segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Música: Das palavras que usei (29.11.10)

Quantas verdades contei?
Quantas doses precisei?
Já não lembro
O que falei
Só o que sei
Foi de que nada
Valeu

Tanta dor mal resolvida
Angustia, lágrimas, feridas
Que não vão sarar
Quando eu acordar
E perceber

Que tanto faz
O que eu tentei
Não houve sucesso
Acabou
Nada mais conserta
O que passou

E resta apenas
Limpar toda essa sujeira
Sob a mesa
Da sala de estar

Lamentar sem desistir
Sei que não foi
Dessa vez

Quantas verdades contei?
Quantas doses precisei?
Já não lembro
O que falei
Só o que sei
Foi de que nada
Valeu

Tanta dor mal resolvida
Angustia, lágrimas, feridas
Que não vão sarar
Quando eu acordar
E perceber

Que tanto faz
O que eu tentei
Não houve sucesso
Acabou
Nada mais conserta
O que passou

E resta apenas
Limpar toda essa sujeira
Sob a mesa
Da sala de estar

Lamentar sem desistir
Sei que não foi
Dessa vez

Mas o que me trouxe
Até aqui
Jamais vou esquecer

By: Lulu
29.11.10

domingo, 28 de novembro de 2010

Música: Definhar (28.11.10)

Tentei encontrar
Um novo lugar
Para cantar e escutar
O coração

O eco é tenso
E meu semblante
Carregado de solidão

Desesperada por ver
Que tudo terminou
Assim, sem que
Possamos consertar
Estou aqui mais uma vez
Triste à chorar

Coragem todos irão dizer
Mas quem sentir
O que está aqui
Não voltará
Nunca mais ousará
Tentar me convencer

Que é simples
Continuar
Que não posso entregar
O escudo esfiapado
Que corta as minhas mãos

Sem saber o que fazer
Sigo gritando
Do mais fundo
Dos pulmões

Esteja aqui
Chegue mais perto
Preciso te enxergar

Olhar no brilho
Dos seus olhos
Que é possível
Ser além

Sentir vibrar
No seu sorriso
O coração
Que me mantém
Mesmo quando
Já não consigo mais
Respirar

Coragem todos irão dizer
Mas quem sentir
O que está aqui
Não voltará
Nunca mais ousará
Tentar me convencer

Que é simples
Continuar
Que não posso entregar
O escudo esfiapado
Que corta as minhas mãos

Esteja aqui
Chegue mais perto
Preciso te enxergar

Olhar no brilho
Dos seus olhos
Que é possível
Ser além

Sentir vibrar
No seu sorriso
O coração
Que me mantém
Mesmo quando
Já não consigo mais
Respirar

By: Lulu
28.11.10

sábado, 27 de novembro de 2010

Música: Simulacros (27.11.10)

Dias cinzentos
Momentos humanos
Tão insanos
Como cada manhã

Não esperamos
Queremos pra ontem
Pagamos pra ver
Mesmo sem ter
Grana pra sobreviver

Será mesmo o mundo
Cretino demais
Para alguém entender?
Ou todos nós
Confusos e tolos
Querendo saber?

Lá se vai mais uma
Nuvem negra
Lá se vai mais um
Vento frio

Hoje é sábado
Quero bebedeira
Composições leves
Como anestesia

Quero voar longe
Pensando em você
Em tudo o que ainda
É possível viver

Será mesmo o mundo
Cretino demais
Para alguém entender?
Ou todos nós
Confusos e tolos
Querendo saber?

Lá se vai mais uma
Nuvem negra
Lá se vai mais um
Vento frio

Tudo indo e vindo
Queimando a dor
Com bebida destilada
Pela rua vou sorrir
Cantando em tom
De nada

Não vou desaparecer
Mesmo se ninguém
Mais me enxergar
Estarei bem aqui
Esquecida em algum
Lugar de mim

Varrendo os restos
Tirando a poeira
Das lembranças de
Como é sorrir

Será mesmo o mundo
Cretino demais
Para alguém entender?
Ou todos nós
Confusos e tolos
Querendo saber?

Lá se vai mais uma
Nuvem negra
Lá se vai mais um
Vento frio

Já não quero saber
Quem tem razão
Vou dizer o que
Vier em mim agora

Porque do coração
Pra fora é tudo
Imundo sem querer

E mesmo que eu
Me cale
Sei que vou sentir
Doer

Então se é assim
Escute você
O que está aqui
Em meu peito
A tanto tempo

Em pleno arrependimento
Eu vou a todo momento
Desesperadamente
Procurar por você

Milagres não existem
Mentiram para toda
Essa gente que crê

Será mesmo o mundo
Cretino demais
Para alguém entender?
Ou todos nós
Confusos e tolos
Querendo saber?

