terça-feira, 18 de junho de 2013

Atenção!!! O Blog está desativado!

Agora é definitivo!  Todas as composições produzidas a partir de Junho, 2013 estarão disponíveis para visualizações na página oficial do Facebook (link a seguir).
Agradeço aos que acompanham!

Espero a todos por lá! E quem não tem Facebook, aguarde news via email.

Lulu
Agora é @Blood Feelings! Sinta via Facebook!!! 

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Música: A Cor do Inferno (21.05.13)

Eu escolhi não te escolher
Te evitar é encontrar
O meu viver

E te deixar queimar
No mesmo lugar
Aonde estão minhas piores
Impressões sobre o que é amar

Sem morrer sinta a tortura
De esquentar e sufocar
Enquanto pesadelos te fazem desesperar

Agoniada sem chance de gritar
Sinta o peso na garganta
Antes de vomitar

E imagine que é meu este lugar
Estive aqui por tanto tempo
Sem você se quer notar

Enfrente o sofrimento
Violento de ser alguém
Que não sabe perdoar

Quando por dentro
Em silêncio tentar encontrar
Um bom momento
Que te faça suportar
A dor

Sozinha entenda, enfim
O quanto importa um coração
O quanto arde e sangra
A mão quando estendida
Em vão

By: Lulu
21.05.13

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Música: Pulso da Morte (21.05.13)


Tive certeza do final
Abri a porta e sugeri
Um pouco mais profundo
Eu decidi

Tudo termina agora
E desde que eu fui
Embora eu tento
Algo melhor para ser
Alguém p'ra acreditar

Quem sabe ainda
Existe alternativa
Entre essa espécie
Podre e vã

Escória acidental
Imundisse de causar
Dores sem cura
E cortes tão profundos
Incapazes de regenerar

Por mais que os anos passem
Nunca vai voltar
Ao lugar de origem
Pura ilusão
Um coração invencível

Tive razão sobre o final
Abri a porta e descobri
Um pouco mais profundo
Eu cresci

Tudo começa agora
Enquanto a chuva risca o chão
Lá fora está tão frio
Seria estranho diferente
Depois de Abril

Não condene a opção
Melhor assim
Do que fingir viver
Enquanto permanece no chão
Escorrem gotas
De suor, lágrimas e o sangue
Da destruição
Soluçando decepção

Estar só é encontrar
No fim de tudo
A porta aberta
Uma outra chance
Para que a palavra certa
Se propague em dias
Um pouco mais meus

Deixa p'ra lá
O que aconteceu
Já não interessa se doeu
Ou quem sofreu

Passou, acabou
Enfim, morreu

By: Lulu
21.05.13

Música: Pulso da Morte (21.05.13)


Tive certeza do final
Abri a porta e sugeri
Um pouco mais profundo
Eu decidi

Tudo termina agora
E desde que eu fui
Embora eu tento
Algo melhor para ser
Alguém p'ra acreditar

Quem sabe ainda
Existe alternativa
Entre essa espécie
Podre e vã

Escória acidental
Imundisse de causar
Dores sem cura
E cortes tão profundos
Incapazes de regenerar

Por mais que os anos passem
Nunca vai voltar
Ao lugar de origem
Pura ilusão
Um coração invencível

Tive razão sobre o final
Abri a porta e descobri
Um pouco mais profundo
Eu cresci

Tudo começa agora
Enquanto a chuva risca o chão
Lá fora está tão frio
Seria estranho diferente
Depois de Abril

Não condene a opção
Melhor assim
Do que fingir viver
Enquanto permanece no chão
Escorrem gotas
De suor, lágrimas e o sangue
Da destruição
Soluçando decepção

Estar só é encontrar
No fim de tudo
A porta aberta
Uma outra chance
Para que a palavra certa
Se propague em dias
Um pouco mais meus

Deixa p'ra lá
O que aconteceu
Já não interessa se doeu
Ou quem sofreu

Passou, acabou
Enfim, morreu

By: Lulu
21.05.13

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Música: Lacus altos (05.05.13)

Meus pés estão sob o sangue
Que já esfriou
Ainda há um pouco de mim
Capaz de distinguir
O que não se acabou
Enquanto ainda bate o coração

Sem ar
Em vão
Seguir até não restar
Nada mais aqui
Para se auto destruir

Mãos vermelhas
Envoltas em um torniquete
Marcas do que sobrou
Da esperança

No peito e no pescoço
A face da exaustão
Já não há perdão
Ponteiros são lanças
Onde a alma dança
Acorrentada a escuridão

Paredes tão próximas
Espelhos estilhaçados
O cenário do caos
Sofrimento eterno
É aqui o inferno
Nada vai mudar
Além de afundar
A baixo do chão

Até a última gota de sangue
Pintar uma conclusão
Alarmes, despertadores
Rugem tambores
Anúnciando mais um funeral

Imagens destorcidas
Tão adormecidas
Parecem ter chegado ao fim
No tempo batido
Quem sabe o sentido
Era morrer assim

Como o fio de um punhal
Sempre igual, talvez fatal
Ninguém me livra do mal
Batalha estúpida, inesgotável
P'ra mim já chega
É lastimável não chegar
Só mais um passo
E eu me desfaço

