quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Música: A queda (27.12.12)

Hoje eu cai
Mais uma vez
De muito alto
Eu prometi
E não foi a primeira vez
Que eu nunca mais
Me atreveria a voar

Tão de repente
Tristemente verdadeiro
Impossível não desabar
Em pouco tempo
O que era inteiro
Se transforma em cacos
Prontos p'ra dilacerar

Tudo o que sobrou
Do meu coração
Se fez em sangue quente
Até sufocar o ar
Anular o vento

Depois da violência
De mais uma decepção
A razão perde o folêgo
E a emoção a madrugada

Quase nada, só mais alguns
Pesadelos intermináveis
Que recomeçam quando
Os olhos se abrem
Sem encontrar direção

Hoje eu cai
Mais uma vez
De muito alto
Eu prometi
E não foi a primeira vez
Que eu nunca mais
Me atreveria a voar

Um dia eu volto
P'ra dizer que consegui
Sair do chão

Quem sabe eu volte
Já não sei
Se há motivo
Para haver nova canção

Hoje eu cai
Mais uma vez
De muito alto
Eu prometi
E não foi a primeira vez
Que eu nunca mais
Me atreveria a voar

By: Lulu
27.12.12

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Música: 3° (Terceiro Grau)

O tempo hoje não se vai
A dor da minha alma
Da minha mente simplesmente
Não sai

O que eu faço agora
Que está doendo tanto
E eu não posso mais sair

Dentro desse lugar
Sem ter p'ra onde ir
Eu me perco por dentro
Sonhando existir
Por um só momento
Longe da vontade de me detruir

No sofrimento
Tudo é grande demais
Queria apenas por um instante
Recuperar a paz

Agora está tudo tão claro
Como a luz do dia que me enganou
Ao nascer
Parecia que iria escurecer
O tempo inteiro tentanto acreditar
Que ainda há algo novo p'ra apostar

Eu não sei
Simplesmente eu não sei
Se eu errei em continuar
Em dar mais uma chance
P'ra mostrar que ainda posso suportar

E mais tarde voltar
Cantar outra canção
Dizer, reconhecendo que encontrei uma mão
Alguém para segurar
Toda essa frustração
Todo o medo e revolta
Sempre prontos p'ra cair em contradição

Mais uma alucinação
E a beira da loucura
Eu me atiro, eu me atiro
E eu volto para o muro das lamentações

Por dentro de mim
Queimando como vulcões
Em permanete erupção
E sem mais opção
Eu encontro a distração
Em outra voz

Em mais uma voz
Uma voz desafinada
A sair toda errada
Simplesmente p'ra marcar

Toda essa vontade
De deixar de ser assim
Toda essa vontade
De por n'isso um fim

By: Lulu
19.12.12

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Música: Extinção (17.12.12)

Confesso que eu não tenho
Mais nada para contar
Se esgotaram meus sorrisos
E eu não lembro do Luar

Não tenho mais ideias
E há escassez na arte
De interpretar

As alegrias
Que há tanto tempo
Não vem mais me visitar

Esqueci o caminho
Das sombras que refrescam
E dentre essas frestas de prisão
Sinto o vento amedrontar

Desisto de fingir
A chance de recomeçar

Quantos poemas perdidos por aí
Quantas histórias que eu nunca escrevi
Já não importa mais
Não vai cicatrizar
Tudo é passado
Eu deixo p'ra trás

Desisto de fingir
A chance de recomeçar

Apostei tudo e agora
Nada mais sobrou
Meu próprio coração
Faz tempo que se entregou

O mofo que as lembranças carregam
É pesado demais
Os anos só aumentam
A tristeza, levando certezas
Para longe e muito longe
Longe além do imaginável

A mente cansa
Pensar se torna insustentável
Acordar é instrumento
De auto-destruição

Outro dia, outro vento
Ainda a mesma direção
Oposta as respostas
Que eu tenho aqui

Desisto de fingir
A chance de recomeçar

Sofrimento inevitável
Nem mais faz desesperar
Depois do calor do fio rente ao peito
E a pressão de tentar
De todas as maneiras respirar
Vem o fim e a leveza
De se deixar cortar

Não sinto mais nada
Já é parte de mim
Quando os olhos se fecham
Abrem-se os tormentos
Todos os momentos
Explodem de uma só vez

Me conte em segredo
Por que os meus pesadelos
São os únicos a sobreviver

Desisto de fingir
A chance de recomeçar

A luz do novo dia
Chega só p'ra disfarçar
Que tudo está
No mesmo lugar

Eu sei andar no escuro
Mas não sei pular os muros
Da minha própria assombração

Desisto de fingir
A chance de recomeçar

Desisto de encontrar salvação
Ave ferida aprisionada
É extinção

By: Lulu
17.12.12

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Música: Amargar (10.12.12)

É mesmo verdade
Mesmo sem poder ver
O tempo inteiro
Talvez eterno sem querer

Até quando o cheiro
Das lembranças não são mais reais
As vezes ainda volta a vontade
De viver contigo em paz

Mas como fazer
Quando a maldade
Resolve ocupar o lugar
Daquelas tardes
Sobraram imagens
Que ainda teimo recordar

Cheiro de caramelo no ar
Tão de repente
E tão frustrante
Wiskhy sobre a mesa
Frustração e a decisão
De nunca mais voltar

E então percebo
Que escolhi viver
Sem você

Algumas nuvens como as de hoje
Te devolvem e é em vão tentar não ver
As sombras das árvores
Estão como sempre

E o lugar em que eu chorava
Ainda mantém a expressão do meu olhar
(Decepção)
Quando o Sol pinta o dia
Minha nostálgia acaba com minha razão

Cheiro de caramelo no ar
Tão de repente
E tão frustrante
Wiskhy sobre a mesa
Frustração e a decisão
De nunca mais voltar

Tão curioso fazer
De tudo p'ra tentar esquecer
Irrelevante disfarçar ou se esconder

Cheiro de caramelo no ar
Tão de repente
E tão frustrante
Wiskhy sobre a mesa
Frustração e a decisão
De nunca mais voltar

A ausência tráz a solução
Que se perdeu na ocasião
Que fez o tempo aprisionar o coração

Como um filme congelado
Na melhor cena
Quem me dera
De você restar somente
Os meus poemas

Cheiro de caramelo no ar
Tão de repente
E tão frustrante
Wiskhy sobre a mesa
Frustração e a decisão
De nunca mais voltar

Que luz é essa
E que poder que ela tem?
Como se atreve a me fazer
Sentir faltar alguém assim
Que engana, pisa e faz tão pouco
Disso tudo que ficou dentro de mim
(Só p'ra mim, apenas em mim)

Cheiro de caramelo no ar
Dissimulando meus sentidos
De todos aqueles dias sofridos
A esperar
O mesmo vento que trouxe
Terá de levar

By: Lulu
10.12.12

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Música: Vencida pelo fogo (07.12.12)


Quando eu voltar
E não der mais
P'ra segurar
Em minha mão
Talvez outro caminho
Alcance a solução

Já me acostumei
Aos passos em solidão
Tantos laços
Somente para enforcar
Quantas vezes
Eu precisei me afastar

Necessário, certamente
Como viver sem querer
Quando um novo dia nasce
Meu coração quer anoitecer

Deixa eu seguir
Sem direção

Olhando em volta
Cada recordação
É como lança
Me descansa confortar
Seu fio no peito

Sangrando sei andar
Não vou me importar
Apenas não desejo
Sujar seu caminho
Com o que resta dos espinhos
Enterrados em minha alma
Enraízados e semeados
No mais fundo do meu ser

Sou metal a desfazer
Toda a força que vier
Sou sombra sem refresco
Sou calor a sufocar
Indo embora como sempre
Alguém eu sei
Vai se salvar

Deixa eu seguir
Sem direção

Quem sabe eu me encontre
Rindo a toa
Da própria desgraça

Entre o túmulo
E o meio fio
Quem passou pensou que viu
Tudo o que eu tinha
P'ra mostrar

São palavras que ninguém
Quer escutar
São histórias e memórias
Sempre a me aterrorizar

O túmulto que é minha alma
Necessita silenciar
Meus olhos são como gritos
Que ensurdecem sem se quer sonorizar
Atingindo em cheio
Quem tentar ajudar

Deixa eu seguir
Sem direção

Sangrando sei andar
Não vou me importar
Apenas não desejo
Sujar seu caminho
Com o que resta dos espinhos
Enterrados em minha alma
Enraízados e semeados
No mais fundo do meu ser

Finalmente só
Não era exatamente assim
Que imaginei o final
Com lágrimas na face
Dizendo tchau

Com a certeza agindo
De forma letal
Não serei peso morto
Enquanto seu pulso
Tiver sinal

Compreendo sua queda
Não há como abraçar
Por muito tempo
O que queima até destroçar

By: Lulu
07.12.12

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Música: Escravidão de almas (29.11.12)

Já faz tanto tempo
Mas ainda me retém
Posso sentir o cheiro
Como se fosse agora
A repugnância a incorporar meu ser

Incapaz de ver o que acontecia
A sombra maldida
Do seu gozo vão
Cobria toda a minha perturbação

Dias e noites tentando sobreviver
Escravizada em sua frustração
Impedida de prestar atenção
Sodomizando nossa direção
Extasiando-se em mera ilusão
Pintando de sangue as memórias
Que jamais se vão

Eu não entrego o presente
Dos fatos mas não sei por que
Não há como escapar
Do passado atormentado
Que faz meu silêncio sufocado urrar

Seus suspiros revelavam
O estupro conscientido da minha emoção
Todo o vestígio de revolta
Era feito da solidão

Medo e coragem
Na mesma linha torta
Estupidez e vantagem
Em direções opostas
Nossas almas a sangrar

No abuso da minha alma já deflorada
Soprava pétalas em meu túmulo sem notar
Como o fio da espada
Que durante a madrugada
Rompe meu sono
Mutilando seu intímo
Cada vez que eu despertar

Findaram-se as orgias
Jamais as agonias
Anos passam
Dias seguem
Sem levar o que sobrou
Da sua macabra plenitude

Mas o Sol que brilha hoje
Expressa a paz
De suas atitudes
Quando desperço pesadelos
Prezo o âmparo da nossa lucidez

Quem sabe dessa vez
A noite seja serenata
O pervertido não volta
Mesmo quando sangra a revolta
Alucinando o repousar

No abuso da minha alma já deflorada
Soprava pétalas em meu túmulo sem notar
Como o fio da espada
Que durante a madrugada
Rompe meu sono
Mutilando seu intímo
Cada vez que eu despertar


Findaram-se as orgias
Jamais as agonias
Anos passam
Dias seguem
Sem levar o que sobrou
Da sua macabra plenitude

Mas o Sol que brilha hoje
Expressa a paz
De suas atitudes
Quando desperço pesadelos
Prezo o âmparo da nossa lucidez

Quem sabe dessa vez
A noite seja serenata
O pervertido não volta
Mesmo quando sangra a revolta
Alucinando o repousar

By: Lulu
29.11.12

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Música: Como respirar (27.12.12)

Quero ir até o fim
Mas como encontrar?
Trazer de volta a visão
Para que eu possa andar?