Lá se vai mais uma
Nuvem negra
Lá se vai mais um
Vento frio

By: Lulu
27.11.10

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Música: Convulsão (25.11.10)

Idéias, memórias
Desejos, histórias
Que nada parecem alcançar

Medos, desesperos
Vontades, esforços
Insuficientes sufocando tudo
Que tentar passar

Tudo tão junto
Me vou a chorar
Despedaçando
Sinto unir outra vez
Em um ponto escuro
Da minha garganta

Uma força ruim
Vem e me cansa
Vence meu olhar
Faz tudo acabar
E o mundo já
Não guarda lugar
Pra mim

Tudo avesso
Não há onde se encaixar
Ponta cabeça
Não consigo se quer
Respirar

Vermelha, em pranto
Sei que ainda canto
Pra não ver acabar

Tudo enlouquecido
Mais vale o perigo
Sentindo morrer
Dormente em mim
Não é sempre assim
O sangue ainda quer correr

Mas sem se encontrar
Pensamentos voam
Sem saber
Que o céu
Escureceu

Nunca mais amanheceu
O que eu tinha se perdeu
Convulsionando entre
Paredes de espinhos
Sangro sem morrer
Agonizando em vida
Digo sobreviver

Idéias, memórias
Desejos, histórias
Que nada parecem alcançar

Medos, desesperos
Vontades, esforços
Insuficientes sufocando tudo
Que tentar passar

By: Lulu
25.11.10

Música: Apogeu da dor (25.11.10)

Zona proibida
São tantas feridas
Melhor se afastar

Sem ninguém por perto
Só o whisky é certo
Vou me conformar

Nada aqui faz sentido
Preciso acalmar
A emoção
Repousa vazio
O meu triste vão

Está doendo tanto
Que não há forma
De explicar

Crise de desespero
Acompanha o gole
Insatisfação

Me dopo sem medo
Não há mais segredos
Quero apagar

Os vultos e rabiscos
Antes eram sonhos
Hoje são insonêa
E fazem sangrar

Em gotas que os olhos
Ardentes e pequenos
Sempre deixam escapar

Me dopo sem medo
Não há mais segredos
Quero apagar

Os vultos e rabiscos
Antes eram sonhos
Hoje são insonêa
E fazem sangrar

Em gotas que os olhos
Ardentes e pequenos
Sempre deixam escapar

Me dopo sem medo
Não há mais segredos
Quero apagar

By: Lulu
25.11.10

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Música: Inmusicavel (24.11.10)

Mais uma vez
Eu vou tentar acertar
Nada é fácil
Eu sei
Mas poderia estar
Melhor

Cada voto de coragem
Faz lembrar uma canção
Em cada uma delas
Estão suas mãos

E agora
O que eu faço
Quando a música parar?

Com quem
Eu falo
Quando minha própria voz
Não bastar
(com quem eu falo? 3x)

Cada voto de coragem
Faz lembrar uma canção
Em cada uma delas
Estão suas mãos

E agora
O que eu faço
Quando a música parar?

Quando ecoarem meus berros
Desgraças cobrirem meus passos
Seguirei feito assombração
Tentando o escasso
Aprodrecem os meus passos
Eu perco o chão

Fico sem visão
Caída, assustada
Não ouço mais nada
E lembro do refrão

Que eu fiz só pra você
Ouvir meus versos
Meu coração
Em perigo
Em pleno castigo
Implorando perdão

Pedindo socorro
Enquanto eu corro
(corro, corro, corro)
Sem redenção

Com voz de choro
Sem nenhuma afinação
Zero melodia
Restou apenas agonia
É uma confissão

By: Lulu
24.11.10

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Música: Um dia a mais (23.11.10)

Um dia a mais
Para tentar respirar
O esforço me conduz
Um pouco mais

É tão inútil tentar
Encarar a vida
Se as feridas
Só se curam
Com lembranças
Que já não são
Mais reais

Tu ainda faz
Parte de mim
Tu ainda és
A luz quando
Eu não enxergo
Diante da escuridão

És sempre refugio
E também desespero
Pois tenho pra mim
Que a triste verdade
É que és uma saudade
Que não vai ter fim

