terça-feira, 29 de maio de 2012

Música: Sobras e sombras (29.05.12)

Hoje minha mente
Acordou ensanguentada
Meu rosto desfigurado
O espelho fez questão
De mostrar

Abandono ocasional
Qualquer um faria igual
Mesmo pagando p'ra ver
Eu sei que nada
Vai acontecer

Quando essa angústia
Vai cessar?
Quando a dor
Irá passar?
Será que um dia
Eu consigo
Me livrar desse lugar?

Rastejo em espinhos
Envenenados, escondidos
Nas dobras dos lençois
Quem dera a alegria
De dormir a sós

Sem sombras e sem sobras
Dos dias que já se foram
De todos que não voltarão

Tem vezes que eu
Queria desaparecer
Porque eu sei que não
É possível esquecer

Mesmo se eu for embora
Não consigo te deixar
Cada sonho é pesadelo
Me dói tanto acordar

Começar um dia inteiro
Sem chance de contornar
Todo sinal verdadeiro
De que nada vai mudar

Quando essa angústia
Vai cessar?
Quando a dor
Irá passar?
Será que um dia
Eu consigo
Me livrar desse lugar?

Rastejo em espinhos
Envenenados, escondidos
Nas dobras dos lençois
Quem dera a alegria
De dormir a sós

Eu sei que eu posso
Suportar até quando
O presente se tornar
O amanhã até toda
Essa verdade me tornar
Um pouco sã

Sem sombras e sem sobras
Do que não existe mais
Sem rastros recomeços
Ainda servem p'ra salvar

Durante toda a noite
Eu queria te trazer
Não pude fazer voltar
Não consegui te alcançar
Me tornei só o reflexo
Do que eu não quero olhar

By: Lulu
29.05.12

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Música: Enquanto não chegar (26.05.12)

Por hoje eu não vou conversar
Cansei de ouvir você falar
Meu silêncio vai contestar
Tudo o que cala
Minha razão

Eu sei que faz sentido
Um dia você vai saber
O que não chega ao seu ouvido
Ainda existe em meu viver

Voltei antes do caminho terminar
Mas não desisti de tentar
Mais uma vez

Mesmo que você
Me deixe para trás
Já não sinto mais doer

Estive perto de você
Na minha vida a direção
Vale bem mais
Quando o coração
Também está feliz

Não condiz com minha razão
Cantar vitória em plena frustração
Vou e volto
Quantas vezes precisar
Sempre mais forte
Até alcançar

O que me leva a cantar
Um fim melhor
P'ra essa canção

Quem sabe até a solução
P'ra te mostrar
Que o mundo ideal
Não é feito da fantasia
De se sentir igual

Estive perto de você
Na minha vida a direção
Vale bem mais
Quando o coração
Também está feliz

Não condiz com minha razão
Cantar vitória em plena frustração
Vou e volto
Quantas vezes precisar
Sempre mais forte
Até alcançar

O que me leva a cantar
Um fim melhor
P'ra essa canção

By: Lulu
26.05.12

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Música: Paredes e spelhos (21.05.12)

Voltando ao mundo real
A violência nas paredes
Não é acidental
Todas as lembranças
Debruçadas a sangrar
No espelho em pedaços
Restos meus por todo esse lugar

Tantas árvores
E tão pouca respiração
Muita coragem
Agônia transformada em exclusão

Fim de linha
Quem viver verá
Sabendo que o meio
Está longe de começar

Pisando em corpos
Que sussuram em plena desnutrição
Minha vida se aniquila
Desisti da satisfação

Sem escudos tantas lutas
Mil punhais e um refrão
Já não canto
Ainda grito
Se eu resisto é decisão

Não frequente é meu sorriso
Ausente busca por razão
Razão de estar
Vivo para então chegar
Encontrar entre tantas mentiras
Minha história e então contar

Voltando ao mundo real
A violência nas paredes
Não é acidental
Todas as lembranças
Debruçadas a sangrar
No espelho em pedaços
Restos meus por todo esse lugar

Tantas árvores
E tão pouca respiração
Muita coragem
Agônia transformada em exclusão

Sou um vicío
Ocioso a se debater
Na alma ensanguentada
Sempre a sofrer

Precipício intencional
Janela aberta
Dia mortal

By: Lulu
21.05.12

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Música: Atrom (18.05.12)

Frio repentino
Posso sentir
Toda a vez que você passar

O sopro dos dias
Que ficaram para trás
Me congelam em dor
Descrente, nostálgica
Aterrorizada e sem voz
Nada mais saí daqui

Aprisionei os meus medos
E desde então me escondi
Ainda guardo segredos
Sem cuspir meu sangue
Em ti

