domingo, 28 de agosto de 2011

Música: AnaZwangsstörungen (28.08.11)

Outra vez riscos escuros
Tão profundos rasgando meu rosto
Queria não sentir
A certeza do desgosto outra vez

Dando lugar ao que meu coração
Fez e refez
Com tanto zelo

Receosa vou guardar todos os segredos
Novamente deixar passar
Mais um dia
Sem chance de resgatar

No futuro a velha insatisfação
Eu sei que vai me encontrar
Visitar e revisitar
E assim fazer de mim
Seu lar

Carência diária
De ir além do sobreviver
Ver morrer cada prazer
No medo de não ser capaz

Por saber que não sou
Mais igual
Ao que um dia acontceu

São fotos do passado
Que achei melhor rasgar
Deixar de lado

Mas mesmo assim picoteado
É possível entender
Tudo jamais foi embora

Ficou a doer
Ficou a chorar
Aos pedaços

Internamente cálido
O tempo estraçalhou
Minha verdade hoje é maldade
Meu fim então chegou

Outra vez riscos escuros
Tão profundos rasgando meu rosto
Queria não sentir
A certeza do desgosto outra vez

Dando lugar ao que meu coração
Fez e refez
Com tanto zelo

Receosa vou guardar todos os segredos
Novamente deixar passar
Mais um dia
Sem chance de resgatar

By: Lulu
28.08.11

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Música: Resposta vertical (25.08.11)

Encontrei
Um outro jeito

Pra seguir sem
Esperar
De você algo que
Infelizmente em sua alma já não há

Sabe
Um dia desses
Acreditei escutar

Aí dentro de você
Junto do peito
Um coração
Disposto a compaixão
Aflito por solução

Severamente
Então tudo se desfez
Melhor enxergar de vez

Silêncio total
Agora eu sei
Bastou buscar
Em mim
Respostas

Quantidades de verdades
Uma a uma
Explodindo

Em meu coração
Rasgaram melodias
Arranharam minha canção

Intencionalmente
Não mais estarás aqui
Úmidos meus olhos
Te sentem
Ir sem vontade de impedir
Longe é o seu lugar

By: Lulu
25.08.11

Música: Alerta ao tempo (25.08.11)

Ponteiros desencontrados
Algo marcando o atraso
Instala em mim sufoco
Agoniza a paz aqui

Nada se porta como eu previ
Sinto que outra vez
Perdi por dentro
Os movimentos

Estendendo os pesadelos
Para a vida além
Do travesseiro
Eu vou

Em prantos desistir
Correndo tanto ao ponto
De perder o ar
Tentando chegar mesmo
Sem entender
Qual é o lugar
Que me espera

Perdão, preciso ir
Algo em mim
Parece crêr que é o fim

Há uma bomba prestes
A estourar
Milhões de vidas
Em meu peito a condenar
Cada segundo mesmo
Que eu tente lutar

Um outro mundo
Tão profundo em mim
Habita causando mal estar

Não consigo me entregar
A nada
Minha alma segue
Programada

Constantemente preocupada
Cada ação calculada
Me faz estrangulada
Sem saber como escapar

Absurdo demais
Está surdo tudo o que em mim
Transmite mais do que um sinal
Alerta ao tempo

O sofrimento que acontece
Toda vez que vai e vem
O relógio se quebra
Mas na minha vida emperra
Sempre mais além

Destruição absoluta
Não há luta capaz de superar
Essa razão tão sem sentido
Que sempre me faz chorar

Estendendo os pesadelos
Para a vida além
Do travesseiro
Eu vou

Em prantos desistir
Correndo tanto ao ponto
De perder o ar
Tentando chegar mesmo
Sem entender
Qual é o lugar
Que me espera

Perdão, preciso ir
Algo em mim
Parece crêr que é o fim

Há uma bomba prestes
A estourar
Milhões de vidas
Em meu peito a condenar
Cada segundo mesmo
Que eu tente lutar