Não há como encontrar
Em outro lugar
O bem que eu sinto
Cada vez que eu lembrar

E ao mesmo tempo
O velho destempero
Tão cortante e verdadeiro
Que jamais será inteiro
O que me consolar

Tu jamais vais estar
Quando eu abrir os olhos
E quiser além de lembrar

É tão inútil tentar
Encarar a vida
Se as feridas
Só se curam
Com lembranças
Que já não são
Mais reais

Tu ainda faz
Parte de mim
Tu ainda és
A luz quando
Eu não enxergo
Diante da escuridão

És sempre refugio
E também desespero
Pois tenho pra mim
Que a triste verdade
É que és uma saudade
Que não vai ter fim

By: Lulu
23.11.10

domingo, 21 de novembro de 2010

Música: Onze estacas (21.11.10)

Escuto o vento quente
Anunciando mais um verão
É vazio e tão triste
Cada troca de estação

Tornando repetitivo
Cada verso que eu cantar
Me perdoe estou sofrendo
E não sei mais ocultar

O ano se partiu
Em parcelas de lembranças
Algumas esperanças
Mas que agora
Já não fazem
Nenhum sentido

Se você insiste
Em dizer
Que a vida
É mesmo assim
Tudo tem começo e fim
Temos que sobreviver

(Não) Diz que é passado
E nada mais
(Não) Diz que não existe mais
Solução pra tentar
Já não consigo mais

Em mim sem fim
A morte anda perdida
Devastando minha vida
Agonizo sem perdão
Sem outra opção
Além de outra vez tentar

Sem forças no pulmão
Restaram pedaços de um coração
Que insiste em te pedir
Para voltar

O ano se partiu
Em parcelas de lembranças
Algumas esperanças
Mas que agora
Já não fazem
Nenhum sentido

Se você insiste
Em dizer
Que a vida
É mesmo assim
Tudo tem começo e fim
Temos que sobreviver

Sei que
Nunca lembrou
Que no meio do caminho
Deixou
Uma flor

By: Lulu
21.11.10

sábado, 20 de novembro de 2010

Música: Tarja livre (20.11.10)

Querem que eu esqueça
Toda a perfeição
Querem me dopar
Mas já saí do chão

Descobri que há sempre
Algo além da imaginação
Desesperada, sigo tão só
Tento provar
Sem conseguir

Não há ninguém por aqui
Tentei outras almas
(em vão)
Perdi você
Segui sem dirção
Só por seguir
Lembrando que você
Um dia veio me pedir

Revivi o momento
Que peguei suas mãos
E em sofrimento
Senti que não mais era
 Em vão

Segui por você
E se quer mesmo saber
Desejo te encontrar
Em qualquer lugar
Que remeta perdão

Ainda sinto você
Em cada gole de solidão

By: Lulu
20.11.10

Música: Bem-estar (20.11.10)

Por favor volte aqui
Tenho tanto pra falar
Volte aqui
Preciso te enxergar

Mesmo que só
Para dizer
Que eu sinto
Falta de você

Que bebo tentando
Voltar ao dia em
Que o tudo ou nada
Se fez desabar
Em mim

E em mais ninguém
Você seguiu só
Eu nunca mais

Tente encontrar
Lá no fundo
Do seu bem estar
Algum lugar
Para me abrigar

Preciso tanto
Te ver voltar
Por favor nunca
Deixe de pensar

Em mim toda vez
Que chegar
À algum lugar

Tente encontrar
Lá no fundo
Do seu bem estar
Algum lugar
Para me abrigar

Por favor volte aqui
Tenho tanto pra falar
Volte aqui
Preciso te enxergar

Mesmo que só
Para dizer
Que eu sinto
Falta de você

Que bebo tentando
Voltar ao dia em
Que o tudo ou nada
Se fez desabar
Em mim

E em mais ninguém
Você seguiu só
Eu nunca mais
Segui

By: Lulu
20.11.10

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Música: Ponto em comum (18.11.10)

Sinto minhas veias
Por isso posso crêr
Que ainda estou aqui

E é impossível
Não querer
Que você
Também possa estar

N'outro dia
Ou em outro
Momento talvez

Quando nada parecer
Fazer sentido
Quando estar feliz
Já não bastar
Quem sabe ainda
Poderá lembrar

Que em mim ainda
Há vontade de encontrar
No indo e vindo
Tempo de sentir tocar

Vida em comum
Em seu peito e no meu
Pulsando o céu azul
Que eu sei
Que você também
Nunca mais esqueceu