Última estrofe
Últimas lágrimas
Último gole
Último fracasso
Irônica glória

Fechando os olhos
Nada aumenta ou atrasa
Termina agora
E tudo passa

By: Lulu
05.05.13

Música: Sahnartne Espelhado (04.05.13)

Lembra quando minha imagem
Era parte dos planos?
Era rotina atual
Real o suficiente
P'ra causar dor letal

Mas um dia me perdi
Em um calendário hoje mofado
Ou quem sabe já rasgado
Estraçalhado como eu

Ainda estou no mesmo lugar
Sei que pode me enxergar
Quando quiser
Mas nada está igual

A mesma face
Outras verdades
Em um tom
Sempre mortal

O tempo vai
Nada o faz parar
Por vezes volta
E me derruba
Simplesmente por fraquejar

Fique onde está
Não vou tentar
Mais uma vez
Te alcançar

Vou me afastar
E até correr
Fugir de tudo
O que contém
Sua presença
Sua saudade

Minha imagem hoje é mera figuração
Como as flores no portão
Que o vento a noite arrancou
Ninguém sabe exatamente
Onde parou cada espinho

Ensanguentada eu vou sozinha
Recorrer a outra canção
Em tristes cortes
O coração resvala e escala
É assim que é

Eu vivo 'o para sempre'
E enquanto respirar
Caberam dentro do meu peito
Todas as lembranças
A me sorrir ou me golpear

Como um grito infinito
De alguém que nunca se vá
Permanece constrangido
Em algum lugar

P'ra manter um zunido
Que só faz atormentar
Ferir e mutilar

Como cera quente
Da vela
Que um dia
Serviu p'ra iluminar

Eu peço agora
Que apenas siga a andar
Eu sei que ainda
Vou te carregar

P'ra mim é assim
Sentir intensamente
É transformar em parte de mim

E mesmo se escolher
Não mais pensar
Vai sobreviver por dentro
Até o sangue não mais traçar
Cada canto do que ainda hoje
Cruza o seu olhar

By: Lulu
04.05.13

terça-feira, 23 de abril de 2013

Música: Ecoar do Vácuo (22.04.13)

Alguém sabe como suportar?
Conviver com a escravidão
Da própria alma

Uma loucura
Uma angústia
Que não se pode explicar
São respostas
Que você jamais terá

Debatendo-se por dentro
Mesmo quando
Ninguém pode enxergar
Existe aqui sofrimento
Longe de terminar

E como enfrentar
Mais um dia?
Os Outonos parecem
Tão longos quando
As noites chegam
E o peso não se vai

Será que existe mais?
Frente a um abismo
No limite do medo
Desvendam-se segredos
Impedindo um passo a mais

Está doendo tanto
Sem intervalo para suspirar
Não é exagero
Nada existe mais

A presença não se faz viver
Quando a morte se instalou
Na respiração
É inútil tentar
Qualquer salvação

Não contenha o impulso
Simplesmente deixe ir
Não há escolha
Ou algo melhor por vir

Antes do Inverno
É hora de enterrar
As flores que sobraram

Cacos de vidro
Caneta e papel
De quem não amanheceu
O ecoar do vácuo
Silêncio enlouquecedor

Só para comprovar
Que quando esse vento corta
Nada faz cicatrizar

Talvez faça entender
Que não há outro lugar
Se não o chão
Sem vencer a guerra
Entregue a própria condição

Está doendo tanto
Sem intervalo para suspirar
Não é exagero
Nada existe mais

A presença não se faz viver
Quando a morte se instalou
Na respiração
É inútil tentar
Qualquer salvação

Não contenha o impulso
Simplesmente deixe ir
Não há escolha
Ou algo melhor por vir

Antes do Inverno
É hora de enterrar
As flores que sobraram

Cacos de vidro
Caneta e papel
De quem não amanheceu
O ecoar do vácuo
O fim da dor

By: Lulu
22.04.13

Música: Bem Vindos a Destruição (22.04.13)

Dias curtos
Tempo sem final
Linhas turvas
Não há quem
Possa me livrar
De todo esse mau

Agônia, nostálgia
Ideais em fracasso
Essa frequência sem passos
Me guia ao mortal

Onde o espelho é reflexo
Do caos
Sou erro incorrígivel
De aparência bestial

Desgraça que traça
Meus olhos a cada anoitecer
Em sangue meu pranto
Vai me desfazer

Não tem mais volta
Agora é suportar
Até não escutar
Mais sinal

A vida termina
Quando o desconforto
Não é somente ocasional

Sem opção
Seguindo sem qualquer noção
De onde pisar

Sem chão, sem ar
Alucinação, auto-mutilação
Histórias sem conclusão
Fazem o dia real

Bem vindos a destruição
Abram as portas
Com cuidado e não deixem fechar
Saiam de dentro de mim
Nesse lugar nada
Tem bom fim

Resultado maldito
Semente do engano
Tragédias são destinos
Mesmo sem estar nos planos

Dias curtos
Tempo sem final
Linhas turvas
Não há quem
Possa me livrar
De todo esse mau

Agônia, nostálgia
Ideais em fracasso
Essa frequência sem passos
Me guia ao mortal

Onde o espelho é reflexo
Do caos
Sou erro incorrígivel
De aparência bestial

Desgraça que traça
Meus olhos a cada anoitecer
Em sangue meu pranto
Vai me desfazer

