quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Música: O chão da inércia (02.11.11)

A lua apagou
Acendeu a manhã
Um novo dia
Em uma história
Nada sã

O que sobra
Quando sobrios os olhos
Tentam enxergar
Além da neblina
O dia não nascerá

Dormindo profundamente
Sem descansar
Minguada a lua
Desistiu de brilhar
No sono dos justos
Quem vai julgar?

Escolhas erradas
Planos fracassados
As luzes do dia
Acenderam em vão

Os corpos dormentes
Permaneceram no chão
Secando ao sol
Sem jamais despertar

Queimando na sujeira das calçadas
Angústias de almas estraçalhadas
Atormentadas, perdidas
Viradas, esquecidas
Sem forças para
Estar em pé

Tropeços constantes
Violentos, cortantes
E uma decisão então impera
Na praça das mentiras
Não existe Primavera

Desaguam as nuvens
Tempestades bruscas
Inundam as ruas
Afundam-se os corpos
Submersos, profundos
Apodrecerão

Ninguém ouvirá
Conhecerá ou saberá
Quem tentavam ser
Jamais alguém dirá
Que esperavam espedaçados
O verão aquecer

Para seus olhos congelados
Enfim fazer tudo
Em volta se mover
E seus corações marcados
Talvez tornarem a bater

By: Lulu
02.11.11

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