Seu mundo
Encontrou o meu
Desde então
Memórias ficarão

E um dia vazio
Não será só mais um
Haverá pra sempre
Entre você e eu
Um ponto em comum

Vida em comum
Em seu peito e no meu
Pulsando o céu azul
Que eu sei
Que você também
Nunca mais esqueceu

Seu mundo
Encontrou o meu
Desde então
Memórias ficarão
(memórias ficarão 2x)
Pra sempre

By: Lulu
18.11.10

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Música: Quadro negro (17.11.10)

O tempo arrasta os dias
Muda a estação
Mas já faz tanto
Que se foi
O meu verão

Da primavera
Que eu não vi
Você chegando
Assim de surpresa
Eu não esqueci

Sei que não
Foi por maldade
Mas talvez culpa
Da ansiedade
Que eu nunca deixei
De sentir

Canções do velho rock
Fazem fluir minha missão
Compondo em tom triste
Mais uma vez aqui estou

Se sobrar tempo
Entre um e outro
Vão dos novos movimentos
Tente uma recordação

Memórias não se apagam
Eu sei ainda estão
Escondidas em desenhos
Que deixei pra você
Lembrar

De tudo um dia
Quando eu já
Não poder riscar
O quadro com giz branco

Encontrar você
Ainda faz contar
Histórias de cores lindas
Esquecidas, adormecidas
E nada mais

Memórias não se apagam
Eu sei ainda estão
Escondidas em desenhos
Que deixei pra você
Lembrar de tudo
Um dia

Quando eu já
Não poder riscar
O quadro com giz branco

Quando tudo se apagar
Ainda vai estar
Em sua história
A marca

Pintada e esculpida
Em sua vida
Sem precisar de espaço
Entre os traços que virão

Memórias não se apagam
Eu sei ainda estão
Escondidas em desenhos
Que deixei pra você
Lembrar

By: Lulu
17.11.10

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Música: Carillons á musique (16.11.10)

Mesmo se eu calar
Saiba que ainda existe aqui
Vontade de encontrar
Uma maneira de fazer você
Escutar o que meu
Coração guarda e minha voz
Já não diz

Queria ser
Feliz como ontem
Ao olhar
Nossos semblantes
Na mesma direção

Hoje olho onde tudo
Está vazio e só
Me cabe frustração
Saudade no silêncio
Propagando toda minha consideração

Deixo morrer as palavras
Enquanto os sentimentos
Não param de urrar
E ao enxergar além
Em meu olhar
Poderá saber

Que tudo o que ficou
Dito continua
Que nada se apagou
Mesmo com todo o tempo
Que passou

Que ainda está em mim
Toda a falta de você
Que ainda há em mim
Vontade de trazer você
De volta

Que ainda fecho os olhos
Buscando te encontrar
Que cada memória
Vai sempre me guiar
Aonde os sonhos
Que ainda guardo
Fazem visitar
Um lindo passado
Do qual você
Já não quer escutar

Mas eu não vou mentir
Mesmo sem procurar
Você pra dividir
Cada recordação
A canção aqui não para

Sinto muito mais um refrão
Vai gritar o que não
Cala mesmo sem te encostar

O escuro silencioso
Ainda chama por você
Em todo lugar

E no ar que eu respiro
Vindo do coração
Sempre o seu sorriso
Segura minha mão
Já não mais penso em rima
Deixo nascer a canção

Eu não vou mentir
Mesmo sem procurar
Você pra dividir
Cada recordação
A canção aqui não para

Sinto muito mais um refrão
Vai gritar o que não
Cala mesmo sem te encostar

O escuro silencioso
Ainda chama por você
Em todo lugar

Deixo morrer as palavras
Enquanto os sentimentos
Não param de urrar
E ao enxergar além
Em meu olhar
Poderá saber

Que tudo o que ficou
Dito continua
Que nada se apagou
Mesmo com todo o tempo
Que passou

Que ainda está em mim
Toda a falta de você
Que ainda há em mim
Vontade de trazer você
De volta
(De volta, de volta ah)

By: Lulu
16.11.10

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Música: Garrafas vazias (15.11.10)

Meio tonta acordo
Em ritmo intenso
E vou em frente
Sem sair do chão

Mais um dia
Estranho ao som
Da recordação

Não sei tocar guitarra
Ou mesmo arranhar no violão
Minha capela é triste
E não tem afinação