Não tem mais volta
Agora é suportar
Até não escutar
Mais sinal

A vida termina
Quando o desconforto
Não é somente ocasional

Quando a gritaria acabar
Talvez a consciência
Vai urrar verdades
A quem nunca quis escutar

Agindo como água fervente
Mesmo quem nunca sente
Vai estar a queimar

Clarão a todos os cegos
Por total escolha
Tão nitído e brando
Que causará dor

Sem mais para agora
O silêncio finalmente
Perpetuou

By: Lulu
22.04.13

Música Último Discurso (19.04.13)

Sem deixar arruínar
Dessa vez eu percebi
E agi
Não vou deixar passar
A hora de ir

Desculpa se eu não posso
Explicar, não está fácil
Eu simplesmente não sei
Apenas encontrei em mim
O momento de pontuar o fim

Não faz sentido
Me diz quando fez?
Quando os seus ouvidos
Não foram feridos
Ai me pertencer?

Não tem razão
Para voltar atrás
Antes agora
Do que tarde demais

Vou deixar em paz
Sua sanidade
Conservando sua bondade
Sem mais nada a pedir

Satisfeita vou embora
Guardando em mim
Algo que jamais vai sumir

Desculpa se eu não posso
Explicar, não está fácil
Eu simplesmente não sei
Apenas encontrei em mim
O momento de pontuar o fim

E quando eu cruzei a porta
Nem cogitei não voltar
No entanto agradeço
Por se importar
Em ouvir meu adeus
Agora

By: Lulu
19.04.13

terça-feira, 16 de abril de 2013

Música: Tom da Despedida (16.04.13)

Em uma proporção
Quase destrutiva
Uma reflexão
P'ra mudar a vida

Em tom de partida
Escrevo outra canção
Não era exatamente
A minha intenção

Seguir outro rumo
Sabendo que não há
Melhor opção

Não queira descobrir
Razões ou ocasiões
Que propciem tal momento
Entenda meu sofrimento
Ao escolher a solidão

E se eu partir
Sem dizer até logo
Caso eu não volte mais
Peço que não me esqueça

E antes que eu possa enlouquecer
Venha a mim p'ra aquecer
Meu sangue que congelou

Olhe em meus olhos
Tente ver
O que minha angústia ocultou

Se eu desaparecer
É bem provável
Que eu não saiba
P'ra onde ir

Me encontrar
Frente ao imperdoável
É travar uma batalha
Sem final
Sou eu meu próprio rival
Impetuoso, frio, mórbido e fatal

Escureceu e esfriou
A cor do céu já não importa mais
P'ra mim
Eu sei exatamente
A que vim
Dói saber no fim das contar
Acabar tão longe assim

Vou sentir sua falta
Toda a vez
Que procurar
Algo de bom em mim

Ouvir o som
Da melodia
Que acaba de findar
Sem alegria
Fui embora
E é melhor não me esperar

Não sei se um dia
Eu volto p'ra contar
Como é desintegrar

Não queira descobrir
Razões ou ocasiões
Que propciem tal momento
Entenda meu sofrimento
Ao escolher a solidão

E se eu partir
Sem dizer até logo
Caso eu não volte mais
Peço que não me esqueça

E antes que eu possa enlouquecer
Venha a mim p'ra aquecer
Meu sangue que congelou

Não é tarde
Enquanto o coração
Sentir faltar o ar

By: Lulu
16.04.13

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Música: Mental Screw (10.04.13)

Há tanto aqui
Exceto saía
Confrontos, artérias entupidas
Inflamam as dores
Mente a ferver

Como parafusos em extrema pressão
Todos os pensamentos
Agindo como perfuração
Força mortal
Cãos,destruição
Noite de um sono
Em permanente convulsão

Coração em vão
Buscando perfeição
Sem mais forças
Para se mover ou se retirar
Entregue, deixando sangrar

A respiraçção se anula
E tremulam as mãos
Nos olhos lágrimas
Marcam contradição

Perguntando com um suspiro
Por que acabar assim
Contruir uma história
Optando pelo fim

Como parafusos em extrema pressão
Todos os pensamentos
Agindo como perfuração
Força mortal
Cãos,destruição
Noite de um sono
Em permanente convulsão

Não há solução
Não há cura, agora
Afunilou, nada sobrou
Além do escuro

Sombrio demais
Ninguém se quer enxergou
Todas as feridas que ficaram

Todas as feridas
Ficaram abertas
Durante algum tempo
Se esvaindo até o sangue
Não mais fluir

E então o pranto calou
Nenhuma lágrima a mais
Tudo terminou

By: Lulu
10.04.13

terça-feira, 9 de abril de 2013

Música: Doses de Engano (09.04.13)

Uma caneca de café bem quente
O dia já pode começar
Depressa, eu não tenho tempo
Preciso continuar

Não sei dizer exatamente
P'ra onde tenho que ir
Mas preciso chegar

Um copo cheio
É Cola negra
Um tom escuro
Vindo p'ra ativar
Um pouco mais de chance
De não se entregar

Antes da luz do dia desaparecer
E a lua trazer devolta
Cada marca
Do que jamais se foi

Tocando de forma
A delinear dentro do peito
Todas as lembranças
E esperanças que deixaram
De vingar

Todo o tempo
Tudo o que era nosso
E deixou a desejar

Uma garrafa inteira
De whisky e quem sabe
Se apague a lembrança
Do temporal

Quintal inundado das suas mágoas
Me afunda enquanto
A secura letal
Me faz amanhecer
Outra vez

