sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Música: Mortal (30.12.11)

Antes do dia nascer
Com o cabelo esculachado
Café quente e olhos assustados
(Vai começar)
A jornada que a madrugada
Fez de tudo
Pra maltratar
(Por trás da face séria)

Curvas e ilusões
Por todo o trajéto
Lágrimas perpétuas
Que congelam uma
Solidão sem fim

O que são essas cores desbotadas?
Por que os passáros
Acordaram calados?

Não é um dia comum
Tatuagens invisíveis
Inflingem o aspecto original
E dentro do coração
Há um vazio descomunal

Certezas convulsivas
Alucinam em emoções descompensadas
No transe do despertar
Memórias aziladas
Deixam livre a insanidade
Respirando sem entender
O por quê
(De aqui estar)

Tantos dias e noites
Que se emendam
Sem dar trégua
Ao que chorar


Curvas e ilusões
Por todo o trajéto
Lágrimas perpétuas
Que congelam uma
Solidão sem fim

O que são essas cores desbotadas?
Por que os passáros
Acordaram calados?

Ninguém pode responder
O mundo morreu
Sem perceber
E assim mais um pouco
Indo embora pra sempre
Dormentes as verdades
Se tornam ausentes

E por mais que tentem alcançar
Jamais terão de volta
O que o tempo calar


Curvas e ilusões
Por todo o trajéto
Lágrimas perpétuas
Que congelam uma
Solidão sem fim

O que são essas cores desbotadas?
Por que os passáros
Acordaram calados?

Insegurança em meio ao caos
Sofrimento a soluçar
Só mais um momento
Pra colecionar

Lamentos não vão resultar
Em nada mais
Sangramentos incontidos
Deixam contrangidos
Cada um que perguntar

O que são essas cores desbotadas?
Por que os passáros
Acordaram calados?

Nunca vamos saber
Não vamos entender
Aconteceu frente aos nossos olhos
Quando viramos a alma
Em outra direção

Se foram todas as cores
Em meio a distração
Cairam os passáros
Todos mortos no chão

By: Lulu
30.12.11

Música: Estou aqui (30.12.11)


Antes de sair de cena
Vale a pena lembrar
Todos os meus poemas
Eram feitos por te amar

Agora aprendi
Que a razão sempre
Descobre antes
O final

E a canção
Que toca no coração
Nunca mais se escuta igual

Hoje eu disse
Até logo
Eu não voltarei
Sacrificios e saudades
Nunca planejei ficar
(Sozinha e sem forças
Pra tentar)

Trajetórias opostas
Sentimentos em vãos
De apostas silenciosas
Vacilantes, desgostosas
Sem perceber foi pra sempre
Que acabou

Rompidas almas pulsam
Brandamente a enlouquecer
Nada vai satisfazer
Essa vontade de voltar

Dizer que sinto muito
Não vai fazer diferença
Talvez você esqueça
De lembrar que eu faltei
Não sei se existe mais
Na paz que conquistei

Arde demais a ausência
Que não cogitei
E agora é tarde
Para desaparecer
É cedo pra buscar
No fundo dos seus medos
Um lugar que eu possa estar

Nos piores pesadelos
Não restam mais espaços
Para recomeçar
Me aqueço em sentimentos
E deixo o tempo curar

Sei como é sentir dor
Já senti o peito chorar
Gritei só para sobreviver
Enquanto tudo se acabava
Não sabia como proceder
Mas nada disso importava

Estou aqui
Jamais deixei de crêr
Que o amor
Faz cicatrizar

Todos os cortes
E sombras que a vida
Faz questão de deixar

Estou aqui
(Estou aqui)(2x)
Haja o que houver
Meu coração
Não vai sair

Estou aqui
(Estou aqui)(2x)
Mãos dadas estancam
O que sangrar

Estou aqui
(Estou aqui)(2x)
Cada vez que algo
Te impedir de sorrir

Estou aqui
(Estou aqui)(2x)
Dentre as feridas
Do meu peito
Um abrigo feito
De versos pra você