Desastrada deixo cair
Nas escadas o lixo
Da noite passada
Muitos versos riscados
Tentando ser canção

Corto os dedos
Com as garrafas
E só então
A Tequila vazia
Serviu de inspiração
Começou um novo dia
Renasceu a minha solidão

Desastrada deixo cair
Nas escadas o lixo
Da noite passada
Muitos versos riscados
Tentando ser canção

Corto os dedos
Com as garrafas
E só então
A Tequila vazia
Serviu de inspiração
Começou um novo dia
Renasceu a minha solidão

By: Lulu
15.11.10

domingo, 14 de novembro de 2010

Música: Olhos molhados(14.11.10)

Olhar pra você
Querer só por querer
E nada mais poder
Dizer ou fazer
Pra ver o tempo voltar
Ao dia em que
Eu perdia
Seu sorriso sem notar

Não é fácil encarar
Seus olhos junto aos meus
Refletindo um passado
E ao seu lado ser
Apenas mais um corpo
Que cruza sua visão
Mais uma voz sem graça
Tentando não engasgar
Ao te encontrar

Sofrendo baixinho
Sigo outro caminho
Finjo ser natural
Mas nas tuas costas
Desabo em solidão

Nunca vai ser normal
Apenas um aceno
Em pleno desespero
De um ano inteiro
Sem aproximar
Além de dois passos
Um mundo inteiro
A nos afastar

Desculpa, vou chorar
Em outro lugar
Escutando rimas de uma canção
Meu som está ligado
Mas desatinada
Escuto somente
O próprio coração

Que toca saudade
Fazendo sangrar tudo
O que eu olhar
Sem te avistar
Até perceber
Por mais uma vez

Seus olhos junto aos meus
Refletindo um passado
E ao seu lado ser
Apenas mais um corpo
Que cruza sua visão
Mais um coração
Que estraçalhado
Busca respiração

By: Lulu
14.11.10

sábado, 13 de novembro de 2010

Música: Lacuna (13.11.10)

Já faltam palavras
É tanto o que
Deixamos pra trás

Mais um dia inteiro
Pra lembrar
E nada mais

Eu sei
Sinto em dor
Esvaziando minha
Fonte de expressão
Você não mais
Fazer parte do meu verão

Como é triste perceber
Que lindas forças se vão
Ver um lindo sol morrer
Junto de uma estação

Que quase forma
Um ano inteiro
E eu ainda sinto desespero
Cada vez que lembrar
Que você não mais
Vai estar aqui

Cairam todas as folhas
(Enquanto eu chorava
sempre antes de dormir)
Sumiram todos os sorrisos
(E entre geleiras do inverno
eu me escondi)
Jamais desisti da Primavera
Por isso hoje
Ainda estou aqui

Eu sei
Sinto em dor
Esvaziando minha
Fonte de expressão
Você não mais
Fazer parte do meu verão

Como é triste perceber
Que lindas forças se vão
Ver um lindo sol morrer
Junto de uma estação

Que quase forma
Um ano inteiro
E eu ainda sinto desespero
Cada vez que lembrar
Que você não mais
Vai estar aqui

Eu sei
Sinto em dor
Esvaziando minha
Fonte de expressão
Você não mais
Fazer parte do meu verão

By: Lulu
13.11.10

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Música: Como voar (11.11.10)

Humilhada beijando o chão
Encosto os meu pés no vácuo
Peço perdão
Choro de joelhos
Entre os flajelos da manhã

Inchada depois de tantos pesadelos
Quero a chance de sonhar
Ensine-me o caminho

Como abrir as asas
Como abrir as asas
Conte-me como voar
Borboleta

Curvo-me diante do tempo
Despedaçada e engasgada
Pelas próprias palavras
Frases avessas para todos os lados
Whisky vazio e pontas de cigarro

Pare o carro e escute a canção
Desligue seu rádio
Deixe vazia a sala da televisão

Pegue em minhas mãos
E traga-me o alívio
Aceite minha intenção
Entenda além do que vê
Renove a visão

Permita-se voltar o caminho
Lembre o som do seu coração
Sorria vivendo o retrato
Encontre-me onde ainda estou

Inchada depois de tantos pesadelos
Quero a chance de sonhar
Ensine-me o caminho

Como abrir as asas
Como abrir as asas
Conte-me como voar
Borboleta

Curvo-me diante do tempo
Despedaçada e engasgada
Pelas próprias palavras
Frases avessas para todos os lados
Whisky vazio e pontas de cigarro

