até o sol deitar novamente
Cansar as pernas
Deixar novo o coração

Estar com vocês
Logo que amanhecer
Pouco basta pra ver
Brilhar feito estrela
De encontro ao meu rosto
Dá tanto gosto
Estar com vocês

Entregaria todo o meu tempo
Sem pensar em nada mais
Passaria o dia todo aqui
Com vocês

Trocaria tudo
Para estar aqui
Descubrindo a fundo
O que ainda não percebi

Do tanto que tráz
Da paz que se faz
Presente ao enxergar
Nos olhares o que move
Meu viver

Mais um dia à despertar
Sigo então a confirmar
Trocaria tudo só para entender
O que querem dizer
Ao me olhar
Desse jeito singular

É Impossível não amar
Não fazer cantar
A voz da emoção
De ficar assim
Frente a frente
Com o que conduz
O melhor de mim

Entregaria todo o meu tempo
Sem pensar em nada mais
Passaria o dia todo aqui
Com vocês

Trocaria tudo
Para estar aqui
Descubrindo a fundo
O que ainda não percebi

Do tanto que tráz
Da paz que se faz
Presente ao enxergar
Nos olhares o que move
Meu viver

Trocaria tudo
Para aqui ficar
Para sempre

Trocaria todo o futuro
Por esse presente
É tão lindo entender
A certeza do bem
Que faz, estar
Com vocês

By: Lulu
11.10.11

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Música: Quando amanhecer (07.10.11)

Arderam meus olhos
O dia nasceu
Milhões de motivos
No tempo
Meu desejo se perdeu

Onde tudo foi parar?
Quem eram os que estavam
Ao meu lado
Enquanto não fazia
Mais que tentar?

Já perdi as contas
De quantas foram as vezes
Que ninguém estava aqui
Houveram dias em que
Sozinho meu corpo desistiu

Sempre que anoitece
A mente esquece um pouco mais
Volta pr'o lugar
Ou some de vez
Tudo o que controla talvez
A vontade de voltar
A sentir saudade
De viver e ser capaz

De enxergar no escuro
Escutando somente a canção
Lutar duro mesmo quando
Não sobra força
Nem para a respiração

Olhar fundo mesmo que o Mundo
Se torne um só canto
De mim
Jamais perder tempo
Crendo que o começo perdura
Levando ao fim
Sem lembrar como acontece
Quando não se desiste

Olha, veja como cresci
Sinta, mesmo sem
Que eu possa tocar em ti

Nos meus olhos carrego
A dor e a razão
De estar
Tão longe e tão perto
Do que sempre certo
Se fez nosso
Sem precisar
De nada mais
Que boa vontade
Para quem quiser guardar

Se um dia bater
Vontade de voltar
Saiba que um sorriso
É mais fácil
E ninguém precisa autorizar

Basta fechar os olhos
Deixar a alma se guiar
Pela canção
Que eu mesma disse
Ser minha inspiração
Alicerce que leva a vida
Ao mais bonito
Canto do coração

Sempre que anoitece
A mente esquece um pouco mais
Volta pr'o lugar
Ou some de vez
Tudo o que controla talvez
A vontade de voltar
A sentir saudade
De viver e ser capaz

De enxergar no escuro
Escutando somente a canção
Lutar duro mesmo quando
Não sobra força
Nem para a respiração

Olhar fundo mesmo que o Mundo
Se torne um só canto
De mim
Jamais perder tempo
Crendo que o começo perdura
Levando ao fim
Sem lembrar como acontece
Quando não se desiste

Olha, veja como cresci
Sinta, mesmo sem
Que eu possa tocar em ti

Nos meus olhos carrego
A dor e a razão
De estar
Tão longe e tão perto
Do que sempre certo
Se fez nosso
Sem precisar
De nada mais
Que boa vontade
Para quem quiser guardar

By: Lulu
07.10.11

Música: Néctar (07.10.11)

Eu não queria
Ver tudo acabar
Tentei de tudo
Até não suportar

Quantas vezes busquei
Sem encontrar
Algum lugar distante
Que hoje só existe
Ao lembrar

O plural era verdade
E nenhuma maldade
Rasgava as flores
Envolta de nós

O medo me levou
E do abismo vi voar
Uma fênix no céu

O silêncio e um papel
Pronto para recomeçar
Junto as cores mais bonitas
Que as borboletas
Deixaram ao partir