Estou aqui
E por mais longe
Que isso for
Saiba que é
Com todo amor que
Estou... aqui

By: Lulu
30.12.11

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Música: Pagando o preço (26.12.11)

Tudo vazio
A começar
Mais uma vez
Tentando crêr
Antes de desabar

Queria desaparecer
Naquela hora
A nostálgia  me trazia
Porta a fora

Errei a direção
Sem perder o sentido
Não sei por que
Meu mundo é tão sofrido

Eu não iludo
Mas ainda sinto dolorido
Diluído em cada canto
A melhor parte
Do meu coração

Ninguém mais quer
Saber se existe
Além da compaixão
Uma alma completa
Por de trás da solidão

Um  medo ausente de culpa
Naturalmente aguçado
É hora de jogar todas
As fichas

Ganhar ou perder
Pouco vai importar
Se deixar ao partir
O que habita
Muito mais
Do que eu cantar

Viver por sí
Nada interessa mais
Viver aqui

O resto não é mais
Que uma camada
Do passado
Quando o dia amanhecer

Pagando para proteger
O que vale de verdade
O preço que empobrece
As alegrias
Promovendo a infinitude
Do prazer do singular

Nascer é um jejum
Carente da própria coragem
(De alimentar)
(Fazer crescer)

O que existe
Não é nada
Que não possa

Se desfazer
Se refazer
Se esconder pra quê?
Fugir de quem?

Se estou aqui
É para demonstrar
Que há muito
Pra falar
E nada ou alguém
Irá fazer minha força
Se esfarelar

O brilho das estrelas
Cega a dor
Em um luar

Há quem não pare
Se quer para apreciar
Há quem diga
Não ter tempo
De se emocionar

Intrigas, verdades
(Silêncio)
Foi longe demais
Agora é hora
De fazer um pouco mais

O jogo vai virar
Apostas sempre vão valer
O que se subtraí
Não vai servir
Para matar

Apenas vai abaster
O prazer de ser capaz
De mais

Muito mais
Mais e mais
E mais... e

Nascer é um jejum
Carente da própria coragem
(De alimentar)
(Fazer crescer)

O que existe
Não é nada
Que não possa

Se desfazer
Se refazer
Se esconder pra quê?
Fugir de quem?

Se estou aqui
É para demonstrar
Que há muito
Pra falar
E nada ou alguém
Irá fazer minha força
Se esfarelar

Intrigas, verdades
(Silêncio)
Foi longe demais
Agora é hora
De fazer um pouco mais

O jogo vai virar
Apostas sempre vão valer
O que se subtraí
Não vai servir
Para matar

Apenas vai abaster
O prazer de ser capaz
De mais

By: Lulu
26.12.11

sábado, 24 de dezembro de 2011

Música: Sobr iedade (24.12.11)

Nasce o medo
Com a chuva
Cicatrizes ainda visiveis
Do que há pouco
Ainda sangrava

Intervalos de memórias
Dentro do escuro
Do dia
Relutam o tempo inteiro
Sem se apagar

Aonde quer que estejamos
Nessa noite
A única certeza
É a distância entre nós

Muito mais do que
A voz que não se ouve
Muito maior que o tempo
Que passa sem que
Nossos olhos
Se deixem tocar

Uma navalha aberta
No caminho que era nosso
E nada mais

Sangue no rosto
Janelas fechadas
Um susto e um adeus
Pra sempre desatada
A estrada desapareceu

Aonde quer que estejamos
Nessa noite

Eu vou ficar
Eu vou ficar só

Borbulha em silêncio
Os nós deixados
A razão despedaçada
Forçada a funcionar
A missão está lançada

Da escada posso ver
Mesmo em turbulência
Não perco o chão dessa vez

Aonde quer que estejamos
Nessa noite

Antes da primeira
Dose posso sentir reprisar
A tristeza que ontem
Banhava meu olhar
Hoje fica a lembrança
Não quero te encontrar