Pare o carro e escute a canção
Desligue seu rádio
Deixe vazia a sala da televisão

Pegue em minhas mãos
E traga-me o alívio
Aceite minha intenção
Entenda além do que vê
Renove a visão

Permita-se voltar o caminho
Lembre o som do seu coração
Sorria vivendo o retrato
Encontre-me onde ainda estou

By: Lulu
11.11.10

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Música: Choque hipovolêmico (10.11.10)

Impossível viver sem recordar
(O que chorei)
Impossível mentir
(Eu sei, jurei)
Nunca mais tocar
No assunto

Eu vou mentir
Pra todo mundo
Que nada está
Desabando em mim

Mesmo olhando um pouco
Mais de perto
Não há como estar
Aonde todos os meus sonhos bons
Insistem em me levar

Onde eu queria estar
(Agora é tarde)
Não há como recomeçar

Minhas mãos estão
Suando frio
Meu corpo já adormeceu
Passou mês a mês
(Eu sei acabou)
Mas o meu coração
Jamais te deixou
(De fora da canção)

E cada vez que abro
Os olhos 

Sei que não passou 
De recordação

Meu caminho está
Solitário e pálido
Fracasso ao tentar
(Já não há atalho)

Eu vou desaparecer
Da sua vida
Mas nenhuma ferida
Vai cicatrizar

Vou deixar de te procurar
Para dizer
Que não vou aguentar
(Mas nada irá mudar)
O fato de estar
Querendo que o mundo
Te faça repensar

Já entreguei aos céus
Toda a minha aflição
E mesmo sem esperar
Em tudo o que é lugar
Meus olhos vão te procurar
(Em vão, eu sei)

Mesmo olhando um pouco
Mais de perto
Não há como estar
Aonde todos os meus sonhos bons
Insistem em me levar

Onde eu queria estar
(Agora é tarde)
Não há como recomeçar

Minhas mãos estão
Suando frio
Meu corpo já adormeceu
Passou mês a mês
(Eu sei acabou)
Mas o meu coração
Jamais te apagou

By: Lulu
10.11.10

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Música: Coroa de espinhos (09.11.10)

Tem dias que a saudade piora
E fica impossível não saber
Que tudo foi embora
E chorar não vai trazer

Tenho que cantar
Não vou complicar
Mas ainda é melhor
Do que chorar
O dia inteiro

Com tanta dor e sangue no pulmão
Cada vez que os meus sorrisos
Estiverem na contramão
E o coração quiser parar

Tanto sentimento
Impossível de controlar
Tanto tempo passou
Mas nunca ficou pra trás
E cada dia uma lembrança
Estraçalha minha direção

Não, eu não sei controlar
Não, eu não sei mais lidar
Perdão, mas eu não sei

Dizem ser coisas da vida
Mas vida aqui não há
Perdi você e me perdi
Está escuro e terrível
Tudo por aqui

Um pesadelo assim
Tão continuo ainda
Vai acabar comigo

Todos os dias que eu acordo
Queria estar contigo
Mas sei que o mundo
Dá voltas e pode
Muito bem transformar
Erros em castigos
Impossíveis de escapar

Tem dias que a saudade piora
E fica impossível não saber
Que tudo foi embora
E chorar não vai trazer

Não, eu não sei controlar
Não, eu não sei mais lidar
Perdão, mas eu não sei

Dizem ser coisas da vida
Mas vida aqui não há
Perdi você e me perdi
Está escuro e terrível
Tudo por aqui

Não, eu não sei controlar
Não, eu não sei mais lidar
Perdão, mas eu não sei

By: Lulu
09.11.10

Música: Abadom (09.11.10)

De repente encosta em mim
Uma melancolia
E aquela vontade
De te ver
Mesmo que demorasse
Uns dias

De repente o desprazer
Me encontrou
Não mais presente você
E tudo mudou

Nos últimos dias
Tem sido bem pior
Talvez o clima, não sei
Sei que é tão forte
Tudo o que eu carrego
Lembrando assim sem querer

Queria estar a sós
Com meus pensamentos
Mas em todos os momentos
Te encontro em meus planos
E entre meus enganos
O adeus

Do primeiro de Janeiro
Até hoje e sei-lá
Quanto tempo mais
O que eu tanto quero
Ficou para trás

