sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Música: Ponteiros afiados (02.12.11)

As chances acabam
Junto com a paz
Esperando ou não
Querendo mais nada

Os dias são como espinho
Para a alma ensaguentada
O silêncio crescente transformou
Meu grito em lâmina afiada

Por dentro corrói
Destrói o que sobrou
Trazendo pouco a pouco
O que acabou

Lembranças sem fim
Que duram sempre mais
Em mim

Sorrisos mortos
Conversas caladas
Cicatrizes cansadas
Jamais cicatrizadas

O sangue que segue
Se nega a fluir
O peso dos dias
Se faz tormenta
Lamento existir

Só mais um pouco
Até adormecer
O sono não vai
Fazer esquecer
Mas quem sabe acordar
Em outro lugar

Onde tudo isso
Começou?
Por que até hoje
Não curou?

Infância enfraquecida
Ponto final delinhado com força
Fincado no meu coração
Escudos criados
Tão descompensado
Meu amor violado
Com ódio e rancor

Por rostos fracassados
Ainda persistentes
A me causar dor

Interminável
Feito sonhos ruins
O abominável ainda respira
Dentro de mim

Perdi as palavras capazes
De curar
A vontade de chorar
Explodindo em forças
Incontroláveis

Domínios obscuros
Insuportáveis
O tempo agride
A saudade dilascera
Perdido pra sempre
Nada mais me espera

Acaba a Primavera
Sem chegar Verão
Tudo o que desaba
Vai além do chão
Em um mundo sem perdão
Que julga o insano
Sem mesmo estar são

Só mais um pouco
Até adormecer
O sono não vai
Fazer esquecer
Mas quem sabe acordar
Em outro lugar

Onde tudo isso
Começou?
Por que até hoje
Não curou?

Só mais um pouco
Até adormecer
O sono não vai
Fazer esquecer
Mas quem sabe acordar
Em outro lugar

By: Lulu
02.12.11

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