Depois da última queda
Quem me viu
Não mais poderá crer
Sou eu

E como fui parar aqui?
Como pude eu parar?
São perguntas que eu
Não posso responder
Simplesmente aconteceu

Infelizmente tão diferente
De quando erámos
Você e eu

Olhar p'ra frente
Não é fácil
Quando os pés descalços
Não encostam em um chão
A raíz no tempo avesso
Destruiu minha solução

E sozinha eu andei enquanto pude
Me perdi quando em alta latide
E agora como faço?
Juro que eu não sei

Tentei não errar
Me entregar sem entender
Como se faz p'ra respirar aqui
Nesse mundo de mentira
Onde o normal é fingir

Ninguém consegue mais
Destinguir a realidade
Desse cenário de tantos jejuns

Acordo pronta para guerra
Não quero ser só mais um
Coração que precisa
De uma mão p'ra segurar
De uma alma que me ampare
Para que eu consiga andar
Como antes

Talvez ir mais adiante
E encontrar o que deixei
Pelo caminho sombrio

Sinto muito
Não era essa a intenção
Destruída, meus pedaços
São laços em decomposição

Junto meus cacos
Reclusa me refaço
Quem sabe é um novo passo
E um dia eu me acho
E conto como é
Viver sem ter noção

Aprendendo a direção
Por dentro do buraco
Mais profundo
Que me dissolve do mundo
Até não restar opção
Ou ação de salvação

Na água fervente
Aprendendo a nadar
E quando o ar faltar
E mesmo assim o coração resistir

Vai ver que é hora de escutar
Um recado sobre
O meu legado
Sobreviver além do bem e do mal

Como sempre
Como sempre
Como na última vez
Que eu percebi
Que era exatamente assim

Toda a vida verdadeira
É feita de muitos finais
Todas as faces de vitória
Já descançaram em paz

Tudo bem, entendi
É assim que se faz

By: Lulu
27.11.12

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Música: Desfeito (23.11.12)


Ano a ano posto fora
E eu fingindo não ver
Não queria o desgosto
De me entristecer

Por saber
Que nada mais
Faria voltar

Um começo dolorido
Uma a uma das curvas vencidas
E aonde foi terminar?

A estrada destruída
Me fez as cinzas voltar

Mas se há canções
Eu vou cantar
Continuarei
Mesmo se a voz faltar
Nada apaga este relato
E o que sobra é tentar

Um começo dolorido
Uma a uma das curvas vencidas
E aonde foi terminar?

A estrada destruída
Me fez as cinzas voltar

Sou fênix
Sou a vida
Te implorando respirar

By: Lulu

domingo, 18 de novembro de 2012

Música: Muito além da face (18.11.12)


Sinto muito se não faz sentido
Quando chega ao seu ouvido
O que eu sei é que é só meu

Nada de dramatização
Mas se você sente apelativo
Nada que eu diga 
Vai mudar sua opinião

Assim como não vai tirar minha razão
De ser assim
Dar tudo o que há
Dentro de mim
Sem me importar 
Com a consequência
De mostrar o que há no avesso
Dessa face de efêmera superação

Deixa eu cantar
Deixa que os gritos
Queimem o ar 
Não deixando restar
Um espaço mais puro 
Para respirar

Essa sou eu
Minha canção
Meu coração
Posto p'ra fora
Em forma de composição

Não fuja agora
Que eu te deixei descobrir
Que o mundo vai além
Dos meus lábios a te sorrir

Decepção?
Não sei p'ra quem
Basta tentar enxergar 
Além do espelho 
E então perceber
Que por dentro dos próprios olhos
Sempre a alguém a se esconder

Não deixo assim
Eu vou buscar
Essa sou eu agora
E nada mais me faz voltar

By: Lulu
18.11.12

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Música: Reflexos do tempo (15.11.12)

O tempo por vezes
Irá atrofiar histórias
Corações ferir
E mentes lesar

Quem sabe outro dia
Perceba enfim
Quem eramos nós
E agora quem és?
Quem eu sou?

Sei que nada restou
E até mesmo a saudade
O tempo apagou

O tempo por vezes
Irá atrofiar histórias
Corações ferir
Memórias destruir

Com o presente
Tão longe do que aconteceu
Quem eramos nós
E agora quem és?
Quem eu sou?

Não sei mais definir porquês
Não sei mais pontuar momentos
Esenta a qualquer sentimento
Eu vou seguir sozinha

Agora ciente
Que sempre chega a hora
O auge do tormento
É simplesmente a dor
Saindo porta a fora

O tempo por vezes
Irá atrofiar histórias
Corações ferir
E mentes lesar

Quem eramos nós
E agora quem és?
Quem eu sou?

O tempo por vezes
Irá atrofiar histórias
Corações ferir
Memórias destruir

O tempo, o tempo
Se foi mais um inverno
Receba esse Verão
Sem me esperar

Faz tempo
Que eu ganhei do tempo
A razão necessária
P'ra nunca mais voltar

By: Lulu
15.11.12

sábado, 10 de novembro de 2012

Música: Reação final (10.11.12)

Corri e tentei
Me esconder
Não quis lutar
Por saber
Que iria ser dessa vez

Cabeças rolariam
Sangue tomaria o chão
Tentei de todas as formas
Evitar a destruição

Um, dois, três...
Corpos no chão
Um, dois, três...
Almas sem perdão
Um, dois, três...
Razões infinitas
Que não cabem na canção

Morte de dentro p'ra fora
Hoje o sangue vai correr
Quando eu abrir essa porta
É melhor você se esconder

Chegou minha vez de buscar
O meu lugar nessa escuridão
Quando o dia acabar
Minhas mãos estarão
Sujas com sua podridão

Um, dois, três...
Corpos no chão
Um, dois, três...
Almas sem perdão
Um, dois, três...
Razões infinitas
Que não cabem na canção

Não pude segurar
Agora é p'ra acabar
Cortando pela raíz
Tudo o que acaba comigo
Sem temer qualquer perigo
Executarei cada ação

Um, dois, três...
Corpos no chão
Um, dois, três...
Almas sem perdão
Um, dois, três...
Razões infinitas
Que não cabem na canção

Um, dois, três...
Corpos no chão
Um, dois, três...
Almas sem perdão
Um, dois, três...
Razões infinitas
Que não cabem na canção

A solução distraída
Coube a eliminação
Um, dois, três...

Todos sem vida
Como a mente desprovida
De sorte
Ferida, adoecida
Desde que por desordem
Se encontrou nessa combustão

Um, dois, três...
Cortes
Um, dois, três...
Cortes
Um... fim

By: Lulu
10.11.12

domingo, 28 de outubro de 2012

Música: Pilze

Misantropia eterna
Ibernar em plena Primavera
E como poderia ser diferente?

Se ninguém se quer
Olha nos olhos da gente
E já se acha crente
De que sabe aonde
O nosso coração é capaz
De chegar

Não quero mais
Fingir sentir cheiro de alegria
Nas flores que enfeitam
O granito deste funeral

Não vou ficar
Nem mais um instante
E ninguém me garante
Que algo irei perder

Sei que eu não sei de tudo
E ainda posso aprender
Porém se olhar em volta
Não a nada a acrescentar
Utopia idiota
Ilusão tentar mudar

Quem não consegue
Nem mesmo enxergar
Que não existe limiar

Todo o socialmente aceito
É digno de um questionar
Maluco é todo aquele
Que não conseguir se calar

Se gritar aos quatro ventos
Que há algo estranho aqui
Logo aparece alguém
Tentando persuadir

Procurando por dentro
Refletir é a solução
O reflexo soa insano
E durante todo o ano
Eu sei que não vou encontrar
Quem concorde sem temer
O que outro vai pensar

Misantropia eterna
Ibernar em plena Primavera
E como poderia ser diferente?

Será que há no presente
Alguém capaz de responder?
Por que ainda
É necessário morrer
P'ro mediocre crescer?