Recomeçando a tentativa de esquecer
Mais uma dose
De mentiras

Liquidando a fim
De fazer tudo morrer
De vez

Quem sabe
Agora é hora
De algo acontecer

Uma caneca de café bem quente
O dia já pode começar
Depressa, eu não tenho tempo
Preciso continuar

Um copo cheio
É Cola negra
Um tom escuro
Vindo p'ra ativar
Um pouco mais de chance
De não se entregar

Uma garrafa inteira
De whisky e quem sabe
Se apague a lembrança
Do temporal

Outra dose de engano
Pode ser fatal
Destruindo o passado
Meu presente desolado
Longe do ideal

By: Lulu
09.04.13

terça-feira, 2 de abril de 2013

Música: A mesma janela (30.03.13)

Mais um dia chegando ao fim
Não vou me enganar
Eu sei, estou no mesmo lugar

A mesma janela
Quase 15 anos depois
O toque do vento a soprar
Exatamente como já fez
Sinceramente nada está tão diferente
Daquelas tardes de céu escuro

Ainda cercada pelas mesmas grades
Sentindo o frio
Que invade o peito
Clamar por solução
Saber que é tudo em vão

Agora é hora
Já faz tanto tempo
Que eu faço bem mais
Do que tudo
Só p'ra tentar segurar
Um pouco mais

Depois que a garrafa
De wiskhy secar
Talvez possa a coragem chegar
Ou a tontura ocasional
Simplificar o que faltar
Finalmente me levar
De encontro ao vento
Sempre tão violento
Que jamais me deixou descansar

Pôr fim ao sofrimento
No aborto que chegou
Tarde demais

Não sei se é bem assim
Só sei que já não há
Em mim força o suficiente
Para suportar

Não sou capaz
De respirar desse ar
Lugar estranho a me penetrar
Todas as noites
Se imendam aos dias
Que não se vão
Os ecos do frio
Ocultam qualquer razão

Escravizando o que restar de vida
Condenação agonizante
Me pondo a desesperar
Não sei se desejo
Me salvar dessa vez

Que seja agora
A mesma janela
Quase 15 anos depois
O toque do vento a soprar
Exatamente como já fez
Sinceramente nada está tão diferente
Daquelas tardes de céu escuro

Depois que a garrafa
De wiskhy secar
Talvez possa a coragem chegar
Ou a tontura ocasional
Simplificar o que faltar
Finalmente me levar
De encontro ao vento
Sempre tão violento
Que jamais me deixou descansar

Não sei se é bem assim
Só sei que já não há
Em mim força o suficiente
Para suportar
Não sou capaz
De respirar desse ar
Lugar estranho a me penetrar

Escravizando o que restar de vida
Condenação agonizante
Me pondo a desesperar
Não sei se desejo
Me salvar outra vez

Que seja agora
A mesma janela
Enfim, de um ou outro jeito
P'ra sempre
Eu vou embora

By: Lulu
30.03.13

domingo, 24 de março de 2013

Música: Do expresso ao conhaque (24.03.13)


Existem alguns dias
Assim como hoje
Do balançar das plantas
Ao cheiro das flores
Não há vento
Que não me faça
Respirar você

Nem mesmo uma canção
Que não faça presente
Cada história
Cena por cena
Todas as palavras
Um a um dos detalhes

Marcas confusas que diluem certezas
Entre sorrisos e dores
Que afastam o ontem
Com a mesma força que o tráz
Diáriamente ao nosso encontro

Uma loucura consciente
Que amanhece conosco sem querer
Um desejo de voltar
De esquecer
Necessidades que se calam
E se perdem ensurdecendo
Em meio ao próprio desespero ecoado

Um grito calado a força
Um sentimento contido em plena vida
Fuga sem movimento
Continuidade sem avanço

Um pouco de mim agora
Certamente é algo seu
Que foi embora

Mas está tudo bem
Sob controle
Eu já desliguei o som
Só mesmo o meu coração
Não entendeu
A lei do silêncio

A mesa agora
Só restam as sobras
Desde quando o dia acordou
Até então

Café expresso trazido
Da esquina
Onde as memórias
Vem e vão

Um pouco de amnésia
Sempre caí bem
Quando é recente o fim
De mais uma estação

Em clima de saudade
Um dia nada quente
Pede conhaque p'ra abater
A solidão

Até quando o passado
Vai entrar aqui
Sem nem bater a porta?

Já cansei de dizer
Que já não quero mais
Entender ou me convencer
De possíveis razões
P'ra tudo acontecer

Também não quero mais
Sentir que arde
Não mais te encontrar
Se não em distração
Toda a vez que escuto
Aquela tal canção

Fechando os olhos
Deixando escapar
Nas marcas do lápis
Aonde ainda estás

Sinceramente acreditando
Que um dia ainda vai passar
Esse vazio que me inunda ao lembrar

Depois que a música parar
Mais uma vez
A distância vai vencer
Essa é a prova
Que o tempo
Não serve p'ra curar

Mas está tudo bem
Sob controle
Eu já desliguei o som
Só mesmo o meu coração
Não entendeu
A lei do silêncio