Um outro mundo
Tão profundo em mim
Habita causando mal estar

Não consigo me entregar
A nada
Minha alma segue
Programada

Constantemente preocupada
Cada ação calculada
Me faz estrangulada
Sem saber como escapar

Absurdo demais
Está surdo tudo o que em mim
Transmite mais do que um sinal
Alerta ao tempo

By: Lulu
25.08.11

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Música: Distância acidental (24.08.11)

Quando foi que o Sol
Não aqueceu?
Em que momento
Deixamos de ser
Nós dois?

Já faz tanto tempo
Não sei como foi
Talvez nunca mais
Vou saber
Não quero voltar
É hora de aprender

Tudo no seu lugar
Sei que os seus olhos
Sempre vão recuar
Os meus
Foi assim que aconteceu

Distância acidental
Me ver em sua frente
Tornou-se habitual

Seu peito ausente
Despido do presente
Sem mais dar resposta
Mostrou o final

Pulsando sozinho
Em boa parte do caminho
Meu coração não quis acreditar

O vento de inverno tornou-se vulgar
E ao ir embora
Levou seu olhar

Nada sobrou das flores
Da tal Primavera
O Verão chegou seco

Tão desesperado
Meu suor gelado
Queria vencer

Sem saber ao certo
Como proceder
Fiz do medo escudo
Pra me proteger

Uma tarde bela
Esvaziou-se sem fim
E desde então permaneceu assim

Quando foi que o Sol
Não aqueceu?
Em que momento
Deixamos de ser
Nós dois?

Já não importa
Volto ao ponto de partida
Estou ferida, desarmada
Mas com vida

By: Lulu
24.08.11

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Música: Ensaio para a Primavera (22.08.11)

A chuva foi embora
Mas o Sol ainda não vai voltar
Não sei quanto tempo demora
Pra tudo isso passar

Eu sinto o vento frio
Cortando tudo o que de mim
Poder sair
Procuro no vácuo das sombras
Uma razão para existir

As flores mortas
Sentem falta
De um adeus
Que há tanto
Já se foi

Eu esperei até o fim
Silenciosamente ansiando
Sofrer em paz

Tentei até demais
Busquei mas tanto faz
Falta pouco para o inverno
Ir embora de uma vez

Ainda mais
De um mês
Talvez eu possa aguentar
Superar com ousadia
A sangria, o mal estar
Até que um dia
A hemorragia possa se transformar

Em lindas rosas vermelhas
Imunizadas dos espinhos
Enfeitando os caminhos
Enquanto ensaio crer
Um pouco mais

Eu vejo a luz
Basta seguir
Logo fujo do sufoco

Abro a janela
E deixo a brisa
Me contar que acabou

Vai existir abrigo
O inimigo desintegrou

Eu esperei até o fim
Silenciosamente ansiando
Sofrer em paz

Tentei até demais
Busquei mas tanto faz
Falta pouco para o inverno
Ir embora de uma vez

Ainda mais
De um mês
Talvez eu possa aguentar
Superar com ousadia
A sangria, o mal estar
Até que um dia
A hemorragia possa se transformar

Em lindas rosas vermelhas
Imunizadas dos espinhos
Enfeitando os caminhos
Enquanto ensaio crer
Um pouco mais

Eu vejo a luz
Basta seguir
Logo fujo do sufoco

Abro a janela
E deixo a brisa
Me contar que acabou

By: Lulu
22.08.11

domingo, 21 de agosto de 2011

Música: Últimos suspiros (21.08.11)

Hoje acordei pensando em você
Em alguma maneira
De deixar você
De fora da canção

Tudo fora de controle
Sem restar mais opção
Pois afinal de contas
Componho com o coração

E aqui está
Tudo outra vez
Sem parar

Eu tento respirar
Eu tento evitar
Preciso confessar além
Daquilo que sou capaz de explicar