A dor vira nostalgia
E só resta seguir

Vou buscar diversão
Entre as nuvens
Entre os dias

Coração
Encontrar enfim
Uma nova solução

E quem sabe outro dia
Cantar com você
Essa canção

Eu não queria
Ver tudo acabar
Tentei de tudo
Até não suportar

Quantas vezes busquei
Sem encontrar
Algum lugar distante
Que hoje só existe
Ao lembrar

Vou buscar diversão
Entre as nuvens
Entre os dias

Coração
Encontrar enfim
Uma nova solução

Vou buscar diversão
Entre as nuvens
Entre os dias

Coração
Encontrar enfim
Uma nova solução

By: LUlu
07.10.11

domingo, 2 de outubro de 2011

Música: Vesúvio (02.10.11)

Dezembro, sol, calor
E agônia
Sofrendo em silêncio
Meu anseio sabia
Que seria a última vez

Sentindo o fim chegar
Me encontrei a soluçar
Perdida em outros braços
Sem entender
Como pôde acontecer

Não poderia ser real
Uma injeção de desrespeito
Em cheio me atingiu
Naquele dia enfim
Minha força desistiu
De carregar você comigo

Não foi em você
Que encontrei
Abrigo quando eu chorei

Não foi você
Que eu abracei
Quando a dor
Me fazia não aguentar
Os passos que tinha
A andar

Então segui pr'outro lugar
Sem direção
(sem mais esperar por você)
Apenas com a decisão
De nunca mais
Voltar

De nunca mais
Deixar
Você ferir minha vida

Sem ao menos
Se prestar
Para estancar
A hemorragia
Que sorria a te esperar

Cada vez que em vão
Eu tentava acreditar
Perdoando sem saber
Que estava matando em mim
A ousadia do dia
Que faria você estar
Longe de mim

Dezembro, sol, calor
E agônia
Sofrendo em silêncio
Meu anseio sabia
Que seria a última vez

Sentindo o fim chegar
Me encontrei a soluçar
Perdida em outros braços
Sem entender
Como pôde acontecer

Dezembro, sol, calor
E agônia
Sofrendo em silêncio
Meu anseio sabia
Que seria a última vez

By: Lulu
02.10.11

sábado, 1 de outubro de 2011

Música: Jogando tudo fora (1º de Outubro, 2011)

As escadas desse lugar
Gravaram tudo aquilo
Que hoje resolvi guardar
Pra sempre

Eram dias comuns
Coração quente
Alma frágil
Tentando não adormecer

Escrevi canções pra tentar te convencer
Que o que era do bem
Tinha que prevalecer

De nada adiantou
Assim como a chuva secou
Tudo o que existia em você
Se tornou frio

Agora eu vou partir
Sem chance alguma
De abrir outra vez
A caixa onde guardei
As dores que eu musiquei

Sentindo tanto
Por perder
Sentindo tanto
Por saber
Que você não iria mais voltar

O vácuo ocupou de vez
O lugar do seu coração

Hoje eu deixei voar
Sem esforço pra tentar
Juntar os restos
De nós dois

Então pra sempre
Se foi
Uma história de uma
Só alma
Que se salva
Ao deixar ir

Você
Está sendo jogada
Pouco a pouco
Fora
Do mesmo jeito
Que eu fui

Mas vou fazer
Bem diferente
Sabendo que está ausente
E nada sente sua emoção

Portanto se nada existe
Não vou matar ou ferir
Ao deixar ir embora

Abro as portas
Do que é meu
Dando adeus a solidão

Fecho as portas
Sem culpa
Não vou magoar
Alguém incapaz
De sentir o próprio
Coração pulsar

Agora eu vou partir
Sem chance alguma
De abrir outra vez
A caixa onde guardei
As dores que eu musiquei

Sentindo tanto
Por perder
Sentindo tanto
Por saber
Que você não iria mais voltar

O vácuo ocupou de vez
O lugar do seu coração

Hoje eu deixei voar
Sem esforço pra tentar
Juntar os restos
De nós dois

Jogo fora
A dor
O medo
As lágrimas
E tudo se desfaz

Minha verdade se refaz
Sem você
Vou viver
Em paz
(vou viver em paz)

By: Lulu
1º de Outubro, 2011

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Música: Notas do silêncio (28.09.11)

Perdi a conta de quantas vezes
Eu busquei o seu olhar
Hoje decidi seguir em frente
Sem virar pra procurar

Algumas lágrimas no silêncio
Lentamente mostraram
Bem mais que a dor
De esperar

Implorar em vão
Pra alguém que
Já não sente a presença
Do coração
Intervir no destino daquilo que faz

Então não volte atrás
Agora eu não preciso mais
Achei o que faltava aqui
Dentro do dia em que perdi
Você, nasceu em mim
Um outro lugar