Agora é tão tarde
Agora não há mais
Seu sorriso aqui perto
Não vou ver mais

É bem assim
Infelizmente eu aprendi
Que a vida ensina
A descobrir

Que consequências
São escolhas que trilham soltas
Entre os ventos de cada manhã
E podem se perder
Ou mesmo encontrar
Em outro lugar

E todos os caminhos
Podem se partir
Feito um corte fundo
Que nada no mundo
Faz parar de sangrar

Até a última gota
Que enfim poderá mostrar
Que está morto
Nunca mais vai sarar

É bem assim
Infelizmente eu aprendi
Que a vida ensina
A descobrir

Que consequências
São escolhas que trilham soltas
Entre os ventos de cada manhã
E podem se perder
Ou mesmo encontrar
Em outro lugar

E todos os caminhos
Podem se partir
Feito um corte fundo
Que nada no mundo
Faz parar de sangrar

Até a última gota
Que enfim poderá mostrar
Que está morto
Nunca mais vai sarar

Está morto
E vive em mim
Apenas a lembrança
Sem esperanças
De fazer voltar

By: Lulu
09.11.10

domingo, 7 de novembro de 2010

Música: Ilha de Patmos (07.11.10)

Sem chances
De voltar atrás
Eu bem que tento
Seguir outra direção
Mas é impossível esquecer
Uma canção bonita
Que não para de tocar
No coração

Lembranças do que há
De bom na vida
Tempos de alegria
Coragem e união
Vestia a ousadia
E cantava com toda satisfação

Segurando em sua mão
Era tão pleno caminhar
Mesmo que o sol
Não nascesse
Todo o dia
Era um lindo despertar

E a luz que hoje falta
Foi a mesma que um dia
Cegou minha visão
E tonta, sem pensar
Expulsei da minha vida
Todo o brilho do refrão

Hoje restam tantas feridas
E a saudade que não para
De apontar que eu errei

Repousam as asas tristes
Dos anjos que já não voltarão
Encostam em meu rosto
Lágrimas de desilusão

Perdida, machucada
Caída e nunca encontrada
De que vale arrepender-se
Assim tão tarde

Quando as estrelas se apagaram
O céu do novo dia
Não acendeu
As marcas no chão ficaram
Mas nem uma flor sobreviveu
Borboletas nunca mais voltaram
Todo o jardim morreu

Folhas secas
Pedras e espinhos
Pelo meu caminho estão
Está tão escuro
E sem enxergar
A todo tempo
Me vejo caindo no chão

Perdida, machucada
Caída e nunca encontrada
De que vale arrepender-se
Assim tão tarde

Quando as estrelas se apagaram
O céu do novo dia
Não acendeu
As marcas no chão ficaram
Mas nem uma flor sobreviveu
Borboletas nunca mais voltaram
Todo o jardim morreu

By: Lulu
07.11.10

sábado, 6 de novembro de 2010

Música: Buraco negro (06.11.10)

Muitas vezes te procuro
Quando sigo no escuro
Tentando encontrar
Algo para mim

Ninguém sabe do que falo
Quanta angústia está aqui
Cada verso que me embala
Conta um futuro
Que não sei onde perdi

Tantos pensam por pensar
Falam sem se quer entender
Que tudo o que eu tinha
Foi deixado para ser
Algo que hoje não existe mais

Não falhei mas isso tanto faz
Lentamente, infelizmente meu coração
Já não quer mais bater
Não sei por quanto tempo
Sou capaz de resistir
Se enquanto ando canto
Tentando admitir

Perdi você junto de tudo isso
E nada mais posso fazer
Preciso ir sem mais te ter

Minh'alma tão perdida
Segue sem direção
Entre os escombros
De uma vida inteira
Que acabou em frustração

Não falhei mas isso tanto faz
Lentamente, infelizmente meu coração
Já não quer mais bater
Não sei por quanto tempo
Sou capaz de resistir
Se enquanto ando canto
Tentando admitir

Perdi você junto de tudo isso
E nada mais posso fazer
Preciso ir sem mais te ter

Minh'alma tão perdida
Segue sem direção
Entre os escombros
De uma vida inteira
Que acabou em frustração

By: Lulu
06.11.10

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Música: O que fica (04.11.10)

Hoje o que eu tenho aqui
São essas lágrimas
Que ardem tanto

As únicas partes de mim
Que ainda correm
Para algum lugar

Correm para molhar
Minha face inconformada
Ontem em plena madrugada
Sonhava não te perder