Uma loucura consciente
Que amanhece conosco sem querer
Um desejo de voltar
De esquecer
Necessidades que se calam
E se perdem ensurdecendo
Em meio ao próprio desespero ecoado

Um grito calado a força
Um sentimento contido em plena vida
Fuga sem movimento
Continuidade sem avanço

Um pouco de mim agora
Certamente é algo seu
Que foi embora

By: Lulu
24.03.13

quinta-feira, 21 de março de 2013

Música: Outonal (21.03.13)

Queria tanto que fosse real
Tão diferente da visão original
E do que sobrou
Agora que tudo acabou

Nada tráz seus olhos
Outra vez
Com a mesma nitídez
Dos sonhos bons

Onde somos alma
E solução
Aonde meus sorrisos
Superam meus soluços
Secando meu pranto
Ao encontrar sua mão

Mesmo que eu tente negar
Sem forças p'ra sustentar
Outra versão
Se não a única verdade
Sua saudade jamais
Deixou meu coração

Ousadia tentar
Nada mais se pode fazer
O que perdemos foi muito
Para sempre
Sem querer

Não há mais luta
Nem mesmo glória
Nosso  fracasso
Nossa história

Tudo termina deixando fragmentos
Vivos por qualquer razão
É tão forte e inatíngivel
Sua resposta a tal razão

Nada tráz seus olhos
Outra vez
Com a mesma nitídez
Dos sonhos bons

Onde somos alma
E solução
Aonde meus sorrisos
Superam meus soluços
Secando meu pranto
Ao encontrar sua mão

Mesmo que eu tente negar
Sem forças p'ra sustentar
Outra versão
Se não a única verdade
Sua saudade jamais
Deixou meu coração

Agora vá
Me deixe em solidão
Mais uma vez
Eu sei que ainda voltarás
Quando a noite minha alegria silenciar

Só p'ra não me deixar esquecer
Que o que passa
Nunca deixa de nos pertencer

E tudo o que morre
É porque um dia em nós
Se fez viver

Nada tráz seus olhos
Outra vez
Com a mesma nitídez
Dos sonhos bons

Onde somos alma
E solução
Aonde meus sorrisos
Superam meus soluços
Secando meu pranto
Ao encontrar sua mão

Mesmo que eu tente negar
Sem forças p'ra sustentar
Outra versão
Se não a única verdade
Sua saudade jamais
Deixou meu coração

By:Lulu
21.03.13

sexta-feira, 15 de março de 2013

Música: Permanente Exposição Vísceral (10.03.13)

Permanente exposição vísceral

Até não mais doer
E o sangue findar
Abrir os olhos
Ver o sonho esfarelar

Respirando fundo
Em permanente pesadelo
São regras de um mundo
Longe de estar inteiro

Correndo não se escapa
Ficar nada garante
Por isso o semblante
Carrega essa aparência encurralada

A voz desafinada
Há tanto tempo
Já desistiu de tentar

O céu fechado
Se assemelha ao amanhã
Ninguém sabe o que se esconde
Entre os berros e o silêncio

Aconteceu
Algo se perdeu
Naquela imunda brisa
De uma manhã estranha
Até hoje arranha recordar

Um dia de escuridão
Marcando como fogo
Fundo no coração

Alma destroçada, mãos atadas
Acabou
Um dia de Novembro
Em que o mundo parou

Suspendam os cuidados
Cemitério inaugurou
O vento dos finados
A inocência levou

Ensanguentada cicatriz
Muda de lugar
Mas sempre diz algo

A face assustada
No espelho hoje tráz
A mesma criança
Dançando e chorando
Em um quarto vazio

Memórias cinzentas
De um sorriso que partiu
Dali p'ra frente
Permante exposição vísceral

São árvores demais
Levaram todos os animais
Nada ou ninguém
Capaz de transmitir paz

O vento na janela
Não serve de ar
Ninguém poderá acompanhar
O que restar depois dali

Possessão do mal
Em imagem real
Era outro quintal
Presente eternamente
Em cada noite
Sem estrelas

Se foram as princesas
Restaram prisioneiras
Fracassadas e atormentadas
Fugindo de facas
Se fazendo armadas

Mente estupidamente violada
Sobreviveu p'ra contar
Que nada se acaba
Enquanto o pulso suportar

By: Lulu
10.03.13

terça-feira, 12 de março de 2013

Música: Verão Desperço (10.03.13)

Mais um dia quente
Perdido dia de Verão
Mais um segundo
Tantos momentos de solidão

Eu posso enxergar
O brilho das estrelas
Quando elas se vão
Trazendo a luz tão negra
Quanto a imensidão do nada

Logo depois do adeus
Da madrugada
O Sol de costas
Nasce em vão

Mais um dia quente
Perdido dia de Verão
Mais um segundo
Tantos momentos de solidão

Se a sua revolta
Me trouxesse vida
Se as suas cobranças
Me tornassem mais
Talvez meu desespero
Alcance a paz

Quantos lamentos sem sentido
Meu coração também está ferido
Só você não pode notar

Mais um dia quente
Perdido dia de Verão
Mais um segundo
Tantos momentos de solidão

Quando as palavras se perdem
Frente a realidade
Sua dureza se transforma em maldade
E eu sinto saudade
Do que não volta mais

Queria ter a ousadia
De descobrir um pouco mais
Do que a vontade
De voltar atrás

Mais um dia quente
Perdido dia de Verão
Mais um segundo
Tantos momentos de solidão

