quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Música: Notas do silêncio (28.09.11)

Perdi a conta de quantas vezes
Eu busquei o seu olhar
Hoje decidi seguir em frente
Sem virar pra procurar

Algumas lágrimas no silêncio
Lentamente mostraram
Bem mais que a dor
De esperar

Implorar em vão
Pra alguém que
Já não sente a presença
Do coração
Intervir no destino daquilo que faz

Então não volte atrás
Agora eu não preciso mais
Achei o que faltava aqui
Dentro do dia em que perdi
Você, nasceu em mim
Um outro lugar

Onde só lembranças
Servem pra conservar

Razões vivas
Emoções precisas
Anestesiada olho longe
Simplesmente pra não ver
Você passar

Pela minha vida
Sem nada a declarar

Ferida eu chorei
Tantas noites sem entender
Como alguém podia ser assim
Deixar correr o pranto
Sem fim

Tendo poder de ver
Sorrir ao dar a mão

Os meus poemas
Não sei se existem
Ou não

Alguns rasgados
Estão guardados em meu coração

Intactos e perfeitos
Sentimentos jamais são em vão
E dentro do meu peito
Escondem-se do seu jeito
Ignorando a face da escuridão

Olho pra frente
Não quero enxergar
Refletido no vazio do seu olhar
O desprezo do que um dia
Fui capaz de amar

Algumas lágrimas no silêncio
Lentamente mostraram
Bem mais que a dor
De esperar

Implorar em vão
Pra alguém que
Já não sente a presença
Do coração
Intervir no destino daquilo que faz

Então não volte atrás
Agora eu não preciso mais
Achei o que faltava aqui
Dentro do dia em que perdi
Você, nasceu em mim
Um outro lugar

Onde só lembranças
Servem pra conservar

Razões vivas
Emoções precisas
Anestesiada olho longe
Simplesmente pra não ver
Você passar

By: Lulu
28.09.11

domingo, 25 de setembro de 2011

Música: Etros (25.09.11)

Um passo certo sem chão
Um chão deserto plural
Um abrir de olhos qualquer
Uma cegueira letal

Sempre acontece assim
Nada resta pra contar
O sangue quente desce
Para escrever o meu final

Ninguém jamais esquece
Então algo apodrece
Um pouco mais

Sem sutura sangra até secar
Quero saber quem pode aguentar
No meu lugar?

Toda vez que falta pé pr'andar
Toda vez que se quer chegar

Falta ar
Falta mão

Só sobra um coração
Ardendo em chamas
Sem queimar

Agoniado o suficiente
Pra não mais segurar
A vontade louca de cantar
Até estourar a garganta
Pra ver se isso espanta
O mal estar

Pra ver se adianta
Ou tráz de volta
A ânsia de recomeçar

Um passo certo sem chão
Um chão deserto plural
Um abrir de olhos qualquer
Uma cegueira letal

Não sei por que
Mas sempre foi assim
N'um indo e vindo
Sem fim

Milhões de vozes
Incapazes de sonorizar
Tantos olhares
Sem a chance de enxergar
Orientar, direcionar
Além das dores
O que vocês vão deixar
Pra mim agora?

Um passo certo sem chão
Um chão deserto plural
Um abrir de olhos qualquer
Uma cegueira letal

Se não há flores
E ninguém além de mim
Chora
A hora de escapar
É agora

Ensaio pra quando
Chegar
Partir sem demora

Lá fora
Em um Mundo qualquer
Longe daqui
Eu sei que está
O lugar feito especialmente
Para me azilar

Um passo certo sem chão
Um chão deserto plural
Um abrir de olhos qualquer
Uma cegueira letal

By: Lulu
25.09.11

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Música: Gente ruim (22.09.11)

Viro o rosto
Não quero encontrar
Mais desgosto
Ao te encarar

Falsidade crônica
Sorriso mentiroso
Meu peito está nervoso
Melhor se afastar

Me contendo pra não explodir
Me policiando e segurando
O soco através da canção

Com ousadia resperei fundo
Não vai haver ninguém
No mundo capaz
De me fazer voltar
Ao encontro de tudo
O que te leva a tentar

Horrorizar com a minha mente
Mas meu silêncio ri em paz
Descansa minha voz
Sua alma não se acalma
A minha vida vence você
Outra vez

Nada consegue
Nada se torna
Nada como sempre
Nada é

Meu olhar esfriou
O gelo que vinha de você
Fez muito além de cortar
Com sangue na garganta
Minha alma canta
Até passar

Não vai haver ninguém
No mundo capaz
De me fazer voltar
Ao encontro de tudo
O que te leva a tentar