Quando tudo acaba
Fica algo aqui dentro
À sofrer

Quando não mais volta
Fica a angústia
De nunca mais poder
Dizer, olhar pra você

Sinto sua falta
E sei que não volta mais
Sinto tanto arrependimento
E isso agora
Já não importa

Tudo passou pela porta
De mais uma despedida
Haja quem sabe
Que dessa vida
Nada fica sempre no mesmo lugar
E também quem reconhece
Que a verdade torna realidade
O que sempre vai durar

No fundo do meu peito
Você nunca vai
Deixar de estar

No fundo do meu jeito
É a vontade de te ver
Que ainda me faz

Crêr que existe algo para ser
Mas digo de verdade
Para nunca esquecer

Que eu sinto saudade
E é enorme a dor
De saber que a vida
Não vai mais te devolver

Que todos os momentos
Vão estar sempre aqui
Tantas as histórias
Que somente na memória
Poderão respirar

Que ainda mora em mim
Toda ardência profunda
De nunca deixar sair
A verdade que um dia
Fez tudo se destruir
Bem aqui dentro

Bem aqui dentro
Bem aqui dentro
De mim

By: Lulu
04.11.10

Música: Sol seco (04.11.10)

O dia começou
E ontem mesmo eu lembrei
Nem foi preciso esforço
Pra chorar ao reprisar
Na mente e no coração
Que é onde dói o refrão

O último dia
O último abraço
Enquanto havia um laço
Pra fazer voltar

Ainda estou sofrendo
E a saudade não me deixa só
Meu Abril feito de vento
Violento esquartejou
Todos os restos de meses
Depois que tudo acabou

Não foi melhor pra mim
Nunca mais foi igual
Perdi o que ainda tinha
E a esperança lentamente desperçou

Meu coração agora tão sozinho
Buscando uma intenção
Perdida entre os passos
Sem abraços e sem direção

O nosso caminho
Não mais se cruzou
E tantos espinhos
Meus pés encontraram
Vesti a coragem mas nunca bastou

E o pranto que rola
Não mais vai embora
O verão voltou

Queria voltar ao dia que te deixei
Queria contar sobre o que nunca falei
Queria não ter que usar o pretérito
Para expressar
O querer que não para de gritar

E o pranto que rola
Não mais vai embora
O verão voltou
Sem você aqui (2x)

By: Lulu
04.11.10

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Música: Introspecto (02.11.10)

Eu vou dizer o que está
Preso aqui e não quer
Me deixar em paz

É uma dor sem dimensão
Que rasga fundo a emoção
Tem dias que nem mesmo o sol
Nos faz querer viver
O escuro está maior
Do que o mundo inteiro
E só se quer desaparecer

Não sei para onde foi
A vontade de ser
Além do medo e da tristeza

Onde está a força pra buscar
A coragem para chorar sorrindo
Cair e levantar
Andar a cada dia
Pronta para ir a algum lugar

Bem longe dessa sensação
Distante de todo esse desprazer
Gota a gota e minhas lágrimas
Cansaram de correr

E agora estão aqui
Trancadas junto de mim
Em um canto
Chamado de coração

Já não dá pra sarar
Não sei o que fazer
Pensar já não ajuda
Sentir me faz sofrer

Ainda procuro teu sorriso por aí
Ainda lembro tanto de ti
Ainda existo, estou aqui

Sinceramente ainda desesperada
Por saber que eu te perdi
Pra sempre
E nunca mais voltarás

É uma dor sem dimensão
Que rasga fundo a emoção
Tem dias que nem mesmo o sol
Nos faz querer viver
O escuro está maior
Do que o mundo inteiro
E só se quer desaparecer

By: Lulu
02.11.10

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Música: 1º dia do mês (1º de Novembro, 2010)

Mais um dia começa
Sem que aqui nada se vá
Dentro de mim
Ainda está o rombo
Que você deixou

Acordo assim tão solta
E tonta entre as ruas me vou
Já não volto tão cedo
Quero mesmo me perder

Nada daqui me faz feliz
Tudo o que olho
Parece apenas um convite
Para me recolher

O quarto ainda está
Cheirando forte a bebida
Da noite passada
Enquanto ferida, chorei calada
Bebendo a dor
De não te ter aqui

Da porta pra fora
Nada passa
Além do corpo adormecido
E do passado que não passa

Lá vou eu mais uma vez
Deixar os dias correrem
Pra fingir ainda viver

By: Lulu
1º de Novembro, 2010