quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Música: Incandescente (27.10.11)

Eu sou a voz que escureceu
O silêncio concedido
Uma prisão funcional
Entre os dentes
Um punhal

Eu sou uma dor infinita
Alguém que você esqueceu
Uma angústia que não cessa
Um fim que nunca aconteceu

Deixo minhas melodias
Espalhadas pela área comum
Espero ao acordar
Estar um pouco sóbria
Pra explicar
Como tudo aconteceu

Uma lanterna apagada
No fim do dia
Verdades afogadas
Nostalgias e projetos
Não concretos cancelados
Empregnados no interior
De nós dois

Quando o vento chegou forte
Levou sem mostrar razão
Destruindo o que faz forte
Arrancando com precisão

Não sobrou nada
Não restou luz
Para enxergar quando o caminho
Teminou

Meu coração sofria
Minha alma congelou
No sopro inocente
O sol nascente condenou

Manhãs de inverno
Eram lembranças
Agora

Ao olhar pela janela
Vejo que já foi embora
E aqui estou

Fria, calada, longe
De qualquer canção
A um passo da libertação
Mesmo entre quatro paredes
Em salvação

Arrancada do meu peito
Uma parte de nós
Sangra com violência
Toda a perturbação
Então se foi

Em um impulso de verdade
Sem saudade eu vou agora
Arrebentar todas as paredes
Que estão a me cercar

Gritos profundos
Derrubam a solidão
Não mais muda
Ouviu-se a solução

Quando o vento chegou forte
Levou sem mostrar razão
Destruindo o que faz forte
Arrancando com precisão

Não sobrou nada
Não restou luz
Para enxergar quando o caminho
Teminou

Meu coração sofria
Minha alma congelou
No sopro inocente
O sol nascente condenou

Eu sou o brilho
Da noite
Eu sou o reflexo
Das águas cristalinas
Eu sou o inverso
Dos seus sonhos
Eu sou a lágrimas
Das suas feridas

Quando o vento chegou forte
Levou sem mostrar razão
Destruindo o que faz forte
Arrancando com precisão

Não sobrou nada
Não restou luz
Para enxergar quando o caminho
Teminou

By: Lulu
27.10.11

Nenhum comentário:

Postar um comentário