Em meio a solidão
A salvo da escravidão
Em meio ao povo da mentira
Minha verdade está no chão

Senti saudade da tal alucinação
Porque essa realidade
Só me faz enlouquecer
Olhando para o lado
Sem ninguém a recorrer

Quando silêncio é profundo demais
Em um segundo sei o que fazer
O convite é fatal

Garrafa em mãos
Na contra-mão
Retorno a nave espacial

Eu digo tchau
Foi bom saber
Que por aqui
Nada é real

By: Lulu
28.10.12

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Música: A frente (23.10.12)

Andando para trás por que?
Será que é justo se esconder
Justo agora
Que você tem tantas razões
P'ra escolher
Não ir embora

Fique um pouco mais
Tanto faz sofrer
Se já pode suportar
Tanto mal estar
Não pode haver no mundo
Algo capaz de derrubar

Imperio é tudo o que pulsar
Em você
Mande para o inferno
Todos os que não poderem ver

Aonde está seu coração
Aonde poderá chegar
Se suportar a pressão

Não deixe ninguém escolher
A trilha que quem segue
É só você

Sozinha nunca
A mente tão soberana
Mesmo insana pode sim
Vencer

Sobreviventes do mal
A diante seguiremos com poder
Sem igual
Em nossa volta a cria da maldição
O sangue em nossos olhos
Vai guiar a direção

Quem se intrometer
Não vai viver para contar
Quem somos nós

Você e eu
Sempre mais fortes
Do que se pode notar

Nós somos um
Nós somos tantos
Somos o que só nós
Sabemos ser

Honra e coragem
Sob a frustração
Materializando a sorte
Quando a morte caí em distração

By: Lulu
23.10.12

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Música: Batalha mortal (17.10.12)

A humilhação é a sombra
Da qual qualquer fuga
Se torna em vão

Vire o rosto, feche os olhos
A morte quer te penetrar

Sem ninguém a sua volta
É hora de detonar
Tudo o que está preso
E vai arrebentar

Suas artérias
Fazer o corpo não obedecer
Tremendo e suando frio
Sem mais ter p'ra onde correr

Paredes aparentam
Ser um sufocante labirinto
Mesmo mentindo
Não há como aguentar

O sangue na garganta
Sempre te faz engasgar
Fraquejar, cair
Sem chão p'ra sustentar

Os olhos em sua volta
Só servem para provar
Que nada está bem
E o espelho parece
Ter razão mais uma vez

Como desprezar a dor
Quando o próprio coração
Está a se desfazer?

Vire o rosto, feche os olhos
A morte quer te penetrar

Vire o rosto, feche os olhos
A morte quer te penetrar

Em outro canto
Em sua memória
Eu sei que vai encontrar

O caminho da glória
De escolher sobreviver
De suportar sangrar

Aos olhos que te matam devagar
Aos vazos que dilatam
Te fazendo soluçar

Vire o rosto, feche os olhos
A morte quer te penetrar

Vire o rosto, feche os olhos
A morte quer te penetrar

Tudo pode acabar
Você ainda pode
Virar o jogo
Ser o fogo
Que aninhou a canção
Até agora

Temer e mesmo assim viver
A se auto confrontar
Vencer é o único fim
Que valera

Esconde as marcas
Aguenta as feridas
Põe as garras de fora

Quero ver
A fênix
Voando porta a fora

By: Lulu
17.10.12

domingo, 14 de outubro de 2012

Música: Geiterschiff (14.10.12)


Necessidade urgente de expulsar
Tudo agora
O que entra não é bom
O que era foi embora

Lá fora o Sol
Não parece compensar
Orquestrando uma tendência
Ao pranto para combinar
Com a Primavera
Vestida com roupas invernais

Necessidade urgente de fugir
De tudo e de todos
Dobrar a esquina
E em meio a neblina
Tornar-se parte do nevoeiro

Não há nada para mostrar
E o constrangimento arremessa
A vontade p'ro lado de lá

Tão longe de tudo
O que se pode alcançar
Distante, adiante, sem importância
Sem saber p'ra onde andar

Necessidade urgente de escapar
Fingir não é um ponto forte
Quando a morte quer ganhar
Vida ao chorar

E o pranto arde no olhar
Ao encarar mais uma vez
O fim, o ruim

O que sobrou talvez
De um quase futuro feliz
De um coração aprendiz
Que há tanto tempo se perdeu

Naufragou meio sem querer
No escuro oceano
De planos vazios

Quando dobra a paisagem
Sempre se vai
O que parecia ser demais
Já não existe

Enquanto a dor persiste
O insuportável acúmula força
Junto ao invisível nó que há
Toda a vez
Que alguém perguntar

Aonde foi parar
Tudo o que estava aqui
Era profundo mas eu perdi

Necessidade urgente de gritar
Deixar sair o grito
Que confessa o fracassar

As falhas seguem a arranhar
O ego tolo
Que não desiste de tentar
Se reecontrar

Sempre que cada pesadelo
Ganhar forma de despertar
E ao acordar
Sentir morrer
Tudo o que pensava ser

Não há mais caminho
É tudo fumaça
A desgraça deixa a história
Se espalhar
Por todo o mar

As correntes enferrujadas
Deixarão de marcar o ar
Quando o vento soprar
Outra vez será
Para levar a embarcação

P'ra onde é o seu lugar
O vácuo triste
Onde o infinito
É soluçar, agônia e medo

Desespero acordar
Sempre na escuridão
Afundando na prórpia melâncolia
A luz do dia
Não vai ser o bastante

E nesse instante
Todos irão perceber
Depois do horizonte
Um gigante a se desfazer

By: Lulu
14.10.12

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Música: O Homem de Lata (12.10.12)

Resisto um pouco mais
E novamente sempre crente
De que é pela última vez

Era inocente quando aconteceu
O chão ferveu, se abriu, caiu
Infinitamente me pondo a despencar

Milhões de motivos
Para desistir de tentar
Desmembrada, permaneço inteira.
E quanto a você?
O que ainda podemos ver?

Nada certeira a tal justiça
Sempre areia movediça
Afundando quem não trapacear

Mundo de mentiras
Na minha verdade
Procuro sobreviver
O presente é um erro
Composto pelo desespero
De futuro ser

Não há mais nada
P'ra agora
Se conforme
Eu fui embora
E agora eu sei
Qual é o meu lugar

Longe da saudade
O peito se blinda
Vou petrifcar
Fazer da coragem
Chance de verdade
E assim caminhar

Seguir sem sentir
Nessa humanidade
É a única forma de existir

Por não concordar
Sou minha própria conduta
A questionar minha missão
Entregue ao que vejo
Quase não percebo
Me suicidar

Então se é assim
Decreto meu fim
Mas que permaneça longe de mim
A tal necessidade de viver
Imune a sensação

Hoje em silêncio
Recordo crueldades
Do último verão

Desgosto ou mentiras
Que fodam-se as rimas
Não quero ilusão

Alcançar é ser muito mais
Do que o ar presente nos pulmões
Pegar e soltar a mão
Escarrar toda e qualquer razão

Sem voz gritar
Até sumir o som
E tornar sem cicatrização
A dor na garganta que sangra
Mostrando que nada
Toca seu coração

By: Lulu
12.10.12

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Música: Mundo dos cemitérios (11.10.12)

Hoje eu só quero ir
P'ra outro lugar
Um lar só meu
Uma casa feliz
Que em um instante do passado
Por descuido desapareceu

Da minha frente
Não de mim
Tudo ficou parado
Por dentro o alívio
Foi o único caminho
Nunca mais encontrado

Esculpiram estátuas da minha frustração
Toda a alegria
Não passou de ilusão

Hoje eu acordei
Querendo conquistar o mundo
Mas caí tão fundo
Que nem consigo enxergar
Tamanho é o escuro
Que paira sob essa morada

Tormentos de inverno
Primavera assombrada
Venenos provém da saudade
Que fizeram minha alma calada

trucidada e Ensanguentada
tento outra vez
Quem sabe eu possa
Fazer valer

Ou então enfim acertar
Por onde andar
Para seguir
Uma estrada
Que me leve
P'ra longe desse lugar

By: Lulu
11.10.12

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Música: Krueger (04.10.12)

Sinceramente eu não sei
O que fazer ou o que falar
Se é a vida que segue
Ou eu que estou a continuar

Cansada de esperar
Cansada de buscar
Cansada de aceitar
Cansada de reagir

Entregue ao desespero
Acabo de sentir
Tudo em mim se partir

Não é exagero
Você no meu lugar
Eu sei não dava
Nem p'ro cheiro

Eu vou andar
Por cima de cacos de vidro
Eu vou cair
E sangrando prosseguir

Já aprendi a caminhar ferida
Enxergo no escuro
Ou finjo ver algo melhor
Talvez acreditar
Que um mundo novo
Me espera
em algum lugar melhor
Dentro de mim

onde longe do final
Não é tão desgastante
Tentar ser sensacional

Emocionante relatar o próprio mal
O sono assombrado
Faz barulho ao despertar
Mesmo quando o dia acaba
Sei que A dor não vai cessar

A mente não vai dar trégua
e tudo entra em demolição
Irônia ser sincera
Enquanto em degradação

Sinceramente eu não sei
O que fazer ou o que falar
Se é a vida que segue
Ou eu que estou a continuar

Cansada de esperar
Cansada de buscar
Cansada de aceitar
Cansada de reagir

Entregue ao desespero
Acabo de sentir
Tudo em mim se partir

Mais um dia
P'ra encarar
Espero suportar
Sem sufocar
antes da noite chegar
Espero ao fechar os olhos
Nada mais enxergar

Quando não há esperança
De triunfar
Tudo a nossa volta
Pesa sob a luz de cada amanhecer
faz o Sol inimigo
E sem abrigo
A se queimar
Todo o ar comprimido
Sem chances de respirar

Não é segredo
O que estou sentindo agora
Toda a alegria foi embora
Não sei se corro ou fico
Me encontro o tempo todo
Sem querer

Assombrada minha mente
explode sem perceber
O que sobra dos pesadelos
Não serve p'ra viver

Sinceramente eu não sei
O que fazer ou o que falar
Se é a vida que segue
Ou eu que estou a continuar