Nada consegue
Nada se torna
Nada como sempre
Nada é

Não me olha mais
Segue sem virar pra trás
Meu amor cicatrizou
Ferida aberta foi o que sobrou
Com pus compuz
Pra te ver longe daqui
Escuta agora
O que antes
Eu não quiz
Dizer

Quero que se foda
Você
Quero que se inunde
Em desprazer
E que jamais possa esquecer
De mim
Do final sempre igual
Assim

Nada consegue
Nada se torna
Nada como sempre
Nada é

Nada consegue
Nada se torna
Nada como sempre
Nada é

Vai pra puta que pariu
Ainda bem tudo sumiu
No meu ouvido
Nada mais zuniu

By: Lulu
22.09.11

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Música: Partida (20.09.11)

Foi bem assim
Como eu vou contar
Um vento triste
Encostou meu olhar

Veio amaldiçoar minha sensação
A vontade de chorar
Gritou tão alto
Que não consegui calar

E minha face
Se inundou
Em um pranto de sangue
Angústia e desamor

Tudo o que eu queria
Ria de mim
Tripudiando meu cansaço
Sem ter fim

Quero ir em frente
Não vejo retorno
E não quero voltar

Mas mesmo que eu insista
Algo trava minha força
Fazendo tudo aqui parar

Tentei várias vezes
Tento sempre mais
Nada funciona
E eu caio ao chão
Sem paz

Não quero mais
Viver assim
A face estranha que domina
Minha imagem
Alucina minha canção
Me reivento e falta rima
A voz embarga imperfeição

Dói sentir partir outra vez
A chance de ser
Mais da metade de mim

Respiro e inspiro
Total desespero
Acordo do pesadelo
Sem jamais repousar
Me encontro com o espelho
E só resta vontade
De fazer tudo acabar
Agora

Porque minha alma chora
Sem saber como acalmar
A violência de tentar
Em vão trazer
O que do coração
Transborda em lágrimas

Foi bem assim
Como eu cantei
Sempre é tão triste
Enxergar

Que não sou
Nem parte do que
Em mim transborda
Ao ponto de trucidar

Foi bem assim
Que eu acabei
Sangrando o medo
Cubriu-me até sufocar
Em segredo a coragem
Decidiu se entregar

Tentei várias vezes
Tento sempre mais
Nada funciona
E eu caio ao chão
Sem paz

Não quero mais
Viver assim
A face estranha que domina
Minha imagem
Alucina minha canção
Me reivento e falta rima
A voz embarga imperfeição

Dói sentir partir outra vez
A chance de ser
Mais da metade de mim

By: Lulu
20.09.11

domingo, 18 de setembro de 2011

Música Consequências (18.09.11)

Agora com todos os sorrisos
Desmachados
Sua imagem manchada
Não consegue mais
Atravessar além dos meus olhos

Construí barras de ferro
No meu coração
Sua estúpidez nunca mais
Vai me dar a mão

Joguei fora as lembranças
Do vazio que em mim ficou
Eram todas de mentira
Então o tempo transformou
E foi assim que eu aprendi
O que ninguém de mim
Jamais tirou

Sangue, pulmão, nervos
E canções sem fim
Evoluindo lentamente
Arranco a raíz do que é ruim
(de dentro de mim)

Pode até doer
Pode até sangrar
Sou feita de energias
Que você deixou pra trás

Sangue, pulmão, nervos
E canções sem fim
Evoluindo lentamente
Arranco a raíz do que é ruim
(de dentro de mim)

De vez em quando
Falta força e é possível
Sentir (acabar)

Consequência de uma alma
Que não se contenta
Até chegar

Podendo até cair
Podendo até chorar
Podendo errar, sofrer
Acreditar que desistir
É o melhor a fazer

(Não ser como você)
É o que salva minha estrada

Sangue, pulmão, nervos
E canções sem fim
Evoluindo lentamente
Arranco a raíz do que é ruim
(de dentro de mim)

E eu escolhi viver
Eu escolhi ser sempre
O que eu sentir
Eu escolhi me convencer
Do que aprendi
(mais uma vez)

Sangue, pulmão, nervos
E canções sem fim
Evoluindo lentamente
Arranco a raíz do que é ruim
(de dentro de mim)

Ao longo dos poemas
Sempre vão haver falácias
Ervas daninhas e espinhos
Disfarçados de libélulas douradas
Que pousam em corações
De almas escancaradas
(iludidas e enganadas)

Concluindo-se em lição
Depois de muitos cortes
As feridas vão virando cicatrizes
E como as folhas mortas
Que se vão junto do Inverno
(lembranças nunca são iguais)