Desorientada caminhei perdida
Meus passos tristes
Eu cantei em vão
Terminando sem mudar em nada
Mais uma canção

A sociedade adoecida
Esquece a cor da alegria
Vestindo os dias com ingratidão
Nada resta da vitória
Quando a glória
Não se encontra no refrão

Cansei de hipocrisia
Só volto depois
Que essa garrafa esvaziar
Um brinde, um salve
Uma aposta na resposta
Dessa degradação

By: Lulu
10.03.13

sexta-feira, 1 de março de 2013

Música: Reencontro com o vazio (28.02.13)

Até onde os sonhos
Podem nos levar?
Nessa noite nada quente
Reencontrei seu olhar

Perdido e sem escolha
Tão longe da real situação
Do que nos coube
Após o tempo
Deixar impressa sua razão

Eram seus olhos
Sua expressão
Aquele alguém a quem
Perdi na imensidão
Dos novos tempos

Qual é sua condição
Nesse momento incomum?
Onde o Outono se propaga
Me deixando em jejum

Eram seus olhos
Sua expressão
Aquele alguém a quem
Perdi na imensidão
Dos novos tempos

Era você
Tentando me dizer
O que jamais foi capaz
Ousando entregar um pouco
Da própria paz

Não olha agora
Estou pensando em você
Tentando esquecer
Memórias que vem em vão
Me esforçando p'ra lembrar
Que era um sonho
Uma ilusão

Eram seus olhos
Sua expressão
Aquele alguém a quem
Perdi na imensidão
Dos novos tempos

Uma alma que gestou ingratidão
Um sorriso morto
Entre os dias
Que se foram
Sem mais nada a revelar

Eram seus olhos
Sua expressão
Aquele alguém a quem
Perdi na imensidão
Dos novos tempos

Alguém que irei deixar
Quando acordar
E enfim perceber
Que o que sobrou
São só as marcas
Do que segue a se desfazer

Eram seus olhos
Sua expressão
Aquele alguém a quem
Perdi na imensidão
Dos novos tempos

Sem outras chances
A certeza é única agora
Já não faz sentido algum
Crêr que para além dos dias
Nos restou algo em comum

By: Lulu
28.02.13

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Música: O Quarteirão dos Cemitérios (21.02.13)

Visão opaca
Sombras severas
Eu posso sentir
Cada corte

É tão fundo
O toque do desespero
Essas paredes me espremem
Esse ar me subtraí

Lembranças embalam
Meu sono doentio
Sonhos esfarelam
De encontro ao vazio

Nessa madrugada eu senti frio
50° de uma
Presença violenta
Que transborda em sangue

Dor, suor e gana
Para pôr tudo p'ra fora
Ir embora de uma vez

Não me engano
É realismo cru e nú
Aqui é a casa do mal
Essas árvores são
a sustentação do caos

Nuvens que se formam
Desde quando eu cheguei
Deixando p'ra trás
Tanto do que eu amei
Sangra em mim toda a tristeza
De nunca viver em paz

Não me engano
É realismo cru e nú
Aqui é a casa do mal
Essas árvores são
a sustentação do caos

Este é o pior lugar
Em que eu poderia estagnar
Aqui respiro morte
Sem jamais encontrar sorte

Dolorida eu vou me entregar
Se ir embora é utopia
Eu desisto de resistir
O desconforto é a pior forma
De existir

Uma paisagem que nada diz
Guarda um futuro
Ainda mais infeliz

Ao acaso vim
Por um triz
Não fui embora

O tempo é cruel
E não eu posso mais esperar
Nem mesmo suportar

A vida que eu perdi
Ao vir parar aqui
O tanto que aprendi
Sem serventia

Acorrentada pelo pescoço
Sufoco em desgraça
Atenta ao que me cerca
Já não vejo graça
Dentre restos mortais

Pois o que sobrou
Foi somente o peso da estrada
Que faz crescer o medo
Durante a madrugada

Agora eu já não vejo
Mais nada
Escureceu
Depois de cada imagem
Me cruzar

Lembranças que até hoje
Sempre me fazem chorar
São histórias que eu vou deixar
Logo ao correr
A última lágrima
Silenciar

By: Lulu
21.02.13

sábado, 16 de fevereiro de 2013

Música: Décimo Quinto (15.02.13)

Nós fomos vitímas do tempo
Cadáveres circunstâncias
Não sei se é pedir demais
A alguém que também perde o sono
Dormindo sem adormecer

Mas se você conseguir
Me responder
Talvez consigamos aliviar
O peso que carregam nossos olhos
A dor que cansa o nosso
Corpo e o coração

Me diz então
Quantos dias mais
Sem nada somar?

Quantas tantas outras vezes
Acordar sem razão p'ra despertar?
Será que ainda posso acreditar
Que existe para nós
Outro lugar?