Cansada de esperar
Cansada de buscar
Cansada de aceitar
Cansada de reagir

Entregue ao desespero
Acabo de sentir
Tudo em mim se partir

Eu vou andar
Por cima de cacos de vidro
Eu vou cair
E sangrando prosseguir

Violada para sempre
A mente não vai mais sentir

By: Lulu
04.10.12

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Música: Viela (02.10.12)

Baixa a guarda
E vulnerável
Começa a definhar
Milhões de pensamentos
Como espadas vão cortar

O silêncio se quebrou
Cada pedaço revela
Um pouco da dor

Desarmonizando tudo o que
Estava inteiro
A vida acaba
Sendo o pulsar
De seus piores pesadelos

Nada mais se faz escutar
Entre as paredes
Da mente tudo fora do lugar
A desabar, arranhar, enlouquecer

Longe de mentir
A vontade que resta
É desaparecer

Sofrimento avassalador
Agonia rompe a força
sinta o sangue
Aonde for

Depois de tentar
Sem solução
A frustração é como temporal
Fazendo a paisagem
Nada sensacional
Morte da Primavera
Colheita severa
De todo o mal

Sempre tão maldita
Não há quem resista
A tal perturbação
Um a um dos momentos
Ostentam desordem
Como um turbilhão

Na falta de sorte
Encontra-se abrigo
Com a faca na mão
Quando tudo é perigo
A Desgraça é formada
De destruição

Não há outra chance
Urrando e ecoando
Onde tudo é prisão

By: Lulu
02.10.12

sábado, 29 de setembro de 2012

Música: Distanciar (29.09.12)


Quando eu chamei seu nome
Eu pude perceber
O grito ecoava meu ser

Agora que eu
já não preciso mais
Espero que o seu coração
Jamais procure a paz

Em palvras feitas de mentira
Em alguém que não vale
Um só dia
Da vida que pulsa
E espera um sopro
P'ra voltar a ter
Ar p'ra funcionar

Tantas lembranças
Enozando a razão
Existia esperança
De não estar crendo em vão
Talvez uma herança
Da minha criança
Já morta tentando
Ser solução

Outra vez admirar
Quem sabe apostar
Que há no mundo
Alguém capaz de amar

Estender a mão
Puramente com a intenção
De ajudar

Eu nunca quis
Entregar o que
Serve p'ra me fazer
Cantar e tentar poetizar
O que resta de sanidade
No sentir da humanidade
Que esqueceu até
Como dói a saudade

Fazendo de seus medos
Justificativas para crueldade
Dos piores pesadelos
A realidade

De quem ao abrir os olhos
Ainda tenta encarar
Os olhos de outro alguém
Que também possa tentar
Fazer da alma uma casa
Apta a abrigar
Aquele que chora
Até soluçar

Sem emitir som
Pronto p'ra abraçar
De peito aberto
Mesmo sabendo
Que pode se machucar

Não vou desistir
De mim
O bem é minha única verdade
Pouco importam as sacanagens
Que eu vou colher
Desse pomar
Tantas vezes pelo ódio
Praguejado a se acabar

Não vou implorar você
Pouco me importa
Se nunca mais te ver

Nem mais faço questão
De que saiba agora
Que minha vida continua
E sem adeus
Já foi embora

Todo o mal que me causou
Te esperar
Avessa e sempre viva
Não há estranheza em sangrar

No meio dessa neblina
Posso sentir de mim se desprender
tudo o que fazia
Sua voz sobreviver

By: Lulu
29.09.12

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Música: Libertação (25.09.12)


Todas as vezes que eu volto
Não tento mais entender
Tantas promessas quebradas
Não há o que fazer

Sei também que não tem
Como esquecer
Simplesmente subtrair
Tentar viver

P'ra ser o melhor
Que possa ser
Dentro de toda a tentativa
Uma esperança de crescer

Agora eu sei
Não vou mais lutar
Por você

Em outro lugar qualquer
Deve se esconder
De tantos os inimigos
E perigos de ser como é

E no fundo sempre foi
Nunca acreditei
Até precisar
Não mais pensar
No depois

Errei, você errou
Erramos somente para encontrar
O certo e dessa vez
Escolher prosseguir

Sozinha eu vou chegar
Alcançar exatamente o meu lugar
Só, eu sei que você também
Vai estar
Lutando p'ra fingir acreditar
Que existe ainda alguém
Capaz de te amar

Em outro lugar qualquer
Deve se esconder
De tantos os inimigos
E perigos de ser como é

E no fundo sempre foi
Nunca acreditei
Até precisar
Não mais pensar
No depois

Entre nós não há incomum
Mais nada
E se houve um dia
Era engano seu ou meu

Tudo o que aconteceu
Perdido no meu coração morreu
Você esqueceu
Eu escolhi matar
Antes de morrer

Aos poucos
Lentamente tudo vai desaparecer

Em outro lugar qualquer
Deve se esconder
De tantos os inimigos
E perigos de ser como é

E no fundo sempre foi
Nunca acreditei
Até precisar
Não mais pensar
No depois

Agora é a única hora
Dessa vez minha chance
Não vai embora
Eu deixo a porta aberta
Mas expulso o que não
Me pertencer
Expulso o seu sorriso
E deixo o meu prevalecer

Longe do seu egoísmo
Gana e destruição
Eu sei que vou vingar
Minha libertação


By: Lulu
25.09.12

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Música: Autópsia (14.09.12)

Volta aqui
Só p'ra olhar na minha cara
Veja se encontra
Um que um dia deixou
Escapar

Não mais verá
A face de uma otária
Que já se deixou levar
Nadando em mentiras
Quase afogada
Conseguiu se salvar

Todas as navalhas
Voltarão p'ra te arranhar

Sempre que enxergar
Nos olhos meus
Tudo o que aconteceu
Se transformar no meu melhor
Sua traição se estender
Em canção
Até perder a voz

Não finja
Não tente
Não vai convencer
Se ainda se lembra
Melhor esquecer

Não há mais nada igual
O que era orvalho
Virou sangue
O que era pólen
Congelou

Riscada pelo gelo
Minha face descarnou
Meus olhos inflamaram
Nostálgia se acabou

Olhe bem
Olhe dentro
Só para ver
Que nada restou

Vai p'ra longe
E leva com você
Todo o peso da lembrança
De fazer alguém morrer
Leva também todo o fogo

Quando a fênix acorda
Sua própria corda
Serve p'ra te enforcar

Tudo o que você fez volta
E sem volta
Te deixo somente
O gosto de nunca mais
Me encontrar

A certeza da derrota
De nunca saber amar

Triste fim
Tudo em sua volta
Parece definhar
Sei que ao olhar no espelho
Cada estrofe vai vestir
O seu olhar

No berço do desâmparo
Vai tentar me procurar

Não finja
Não tente
Não vai convencer
Se ainda se lembra
Melhor esquecer

Não há mais nada igual
O que era orvalho
Virou sangue
O que era pólen
Congelou

Riscada pelo gelo
Minha face descarnou
Meus olhos inflamaram
Nostálgia se acabou

Olhe bem
Olhe dentro
Só para ver
Que nada restou

Olhe bem
Olhe dentro
(Se é que há consciência)

Olhe bem
Olhe dentro
(Se é que há coração)

Olhe bem
Olhe dentro
(Nada pode piorar dentro de você)

Olhe bem
Olhe dentro
(Se desfaça ao reconhecer o vácuo que te habita)

Olhe bem
Olhe dentro
(Se é que há chance de redenção)

Olhe bem
Olhe dentro
(Sofra de solidão)

Olhe bem
Olhe dentro
(Será que haverá perdão?)

Não finja
Não tente
Não vai convencer
Se ainda se lembra
Melhor esquecer

Não há mais nada igual
O que era orvalho
Virou sangue
O que era pólen
Congelou

Riscada pelo gelo
Minha face descarnou
Meus olhos inflamaram
Nostálgia se acabou

By: Lulu
14.09.12

Música: Coleção de fracassos (14.09.12)


Ninguém mais ouviu falar
Achei melhor não explicar
Mais nada
Varei a madrugada
Em busca de solução

Silenciei só p'ra escutar
Muito mais do que a própria distração
Por trás de cada dor
O resultado tão sagrado
Que esqueceu de ser lembrado
Na hora que o chão partiu

Coleção de fracassos
Encobrindo tantos laços
Justo quando veio o frio

Cortes abertos
Sangue a escorrer
Tentei de tudo
P'ra não me perder

Nada parecia adiantar
Mãos escoreadas juntando forças
Sem ter aonde se agarrar

Foi no tropeço
Rumo ao interminável
Que pude encontrar
No reflexo do desespero
O fundo escuro se tornou inspiração
Do medo uma coluna
Pronta para sustentar
Minha salvação

Ninguém mais ouviu falar
Achei melhor não explicar
Mais nada
Varei a madrugada
Em busca de solução

Silenciei só p'ra escutar
Muito mais do que a própria distração
Por trás de cada dor
O resultado tão sagrado
Que esqueceu de ser lembrado
Na hora que o chão partiu

Coleção de fracassos
Encobrindo tantos laços
Justo quando veio o frio

Tudo mudou
Nada aconteceu
O que sobrou sobreviveu
Para contar milhões de histórias
E das memórias transformar
Em vitórias uma coleção mortal

Enfim há uma resposta
Para tudo o que servia
Só para fazer sangrar
Termina onde começa
A profundeza de não mais saber voltar

By: Lulu
14.09.12

domingo, 2 de setembro de 2012

Música: Desfragmentar (02.09.12)

Chega de se enganar
Acreditando no que
Há tanto já não tem sentido

Não se iluda
Não confunda meu olhar
Em suas impressões
Nada precisas
Perdidas em histórias
Não resolvidas
Dais quais não quero
Mais ouvir falar