O que antes inspirava
Hoje em mim descansa em paz
O bem fica na história
E a maldade acaba aqui
Junto do fato silenciado
Por quem não mais quer sentir

Sangue, pulmão, nervos
E canções sem fim
Evoluindo lentamente
Arranco a raíz do que é ruim
(de dentro de mim)

By: Lulu
18.09.11

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Música: Sheol (14.09.11)

Futuro ausente
Nada está aqui
Para me provar
Que acordar vai além
Dos olhos que tristes
Se põe a sangrar

Desilusões marcadas uma a uma
Marcas que não servem
Pra porra nenhuma

O tempo arrasta
Qualquer reação
O que é bom vai embora
A alma então chora
Implorando à morte
Que chegue de vez

Ninguém presente
Novamente o mundo gira
Pondo tonta minha visão
No fundo do túnel
Só resta escuridão

Profunda, infinita
Sempre sem perdão
Minha face sem vida
Busca consolo na solidão

Não sei como cheguei aqui
Só sei que preciso sair
Não quero resgate
Fujo, corro, tento
Mesmo que em vão

Minhas mãos frias e vazias
Refletem meu coração
Revestido de ousadia
Enquanto pulsa em canção

Futuro ausente
Nada está aqui
Para me provar
Que acordar vai além
Dos olhos que tristes
Se põe a sangrar

Profunda, infinita
Sempre sem perdão
Minha face sem vida
Busca consolo na solidão

Não sei como cheguei aqui
Só sei que preciso sair

By: Lulu
14.09.11

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Música: Direção contrária (13.09.11)

Sei que os passos se perderam
O caminho se desfez
Me encontrei em desespero
Longe de você

Agora não me interessa
Entender as razões
Que me levaram a cantar
Por tanto tempo
Para quem não vai sentir
O movimento de cada refrão

Minha intenção daqui pra frente
É seguir a direção contrária
Antes que minh'alma me traia
Mais uma vez

Querendo encontrar
Nos seus olhos
O que já não há
Em você

Suas mãos resfriam
Sua voz seca
Aonde tocam seus pés
O chão vira pó

Sua mente se faz
Um imenso nó
Do qual só me cabe
A piedade e o perdão

Me basto e então sigo
Não tem mais motivo
De tentar achar
Um refrão capaz
De fazer o seu coração
Voltar a pulsar

Minha intenção daqui pra frente
É seguir a direção contrária
Antes que minh'alma me traia
Mais uma vez

Suas mãos resfriam
Sua voz seca
Aonde tocam seus pés
O chão vira pó

Sua mente se faz
Um imenso nó
Do qual só me cabe
A piedade e o perdão

Me basto e então sigo
Não tem mais motivo
De tentar achar
Um refrão capaz
De fazer o seu coração
Voltar a pulsar

By: Lulu
13.09.11

domingo, 11 de setembro de 2011

Música: Dry heart & blind eyes (11.09.11)

O que você está vendo
Ao me olhar, agora?
O que ontem
Você via ou fingia
Não notar?

O que me fez ir embora?
Até quando você poderá?
Seguir fazendo de conta
Que não sabe explicar

Quando meu chão despencava
(Você não estava pra ver)
Quando minha dor sufocava
(Você não estava pra perceber)

Quando o meu ar faltava
Apenas meu grito soluçava
(Mas você não estava)
(Já não me enxergava)
Tampouco escutava

Enquanto eu apagava
Você ria de uma piada qualquer
Será que não se importava?
Em perder o que restava
De tudo o que em mim tocava
Mesmo podendo entender
(Que isso incluia você)

Quando minha vida mudou
Você resolveu mudar também
A partir daí
Passamos a viver
Sem sentir

E o que não é sentimento
Qualquer vento pode derrubar
Por isso se o mundo acaba
Arrasta o que funcionar
Em uma base que difere
Ao pulsar do coração

Nesse dia tudo termina
Em vasta destruição

Simplesmente o jogo vira
E eu já não quero mais
(Te procurar)
Quando lembro das perguntas
Que fazia até aqui chegar

Tudo muda
Nessa vida
E as feridas fizeram respostas

Ficaram apostas perdidas
Decepcões vencidas
E uma decisão
Expulso você pra sempre
Do meu coração

O que você está vendo
Ao me olhar, agora?
O que ontem
Você via ou fingia
Não notar?

