Eu sou a voz que escureceu
O silêncio concedido
Uma prisão funcional
Entre os dentes
Um punhal
Eu sou uma dor infinita
Alguém que você esqueceu
Uma angústia que não cessa
Um fim que nunca aconteceu
Deixo minhas melodias
Espalhadas pela área comum
Espero ao acordar
Estar um pouco sóbria
Pra explicar
Como tudo aconteceu
Uma lanterna apagada
No fim do dia
Verdades afogadas
Nostalgias e projetos
Não concretos cancelados
Empregnados no interior
De nós dois
Quando o vento chegou forte
Levou sem mostrar razão
Destruindo o que faz forte
Arrancando com precisão
Não sobrou nada
Não restou luz
Para enxergar quando o caminho
Teminou
Meu coração sofria
Minha alma congelou
No sopro inocente
O sol nascente condenou
Manhãs de inverno
Eram lembranças
Agora
Ao olhar pela janela
Vejo que já foi embora
E aqui estou
Fria, calada, longe
De qualquer canção
A um passo da libertação
Mesmo entre quatro paredes
Em salvação
Arrancada do meu peito
Uma parte de nós
Sangra com violência
Toda a perturbação
Então se foi
Em um impulso de verdade
Sem saudade eu vou agora
Arrebentar todas as paredes
Que estão a me cercar
Gritos profundos
Derrubam a solidão
Não mais muda
Ouviu-se a solução
Quando o vento chegou forte
Levou sem mostrar razão
Destruindo o que faz forte
Arrancando com precisão
Não sobrou nada
Não restou luz
Para enxergar quando o caminho
Teminou
Meu coração sofria
Minha alma congelou
No sopro inocente
O sol nascente condenou
Eu sou o brilho
Da noite
Eu sou o reflexo
Das águas cristalinas
Eu sou o inverso
Dos seus sonhos
Eu sou a lágrimas
Das suas feridas
Quando o vento chegou forte
Levou sem mostrar razão
Destruindo o que faz forte
Arrancando com precisão
Não sobrou nada
Não restou luz
Para enxergar quando o caminho
Teminou
By: Lulu
27.10.11
Nenhum comentário:
Postar um comentário