Como não musicar
Se não há outro som aqui
Que me faça voltar
Ao tempo em que seu olhar
Também podia enxergar
O que há tanto desapareceu

Mais uma xícara de café
Preciso seguir em pé
Mais um passo
Sem qualquer direção
Tantas vozes indo e vindo
Prevalece a solidão
Tantos dias agonizam
Sem mesmo viver

Escureceu
Rasguei os versos com navalha
Mas mesmo que eu me distraia
Do concreto não há salvação

Sei que ainda estão
Escondidos em algum canto
Que me chama toda vez
Que falta em mim
Inspiração

Vou novamente trair
Minha percepção
Enganar a sensação
Do presente macabro
Só assim não me estrago
Ao me ver tão rente ao chão

Tudo fora de controle
Sem restar mais opção
Pois afinal de contas
Componho com o coração

E aqui está
Tudo outra vez
Sem parar

By: Lulu
21.08.11

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Música: Necessidades contrárias (18.08.11)

Mova seus passos
Pra longe de mim
Tudo está errado
Já não estou afim
De voltar ao passado

Deixa como está
Não tenta consertar
O que passou
Ficou pra trás

Não vou lembrar
Não vou remoer
Não vou sofrer
De novo por você

Te peço que fique
Em seu lugar
Não se aproxime
Eu não quero
Me machucar

Não quero ouvir
O que você
Tem pra explicar

Não quero ver
Tudo voltar
Ao te olhar

Como tantas vezes
Causando o pranto
Brando em meu olhar

No meu coração
Eu não vou mais
Te deixar pisar

Passa longe por respeito
Se é que te sobrou algum
Conheço bem o meu jeito
Sou presa fácil
E você é tão predador

Deixa como está
Não tenta consertar
O que passou
Ficou pra trás

Não vou lembrar
Não vou remoer
Não vou sofrer
De novo por você

Te peço que fique
Em seu lugar
Não se aproxime
Eu não quero
Me machucar

Não quero ouvir
O que você
Tem pra explicar

Não quero ver
Tudo voltar
Ao te olhar

By: Lulu
18.08.11

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Música: Casualmente inverno (15.08.11)

Distantes por acaso
Recordo triste o que vivi
Você estava sorrindo tanto
Quase não percebi
Que tudo desaparecia
Enquanto estavamos ali

Lado a lado sem intenção
Um pulso breve
Uma história eterna
Agora eu vou contar

Construida com poemas
Desperça porfrustrações
De repente tudo é ira

E as memórias cortam
Bem mais do que as lâminas
Que repousam em mim
No mesmo instante
Em que componho
O nosso fim

Laços rompidos com precisão
Custou meu sangue
Fez a sua diversão

Meus novos versos
Não contentam a quem ler
Uma alma triste
Em plena tarde
Resolveu escurecer

Distantes por acaso
Acorrentados ao interminável
Vento violento
Quente e lento
Sufocante
(Agora)

By: Lulu
15.08.11



Música: Oito anos (15.08.11)

Saudade de ir pra escola
Voltar, comer
Contar as horas
Pra bater aquela bola

Ou simplesmente correr
De bicicleta, skate ou patins
Até depois de escurecer

Sempre esperta
Coberta de razão
Passou da linha
Deu bobeira
Fiz meu gol

E agora tudo
Vai virar canção
Aqueles dias em que espinhos
Passavam longe do meu portão

Saudade de acordar
Feliz e dormir
De cansaço
Alegre por viver
Sempre a cantar

Até o próximo
Jogo do Grêmio chegar
Nada além da ansia
De esperar as férias
E o Natal

Saudade de encarar
Todos os dias
Como o final da caixa
De balas de hortelã
Ver no sol
Uma certeza sã