Por tudo o que eu perdi
Pelo que eu jamais vi
Todos os dias
Que eram nossos
E eu ainda não esqueci

Não sinto nada
Não há o que sentir
Seu sangue não ferve
Pois há muito tempo
Eu sei que deixou de fluir

Sua respiração me passa arrepio
Constrói um exagero sombrio
Indescritível e impossível de esconder
Se eu abrir essa garrafa
Nada mais poderei fazer

Você vai derramar
Através do meu reflexo
Ardente toda a dor irá sangrar

Vou te procurar
Dizer o que existiu
Criar além dos dias
Em que você não mais viu

Estava em suas mãos
Um a um dos meus refrões
Soluções que se perderam
Nem vale a pena lembrar
Agonizo dia a dia
E prefiro não comentar

Quando o Sol resfria
Me aterroriza o despertar
Deixo tudo em seu lugar
Não vou mais tentar mudar
O desfecho da história

Depois que o seu peito calou
Muitas doses sem direção
Me abstenho da intenção
De lutar para salvar
Chegou a sua vez
De morrer devagar

Sem meus olhos molhados
Tentando buscar seu pulso
Em um passado
Sem volta 

Por tudo o que eu perdi
Pelo que eu jamais vi
Todos os dias
Que eram nossos
E eu ainda não esqueci

Não sinto nada
(Mais nada)
Não há o que sentir
(Tudo parou dentro de ti)
Seu sangue não ferve
Pois há muito tempo
Eu sei que deixou de fluir

By: Lulu
18.05.12

domingo, 13 de maio de 2012

Música: Hiroshima (13.05.12)

Escuta o estouro
Arremessei meu coração
Contra tudo o que
Demonstra comprovar
A vida é refeita
Da destruição
Mais profunda
E absurda que o ser humano
É capaz de alcançar

Com um olhar desprovido
De qualquer emoção
Engenhosamente implantado
Na situação mais propcia
Para se tornar
Um novo lugar

Depois do turbilhão
E tantos corpos no chão
Renascidos a partir
Da morte que volta
A respirar

Onde o ar é astuto
Bruto e vulgar
Aniversariam os abortos
Que esqueceram de vingar

Anestesiados, enganados
Tudo parece assim congelar
Enfraquece o bem
Faz parecer tão fora
De lugar

Que agir usando o peito
Te coloca a alucinar
Sem solução
Ao seu redor
Tudo é mentira
Mera ilusão

Seus olhos antes virgens
Se abriram até sangrar
Expulsam dor, vazando vida
Escorre a incorência
Tranformada em despertar
Respirando cinzas
Das sombras do que é viver

No Planeta promessa
Nada aconteceu
No fundo eu sei
Que já não resta nada
A podridão inflamada
Se mantém por meio artificial

Abraços são punhaladas
Mãos dadas espadas
Palavras escarros
Da ingratidão
Pensamentos granadas
Lançadas nas veias
Que deixaram de traçar
O caminho correto
Capaz de fazer o coração
Reconhecer o que é amar

É tão fracassada
Essa missão
O amor está enterrado
Em cada coração
Aqui estraçalhado
Acoado, ansiando
Libertação

By: Lulu
13.05.12

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Música: Final de tarde (10.05.12)


É tudo uma loucura
O que a boa lembrança faz
Transforma quase tudo
No aspecto mais seguro
Desse momento de paz

Os olhos fechados
Derramam você
Caminhos cruzados
Perdidos sem mais por quê

Ontem a tarde doeu
Senti cheiro de tudo
O que eu não posso ter

Vontade de te ver
Voltar pela estrada
Que fez meu peito cantar

Segundos que me fizeram pensar
Varando a madrugada
Tentando me situar
Do final dessa jornada
Não há nada a procurar

Ainda me lembro
Dos sorrisos
Que partiram devagar
Quando só restavam grilos
Eu bebia pra suportar

Não restaram alegrias
E o passado não parecia bastar
Mas eu não vou mentir agora
Todas as vezes que estou
Lá fora e o vento bate assim
Existe um tanto de você
Presente em mim

Vivendo para tentar
Sou assim desde que eu descobri
Como era recomeçar

Escuta, meu coração
Todas as vezes
Que um passáro cantar
E algo em você marcar

Um dia especial
Talvez seja assim
Essa é a definição
Sem conclusão alguma
Do que é o pra sempre

Na vida real
Mortais, iguais
Alguns mais sentimentais
Que outros

Dias se vão
Sempre, vão
Como as voltas
De bicicleta no Parcão
Dessa vez em solidão
Me encontrei sorrindo