Onde só lembranças
Servem pra conservar

Razões vivas
Emoções precisas
Anestesiada olho longe
Simplesmente pra não ver
Você passar

Pela minha vida
Sem nada a declarar

Ferida eu chorei
Tantas noites sem entender
Como alguém podia ser assim
Deixar correr o pranto
Sem fim

Tendo poder de ver
Sorrir ao dar a mão

Os meus poemas
Não sei se existem
Ou não

Alguns rasgados
Estão guardados em meu coração

Intactos e perfeitos
Sentimentos jamais são em vão
E dentro do meu peito
Escondem-se do seu jeito
Ignorando a face da escuridão

Olho pra frente
Não quero enxergar
Refletido no vazio do seu olhar
O desprezo do que um dia
Fui capaz de amar

Algumas lágrimas no silêncio
Lentamente mostraram
Bem mais que a dor
De esperar

Implorar em vão
Pra alguém que
Já não sente a presença
Do coração
Intervir no destino daquilo que faz

Então não volte atrás
Agora eu não preciso mais
Achei o que faltava aqui
Dentro do dia em que perdi
Você, nasceu em mim
Um outro lugar

Onde só lembranças
Servem pra conservar

Razões vivas
Emoções precisas
Anestesiada olho longe
Simplesmente pra não ver
Você passar

By: Lulu
28.09.11

domingo, 25 de setembro de 2011

Música: Etros (25.09.11)

Um passo certo sem chão
Um chão deserto plural
Um abrir de olhos qualquer
Uma cegueira letal

Sempre acontece assim
Nada resta pra contar
O sangue quente desce
Para escrever o meu final

Ninguém jamais esquece
Então algo apodrece
Um pouco mais

Sem sutura sangra até secar
Quero saber quem pode aguentar
No meu lugar?

Toda vez que falta pé pr'andar
Toda vez que se quer chegar

Falta ar
Falta mão

Só sobra um coração
Ardendo em chamas
Sem queimar

Agoniado o suficiente
Pra não mais segurar
A vontade louca de cantar
Até estourar a garganta
Pra ver se isso espanta
O mal estar

Pra ver se adianta
Ou tráz de volta
A ânsia de recomeçar

Um passo certo sem chão
Um chão deserto plural
Um abrir de olhos qualquer
Uma cegueira letal

Não sei por que
Mas sempre foi assim
N'um indo e vindo
Sem fim

Milhões de vozes
Incapazes de sonorizar
Tantos olhares
Sem a chance de enxergar
Orientar, direcionar
Além das dores
O que vocês vão deixar
Pra mim agora?

Um passo certo sem chão
Um chão deserto plural
Um abrir de olhos qualquer
Uma cegueira letal

Se não há flores
E ninguém além de mim
Chora
A hora de escapar
É agora

Ensaio pra quando
Chegar
Partir sem demora

Lá fora
Em um Mundo qualquer
Longe daqui
Eu sei que está
O lugar feito especialmente
Para me azilar

Um passo certo sem chão
Um chão deserto plural
Um abrir de olhos qualquer
Uma cegueira letal

By: Lulu
25.09.11

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Música: Gente ruim (22.09.11)

Viro o rosto
Não quero encontrar
Mais desgosto
Ao te encarar

Falsidade crônica
Sorriso mentiroso
Meu peito está nervoso
Melhor se afastar

Me contendo pra não explodir
Me policiando e segurando
O soco através da canção

Com ousadia resperei fundo
Não vai haver ninguém
No mundo capaz
De me fazer voltar
Ao encontro de tudo
O que te leva a tentar

Horrorizar com a minha mente
Mas meu silêncio ri em paz
Descansa minha voz
Sua alma não se acalma
A minha vida vence você
Outra vez

Nada consegue
Nada se torna
Nada como sempre
Nada é

Meu olhar esfriou
O gelo que vinha de você
Fez muito além de cortar
Com sangue na garganta
Minha alma canta
Até passar

Não vai haver ninguém
No mundo capaz
De me fazer voltar
Ao encontro de tudo
O que te leva a tentar

Nada consegue
Nada se torna
Nada como sempre
Nada é

Não me olha mais
Segue sem virar pra trás
Meu amor cicatrizou
Ferida aberta foi o que sobrou
Com pus compuz
Pra te ver longe daqui
Escuta agora
O que antes
Eu não quiz
Dizer

Quero que se foda
Você
Quero que se inunde
Em desprazer
E que jamais possa esquecer
De mim
Do final sempre igual
Assim