O que me fez ir embora?
Até quando você poderá?
Seguir fazendo de conta
Que não sabe explicar

By: Lulu
11.09.11

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Música: Apenas alguns papéis mofados (09.09.11)

Hoje eu encontrei
Algumas cartas que eu jamais enviei
Tinham cheiro de um passado
Tão difícil de apagar
Em tom amarelado
Mas longe de desbotar

Eram sentimentos
Que o tempo fez mofar
E dentro do armário
Tudo parecia continuar

Como no dia em que nascia
Cada linha escrita
Para te honrar

Nada vai voltar
Pensamentos também crescem
Distanciando o que merece
O amar

Do fundo do peito
Para o canto mais fundo
Da prateleira

E assim vira poeira
Tudo o que um dia foi
Meu presente pra você

(Meu presente pra você)
(Meu presente pra você)

Agora não é nada mais
Do que um montante
De papéis mofados

Esquecidos, anulados
Encerrados, amassados
Rasgados, emaranhados
Por nós

Atirados no extremo
De um móvel qualquer

Nada vai voltar
Pensamentos também crescem
Distanciando o que merece
O amar

Do fundo do peito
Para o canto mais fundo
Da prateleira

E assim vira poeira
Tudo o que um dia foi
Meu presente pra você

(Meu presente pra você)
(Meu presente pra você)

By: Lulu
09.09.11

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Música: Redoma (07.09.11)

Um dia de feriado
Tão nublado para mim
Mesmo com o Sol ao meu lado
Está azul acinzentado
Dentro do meu coração

Cor de cimento
Que fecha as janelas
Impedindo o ar de passar

Cor de parafusos
Que aprisionam a mente
Condicionando o corpo
A também ficar doente

Nada sai do lugar
Qualquer canto vira sombra
Nem mesmo o calor
Descongela o que paralisou

Setembro chega timidamente
A primeira flor ainda não brotou
Botões não deixam de ser sementes
Se tudo se limitar
Ao que habita entre as paredes
De um coração

Que guarda apenas tristezas
Trancafiadas, inflamadas, transformadas
Em paisagens de quadros
Que não se movem
Se ninguém retirar

Até que despreguem as janelas
Arrebentem os portais
Todas as flores se escondem
Por de trás dos cristais

Compostos por lágrimas
De medo e falha
Que como navalhas
Riscam tantos dias
Sangrando sem parar

Há tanto eu sei
Meu peito ensaia
Para que eu saia
E sinta nascer

Além da dor
Que quase cega
Ao afrontar a luz solar
O prazer de ter
A brisa da manhã
Pra me acordar

Até que despreguem as janelas
Arrebentem os portais
Todas as flores se escondem
Por de trás dos cristais

Compostos por lágrimas
De medo e falha
Que como navalhas
Riscam tantos dias
Sangrando sem parar

Até que despreguem as janelas
Arrebentem os portais
Todas as flores se escondem
Por de trás dos cristais

By: Lulu
07.09.11

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Música: O lago dos cisnes (06.09.11)

O que leva alguém
A desistir da canção?
Dançando sozinha
Certa vez perdi o chão

Ventava pouco
O ar era quente
Os movimentos comprimidos
Doloridos não me deixavam
Continuar

Eu até tentava
Sempre ouvi dizer
Que eu era persistente
E não poderia deixar
Você partir levando
Isso de mim

Milhões de cacos meus
Espalhados pelos cantos
Perdidos entre as quatro estações

Traumáticos momentos
Frenéticos refrões
Indecisões pulsando
Em gritos sem fim

Atadas minhas feridas
Não deixam de sangrar
Mas livres os meus passos
Já não querem te encontrar
Pra continuar a dança

Já faz muito tempo
Que a nossa canção
Não passa de lembrança

Eu até tentava
Sempre ouvi dizer
Que eu era persistente
E não poderia deixar
Você partir levando
Isso de mim

Milhões de cacos meus
Espalhados pelos cantos
Perdidos entre as quatro estações

Traumáticos momentos
Frenéticos refrões
Indecisões pulsando
Em gritos sem fim

Atadas minhas feridas
Não deixam de sangrar
Mas livres os meus passos
Já não querem te encontrar
Pra continuar a dança

Eu não vou deixar
Você levar o que sobrou
Eu não vou deixar
Você fazer calar
A música que toca
Dentro de mim
E me guia para longe
Do fim

By: Lulu
06.09.11

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Música: Obituário das almas (05.09.11)

Enquanto eu chorava
Você cantarolava
Minha dor aumentava
E em silêncio eu implorava
Através do olhar

Era cruel pra mim
Tão normal pra você
Fechava os olhos
Tentando esquecer
Que ficava aqui dentro
A sangrar