Na recordação
Como mágica
A filtrar a emoção

A noite está chegando
Vou pra casa agora
Porém sei que não vão embora
As tardes com você

Depois de tanto tempo
Tentando me esconder
Abro o whisky esqueço tudo
E deixo a lágrima correr

Até você
Em cada estrofe
Que eu sentir
Cada lembrança que sorrir

Vivendo para tentar
Sou assim desde que eu descobri
Como era recomeçar

Escuta, meu coração
Todas as vezes
Que um passáro cantar
E algo em você marcar

Um dia especial
Talvez seja assim
Essa é a definição
Sem conclusão alguma
Do que é o pra sempre

By: Lulu
10.05.12

sábado, 5 de maio de 2012

Música: Como quando a Lua aumenta (05.05.12)

Tem vezes que não
É possível
Deixar de sentir
Como se o tempo
Não passasse pra nós

A vida nos põe
Frente a frente
Seus olho não me assustam
E eu sei bem porque

Uma razão tão intensa
E difícil de fazer
Alguém mais entender

Um dia simples
Parecido com tantos
Outros dias comuns

Familiarizada com a sensação
Senti você perto
Como se nunca
Tivesse ido

Embora o presente
Prove que não
Ainda existe em mim
Uma triste impressão

De vazio e perdão
Olhos que vem e vão
Um ontem dominado
Pela distração da rotina
Se perde e se confunde
Com a neblina
Dos dias que ficaram
Para trás

Como o adeus
Como eu e você
Como tudo o que dura
Para sempre

Mesmo se acabar
Respira além do que
Uma vida inteira
É capaz de interpretar

Te ver outra vez
Mesma hora e lugar
Te ver todos os dias
Sem nunca notar

Olhar nos teus olhos
Sentir tudo em vão
Esconder um sorriso
Por simples intenção
De não mostrar
Que há em mim
Um coração que jamais
Vai te deixar escapar

Os dias esquecidos
Ainda estão comigo
Os melhores momentos
Não se vão

São como essa canção
Todas aquelas Primaveras
Repousam na minha mão
No rosto rolam lágrimas
Que desmancham qualquer ilusão

Deixa ser como sonho bom
Sem tentar recuperar
Raro como quando
A Lua aumenta

De longe eu posso ver
Te visitar mesmo
Sem você perceber

Eu sinto em mim
Enquanto repousa a melodia
O toque daqueles dias
Um som da nostalgia
Acaba de me aquecer

Vou desfazer assim
Que o dia for embora
Junto da dose final
Abrir os olhos
Seguir em frente
Engolir devagar

Queimando e cortando
Como se fosse um punhal
Adeus, agora é tarde
Para mudar o final

Os dias esquecidos
Ainda estão comigo
Os melhores momentos
Não se vão

São como essa canção
Todas aquelas Primaveras
Repousam na minha mão
No rosto rolam lágrimas
Que desmancham qualquer ilusão

Deixa ser como sonho bom
Sem tentar recuperar
Raro como quando
A Lua aumenta


By: Lulu
05.05.12

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Música: Seus olhos mentem (02.05.12)

O seu pescoço ereto
Combina com seu coração
Despiu-se de qualquer afeto
Vive de impressão

Restaura o universo
Com base na imaginação
Mas nada tráz consigo
É tão superficial

Sorri mostrando os dentes
Cativa em atos fatais
Parte em pedaços
Sem se quer se dividir

Não soma, não pertence
Empresta tudo o que não tem
E outro alguém
Por você está a sofrer

Sem se importar
Se vai cortar
Sai sem cuidar
Arrancando bem devagar
De quem ainda sabe amar
Um pouco mais
Da sensação de acreditar

O seu pescoço ereto
Combina com seu coração
Despiu-se de qualquer afeto
Vive de impressão

Mente a todo o instante
Que até parece crer
No seu sorriso mentiroso
Que só serve pra convencer
Quem precisar e te servir

Pr' te levar
A algum lugar
Aonde só o coração
Sabe chegar
Até não mais bastar

E então você partir
Por fim cuspir
Sem se importar
Que dentro desse corpo
Tão diferente de você
Existe um lugar
Guardando cada gesto e olhar

Sem dimensionar
Sua incrível capacidade
De desdenhar
Sua face de maldade
Escondida em atitudes
Movidas pela missão
De aproveitar

Crescer, sentir-se forte
Sugando bem estar
De quem amar
O que pensava
Ser você

No fim eu não mais sabia
Se sofria por saber
O que de longe posso ver
Agora eu sei

Entendi sem querer
Seu mundo é uma mentira
Impossível de esquecer

By: Lulu
02.05.12