Na contra mão em que estou
Isso foi tudo o que sobrou
Para lembrar e acreditar

Que há em algum lugar
Por trás da face
Que quer chorar
Uma menina a brincar
Dançando nua sem temer
Alguém olhar

Guardando com força total
A missão séria
De salvar
Meu coração

By: Lulu
15.08.11

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Música: Entregue (12.08.11)

Eu sei que ninguém mais
Pode escutar
Meus gritos sem sentido
Tentando cantar

Não me encontro
Com ninguém
No fundo eu mesma
Não sei onde estou

Perdida no abismo
Que urra por dentro
Sem vida pulsa constrangido
Ao pé do ouvido
De quem quer saber
A ausência de coragem
Que em mim faz tudo doer

A luta contra os danos
Convertidos em lesões
Os dias, meses anos
Feitos de missões perdidas

Todas as feridas sangram
De uma só vez
A música parou de tocar
Os zunidos silenciaram
Todo o som modificou
Nada restou pra contar
Que um dia havia aqui
Alguém capaz de lutar

Por todo o espaço
Pedaços de alguém
Segredos de Estado
Sem culpar ninguém

Pecados confessados
Mentiras que se vão
Desafios cumpridos
Vitórias erradas
Profunda depressão

Cabeça baixa
Fracasso interno
Ao olhar
A imagem construída no espelho
Tráz talhos ao coração
O que era feito ouro
Hoje não vale mais nada

Desculpe se há exagero
Vou deixar a porta trancada
O telefone vai tocar
Eu não vou atender
Preciso mudar de ar
Vão cansar de tanto bater

Na janela um novo Mundo
Logo vou me desfazer
Olho triste para tudo
Não há como tentar
Outra vez

Tudo vai melhorar
Agora
Você pode até querer mudar
O que vê
Ou até chorar
Ao saber o que vai ficar

Estendida pra quem quiser
Cuspir, rir ou amar
Não há mais vida
Pra que continuar?

Não pulsa sentido
Só decepção
Pescoço rasgado
Sangue talhado
Tanta imperfeição

Acabo de acordar
Pesadelo, ilusão
Tudo volta pr'o lugar
Mais um dia pra tentar
Mudar o final

Escrever por cima
Do que o pranto
Fez manchar

Uma história de tantas linhas
Tortas e distantes
O que custa buscar
Pra alguém tão errante?

Se nada solucionar
Fica como era antes
Nada a perder
Quem sabe ganhar?

Um dia de Primavera
Um final de semana
Uma vida inteira

By: Lulu
12.08.11

Música: Desalma (12.08.11)

As sombras de um
Passado não distante
Voltam todos os dias
Para questionar

Aonde foi parar
Alguém a quem entreguei
A forma mais bonita
De confiar

Tudo aconteceu gradativamente
Uma tarde de chuva
Um olhar que mente
Tentativas falhas de dizer
Como é

Sentir tanto medo
E acabar percebendo
Que você já não é
Nada do que um dia foi

Anos podem passar
Inverno pode ir
O sol pode chegar
Nada vai destruír
A dor que é sentir
Por dentro alguém matar

O que era belo
E reluzente
Hoje é ausente
E faz falta

Não tente explicar
Fuja assim mesmo
Talvez seja melhor
Do que ver que nada está
Do jeito que meu peito
Aprendeu a gostar

Se vá
Com todo o egoísmo
Em que acabou
Por se transformar

Inunde seu sorriso
Com o sangue
De quem ficar
Procurando em sua face
Sem jamais encontrar
A tal verdade
Que te fez mudar

Tudo aconteceu gradativamente
Uma tarde de chuva
Um olhar que mente
Tentativas falhas de dizer
Como é

Perder em segredo
Um coração
Tomado de inveja
Gana e dissimulação

Já não sinto medo
Concedo perdão
Minh'alma não chora
Mas se faz sofrer
Ao ver que a sua
Aos poucos se desfez

