sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Música: Escravidão de almas (29.11.12)

Já faz tanto tempo
Mas ainda me retém
Posso sentir o cheiro
Como se fosse agora
A repugnância a incorporar meu ser

Incapaz de ver o que acontecia
A sombra maldida
Do seu gozo vão
Cobria toda a minha perturbação

Dias e noites tentando sobreviver
Escravizada em sua frustração
Impedida de prestar atenção
Sodomizando nossa direção
Extasiando-se em mera ilusão
Pintando de sangue as memórias
Que jamais se vão

Eu não entrego o presente
Dos fatos mas não sei por que
Não há como escapar
Do passado atormentado
Que faz meu silêncio sufocado urrar

Seus suspiros revelavam
O estupro conscientido da minha emoção
Todo o vestígio de revolta
Era feito da solidão

Medo e coragem
Na mesma linha torta
Estupidez e vantagem
Em direções opostas
Nossas almas a sangrar

No abuso da minha alma já deflorada
Soprava pétalas em meu túmulo sem notar
Como o fio da espada
Que durante a madrugada
Rompe meu sono
Mutilando seu intímo
Cada vez que eu despertar

Findaram-se as orgias
Jamais as agonias
Anos passam
Dias seguem
Sem levar o que sobrou
Da sua macabra plenitude

Mas o Sol que brilha hoje
Expressa a paz
De suas atitudes
Quando desperço pesadelos
Prezo o âmparo da nossa lucidez

Quem sabe dessa vez
A noite seja serenata
O pervertido não volta
Mesmo quando sangra a revolta
Alucinando o repousar

No abuso da minha alma já deflorada
Soprava pétalas em meu túmulo sem notar
Como o fio da espada
Que durante a madrugada
Rompe meu sono
Mutilando seu intímo
Cada vez que eu despertar


Findaram-se as orgias
Jamais as agonias
Anos passam
Dias seguem
Sem levar o que sobrou
Da sua macabra plenitude

Mas o Sol que brilha hoje
Expressa a paz
De suas atitudes
Quando desperço pesadelos
Prezo o âmparo da nossa lucidez

Quem sabe dessa vez
A noite seja serenata
O pervertido não volta
Mesmo quando sangra a revolta
Alucinando o repousar

By: Lulu
29.11.12

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Música: Como respirar (27.12.12)

Quero ir até o fim
Mas como encontrar?
Trazer de volta a visão
Para que eu possa andar?

Depois da última queda
Quem me viu
Não mais poderá crer
Sou eu

E como fui parar aqui?
Como pude eu parar?
São perguntas que eu
Não posso responder
Simplesmente aconteceu

Infelizmente tão diferente
De quando erámos
Você e eu

Olhar p'ra frente
Não é fácil
Quando os pés descalços
Não encostam em um chão
A raíz no tempo avesso
Destruiu minha solução

E sozinha eu andei enquanto pude
Me perdi quando em alta latide
E agora como faço?
Juro que eu não sei

Tentei não errar
Me entregar sem entender
Como se faz p'ra respirar aqui
Nesse mundo de mentira
Onde o normal é fingir

Ninguém consegue mais
Destinguir a realidade
Desse cenário de tantos jejuns

Acordo pronta para guerra
Não quero ser só mais um
Coração que precisa
De uma mão p'ra segurar
De uma alma que me ampare
Para que eu consiga andar
Como antes

Talvez ir mais adiante
E encontrar o que deixei
Pelo caminho sombrio

Sinto muito
Não era essa a intenção
Destruída, meus pedaços
São laços em decomposição

Junto meus cacos
Reclusa me refaço
Quem sabe é um novo passo
E um dia eu me acho
E conto como é
Viver sem ter noção

Aprendendo a direção
Por dentro do buraco
Mais profundo
Que me dissolve do mundo
Até não restar opção
Ou ação de salvação

Na água fervente
Aprendendo a nadar
E quando o ar faltar
E mesmo assim o coração resistir

Vai ver que é hora de escutar
Um recado sobre
O meu legado
Sobreviver além do bem e do mal

Como sempre
Como sempre
Como na última vez
Que eu percebi
Que era exatamente assim

Toda a vida verdadeira
É feita de muitos finais
Todas as faces de vitória
Já descançaram em paz

Tudo bem, entendi
É assim que se faz

By: Lulu
27.11.12

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Música: Desfeito (23.11.12)


Ano a ano posto fora
E eu fingindo não ver
Não queria o desgosto
De me entristecer

Por saber
Que nada mais
Faria voltar

Um começo dolorido
Uma a uma das curvas vencidas
E aonde foi terminar?

