Depois de fechar a porta
Não sei quantas doses
Eu vou precisar
Para deixar correr no rosto
O que vai muito além
Das lágrimas no meu olhar
Os dias passaram tão devagar
As manhãs se calaram
E eu não consegui voltar
A tudo o que a memória
Ainda guarda para fazer
O coração conseguir respirar
Do lado de dentro
Ninguém enxerga mais
Do que um recanto escondido
Paredes impermeáveis
São como papéis molhados
E no sopro dos poemas
Todos se fazem rasgados
Quem pode imaginar
Dimensionar ou entender
O quanto dói fazer se mover
Cada um
Queria tanto dizer
Que hoje não passa
De mais um dia comum
Mas nada está igual
É real, ganhou cor
Pulsação e som
Mostrando que chegou a hora
Antes que o dom vá embora
Ou que tudo possa fugir
Mais um gole
E as palavras tomam forma
Uma a uma sem parar
Não explicam
Não alteram
Até se transformar
Em soluços até o sono
Chegar
E o sol volta amanhã
Mais uma vez
Os olhos vão abrir
A mente não vai esquecer
Tudo repete até morrer
Queria tanto dizer
Que hoje não passa
De mais um dia comum
Mas nada está igual
É real, ganhou cor
Pulsação e som
Mostrando que chegou a hora
Antes que o dom vá embora
Ou que tudo possa fugir
Mais um gole
E as palavras tomam forma
Uma a uma sem parar
Não explicam
Não alteram
Até se transformar
Em soluços até o sono
Chegar
By: Lulu
11.11.11
Nenhum comentário:
Postar um comentário