Tudo aconteceu gradativamente
Uma tarde de chuva
Um olhar que sempre mente

By: Lulu
12.08.11

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Música: Selbstverstümmelung (10.08.11)

Face estranha
Braços mutilados
Exílio incosciente
Tentativas banais
De ser algo mais
Do que melancolia

Ousadia que falta
Falhas irão vencer
Fracassos e batalhas
Sonhos a se desfazer

O quarto inunda de medo
Tristeza vem sem perdão
Uma volta de bicleta
Hoje é um pesadelo
No porão

Reflexos de um inverno
Lembranças do verão
Auxiliando na mentalização

Quem sabe acreditar
Que o sol chegou
Pra acalmar o coração

Não sei, não
Como andar sozinha
Assustada com a própria imperfeição
Sei que a vida continua
Independente da situação

Acordo nua de motivação
Todos os dias
Mas não desisto de olhar
No espelho procurando encontrar

Além de olhos cansados
Mente armada e desolada
Atormentada à distorcer
Um pouco mais

Do que um corpo
Paralizado e sem ação
Facilmente enganado
Sempre mais do que realmente é

Quebro as portas do absurdo
Preciso estar de pé
Estanco o sangue dos pulsos
Seco as lágrimas
E convenço a emoção

Um dia após o outro
Tantas curas aqui estão
Toda a vez que perco o chão
Olho fundo na memória
Tantos passos e histórias
Me fazendo querer mais

Perdi tempo
Ganhei uma lição
Durante a vida inteira
Um amuleto, uma missão

Viver e contrariar
Tudo o que interceptar
A verdadeira canção
Aquela que ainda toca
Quando escuto meu coração

(Tento mas não consigo)
(Tento mas não consigo)
Não consigo
Mais


By: Lulu
10.08.11

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Música: Sucção (10.08.11)

Por todo o canto
Cacos de um destino
Sem rima, sem verso
Sem ponto final

Um novo dia
Isento a melodia
Degrada o que resta
Nada interessa
Sei que há pressa
Mesmo sem entender
Porquê

O sol nasce sem aquecer
O vento conta
O que eu tento esquecer

São absurdos
Uma vida, uma prisão
Tudo é tormento
Meus gritos são vãos

A tempestade perdura
Emocionalmente insegura
Desaba outro temporal

A luz do dia finda
Sem querer
Não há espaço
Não sei pra onde correr

Se aproxima a determinação
O impossível encosta
Minha solidão

Se vai mais uma vez
Toda gana de vencer
A dor

Cicatrizes cinzentas
Inflamam, enraizam
Me toca o dia
Feito lâmina

Aberta minh'alma sangra
Desesperada minha garganta
Sempre arranha
Sem retorno
Vou cantar

Um novo dia
Isento a melodia
Degrada o que resta
Nada interessa
Sei que há pressa
Mesmo sem entender
Porquê

O sol nasce sem aquecer
O vento conta
O que eu tento esquecer

Todos os dias
Sem intervalo
É sucção
Que se revela
Em auto-destruição

E assim
Meio sem perceber
Me entrego
Me vejo
Desabando ao chão

By: Lulu
10.08.11

sábado, 6 de agosto de 2011

Música: Minha vez de virar as costas (06.08.11)

Mantenha-se longe de mim
Quero que fique
Exatamente aonde está

Nada seu aqui
Faz falta
Agora que eu
Resolvi enxergar

Seus olhos contam tudo
Mesmo que pareça absurdo
Chegou a hora de encarar

Tudo em você apodreceu
Até mesmo o que um dia
Foi um lugar só meu

Nada sobrou
Do seu coração
E com nó na garganta
Vou gritar com intenção
Que se vá

Pra bem longe
Aonde eu não mais
Possa cruzar

Com todas as mentiras
Que sua face é capaz
De moldar

Sem sentir nada
Além de ganhar
Daquele que chora
E vai embora
Pra não desabar

Me escute agora
Eu vou cantar
Pra você pela última vez

Não esqueço o que fez
Você me esquece talvez
Sabendo que eu volto
Sempre sem lembrar
Das lágrimas que cortam
E ainda quer me machucar