Não me conhece mais
Se é que ainda lembra
Se é que um dia conheceu
Tudo o que sei
É que já despareceu
Qualquer detalhe seu

Me esforço p'ra não lembrar
Não preciso esquecer
Para não mais
Me importar

Já faz algum tempo
Que eu deixei de chorar

Sua voz não chega
Aos meus ouvidos
Sua imagem mostra
Em mim um personagem esquecido

Os dias vão te encobrir
E quando eu encontrar você
Vai representar somente
Exatamente quem eu nunca
Quero ser

Se fecho os olhos
Parece até
Que jamais esteve aqui

Outra alma outros tempos
Nova era
Sou mais viva
Sem você

Outra chance
E um sorriso
Pouco me importa
Se algo restou em você

Não me conhece mais
Se é que ainda lembra
Se é que um dia conheceu
Tudo o que sei
É que já desapareceu
Qualquer detalhe seu

Me esforço p'ra não lembrar
Não preciso esquecer
Para não mais
Me importar

Já faz algum tempo
Que eu deixei de chorar

Sua voz não chega
Aos meus ouvidos
Sua imagem mostra
Em mim um personagem esquecido

Os dias vão te encobrir
E quando eu encontrar você
Vai representa somente
Exatamente quem eu nunca
Quero ser

Outra alma outros tempos
Nova era
Sou mais viva
Sem você

Outra chance
E um sorriso
Pouco me importa
Se algo restou em você

Não vou voltar
Cabeça erguida
Sem virar
Sempre chega a hora
Onde tudo volta
Ao lugar

By: Lulu
02.09.12

domingo, 26 de agosto de 2012

Música: Leão de fogo (28.08.12)

Antes era com o pé na porta
Hoje causando arrepio
Tudo o que eu sinto desova
Simplesmente porque existiu

Metal extremo ou blues falho
Palavras ou somente
Mais um solo

Funebre, arredio
Furioso ou vulnerável
Mas jamais vazio

Quem me viu
Quem me vê

Sempre poderá saber
Exatamente como é
Enxergar através dos olhos
A exatidão de como
Minh'alma é

Quem me viu
Quem me vê

Pode até não entender
Demorar para sacar
Talvez nunca aceitar
Mas certamente vai viver
Tudo o que o meu peito pulsar

Hoje o dilúvio me invade
Além da chuva lá fora
E a escassez da amizade

O vento que rasga
A dizer como é bom
Se conhecer

Ecoando por estar
Sempre tão só
Na amplitude do próprio ser

A solidão faz chorar
Mas também serve
P'ra aprender

Valor é p'ra cativar
Cultivar e ampliar
Se ontem era unipotente
Hoje acaba de se enterrar

Quando vi você desaparecer
Acabei por me libertar
Abrindo os olhos
De vez
P'ra essa prisão
Não quero mais voltar

Quem me viu
Quem me vê

Já não te enxerga em mim
É sempre assim no final
Não sobra nem sinal

Sem coração
Não mais respira
O que jamais foi real

Quem me viu
Quem me vê

Desde o primeiro amahecer
Viu do fogo renascer
Leão pronto p'ra vencer

By: Lulu
26.08.12

domingo, 19 de agosto de 2012

Música: Talhos e retalhos

Além da nostalgia
E da ilusão do acalento
Há um momento pronto
Para mudar

O que ficou preso
Após o despertar

Foi tudo uma ilusão
Escravizando toda e qualquer razão

Não preciso dar motivos
P'ra explicar minha intenção
De enfim dizer

Gritar aos quatro ventos
Vou viver sem você
Quero que se vá

P'ra onde eu não possa
Nem mais lembrar

Mentiras escrotas
Necrosam em mim agora
A sensação de morte
Finalmente vai embora

Espero mesmo que se vá
Com você
Sem mais voltar

De repente todos os motivos
Vieram me visitar
Vestida pelo próprio sangue
Escarro pus em você

Todos podiam ver
O que eu não quis enxergar
Já não me importo agora
Só quero entregar
O que existe em mim
É puro bem estar

Liberta das estacas
Que sua presença trazia
Com muita alegria
Respiro sem te encotrar

E presa sua vida
Fica ao fundo
De tudo o que tenho
P'ra caminhar

Não preciso dar motivos
P'ra explicar minha intenção
De enfim dizer

Gritar aos quatro ventos
Vou viver sem você
Quero que se vá

P'ra onde eu não possa
Nem mais lembrar

Mentiras escrotas
Necrosam em mim agora
A sensação de morte
Finalmente vai embora

Espero mesmo que se vá
Com você
Sem mais voltar

De repente todos os motivos
Vieram me visitar
Vestida pelo próprio sangue
Escarro pus em você

Liberta das estacas
Que sua presença trazia
Com muita alegria
Respiro sem te encotrar

E presa sua vida
Fica ao fundo
De tudo o que tenho
P'ra caminhar

By: Lulu
19.08.12

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Música: Pés queimados (14.08.12)

Escarneados pela miséria
Agonia confessa
Correria inconclusa
Vida em extra unção
Dominados pelo poder do maldito
Gozo da nação

Sangram mãos sem um centavo
Enlouquece o cidadão
Morrer por uma vitória
Ou acabar sempre no chão

Morto vivo a caminhar
Feito zombi racional
Qualquer gesto não certeiro
É um final escrotal

Cortes inflamam
Lágrimas ácidas
Queimam nossa moral
Há tanto tempo procurando
Uma razão para sobreviver

Se é que há
Um plano capaz
De sustentar
O insano universo particular

Que a cada ano
Me faz vomitar
Pesadelos por todo o lugar

Sigamos agora
Não há outra opção
Mesmo com o pescoço cortado
Caminhando sem direção

Em pleno flagelo
Nossos passos rumo a degradação
Máquinas do erro
Fruto absurdo da perturbação

Somos desespero incubado
Perdido, sem salvação
A prova da inversão
Do valor da vida
Diluída em frustração

Sigamos agora
Não há outra opção
Mesmo com o pescoço cortado
Caminhando sem direção

Em pleno flagelo
Nossos passos rumo a degradação
Máquinas do erro
Fruto absurdo da perturbação

Somos desespero incubado
Perdido, sem salvação
A prova da inversão
Do valor da vida
Diluída em frustração

By: Lulu
14.08.12

domingo, 12 de agosto de 2012

Música: Sobriedade insana (12.08.12)

O que enxerga em meus olhos?
Será que é capaz
De ver?

As palavras que eu guardo
No olhar
São poucos
Os que podem encontrar

Por longos anos
Plena sobriedade insana
Acreditei em todas
As suas mentiras
Acordei na lama
A sombra do que
Eu fui um dia

Perdida gritando
O inferno eu explorei
Ao estar com você
Como pode alguém
Demorar tanto para entender?

Prisão desonesta
Ematomas do sofrer
Canções desastrosas
Porres e soluços
Enozando o entardecer
Ofusquei-me só
Sem se quer perceber

Desabando em silêncio
P'ra te proteger
O que me sobra agora?

O eco do amanhecer
Imundo, pequeno
Afogado em desespero
Longe da salvação

Veja que irônia
Sem nenhum motivo
Estou sem proteção

O que enxerga em meus olhos?
Será que é capaz
De ver?

O inferno eu explorei
Ao estar com você
Como pode alguém
Demorar tanto para entender?

Desabando em silêncio
P'ra te proteger
O que me sobra agora?

O vazio do ontem
Sonhos em pedaços
Gargalhadas suas
E dores sem fim

Fotos e bilhetes
De um lindo jardim
Relatam o fim

Por longos anos
Plena sobriedade insana
Acreditei em todas
As suas mentiras
Acordei na lama
A sombra do que
Eu fui um dia

By: Lulu
12.08.12

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Música: Presenças mortas (10.08.12)

Antes de ir embora
Ponho a prova
Minha própria força
E a angústia se faz
Minha única imagem

Flagrei no espelho
Pura auto-sabotagem
Uma ilusão mortal
De final infeliz

Perdi por um segundo
A razão
Foi o suficiente
Para me deixar vencer
Bem antes da noite vir
Eu vou anoitecer

Não olha agora
Vai se arrepender
Sou eu mesma aqui
Quem você vê sangrar

Fui eu mesma
Que comecei e não sei parar

Abro a janela
Todos os dias
Tentando escapar de mim

Ou desaparecer mesmo assim
Já que não há
Ideia capaz de solucionar

Mudar a direção
De tudo o que eu pensr

Nada que faça acreditar
Que existe um outro espaço
Onde ainda posso alcançar

Limpe seus pés
Mas permaneça descalço
Para que possa ver
A marca do que eu fui
Até agora

Se é que além do que minh'alma ignora
Há algo p'ra contar

Meu sangue ainda quente
No chão que você pisa

Tente não chorar
Siga em frente
Sem olhar o que ficou comigo

Amanhã quando o sol nascer
Mesmo se não clarear
Algo vai estar diferente

Sem motivos
P'ra tentar
Outra chance agora

No  reflexo final
Não há perguntas
Não há respostas
Não há mais vida
Acabou qualquer nova aposta

Perdi por um segundo
A razão
Foi o suficiente
Para me deixar vencer
Bem antes da noite vir
Eu vou anoitecer

Não olha agora
Vai se arrepender
Sou eu mesma aqui
Quem você vê sangrar

Fui eu mesma
Que comecei e não sei parar

Perdi por um segundo
A razão
Foi o suficiente
Para me deixar vencer
Bem antes da noite vir
Eu vou anoitecer

(Eu vou anoitecer)
E só peço que vá
Chegue aonde desejar
Sem esperar que eu possa despertar
Com o novo dia

Sem motivos
P'ra tentar
Outra chance agora

No  reflexo final
Não há perguntas
Não há respostas
Não há mais vida aqui

By: Lulu
10.08.12

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Música: Zehn (07.08.12)