Me diz então
Se não há em você
Medo de que seja mera ilusão?
Só um sonho bom
Em meio a confusão
Uma sensata artemanha
Em pról da razão
Clemência por suportação

Me diz então
Caso haja em sua voz
Um pouco mais
Que os tons desfalecidos
Do que resta
Sempre após o desespero
De perceber
Bem junto ao travesseiro
O cativeiro a cercar
Outro amanhecer nesse lugar

Onde o vento entre as árvores
Serve para mover mais terra
E nos enterra a cada dia
Verão, Outono, Inverno e Primavera

Me diz então
Só para confortar
Que também espera
Que não passe de impressão
Ao abrir a janela
Antes da próxima estação

Missão cumprida
Estrada certa
Um quintal só meu e seu

Me diz então
Que ainda há vida p'ra alcançar
Que esse dia finalmente vai chegar
Tardia despedida
Enfim longe desse jardim

By: Lulu
15.02.13

Música: Despontar (15.02.13)


A luz do Sol chegou agora
Mas nada parece acontecer
Ainda está escuro em mim
Eu não consigo encontrar
O que restou aqui

Quando abro os olhos
Nada além de lágrimas
Tento acreditar
Que dessa vez a madrugada
Vai levar embora a dor
E quem sabe possa nascer
Um outro dia
Pintado de outra cor

Não quero cegar
Mantenho o coração
Mesmo sangrando
Ao lutar em vão
Eu sei que somente ele
Tem a direção

Um caminho mais certo
P'ra eu seguir
A única forma de resistir

Quando cada marca
Carrega uma canção
Quando nada remete salvação
E as paredes espinhentas
São um labirinto
Onde estou a ir e vir

Um corredor estreito
Sem espaço p'ra escapar
Sons sem outro efeito
Além de perturbar

A janela aberta
Tráz um vento
Que abafa o ar
Eu permaneço aonde o silêncio
For capaz de estar

Entre as lembranças
E as apostas a despedaçar
Um pouco mais de mim

Algo ainda brilha no meu peito
Fazendo contornos nesse pranto
Soprando nessa apnéia esperança
Dizendo; não terminou
O Sol voltou

Não quero cegar
Mantenho o coração
Mesmo sangrando
Ao lutar em vão
Eu sei que somente ele
Tem a direção

Um caminho mais certo
P'ra eu seguir
A única forma de resistir

Quando cada marca
Carrega uma canção
Quando nada remete salvação
E as paredes espinhentas
São um labirinto
Onde estou a ir e vir

Um corredor estreito
Sem espaço p'ra escapar
Sons sem outro efeito
Além de perturbar

A janela aberta
Tráz um vento
Que abafa o ar
Eu permaneço aonde o silêncio
For capaz de estar

Entre as lembranças
E as apostas a despedaçar
Um pouco mais de mim

No fim é tudo
O que eu preciso
Para avançar
Um pouco mais de mim
E então irei chegar

By: Lulu
15.02.13

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Música: Depois das Reticências (12.02.13)

Além dessa vontade de voltar
Por trás dessa tendência de sentir faltar
A sabedoria a se revelar
Traça no presente o alívio
De notar que é natural

As vezes o que sobram
São lembraças e mais nada
Isso é tudo
Porque o tempo segue em frente

E quando ausências representam
Voltar a se pertencer
São histórias que mostram
O seu final

Não sei por que essa agônia
Ao desvendar mais um desfecho
Os olhos não encontram mais
A boca sente o gosto
De secar sem mais palavras
Na alma a sede de entender
Ao ponto de consertar
Tudo outra vez

Desnecessário, isso foi ontem
Hoje as nuvens não retém
Nem mais as marcas
Das borboletas mortas
Depois da chuva da madrugada

Sustentar promessas falsas
Leva tudo sem deixar
Em lugar algum

Pouco importa o insucesso
é em jejum que recomeça
A chance de alimentar o coração
Somando verdades
Mesmo onde nada é são

Eu conheço o perdão
É ele quem me dá a mão
A todo o tempo onde as memórias
Sempre te preservam em tom claro

Sou feita de escuridão
Certas vezes eu me calo
Adormeço em solidão
Sabendo que é mesmo assim
Ciente de que tudo tem fim

E o dia também caí
Minha voz então enfim se sobressái
Ao cantar, prossigo e talvez alcanço
São tantos os momentos
Em que a gente só precisa
Se encontrar enquanto só

Abraçando tudo o que está lá dentro
O sofrimento se desprende
Logo mais nada se vê
A Quarta-Feira nasce
Como sempre a me fortalecer
Quais são mesmo as reais chances
De esquecer?

By: Lulu
12.02.13

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Música: Inspirando morte (08.02.13)


Eu não sei se é o vento
Quando me encosta assim
Ou então o tempo
Que manteve você
Tão longe de mim

Por vezes sinto algo faltar
E lembro dos dias
Em que sabia
Que iria repousar a alma
E cantar os poemas que guardava
Enquanto só

Parecia tão real
Lindo e permanente
Hoje eu sei
Era somente mais uma estação
Como todas que se vão

Triste como esse Verão
Feito de dores e promessas esquecidas
Debulhado em frases prontas e perdidas
Em feridas que jamais fecharão

Sou saudosa eternamente
Do Sol d'aquele Verão
Meus olhos acesos
Crentes na redenção

Engano meu
Tudo terminou
O que sobrou falhou
O abrigo se desfez
Era um câsulo com pregos por dentro

E eu sangrei
Sangrei quando escapei
Saí com vida sem mais viver
Esqueci da vontade
Em algum lugar
Talvez no caminho esquizito
Que ainda ousa me chamar

Parecia tão real
Lindo e permanente
Hoje eu sei
Era somente mais uma estação
Como todas que se vão

