quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Música: Dias e noites (17.11.11)

Os pés dormentes
Esqueceram como andar
De trás pra frente
É tão valente
E ousada a força
De tentar

Outra vez
Contra os fatos
Contrário ao vento

O corpo precisa se manter
Pra chegar aonde a alma
Quer estar

Vencer a violência
Que arrasta tudo
Do lugar

Muito além do que a aparência
É capaz de revelar
Arde em caos a carência
De perder ao lutar

Sentir faltar o ar
Cada vez que o sorriso
Se vai devagar
E o sol queima
Derretendo sem esquentar
O coração

Tanta poeira
Sujeira demais
Vultos inúteis e vozes demais
Quem são eles
Que pensam ser mais?

Morrendo um pouco dia a dia
Pra quem sabe
Nascer diferente
Até que enfim possa funcionar

As lágrimas no meu rosto
Servirão um dia
Eu sei

Já constatei tantas vezes
Que jamais me enterrei
Não estou livre
São cicatrizes que insistem
Em sangrar
Fora de hora

Talvez para mostrar
Que mesmo com demora
A vida não foi embora
E tudo está aqui
Tão pleno e intenso
Sem desistir

Meu dia se vai
Por inteiro
Longe de finalizar

Como todas as estrelas
Que somem
E retornam
Através do Sol

Como a Lua
Mingua e nasce
Cheia sem perder
O essencial

Os pés dormentes
Esqueceram como andar
De trás pra frente
É tão valente
E ousada a força
De tentar

Outra vez
Contra os fatos
Contrário ao vento

O corpo precisa se manter
Pra chegar aonde a alma
Quer estar

By: Lulu
17.11.11

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