Sujeira branda
A dor sem fim
Morri n'aquele dia
Quando a noite
Visitou meu jardim

A brisa de Novembro
Me cortava sem que eu
Soubesse o que fazer

Algo me faltava
Além do que nos separava
Não sobrava nada
Para dizer

Eu já nem chorava
Suava sem perceber
Se existem motivos
Já desisti de entender

Não procuro mais respostas
Vivo só para
Não lembrar
Que n'aquela noite
Eu acabará de morrer

Outro lugar
(outrolugar)
Um novo vento
P'ra rasgar tudo
O que eu senti

Ideias novas
Todas feitas
Do que não existiu

Desde que você partiu
Exatamente n'aquele tempo
Tudo se foi tão de repente

A nostalgia manteve
Meu corpo quente
Mas nunca pude voltar

Era tão diferente
Quando senti a vida arrancar
O que me fazia valente
Tão crente de que
Sabia sempre como triunfar

Virgem de pesadelos
Meus sonhos  se fizeram deflorar
Violentados em desespero
Até hoje se põe a sangrar

Um sono de memórias
Que não param
E atropelam o bem estar

Pedras na janela
Não vão evitar o fim
Quando tudo acontecer
Não vai restar nada
De mim

No fundo eu
Sabia que nada mais
Seria igual
Outra menina
Me domava
Tornava meu peito mau

De tanto sentir
O que me machucava
Tentava fazer igual
Em tudo o que batia
Voltava mil vezes
Mais letal

Desigual bem como
A vida é
Pouco a pouco
Tomando a razão
Ferve tanto
O meu coração

Desde então em prantos
Tentando sustentação

Ficou tudo no porão
Não amanheceu
Desde aquela ocasião

As flores do quintal
Desapareceram antes do Natal
As luzes não acenderam
Meus olhos romperam
Minha imaginação

Sumiu a criança
E toda a esperança
Tornou-se ilusão

Vou tentar mais uma vez
Modificar a sensação
De adormecer p'ra sempre

A fim de encarar
Um novo dia
P'ra quebrar esse 'p'ra sempre'

Quanto tempo pode durar?
Será que alguém
Se importa em aceitar?

Que há momentos
Que petrificam
A essência em um lugar

Há dores que não cessam
E não se apressam em sarar
Quando cortes são profundos
Todo o mundo é pequeno demais
Há uma ideia absurda
De que a solidão
É a única certeza de paz

Há tristeza a cada segundo
E nenhum minuto a mais

Quanto tempo pode durar?
Será que alguém
Se importa em aceitar?

Que há momentos
Que petrificam
A essência em um lugar

Há dores que não cessam
E não se apressam em sarar
Quando cortes são profundos
Todo o mundo é pequeno demais
Há uma ideia absurda
De que a solidão
É a única certeza de paz

By: Lulu
07.08.12

Música: Erguer-se além (07.08.12)

Escureceu aqui
Faz tanto tempo
Que eu não sei mais
O que é enxergar

A luz do dia inteira
Como a primeira vez

Lembra até os dias
Que esqueci de apagar
Lembra aquelas tardes
Que sempre irão sangrar

Memórias avulsas
Que unidas sem querer
Formam a saudade
Do dia que eu
Nunca mais vi nascer
Sem marcas

Já acordo
Com o dia pronto
Desfeito e torto
Sem saber

Aonde se perdeu
A alma vestida
Para matar ou morrer?

Trancafiou-se sem que
Nada eu podesse fazer
Parou, sofrida em algum
Canto meu
Que se calou
Que ninguém percebeu
Que até p'ra mim
Simplesmente desapareceu

Quem me ensinou
Aser assim?
O fim de tudo
O que era ser
Só  pode ser agora

Tenho que ir embora
Desse lugar
Talvez voltar a encontrar
Entre essas frestas
A luz solar

Um mar sem fim
Para nadar
Entre as ondas decifrar
Poemas vivos
E histórias de redenção

Levantarei agora
Mesmo sem ninguém
P'ra dar a mão

Aonde se perdeu
A alma vestida
Para matar ou morrer?

Trancafiou-se sem que
Nada eu podesse fazer
Parou, sofrida em algum
Canto meu
Que se calou
Que ninguém percebeu
Que até p'ra mim
Simplesmente desapareceu

Quem me ensinou
Aser assim?
O fim de tudo
O que era ser
Só  pode ser agora

Tenho que ir embora
Desse lugar
Talvez voltar a encontrar
Entre essas frestas
A luz solar

Um mar sem fim
Para nadar
Entre as ondas decifrar
Poemas vivos
E histórias de redenção

Levantarei agora
Mesmo sem ninguém
P'ra dar a mão

Mesmo sem ninguém
P'ra dar a mão
Porém livre de coração

By: Lulu
07.08.12

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Música: Contínuo (30.07.12)

Aonde foi parar
A força que eu deixei
Escapar?

N'aquele dia
Sem você
Procurando alguém
Que pudesse
Me dizer algo
Capaz de conservar

A gana por vitória
Que estava a desabar

Enquanto eu me sentia mal
Você pensava
O que vestir
Quando a guitarra
Da sua banda favorita
Explodir

A noite eu já não dormia
Tentando me refazer
Escolher o destino
Entre eu e você

É bem assim
Na vida temos que optar
Viver, lutar

As vezes é deixar morrer
Todo o sentimento
Que nos faz desaparecer
Viver, lutar

Erroneamente acreditar
Que o bem
É atributo de todos
Os que queremos bem
Viver, lutar

É se auto desafiar
A aceitar
Mesmo sem entender
Chorar, sofrer

Mas perceber
Que o melhor
A fazer é se afastar

Deixar no coração
Sobreviver
Somente o que
Servir para ensinar
Viver, lutar

Deixar partir tudo
O que machucar
Sorrir por permitir-se
Encontrar

De dentro p'ra fora
A intenção  de superar

Se resistir é alcançar
Em frente eu sigo
Enquanto esqueço
De te esperar

By: Lulu
30.07.12

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Música: Pedaço escuro (27.07.12)


Um dia frio
E a recordação
Um sonho ruim
Sem definição

Passado congelado
Minha assombração
Levaram tudo
O que era meu
Foi tudo feito
De sangue e dor

Um chão batido
O dessabor de ser menor
Que o tempo
E ver partir aquele
Que te ensinou o amor

Olhar em volta
Nada encontrar
Não ter nem chance
De tentar voltar

Lutar sem forças
Morrer sem querer
Lentamente a se desfazer
Mas nada destrói
O que ficou

Na história marcada
Em cada pedaço
Escuro meu
Tantos buracos
Tomando o lugar
Do que se perdeu

Deixando o espaço
Branco colorir
Por um ardor
Que jamais vai partir

Quanta solidão
Medo e tristeza
Quanta derrota sob a mesa
Agora eu sei
Mas nada vai mudar

Todos esses espinhos
Enfiados no meu peito
Que até hoje
Só fazem sangrar

Na história marcada
Em cada pedaço
Escuro meu
Tantos buracos
Tomando o lugar
Do que se perdeu

Deixando o espaço
Branco colorir
Por um ardor
Que jamais vai partir

Mentiras tolas
Não vão proteger
Quando eu chorar
E ninguém poder ver

Meu rosto escondido
Vai resistir
Quando eu cair
Vou me arrastar
Nadar em sangue quente
Até chegar

Em outro canto
Este sem perdão
Onde minhas memórias
Amaldiçoarão
Cada gesto inútil
Dessa solução

Sim, se não fosse isso
Poderia até
Terminar igual

Uma mente em chamas
Que jamais foi igual
Um dia ou outro
Iria se entregar

Sem o poder da ação
Deixando tudo para trás
Agarrada com as garras quebradas
A um lugar vazio
Aquele Novembro foi sem dúvida
O mais frio

Pavor, desespero
Angústia, zelo
E desâmparo
Quem me conhece
Sabe exatamente
Sobre o que eu falo

Tentando diariamente esquecer
Infelizmente sempre algo
Vai me trazer
Me fazer lembrar
Dos olhos que eu
Tive que deixar
De tudo o que
Ainda escorre sem parar

Cada vez que eu chorar
Cada vez que viver mostrar
Que aquela foi a porta
De entrada p'ra este lugar
Onde me encontro agora

Não sei o que sobrou
Só sei quem sou agora
Daquele dia em diante
Querendo ou não
Com ou sem razão
Tudo mudou
De dentro p'ra fora

Restou pulmão
E toda a hora
É hora p'ra enxergar
O vácuo que me espreita
Ao deitar

Tudo o que aconteceu
Meu futuro que morreu
Sempre há cicatrizes
Por trás da Glória

Na história marcada
Em cada pedaço
Escuro meu
Tantos buracos
Tomando o lugar
Do que se perdeu

Deixando o espaço
Branco colorir
Por um ardor
Que jamais vai partir

Jamais vou deixar de sentir
O vento daqueles dias
Me possuir
Tomar lugar
De todo o bem que eu construí
Tentando superar

Ou mesmo tornar vitória
A chance de virar
O jogo impiedoso
Que me fez transformar
A doce menina
Na casa do mau-estar

By: Lulu
27.07.12

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Música: Chão rompido (18.07.12)

Pode ser que hoje
Seja a última vez
E que jamais chegue
A  hora certa

Eu já tentei de tudo
Sem nunca encontrar
O tal caminho certo
Mas nunca deixei de andar

O destino é o agora
Mesmo enquanto o meu
Coração chora
Eu sangro rumo
Ao vento do que há

Sem esperar o que
Pode nunca vingar

Danos, tristezas e tantas derrotas
A vida não precisa de respostas
São as voltas que decidem
Quem vai triunfar