Aonde quer que estejamos
Nessa noite
A única certeza
É a distância entre nós

Aonde quer que estejamos
Nessa noite
Vamos estar distantes

Sem perceber
Tudo vai acabar
Até o dia refazer
A sensação de bem-estar

Aonde quer que estejamos
Nessa noite

Muito mais do que
A voz que não se ouve
Muito maior que o tempo
Que passa sem que
Nossos olhos
Se deixem tocar

Uma navalha aberta
No caminho que era nosso
E nada mais

A Lua tem que ir
Pr'o céu trazer
A luz do Sol

By: Lulu
24.12.11

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Música: Depois da meia noite (21.12.11)

Aprendi e já faz
Algum tempo
Que na vida
Não se deve esperar

De ninguém
Algo mais
Do que se pode
Alcançar dia a dia

Mas confesso que eu
Não sabia
Não conhecia o limite
Mortal por não ser igual
Quem sabe

O dia havia sido
Quente como sempre
Costuma ser nesse período
Da estação

Era tanta gente
Sorridente a brindar
A solidão junto
Dos ausentes presentes
No espaço vão da razão

Sem sentido
Tudo parecia natural
No entanto eu sentia
A melodia desigual

Subtraindo a magia
Do meu jeito habitual
Quando chega o Natal

Estranhei, porém acostumei
Tentando crêr que é assim
Que acontece

Mas confesso que eu
Não sabia
Não conhecia o limite
Mortal por não ser igual
Quem sabe

Eu não pudia imaginar
Considerar ou prever
A chance de perder
Outra vez você

Fiz de tudo
Usei o que tinha
E o que faltava também

Busquei no brilho
Das esquinas as forças
Pra encontrar seu abraço

Passo a passo
Engoli o medo
E fui capaz
De tentar apagar
Tudo de errado
Pra calar ao seu lado
O fracasso inesperado
De um ano inteiro

Mas confesso que eu
Não sabia
Não conhecia o limite
Mortal por não ser igual
Quem sabe

Champagne misturado
Com whisky
Existe na combinação
Certa dose de ilusão

Talvez falta de atenção
E a razão desaparece
Frente as suas desculpas
Meu coração se entrega
Mais do que deveria

No abraço não sentia
Nem de longe a sensação
Que era a última noite
Que eu segurava sua mão

Depois de acordar
O rosto talvez pudesse
Se recuperar
Se não fosse o desgosto

Era sua vez de me fazer
Chorar de novo
E para sempre dessa vez

Mas confesso que eu
Não sabia
Não conhecia o limite
Mortal por não ser igual
Quem sabe

Confesso que eu
Não sabia

Que era a última noite
E os sorrisos
Nunca mais seriam
Como eram antes

Mas confesso que eu
Não sabia
Não conhecia o limite
Mortal por não ser igual
Quem sabe

By: Lulu
21.12.11

Música: Depois de amanhã (20.12.11)

Passos despreocupados
Izolam dos corpos
Todas as ideias
Que parecem estar
A mais

Queria esquecer
Não era capaz
Sentimentos sempre são
Fortes demais

Desencontrados de qualquer noção
Do que é ou não
Possível
Transbordam o invisível
Enquanto avanço

E mesmo longe
De tudo o que aconteceu
Meus olhos ainda molham
Quando de frente
Pr'os seus

Só mais três dias
Para o tempo
Vencer-nos
Outra vez

Mas pra que lembrar?
Pra que alimentar
A sensação de erro?

Tentando preservar a inspiração
Desse Dezembro exagerado
De amor

Deixa o fim do ano demostrar
Que tudo terminou
E quando abrir os olhos
Da próxima vez
Já passou

Como sempre
Passa
E fica só a música
Tocando pra contar

E mesmo longe
De tudo o que aconteceu
Meus olhos ainda molham
Quando de frente
Pr'os seus

Só mais três dias
Para o tempo
Vencer-nos
Outra vez

Mas pra que lembrar?
Pra que alimentar
A sensação de erro?