A estrada destruída
Me fez as cinzas voltar

Mas se há canções
Eu vou cantar
Continuarei
Mesmo se a voz faltar
Nada apaga este relato
E o que sobra é tentar

Um começo dolorido
Uma a uma das curvas vencidas
E aonde foi terminar?

A estrada destruída
Me fez as cinzas voltar

Sou fênix
Sou a vida
Te implorando respirar

By: Lulu

domingo, 18 de novembro de 2012

Música: Muito além da face (18.11.12)


Sinto muito se não faz sentido
Quando chega ao seu ouvido
O que eu sei é que é só meu

Nada de dramatização
Mas se você sente apelativo
Nada que eu diga 
Vai mudar sua opinião

Assim como não vai tirar minha razão
De ser assim
Dar tudo o que há
Dentro de mim
Sem me importar 
Com a consequência
De mostrar o que há no avesso
Dessa face de efêmera superação

Deixa eu cantar
Deixa que os gritos
Queimem o ar 
Não deixando restar
Um espaço mais puro 
Para respirar

Essa sou eu
Minha canção
Meu coração
Posto p'ra fora
Em forma de composição

Não fuja agora
Que eu te deixei descobrir
Que o mundo vai além
Dos meus lábios a te sorrir

Decepção?
Não sei p'ra quem
Basta tentar enxergar 
Além do espelho 
E então perceber
Que por dentro dos próprios olhos
Sempre a alguém a se esconder

Não deixo assim
Eu vou buscar
Essa sou eu agora
E nada mais me faz voltar

By: Lulu
18.11.12

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Música: Reflexos do tempo (15.11.12)

O tempo por vezes
Irá atrofiar histórias
Corações ferir
E mentes lesar

Quem sabe outro dia
Perceba enfim
Quem eramos nós
E agora quem és?
Quem eu sou?

Sei que nada restou
E até mesmo a saudade
O tempo apagou

O tempo por vezes
Irá atrofiar histórias
Corações ferir
Memórias destruir

Com o presente
Tão longe do que aconteceu
Quem eramos nós
E agora quem és?
Quem eu sou?

Não sei mais definir porquês
Não sei mais pontuar momentos
Esenta a qualquer sentimento
Eu vou seguir sozinha

Agora ciente
Que sempre chega a hora
O auge do tormento
É simplesmente a dor
Saindo porta a fora

O tempo por vezes
Irá atrofiar histórias
Corações ferir
E mentes lesar

Quem eramos nós
E agora quem és?
Quem eu sou?

O tempo por vezes
Irá atrofiar histórias
Corações ferir
Memórias destruir

O tempo, o tempo
Se foi mais um inverno
Receba esse Verão
Sem me esperar

Faz tempo
Que eu ganhei do tempo
A razão necessária
P'ra nunca mais voltar

By: Lulu
15.11.12

sábado, 10 de novembro de 2012

Música: Reação final (10.11.12)

Corri e tentei
Me esconder
Não quis lutar
Por saber
Que iria ser dessa vez

Cabeças rolariam
Sangue tomaria o chão
Tentei de todas as formas
Evitar a destruição

Um, dois, três...
Corpos no chão
Um, dois, três...
Almas sem perdão
Um, dois, três...
Razões infinitas
Que não cabem na canção

Morte de dentro p'ra fora
Hoje o sangue vai correr
Quando eu abrir essa porta
É melhor você se esconder

Chegou minha vez de buscar
O meu lugar nessa escuridão
Quando o dia acabar
Minhas mãos estarão
Sujas com sua podridão

Um, dois, três...
Corpos no chão
Um, dois, três...
Almas sem perdão
Um, dois, três...
Razões infinitas
Que não cabem na canção

Não pude segurar
Agora é p'ra acabar
Cortando pela raíz
Tudo o que acaba comigo
Sem temer qualquer perigo
Executarei cada ação

Um, dois, três...
Corpos no chão
Um, dois, três...
Almas sem perdão
Um, dois, três...
Razões infinitas
Que não cabem na canção

Um, dois, três...
Corpos no chão
Um, dois, três...
Almas sem perdão
Um, dois, três...
Razões infinitas
Que não cabem na canção

A solução distraída
Coube a eliminação
Um, dois, três...

Todos sem vida
Como a mente desprovida
De sorte
Ferida, adoecida
Desde que por desordem
Se encontrou nessa combustão

Um, dois, três...
Cortes
Um, dois, três...
Cortes
Um... fim

By: Lulu
10.11.12