Não me engano mais
Com os espinhos
E as curvas não tomam
O que eu sonhei

A dor sempre enfraquece
Porém não cresce
Além do bem

Danos, tristezas e tantas derrotas
A vida não precisa de respostas
São as voltas que decidem
Quem vai triunfar

Anos a fio
Milhões de apostas
Um sopro tornando
Toda a conclusão
Ilusão exposta

By: Lulu
18.07.12

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Música: Fobetor (12.07.12)


Branco e preto
Céu suspenso
Durmo o sono
Dos tormentos
Nada para em mim

Minha mente é assim
Dia todo a chorar
Madrugada a dentro
Nada vai parar
Aqui está frio

Uma turbulência
Invisível e cruel
Fina, amarga
Cortantemente desgostosa
Feito brisa ardilosa
Que sufoca
Por nunca cessar

Sombras compostas
Pela escuridão deixada
Pelo vão dos anos
Que não se vão
E voltam sem que os possa
Deter ou ignorar

Ao meu lado
Em minha frente
Barrando a passagem
Da minha circulação
Me fazendo respirar
A própria pulsação

Violência interna
Maldição vestida de cansaço
Fez cegos os meus passos
Paralizando minha voz

Meu ego adormeceu
Junto com tudo o que morreu
E apodrece aprisionado
Em mim

Quando abrir os olhos
Todo o suor frio
Se faz de sangue

Terminou outra noite
Que esqueceu de vingar
Nasceu um novo dia
Que não lembrou
De clarear

Nada repousa
Quando a Lua também pesa
E o Sol queima

Nenhum silêncio basta
Quando o frio congela tudo
O vento não move
Derruba e desmonta
Mas não desfaz

Cortes profundos
Rasurando dias
Sem traçar a paz

Quando abrir os olhos
Todo o suor frio
Se faz de sangue

Terminou outra noite
Que esqueceu de vingar
Nasceu um novo dia
Que não lembrou
De clarear

By: Lulu
12.07.12

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Música: Depois do fogo (11.07.12)

Se eu escapar
D'essa com vida
O suficiente p'ra contar

Mais um pisão
Sob a mentira
Minha chance
De continuar

Estratégias sombrias
Uma luta sem trégua
E sem descanso

Eu durmo quando a noite vem
Crente que a vontade
Me levara além
De cada pesadelo

Cada golpe um pretexto
Para buscar a cura
Enquanto a luz
Do dia não chega
Eu caminho no escuro
A procurar

Quantas virtudes
Tive que desprezar
Sentindo a angustia
De não ter como optar
Pelo melhor que há em mim

Escorrego todos os dias
Sem me abrigar
Da chuva de facas
Do eterno temporal

Todos os meus pedaços
Me fazem igual
Há poucos passos
De vencer o mal

Estrada sangrenta
Garganta inflamável
Falta de amor
Mesmo em perigo
Levo vocês comigo
Para onde eu for

Desde que não exista dor
Capaz de penetrar
O nosso valor

Mãos e patas dadas
Missão acatada
Seja como tiver
De ser

E eu sei
Que logo será

Depois do fogo
A fênix se põe
A voar

Todos os meus pedaços
Me fazem igual
Há poucos passos
De vencer o mal

Estrada sangrenta
Garganta inflamável
Falta de amor
Mesmo em perigo
Levo vocês comigo
Para onde eu for

Desde que não exista dor
Capaz de penetrar
O nosso valor

Mãos e patas dadas
Missão acatada
Seja como tiver
De ser

E eu sei
Que logo será

Depois do fogo
A fênix se põe
A voar

By: Lulu
11.07.12

domingo, 8 de julho de 2012

Música:Perfuração visual (08.07.2012)

Parece estranho
Mas aconteceu comigo
Nunca é tão cedo
Para aprender
Como é perder

E o tempo
É tão conotativo
Quanto o som
De uma canção

Eu sei não é
Seu dia
Mas já passou
Da minha hora
Já faz muito tempo

Eu vivo atrás
De um bom motivo
Nunca encontro nada
Porém não canso
De buscar

Bem, eu canso
Mas não desisto
De alcançar

Não pode ser você
Uma só voz
Capaz de me desestruturar

Não é você
Quem acorda diariamente
Tentando não se entregar

Muita gente vai falar
(Só por falar)
O que nem de longe
Imagina e nunca saberá

Tantos são os que p'ra sempre
Irão contestar
Momentos nunca voltam
Isso eu mostro
Ao continuar

Sobrevivo lentamente
Até quem sabe
Um dia levantar

Mais viva
Ou menos perto
Da sensação de morrer
Tendo de tudo
E tão pouco a oferecer

Não é você
Quem vai frizar
Ao meu coração
(Medroso e ensanguentado)

A sensação mortal
De que todos dias
Começam do final

Entre meus dedos
As chances esfarelam
No meu rosto
Os traços negros
De cada pesadelo
Escorrem sem querer
Meus passos são de desepero
Mas não vou desaparecer

Não é você
(Não é você)
Aqui e agora

P'ra sentir o quanto pesa
Cada lágrima
O quanto sangra
A distração de ser
Só mais um refrão vulgo
Que ninguém vai escutar

Não é você
Que luta e sofre
Morre e nasce
Dia a dia
P'ra mudar o mundo

E  encontra um submundo
Que afunda, suga
E se apodera de todo
O seu querer

Eu sei não é
Seu dia
Mas já passou
Da minha hora
Já faz muito tempo

Aprendi da pior forma
Que o momento
É a decisão final
Que o fim da linha
É escolha e a caminhada
Fatal

By: Lulu
08.07.12

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Música: Fenótipos (05.07.12)

Todos os dias assim
Não quero mais entender
De dentro p'ra fora
Quem escolhe somos nós

A voz emite um som
Cor da mentira
Que não tatuaram

Gritaria cálida
Emitida no escuro
De sonhos ruins

Eu não sou assim
Não consigo imitar
Imaginar ser diferente
Do que meu peito guardar

Palavras rasas, voz vestida
P'ra enganar
Quem é você
Para dizer que algo está
Fora do lugar
Comigo?

Não faço questão
De me aproximar
Se meus espinhos
Te agridem
Não são minhas pétalas
Que vão te acariciar

Me deixe só
Cansei de tentar
Fazer de tudo
P'ra que você
Possa ver o que faz questão
De não exergar

Não vou ser
Só mais uma vida
Perdida em um canto
Qualquer de mim
Esquecida até o fim

P'ra que?
Me diz se é que há
Alguma explicação capaz
De me fazer parar

De perceber que os seus olhos
São como o céu
Dos desenhos animados
Uma simples ilusão
Pintada de azul

Flutuando a toa
Perto do que é comum
Longe da real visão
Abro a janela
Sinto a força do trovão

Dos dias cinzas
Verdades inevitáveis
Ser você
Pode não ser
Exatamente assim
Como o mundo
Ainda te vê

Sei o que ninguém
Mas quer saber
Por trás de dias inteiros
Quem ganha entre eu e você

Espisinhada pelo dom
De não permanecer
Como um cristal
Transparência sensível
Pode escorregar

Partir ao cair
Quando em pedaços
Nunca mais se igualará

Não sou de aço
Sou coração, pulmão
Respiro em meio a distração
O mesmo ar
Que toda essa população
Que não percebe
A própria solidão

E insiste em me acusar
De andar ao contrário
Quando nem ao menos
Sabem aonde querem chegar

Palavras rasas, voz vestida
P'ra enganar
Quem é você
Para dizer que algo está
Fora do lugar
Comigo?

Não faço questão
De me aproximar
Se meus espinhos
Te agridem
Não são minhas pétalas
Que vão te acariciar

Me deixe só
Cansei de tentar
Fazer de tudo
P'ra que você
Possa ver o que faz questão
De não exergar

Não vou ser
Só mais uma vida
Perdida em um canto
Qualquer de mim
Esquecida até o fim

P'ra que?
Me diz se é que há
Alguma explicação capaz
De me fazer parar

Não sou de aço
Sou coração, pulmão
Respiro em meio a distração
O mesmo ar
Que toda essa população
Que não percebe
A própria solidão

E insiste em me acusar
De andar ao contrário
Quando nem ao menos
Sabem aonde querem chegar

By: Lulu
05.07.12

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Música: Reflexo final (21.06.12)

Cansei do dia
Que mal começou
Acordei sem vontade
Só quero que chegue
O fim de tarde
E então vou ligar
O som

Colocar em cima
Da mesa o pouco
De esperança que me restou

Uma garrafa de whisky
Dos bem vagabundos
Que servem p'ra consolar

Enxugo as lágrimas
E sigo o ritmo
Que tocar

Meu peito aberto
Que derrama toda a dor
Que eu sinto agora

Já está chegando perto
A semana enfim
Vai embora

Não sobrou nada
Bom para contar
Faltou de tudo
Exceto razão p'ra chorar

E quando o Sol
Se apagar
Tornando escuro o céu
O frio que baixa
Tráz consigo abrigo
P'ra minha intenção

De cultivar
Um pedaço em mim
Capaz de resistir
Até alcançar

O espaço reservado
No meu ego esfolado
Feito só para dançar

Além das lágrimas
Que escorrem dando forma
A cada acorde dessa canção

Um dia feito
De alegrias
Que p'ra sempre
Me levarão

E irão comigo
Para todo canto
Servir de alívio
Quando a próxima
Desilusão chegar

Cansei do dia
Que mal começou
Acordei sem vontade
Só quero que chegue
O fim de tarde
E então vou ligar
O som

Colocar em cima
Da mesa o pouco
De esperança que me restou

Uma garrafa de whisky
Dos bem vagabundos
Que servem p'ra consolar

Enxugo as lágrimas
E sigo o ritmo
Que tocar

Meu peito aberto
Que derrama toda a dor
Que eu sinto agora

Já está chegando perto
A semana enfim
Vai embora

Espero que se vá
Levando tudo o que atormenta
E violenta meu pensar

By: Lulu
21.06.12

terça-feira, 19 de junho de 2012

Música: Sequência mortal (19.06.12)

Um dia escuro
Imenso azul
Onde foi que se escondeu?