Tentando preservar a inspiração
Desse Dezembro exagerado
De amor

Deixa o fim do ano demostrar
Que tudo terminou
E quando abrir os olhos
Da próxima vez
Já passou (3x)

By: Lulu
20.12.11

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Música: Acidentalmente inevitável (15.12.11)

Em meio aos sonhos perdidos
Segredos guardados
Uma mente enlouquecida
Que nunca descansava

Em frequente continuação
Pensamentos afastam
Qualquer possibilidade
Que pudesse vir
Junto com o verão

Nada vai bastar
O efeito é nulo
Depois de tantos socos
Que a vida deu

Quando o Sol baixa
Sempre cai sob os ombros
Uma melodia triste

Acidentalmente inevitável
Relutam os olhos
Buscando contér
As palavras
(Que já não servem mais)

Milhões de defeitos
Tantos prejuízos
É tarde demais

Não venha dizer
Que não importa o tempo
Dessa vez
(Não vai adiantar)

Com sangue nas mãos
Dizendo adeus e as ilusões
Levando consigo

Sem critério
Sem amigos e também
Sem intenção

De ir assim
Sem direção
De mãos vazias
Nada além da solidão

E uma canção
Escrita em um papel comum
(Avulsa se desfaz)

Só mais um pulso
Que parou
Só mais uma história
Que não continuou
Só mais um corpo
Sem sinal e um final
Infeliz

Acidentalmente inevitável
Relutam os olhos
Buscando contér
As palavras
(Que já não servem mais)

Milhões de defeitos
Tantos prejuízos
É tarde demais

É tarde demais
(Tarde demais)
(Tarde demais)
(Tarde...)

Só mais um pulso
Que parou
(Acidentalmente inevitável)
Só mais uma história
Que não continuou
(Acidentalmente inevitável)
Só mais um corpo
Sem sinal e um final
Infeliz
(Acidentalmente inevitável)

By: Lulu
15.12.11

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Música: Estrada à fora (14.12.11)

Tento não me sentir mal
Até arrisco parecer normal
Mas não tem jeito

Não sei se tem correção
Sinto falta do que
Jamais tive

Se eu correr
Ou errar
Apostando toda a vida
Em uma ideia
Puramente emocional

Não sei dizer
Se vai vingar
Não sei fazer
Sinto que vou chorar
Mais uma vez

Mistérios do inseguro
Me perturbam sem querer
Andando pouco a pouco
Nada me faz esquecer

Não surpreendo mais
Já perdi demais
Não restou nada aqui
Melodias entaladas na garganta
Não importam a ninguém

Se encontrar um caminho
A seguir eu vou
Sem volta
Quem sabe no meio
Do trajéto encontro
Uma resposta

Quem sabe não andar
Tão reto
Também é uma aposta

By: Lulu
14.12.11

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Música: Apenas sombras (13.12.11)

Onde as palavras
Não alcançam
Os olhos cansados
Repousam a lacrimejar

Mente em mau-estar
Com o whisky ao lado
Tentando relaxar

Já passa da meia noite
Ninguém quer pagar pra ver
O que se esconde
Por trás dos erros meus

Punhais sangrantos
Se disfarçam de canções
Dias cinzentos
Labirintos tão famintos
De soluções

Sinta além do sangue
Veja o que não posso
Mais mostrar

Não deixe
Que o tempo
Faça as cordas do violão
Enferrujar

Risque as palavras
Que não dizem nada
Escute apenas o silêncio
Transformado em quase nada

Olhos secos
Desistentes
Tão frequente a ilusão
Querer tanto
Dormir pouco
Acordar sem pulsação

Em dias como hoje
Somente a dor
Me dá sua mão

Não prossigo
Não recuo
Ecuo minha própria solidão

E nas paredes
Dessa sala
Sei vou virar poeira
Sem querer
Me perdendo intensamente
Sem jamais tocar você

Siga em frente
Não volta pra olhar
O que fica
É triste e feio
Aqui não é o seu lugar