Mas dessa vez
Não
Dessa vez
Não

Vou ter que te desagradar
Vou contrariar
Suas teorias
Te desmascarar

Chegou a luz
Do dia
Eu tenho que acordar

Tudo em você apodreceu
Até mesmo o que um dia
Foi um lugar só meu

Nada sobrou
Do seu coração
E com nó na garganta
Vou gritar com intenção
Que se vá

Pra bem longe
Aonde eu não mais
Possa cruzar

Com todas as mentiras
Que sua face é capaz
De moldar

Sem sentir nada
Além de ganhar
Daquele que chora
E vai embora
Pra não desabar

Mas dessa vez
Não
Dessa vez
Não

Vou ter que te desagradar
Vou contrariar
Suas teorias
Te desmascarar

Chegou a luz
Do dia
É minha vez
De brilhar

By: Lulu
06.08.11

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Música: Anaerobiose (05.08.11)

Ancôras avessas
Transpassam o meu corpo
Dormente em segredo
Guardando imperfeições

Medos e lágrimas
Que não se vão
Assim tão fácil

Ao enxergar logo em frente
Faltou chão para seguir
Não pude acompanhar
Senti cair tudo o que foi
Tão alto um dia

Cada alegria chora
Sua destruição
Sinto que não há jeito
Entrego as sobras
Da degradação
Ao universo malfeitor

Entre lembranças e recomeços
Sei que tudo se acabou
Está frio
Inverno puro
Agosto duro pra encarar

Quando será que vão chegar
As flores banhadas de orvalho
Hábil a descongelar?

Quem será capaz de mudar?
Tantos dias estranhos
Que matam sem nascer

Sugam vidas
Deixam marcas
Fazendo o Sol escurecer

Entre lembranças e recomeços
Sei que tudo se acabou
Está frio
Inverno puro
Agosto duro pra encarar

Quando será que vão chegar
As flores banhadas de orvalho
Hábil a descongelar?

Entre lembranças e recomeços
Sei que tudo se acabou
Está frio
Inverno puro
Agosto duro pra encarar

By: Lulu
05.08.11

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Música: Passáros (02.08.11)

Ruas desertas
Chuva intensa
Uma prisão submersa
Em minha expressão

Vazia e fria
Não sorria apenas
Deixava a circulação
Direcionar cada palavra

Quem sabe volta tudo
Pr'o lugar
Talvez um dia
A luz do dia
Traga de volta
Meu ar

Eu possa me recuperar
Sentir correr a gota quente
Do olhar
Lembrar que o Sol
Pode aquecer aquilo que congelar

Mesmo que ninguém possa ver
Que acabe sem alguém notar
O ciclo se fecha
E só o que resta
É a vontade de chorar

Eu vou deixar sair
Pra nunca mais ter que sentir
O que corta
Pra ter a chance de curar
De aliviar toda a tristeza
Enquanto estou a cantar

Foi o meu peito que sangrou
Meus olhos viram
Minha alma suspirou
Naquele instante algo
Em mim alíviou
E o silêncio mostrou
Que o final chegou

Quem sabe volta tudo
Pr'o lugar
Talvez um dia
A luz do dia
Traga de volta
Meu ar

Eu possa me recuperar
Sentir correr a gota quente
Do olhar
Lembrar que o Sol
Pode aquecer aquilo que congelar

Mesmo que ninguém possa ver
Que acabe sem alguém notar
O ciclo se fecha
E só o que resta
É a vontade de chorar

Eu vou deixar sair
Pra nunca mais ter que sentir
O que corta
Pra ter a chance de curar
De aliviar toda a tristeza
Enquanto estou a cantar

By: Lulu
02.08.11