Nada consegue
Nada se torna
Nada como sempre
Nada é

Nada consegue
Nada se torna
Nada como sempre
Nada é

Vai pra puta que pariu
Ainda bem tudo sumiu
No meu ouvido
Nada mais zuniu

By: Lulu
22.09.11

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Música: Partida (20.09.11)

Foi bem assim
Como eu vou contar
Um vento triste
Encostou meu olhar

Veio amaldiçoar minha sensação
A vontade de chorar
Gritou tão alto
Que não consegui calar

E minha face
Se inundou
Em um pranto de sangue
Angústia e desamor

Tudo o que eu queria
Ria de mim
Tripudiando meu cansaço
Sem ter fim

Quero ir em frente
Não vejo retorno
E não quero voltar

Mas mesmo que eu insista
Algo trava minha força
Fazendo tudo aqui parar

Tentei várias vezes
Tento sempre mais
Nada funciona
E eu caio ao chão
Sem paz

Não quero mais
Viver assim
A face estranha que domina
Minha imagem
Alucina minha canção
Me reivento e falta rima
A voz embarga imperfeição

Dói sentir partir outra vez
A chance de ser
Mais da metade de mim

Respiro e inspiro
Total desespero
Acordo do pesadelo
Sem jamais repousar
Me encontro com o espelho
E só resta vontade
De fazer tudo acabar
Agora

Porque minha alma chora
Sem saber como acalmar
A violência de tentar
Em vão trazer
O que do coração
Transborda em lágrimas

Foi bem assim
Como eu cantei
Sempre é tão triste
Enxergar

Que não sou
Nem parte do que
Em mim transborda
Ao ponto de trucidar

Foi bem assim
Que eu acabei
Sangrando o medo
Cubriu-me até sufocar
Em segredo a coragem
Decidiu se entregar

Tentei várias vezes
Tento sempre mais
Nada funciona
E eu caio ao chão
Sem paz

Não quero mais
Viver assim
A face estranha que domina
Minha imagem
Alucina minha canção
Me reivento e falta rima
A voz embarga imperfeição

Dói sentir partir outra vez
A chance de ser
Mais da metade de mim

By: Lulu
20.09.11

domingo, 18 de setembro de 2011

Música Consequências (18.09.11)

Agora com todos os sorrisos
Desmachados
Sua imagem manchada
Não consegue mais
Atravessar além dos meus olhos

Construí barras de ferro
No meu coração
Sua estúpidez nunca mais
Vai me dar a mão

Joguei fora as lembranças
Do vazio que em mim ficou
Eram todas de mentira
Então o tempo transformou
E foi assim que eu aprendi
O que ninguém de mim
Jamais tirou

Sangue, pulmão, nervos
E canções sem fim
Evoluindo lentamente
Arranco a raíz do que é ruim
(de dentro de mim)

Pode até doer
Pode até sangrar
Sou feita de energias
Que você deixou pra trás

Sangue, pulmão, nervos
E canções sem fim
Evoluindo lentamente
Arranco a raíz do que é ruim
(de dentro de mim)

De vez em quando
Falta força e é possível
Sentir (acabar)

Consequência de uma alma
Que não se contenta
Até chegar

Podendo até cair
Podendo até chorar
Podendo errar, sofrer
Acreditar que desistir
É o melhor a fazer

(Não ser como você)
É o que salva minha estrada

Sangue, pulmão, nervos
E canções sem fim
Evoluindo lentamente
Arranco a raíz do que é ruim
(de dentro de mim)

E eu escolhi viver
Eu escolhi ser sempre
O que eu sentir
Eu escolhi me convencer
Do que aprendi
(mais uma vez)

Sangue, pulmão, nervos
E canções sem fim
Evoluindo lentamente
Arranco a raíz do que é ruim
(de dentro de mim)

Ao longo dos poemas
Sempre vão haver falácias
Ervas daninhas e espinhos
Disfarçados de libélulas douradas
Que pousam em corações
De almas escancaradas
(iludidas e enganadas)

Concluindo-se em lição
Depois de muitos cortes
As feridas vão virando cicatrizes
E como as folhas mortas
Que se vão junto do Inverno
(lembranças nunca são iguais)

O que antes inspirava
Hoje em mim descansa em paz
O bem fica na história
E a maldade acaba aqui
Junto do fato silenciado
Por quem não mais quer sentir

Sangue, pulmão, nervos
E canções sem fim
Evoluindo lentamente
Arranco a raíz do que é ruim
(de dentro de mim)

By: Lulu
18.09.11