Mas se um dia
Pensar fundo
Sentir vontade de encontrar

Alma amiga
Amor puro
Um abrigo
Ou um abraço

Estarei por aqui
Canso sempre
Mas até agora
Nada me fez desistir

Muito mais do que
Uma história triste
Que não terminou

Muito maior do que o medo
E a prisão
O amor que eu sinto

Me faz seguir
Me faz sorrir
Enquanto as lágrimas
Rolam
Enquanto todos se vão
Aqueço meu coração
Assim

Onde as palavras
Não alcançam
Os olhos cansados
Repousam a lacrimejar

Mente em mau-estar
Com o whisky ao lado
Tentando relaxar

Já passa da meia noite
Ninguém quer pagar pra ver
O que se esconde
Por trás dos erros meus

Punhais sangrantos
Se disfarçam de canções
Dias cinzentos
Labirintos tão famintos
De soluções

Sinta além do sangue
Veja o que não posso
Mais mostrar

Não deixe
Que o tempo
Faça as cordas do violão
Enferrujar

Não deixe
O veneno imperar
O estranho não é mais
Do que a chance
De um novo olhar

Onde as palavras
Não alcançam
Os olhos cansados
Repousam a lacrimejar

Mente em mau-estar
Com o whisky ao lado
Tentando relaxar

Já passa da meia noite
Ninguém quer pagar pra ver
O que se esconde
Por trás dos erros meus

Punhais sangrantos
Se disfarçam de canções
Dias cinzentos
Labirintos tão famintos
De soluções

Sinta além do sangue
Veja o que não posso
Mais mostrar

Não deixe
Que o tempo
Faça as cordas do violão
Enferrujar

By: Lulu
13.12.11

Música: Só mais uma história sem sentido (13.12.11)

Parece que nunca aconteceu
Mas na realidade
Já faz tanto tempo
Que meu corpo
Se perdeu
Do seu caminho

E hoje eu ando
Tão sozinha pensando
Como posso fazer
Tentando acreditar
Um pouco mais

Quando a Lua dormir
E Sol não acordar
Quando o céu vier feliz
Mesmo com as nuvens
A chorar

Chega a hora
De entregar os escudos
Abrir as portas
E correr o mundo inteiro

Em poucos segundos
Sim ou não
Verdade ou ilusão
Sintomas de um perdão sozinho
Um violão que não mais toca

Canções perdidas
Em uma voz desafinada
Uma neblina ensanguentada
Na memória que se vai

Desisti de ser encontrada
Descanso em paz
Sem querer nada mais
Sem crêr que sou capaz

Volto atrás na história
E tanto faz
Só mais um dia
Que termina
Sem ao menos começar

Parece que nunca aconteceu
Mas na realidade
Já faz tanto tempo
Que meu corpo
Se perdeu
Do seu caminho

E hoje eu ando
Tão sozinha pensando
Como posso fazer
Tentando acreditar
Um pouco mais

Quando a Lua dormir
E Sol não acordar
Quando o céu vier feliz
Mesmo com as nuvens
A chorar

Chega a hora
De entregar os escudos
Abrir as portas
E correr o mundo inteiro

Em poucos segundos
Sim ou não
Verdade ou ilusão
Sintomas de um perdão sozinho
Um violão que não mais toca

Canções perdidas
Em uma voz desafinada
Uma neblina ensanguentada
Na memória que se vai

Desisti de ser encontrada
Descanso em paz

By: Lulu
13.12.11

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Música: Futuros opostos (09.12.11)

Não diga que não
Existe final
Olhando pra tudo
Vejo claramente
Cada passo
Que nos trouxe
Aqui

O dia em que ganhamos
A noite em que eu perdi
Ambos precisamos
De algo pra sentir

Mas nada está igual
As páginas viraram
Sem seguir a história
E tudo acabou

Seria muito pedir
Que eu esqueça
Até quando quase
Me obedece a vontade
De ignorar

Enquanto o verão
Não chega
Espinhos consolam
A intenção de mantér
O jardim

Fotos rasgadas
Palavras caladas
Curvas na estrada
Levaram você
Pra longe de mim

Eu estava cansada
Talvez necessitada
De algo assim

Um pouco maior
Do que eu podia
Guardar em mim

Violento e nocivo
Sacodia a alma
Fazendo o corpo
Também girar

O mundo é ventania
Um dia quando alucina
Se torna um motivo
E é preciso por ele
Se guiar