Toda a falta que eu sentia
Ao te encontrar
Cada vez mais distante
Do que havia em mim

Minha mente custou a acreditar
Meu coração sofria
Querendo expulsar a certeza
De que o sonho acabou

Tempestiva e fundamental
A hora sempre chega
E nesse dia eu disse
Tchau

Quando as suas chances esgotaram
As minhas começaram
Só assim se curou
Minha solidão

Ficou um espaço vazio
Tão concreto que chegou a machucar
Tão correto que me fez aprimorar

Aprender e crescer sem te esperar
Desse dia em diante
Aprendi que sentir
Sempre vai compensar

Porque enquanto você
Vira poema ou canção
Sou casca de ferida
Dentro do seu coração
Que suja mais a cada hora

Soluçando fui embora
Mas tenho que confessar
Melhor agora enquanto há tempo
De não se contagiar
Com a pior das doenças
Que desfalca a vida
Sem matar

Porque enquanto você
Vira poema ou canção
Sou casca de ferida
Dentro do seu coração
Que suja mais a cada hora

By: Lulu
05.09.11

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Música: Fundo falso (02.09.11)

Não sinto meus pés
Junto do chão
Não sinto meus braços
Planando
Mas sei que estou
Afundando
(Oh, oh, oh, oh)
Cada vez um pouco mais

Não enxergo um palmo
A frente
Tudo escureceu ao redor
Meu ar se vai lentamente
Eu sigo a acordar
Sem paz
(Oh, oh, oh, oh)

Fecho os olhos
Com esperança
De ao abrir
Não sentir dor
(Oh, oh, oh, oh)

Tento sempre mais um pouco
No sufoco que restou
Nada gira
Mente roda
O meu chão desconsertou
Outra vez visto o fracasso
Minha força se acabou
(Oh, oh, oh, oh)

E nesse fundo falso
Nunca sei aonde estou
(Oh, oh, oh, oh)

Não venha me dizer
Como fazer
Não tente me indicar a direção
Minhas ideias me torturam
Me esfacelo ao perceber
Que tudo o que eu pretendo
Se volta contra meu ser
(Oh, oh, oh, oh)

Então deixa explodir
(Deixa)
Está tudo aqui dentro
Melhor ninguém mais sentir
O quanto é violento e grudento
Esse tormento inevitável
Que me leva logo cedo
A deprimir todo o cantar
Que me arrasta a um canto sujo
Fazendo o querer não bastar
(Oh, oh, oh, oh)

Meu coração está em pedaços
Mas ninguém pode enxergar
Minha alma grita em prantos
(No escuro)
Ninguém consegue escutar

Além da resposta
Dos lábios
Jamais alguém percebe
Que há um punhal
Causando estragos de dimensão descomunal

Profundamente ilesos meus olhos
Parecem tão normais
Ao encarar os seus
Pois há um fundo falso
Entre você e eu

Então deixa explodir
(Deixa)
Está tudo aqui dentro
Melhor ninguém mais sentir
O quanto é violento e grudento
Esse tormento inevitável
Que me leva logo cedo
A deprimir todo o cantar
Que me arrasta a um canto sujo
Fazendo o querer não bastar

By: Lulu
02.09.11


Música: Despindo ilusões (02.09.11)

Sentimentos reunidos em uma canção
Que não nasceu
Verdades infinitas
Incertezas que tanta gente
Esqueceu

Coragem, força e intenção
Além da crença
Uma visão, a vida, a direção
Não mais perdida a solução

Reconhecendo o que antes adormeceu
Não há mais Deus
Agora sou apenas eu

Sem ilusão
Uma missão a ser seguida
A própria sorte me entregar

Assim seguir, errar, marcar
Todo o caminho
E tão sozinho meu coração
Vai aprender, crescer, entender
Sobreviver com ou sem preces
Acreditar não cabe a ninguém mais

Deixando pra trás cada mentira
Que contei sem perceber
Banalizando meu saber
Ludibrindo meu viver

Agora basta
Eu sigo só
Me salvo e vivo
Sem buscar nada além
Do que minha alma planejar

Coragem, força e intenção
Além da crença
Uma visão, a vida, a direção
Não mais perdida a solução

Reconhecendo o que antes adormeceu
Não há mais Deus
Agora sou apenas eu

Sem ilusão
Uma missão a ser seguida
A própria sorte me entregar

São minhas as únicas feridas
Que vejo e sinto sangrar

Reconhecendo o que antes adormeceu
Não há mais Deus
Agora sou apenas eu

Sem ilusão
Uma missão a ser seguida
A própria sorte me entregar

By: Lulu
02.09.11