Dias feitos de metira
Minha alma se rendeu
Desapareceram os versos
Restaram somente pedras
Combinando com o seu coração

Eu estava sangrando
Me afogando no preço
Da ilusão

Até não mais restar
Nenhuma gota
De sangue ou lágrima
Capaz de te brindar

Me enforquei nas próprias veias
Enfim não mais respira
Sentimento algum

Quando passar por mim
Seu corpo será
Só mais um

E o céu não de repente
Escureceu
Decapitado o jardim
Morreu

Ensanguentados meus olhos
Notaram o que aconteceu
Por todos os lados
Pedaços meus

Depois de amordaçadas
Palavras contavam
Que tudo em mim apodreceu

Esquartejado o elo finalizado
Mostra o que sobrou
Entre você e eu

Só mais um necrose
Que não vai cicatrizar
Só mais um sentimento
Para enterrar

Dias feitos de metira
Minha alma se rendeu
Desapareceram os versos
Restaram somente pedras
Combinando com o seu coração

Eu estava sangrando
Me afogando no preço
Da ilusão

Até não mais restar
Nenhuma gota
De sangue ou lágrima
Capaz de te brindar

Me enforquei nas próprias veias
Enfim não mais respira
Sentimento algum

Quando passar por mim
Seu corpo será
Só mais um

Hoje o dia está frio
Whisky e conhaque
São minha distração
Com olhos vidrados
Passado cantando
Em decomposição

By: Lulu
19.06.12

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Música: Inspiração destrutiva (14.06.12)

Despertou a escuridão
Profunda e lenta
Solidão
Violenta sensação
De enlouquecer

Não me restam mais chances
De sobreviver ao frio
O sol passou
Ninguém mais viu
Tudo está sumindo

Meus olhos latentes
Pulsam branda intenção
Lacrimejam sangue frio
Bradando destruição

Nada vai me esperar
Vou partir
Mesmo sem encontrar
Direção

No fundo do poço
Um quintal igual
Ao brilho do passado
Enterrado como punhal

Sangrando em mim
Nunca chegou ao fim
A sensação selvagem
De morrer tão devagar

Queimar ardendo em ódio
Perder força ao controlar
A brisa que deságua
A dor que jamais
Vai calar

Cada canto desse lugar
Respira a morte
Que sobreviveu
A única conclusão
É que de lá p'ra cá
Tudo simplesmente desapareceu

Monstros que chegaram
Heróis que partiram
Meu peito enfrentava
Ainda arredio
Mas algo faltava
Senti que tentava
Sem nunca alcançar

Olhos regalados
Voz a soluçar
As canções falharam
Vou me entregar

O amor não bastou
Meu pulso cansado
Mesmo mutilado não parou

Não olhe agora
(Erra meu olhar)
Estou com medo
Posso atacar
Só vá embora
E não lembre de voltar

Quero ir lá fora
Somente p'ra gritar
Tudo me perturba agora
É hora de estourar

Limite extrapolado
Mente em caos
Coração alucinado
Não vou mais suportar

O dia vai terminar
Entalhado feito o sangue
Que não me deixa pensar

No fundo do poço
Um quintal igual
Ao brilho do passado
Enterrado como punhal

Sangrando em mim
Nunca chegou ao fim
A sensação selvagem
De morrer tão devagar


Não olhe agora
(Erra meu olhar)
Estou com medo
Posso atacar
Só vá embora
E não lembre de voltar

Quero ir lá fora
Somente p'ra gritar
Tudo me perturba agora
É hora de estourar

Limite extrapolado
Mente em caos
Coração alucinado
Não vou mais suportar

O dia vai terminar
Entalhado feito o sangue
Que não me deixa pensar

By: Lulu
14.06.12

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Música: Outros rumos (13.06.12)


Longe de tudo isso
Ainda encontro o que preciso
Não volto para contar

Aonde parou minha coragem
Não sei apontar mais erros
Começo e recomeço
Esqueço para suportar

A vida segue
E é para frente
Que temos que olhar

Eu não entendi
Desisti de tentar
Enxergar uma razão
Onde se quer
Motivo há

Longe d'aqui
Um dia eu acho
O que eu perdi

Sempre mais forte
Do que é possível
Essa força invencível
Que eu não sei ao certo
Da onde vem

Só sei que é infalível
Me torna indestrutível
Enfim vou chegar

Longe dos seus olhos
Longe desse lugar
Finalmente aonde sempre
Quis estar

Seu sorriso está aqui
Comigo eu vou guardar
P'ra além do fim
Do mundo
Até se a terra
Se acabar

Por baixo dos escombros
Sempre sobra lugar
Para um coração
Que mesmo depois de tudo
Sobreviveu para virar canção

Aonde parou minha coragem
Não sei apontar mais erros
Começo e recomeço
Esqueço para suportar

A vida segue
E é para frente
Que temos que olhar

Eu não entendi
Desisti de tentar
Enxergar uma razão
Onde se quer
Motivo há

Longe d'aqui
Um dia eu acho
O que eu perdi

Sempre mais forte
Do que é possível
Essa força invencível
Que eu não sei ao certo
Da onde vem

Só sei que é infalível
Me torna indestrutível
Enfim vou chegar

Longe dos seus olhos
Longe desse lugar
Finalmente aonde sempre
Quis estar

Longe de tudo isso
Ainda encontro o que preciso
Não volto para contar

Como funcionam
Os sonhos
Depois de acordar

By: Lulu
13.06.12

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Música: Pedaço de gesso (06.06.12)

Olhos programados
Canções de hipocrisia
Clausura digna de riso

Debochei sua condição
Escarrei com toda a força
Em toda essa contradição

Tantos curvam-se a você
Eu nem quero saber

Sua vagina é distração
Eu sei que é
Se existiu na história
Foi uma puta qualquer

Criação das mentes tolas
Olhos claros
Em um rosto angelical

Debochei sua condição
Escarrei com toda a força
Em toda essa contradição

Tantos curvam-se a você
Eu nem quero saber

Quando está na minha sala
Sinto vontade de fazer
Sua casa de madeira
Ao chão se romper

Estátua forjada
Inútil e cansativa
Usam essa sua imagem
Para o povo sem noção
Pregar frente a essa mentira
Sua tola adoração

Tenho nojo do seu véu
Desdenho sua  agonia
Fantasiada de mãe pura
Não passou de uma vadia

Debochei sua condição
Escarrei com toda a força
Em toda essa contradição

Tantos curvam-se a você
Eu nem quero saber

Quando da porta passar
Penso que até voltar
Vai estar de mão em mão
Propaganda da mentira
Parideira da ilusão

Sinta de longe
Minha ira
Pena de quem te confia
Toda a chance de redenção

Dia e noite
A se enganar
Frente ao gesso
Das ideias
Limitadas a visão

Debochei sua condição
Escarrei com toda a força
Em toda essa contradição

Tantos curvam-se a você
Eu nem quero saber

Tantas cópias em comum
Esse espaço é só mais um
Torço para se lascar
Quebrar ou evaporar

A desgraça é toda minha
Foda-se quem
Te clamar

By: Lulu
06.06.12

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Música: Calvário (03.06.12)

Não sei se vai ajudar
Quando você me ouvir falar
Que eu sinto o mesmo

A mesma sensação
O sentimento e a pressão
Se misturando a todo o tempo

Elementos do universo
Parecem se votar
Contra nós
Eu e você
Sempre tão sós

E em perigo
Eu te chamei
Não sabia que estaria
Exatamente igual

Frágil, congelada
Acorrentada em fios
De espadas transversais
Que atravessam nosso peito
Arrancando nossa paz

Em dor,agônia e medo
Muito além do desespero
Quem ouvir falar
Vai jurar que é exagero

Não pode imaginar
Não ousa dimensionar
O quão difícil
Duro e árduo
É viver para aguentar

Tantos tiros de uma só vez
Cortes profundos sem chance
De contenção
Sangrando tanto
Que interrompem
A respiração

Já passamos há tanto tempo
Do possível e suportável
Sobrevivemos dia a dia
Entre cacos de confusão mental

Sorrindo em meio
A tantos delírios
Deixando o mundo explodir

Lá fora
Cuspindo a dor
Que não vai embora

Quem então
Consegue alcançar
A porta da saída?

Quem chegar primeiro
Busca a outra
E enfim conduz
Ao fim do sofrimento
Que não mais seduz

Qualquer momento
Está por baixo
Da demolição
Que a nos restou

Tantos anos se foram
Em nós tudo ficou
Muito mais que planos
Continuamos e sei que
Vamos encontrar
O que é só nosso

Quando eu chegar
Não prcisarei te procurar
Sei que também vai estar
Sempre ao meu lado
Como eu sempre estarei
Ao seu

E sem pudor
Não mais congelados
Nossos corações
Mais fortes
Gritarão

Gerando sangue
Aos ouvidos
De todos os que couberam
Apenas ingratidão

Sempre sobra pulmão
Para a canção
Da vitória
E uma velha história
Para a memória somar

Nossa tragetória só está
A começar
Ninguém mais vai nos ferir
Nossa união vai traçar
O caminho da glória
E esse jogo vai virar

Quem pisa em nossa dor
Em feridas irá se acabar
Um dia após o outro
A faca muda de lugar

Mutila nossa pele
E esfacela quem ironizar
Vai fundo e me espera
Eu vou longe levar você

Somos duas vidas
Em uma só alma
Pronta para vencer
Prestes a alcançar
Um novo conceito
De como é perseverar

By: Lulu
03.06.12