Juntando forças
Maquiando tropeços

São recomeços
Que gritam nossos nomes
Em lugares tão opostos
Que não se encontrarão
Jamais

São recomeços
Novos planos,
Nova vida
Outra história
E outro alguém

Não estou mais aqui
Não venci e não perdi
Recomecei
Sem terminar

Sempre fez parte
Do meu cantar
Estradas dilaceradas
Renovadas
Por saber
Que vai sarar

Juntando forças
Maquiando tropeços

São recomeços
Que gritam nossos nomes
Em lugares tão opostos
Que não se encontrarão
Jamais

By: Lulu
09.12.11

Música: Insones (09.12.11)

Inquietude calculada
Liberdade em condição
Vitímas conscientes
De um turbilhão

De ideias frágeis
Rotinas questionáveis
E passados que nunca
Irão passar

Rostos tão cansados
Olhares perdidos
Longe de serem compensados
Quando a manhã chegar

Viram pr'o lado
Continuam a dormir
No outro canto
No mesmo mundo
Alguém a infringir
O que parece
Tão normal

Com os olhos pesados
Passando mal
Um orgulho destilado
Resolveu dizer tchau

Pra quem fica
Boa sorte
Vou viver
O que é real

Outros tempos
Sem amigos
Mas sempre literal

Fidelidade a essência
Sem medo de perder
Pouco importam as carências
Se ainda resta você
Tudo está inteiramente salvo

Paralelamente absolvida
Mesmo sem levar
Além de minha própria sorte

Rimas e anedotas
Não servem a ninguém
Quando o único castigo
É ser ferido tentando
Ser outro alguém

Pontas dos dedos afiadas
São as lâminas
Que restaram
Das mágoas que o ontem
Me deixou

Não vou driblar
Com olheiras
Meus medos
E ânsias

Vou acordar
Pronta pra chorar
Encarar quase viva
A solidão e o caos

São lágrimas amigas
Que hoje se entregam
Para me fazer
Sentir um pouco
Mais igual

Não vou lutar
Contra mim dessa vez
Se perdi as chances
De mantér o comum
Finalmente se quebra
Mais um jejum

No mundo dos sonhos
Não vou ser
Só mais um

Não vou
Tentar convencer
Minha alma a ficar

Me sinto perdida
Ferida e assustada
Mas não vou fugir
Apenas me deito
Para então dormir


Rimas e anedotas
Não servem a ninguém
Quando o único castigo
É ser ferido tentando
Ser outro alguém

Pontas dos dedos afiadas
São as lâminas
Que restaram
Das mágoas que o ontem
Me deixou

Não vou driblar
Com olheiras
Meus medos
E ânsias

Vou acordar
Pronta pra chorar
Encarar quase viva
A solidão e o caos

Com os olhos pesados
Passando mal
Um orgulho destilado
Resolveu dizer tchau


Pra quem fica
Boa sorte
Vou viver
O que é real

Outros tempos
Sem amigos
Mas sempre literal

Fidelidade a essência
Sem medo de perder
Pouco importam as carências
Se ainda resta você
Tudo está inteiramente salvo

By: Lulu
09.12.11

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Música: Razões perdidas (08.12.11)

Diz por que
Preciso encontrar
Um motivo a mais
Para explicar
Todos os dias
Que se foram
Sem lembrarmos de nada

Cada madrugada
Em que eu fugia
Dos sonhos
Só pra não chorar

Enquanto a luz
Da Lua se fazia companhia
Do seu olhar

Eu não sei por que
É mais fácil negar
A lutar e sofrer
Por tentar

Crêr que existe
Algo a mais
Do que se pode enxergar

Tanto tempo depois
Encontrei o que faltava
Sempre esteve ali
Só que o meu coração
Desesperado e sem dormir
Não conseguia alcançar

Era um tanto diferente
Mas ainda era presente
Sorri sempre com a gente
Quando os rostos
Se deixam tocar

Olhos nos olhos
São o suficiente
Pra provar
Que o sentimento
Nunca deixou de viver

Mesmo em cada amanhecer
Ausente de nossa impressão
Esteve aqui o tempo inteiro
Cumprindo sua missão

Cada madrugada
Em que eu fugia
Dos sonhos
Só pra não chorar

Enquanto a luz
Da Lua se fazia companhia
Do seu olhar

Eu não sei por que
É mais fácil negar
A lutar e sofrer
Por tentar

Crêr que existe
Algo a mais
Do que se pode enxergar

Olhos nos olhos
São o suficiente
Pra provar
Que o sentimento
Nunca deixou de viver

Mesmo em cada amanhecer
Ausente de nossa impressão
Esteve aqui o tempo inteiro
Cumprindo sua missão

By: Lulu
08.12.11

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Música: Só para cantar (07.12.11)

Eu não espero nada
Não temo a solidão
Sei muito bem das marcas
Que constroem cada
Estrofe e refrão

Vim só para cantar
Sem pensar no que viria
Ou se haveria depois

Está dito e eu repito
Sempre que em mim gritar
São forças que as palavras
Não conseguem alcançar jamais

Correm sem sair do lugar
Se escondem no subjetivo
Fugindo sem querer
É que na realidade
Ainda restou medo
Por sofrer demais

Sem entender como
Pode acontecer
Amar sem ter
Um olhar capaz
De assimilar

Segurar as lágrimas
Buscando muito mais
Do que a verdade
Que elas deixam
Ao escorrer

Um silêncio profundo
Incapaz de ser conter
Quando encerrado
No meu mundo
Faz uma canção nascer

Vim só para cantar
Sem pensar no que viria
Ou se haveria depois

Está dito e eu repito
Sempre que em mim gritar
São forças que as palavras
Não conseguem alcançar jamais

Eu sei que os sentimentos
Vão longe sem querer
São vozes tão profundas
Que não podemos deter

Quando enconstam memórias
Se põe sempre porta a fora
E como os passáros a voar
Vão embora sem voltar

Ignoram o dia
Que ainda chora
A ausência do luar

Vim só para cantar
Sem pensar no que viria
Ou se haveria depois

Está dito e eu repito
Sempre que em mim gritar
São forças que as palavras
Não conseguem alcançar jamais

By: Lulu
07.12.11

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Música: Quando o dia nascer (06.12.11)

Não preciso jurar
Ou mesmo falar
Eu sei que você
Sempre poderá saber
Se quiser
Sentir
Se ainda conseguir
E sorrir quando encontrar

Por dentro de mim
O que sem fim
Irá te amar

Alimento minha alma
Com lembranças
Que trazemos em nós

Chegar até aqui
Significa muito mais
Do que tudo
O que um dia
Deixamos para trás

Todo o cansaço
A face séria
Sei que ninguém mais
Lembra

Já passou a dor
E agora o que sobrou
Está aqui
Guardado para sempre
Cada vez que olhar

No fundo dos meus olhos
Talvez também possa enxergar
Que o mal
Se faz esquecer
Erros machucam e constroem
Um novo amanhecer

Onde o sol
Sorri mais forte
Lúcido e real
Fazendo pousar

Ao meu lado
Um passado concertado
Abrigado com amor

Por isso onde quer
Que eu vá
Vai haver um lugar
Feito silenciosamente
Para conservar

Cada história
Uma a uma das memórias
E as vitórias sempre
Gritam muito mais

São luzes que produzem
Paz
Um brilho que vai
Longe sem jamais
Se perder

Obrigada por deixar
O sol renascer
Eu fui um dia
Que em você anoiteceu
Fomos o ontem
Tatuado nesse dia iluminado
Que hoje me surpreendeu

Não preciso jurar
Ou mesmo falar
Eu sei que você
Sempre poderá saber
Se quiser
Sentir
Se ainda conseguir
E sorrir quando encontrar

Por dentro de mim
O que sem fim
Irá te amar

By: Lulu
06.12.11

Música: Bem maior (06.12.11)

Quando eu fui embora
Não queria nada seu
Para guardar em mim

Mas eu sou assim
Vulnerável ao bem
Suscetível ao perdão
Sempre preservo as chances
E a melhor recordação

Mesmo sem cantar
Eu não desisti
Vou propagar
Tudo o que eu aprendi

Seja como for
O amor tem que vencer
Seja quem te magoou
Não há porque manter
A dor maior

Se existem lágrimas ardendo
É porque um coração
Está sofrendo por sentir
Bem mais que o outro

Então não há por que
Eliminar todas as palavras
De afeto e alegria

A ousadia de sentir
Faz parte de uma poesia
Que jamais vale a pena
Rasgar

Porque alguém
Olha com desdem
E é capaz de escarrar

Enxergando como um simples
Papel tomado por palavras
Que ao chão se vão
Sofrendo com cada pisão

Sem desistir
Do que faz viver
Crescer é crêr
Em tudo o que o sentimento
Pode fazer nascer

Mesmo sem cantar
Eu não desisti
Vou propagar
Tudo o que eu aprendi

Seja como for
O amor tem que vencer
Seja quem te magoou
Não há porque manter
A dor maior

A ousadia de sentir
Faz parte de uma poesia
Que jamais vale a pena
Rasgar

Porque alguém
Olha com desdem
E é capaz de escarrar

Enxergando como um simples
Papel tomado por palavras
Que ao chão se vão
Sofrendo com cada pisão

Mesmo sem cantar
Eu não desisti
Vou propagar
Tudo o que eu aprendi

Seja como for
O amor tem que vencer
Seja quem te magoou
Não há porque manter
A dor maior

Mesmo sem cantar
Eu não desisti
Vou propagar
Tudo o que eu aprendi

Seja como for
O amor tem que vencer
Seja quem te magoou
Não há porque manter
A dor maior

Não há porque mantér
A dor nunca poderá ser
Maior que o amor

By: Lulu
06.12.11

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Música: Ponteiros afiados (02.12.11)

As chances acabam
Junto com a paz
Esperando ou não
Querendo mais nada

Os dias são como espinho
Para a alma ensaguentada
O silêncio crescente transformou
Meu grito em lâmina afiada

Por dentro corrói
Destrói o que sobrou
Trazendo pouco a pouco
O que acabou

Lembranças sem fim
Que duram sempre mais
Em mim

Sorrisos mortos
Conversas caladas
Cicatrizes cansadas
Jamais cicatrizadas

O sangue que segue
Se nega a fluir
O peso dos dias
Se faz tormenta
Lamento existir

Só mais um pouco
Até adormecer
O sono não vai
Fazer esquecer
Mas quem sabe acordar
Em outro lugar

Onde tudo isso
Começou?
Por que até hoje
Não curou?

Infância enfraquecida
Ponto final delinhado com força
Fincado no meu coração
Escudos criados
Tão descompensado
Meu amor violado
Com ódio e rancor

Por rostos fracassados
Ainda persistentes
A me causar dor

Interminável
Feito sonhos ruins
O abominável ainda respira
Dentro de mim

Perdi as palavras capazes
De curar
A vontade de chorar
Explodindo em forças
Incontroláveis

Domínios obscuros
Insuportáveis
O tempo agride
A saudade dilascera
Perdido pra sempre
Nada mais me espera

Acaba a Primavera
Sem chegar Verão
Tudo o que desaba
Vai além do chão
Em um mundo sem perdão
Que julga o insano
Sem mesmo estar são

Só mais um pouco
Até adormecer
O sono não vai
Fazer esquecer
Mas quem sabe acordar
Em outro lugar

Onde tudo isso
Começou?
Por que até hoje
Não curou?

Só mais um pouco
Até adormecer
O sono não vai
Fazer esquecer
Mas quem sabe acordar
Em outro lugar

By: Lulu
02.12.11