Algumas sem esperar
Sem esperar
Algumas em solidão
Partem sem avisar
Mesmo sem vingar

By: Lulu
08.02.13

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Música: Degenerar (31.01.13)

Bala após bala
Como não sentir fuzilar?
Dia após dia
Meus olhos sempre a enxergar
Através do sangue

Uma visão nunca nitída
Atordoando o andar
Correndo sem nunca chegar

Tanto a enfrentar
Tanto p'ra suportar
É tanto que as vezes
Há vontade de escapar
Fugir p'ra qualquer outro lugar
Longe disso tudo
Talvez houvesse cura

Eu sou capaz de acreditar
Em recomeço outra vez
Mas confesso que com frequência
Esqueço como é viver
Sem sentir todas as feridas
Sangrarem de uma só vez

Eu sei que estou aprisionada
Em mim
De encontro com o próprio fim
Diáriamente a lutar
Queria que não fosse em vão
Acordar e tentar mais uma vez

Meu esforço é lembrar
Os dias em que a verdade
Coube em minhas canções
Marcos de saudade
Imunes a contradições

Me fazem apostar
Que algo ainda vai me pertencer
Além da dor, do desespero, do erro
E do sofrer absoluto

Eu luto, por vezes eu grito
Não consigo repetir a glória
Prossigo tentando guardar
O melhor da minha história

Pés no chão
Asas dilaceradas
Fênix ensanguentada
Impossível de abater
Olhos atentos jamais permitirão
Escurecer por muito tempo

Logo o céu vai azular
A paisagem vai mudar
A cena ganhar novo ar
Eu vou voar
Eu vou chegar
Estar bem longe
Desse lugar

Me encontrar
Me pertencer
Me adaptar
Ao que não volta
E dar a volta
Em cada marca
Dentro do meu coração

Bala após bala
Dia após dia
A agônia não dissolve
O violado não tem salvação

A nostálgia não constrói
Auto-regeneração
A aflição não vai partir
E mesmo querendo
Eu sei que não vou fugir

Eu vou ficar até o fim
Mostrar em outra ocasião
O brilho nos meus olhos
Por sí só falarão

Eu luto, por vezes eu grito
Não consigo repetir a glória
Prossigo tentando guardar
O melhor da minha história

Pés no chão
Asas dilaceradas
Fênix ensanguentada
Impossível de abater
Olhos atentos jamais permitirão
Escurecer por muito tempo

Logo o céu vai azular
A paisagem vai mudar
A cena ganhar novo ar
Eu vou voar
Eu vou chegar
Estar bem longe
Desse lugar

Me encontrar
Me pertencer
Me adaptar
Ao que não volta
E dar a volta
Em cada marca
Dentro do meu coração

Eu vou ficar até o fim
Mostrar em outra ocasião
O brilho nos meus olhos
Por sí só falarão

By: Lulu
31.01.13

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Música: Hipóxia (24.01.13)

No caminho desse nevoeiro
O mundo inteiro parece opôr
Os passos meus

Deito sob punhais
Que habitam madrugada a dentro
Meus olhos quando presos
A escuridão

É tão venenoso adormecer
Vertinoso abrir os olhos
Sentindo o peito rasgar
Caminhando contra o vento
Sem ar para respirar

Agonizam movimentos
Qualquer força é em vão
Não são poucos os momentos
A sangrar junto ao chão

Sem repouso
Sem sossêgo
Sem reação
Entregue ao desespero
Desaba o corpo
E o coração

Se eu pudesse dormir para sempre
Talvez não haveriam pesadelos
Certamente não despertariam os sonhos meus

Condenados, enfraquecidos
Feridos de morte
Vivos se fazem notar
Logo ao abrir a janela
E não conseguir voar

By: Lulu
24.01.13

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Música: Evilblue (18.01.13)

Quantos almejos perdidos
Doloroso despertar
Entre as frestas da janela
Mais um dia vai chegar

Não venha condenar
A sombra da minha alma
Quando minha face sente a luz
É porque o abate se aproxima

Não diga que foi
Acidental
Premeditando cada ação
Com a intenção de parecer

Melhor, maior
Padrão, normal
Não diga nada mais
Cala essa boca

Me deixa perder a visão
Escurecendo qualquer pretensão
De lutar p'ra sobreviver

Fique onde está
Sei que não vai ajudar
Sendo dejeto fetal
O mal camuflado em azul cinzento

Olhar maldito, violento
Sempre a zombar
Do meu sofrimento

Otário, filho da mentira
Desgraçado, tolo, hipócrita
Pagando falsa moral

Em seu disfarce de anjo
Me inoza até enforcar
Decapitada e banhada em sangue
Não mais sinto
Meu peito estourar

Não mais escuto
Sua voz
Me torturar
No semblante de anjo ruim

Poucos podem perceber
A raiz do problema
Nó cego
Morte lenta

A cada ano
Mais distante do bem
Infinita tormenta pintada de azul
O céu escurece também

Não diga que foi
Acidental
Premeditando cada ação
Com a intenção de parecer

Melhor, maior
Padrão, normal
Não diga nada mais
Cala essa boca

Me deixa perder a visão
Escurecendo qualquer pretensão
De lutar p'ra sobreviver

Fique onde está
Sei que não vai ajudar
Sendo dejeto fetal
O mal camuflado em azul cinzento

Olhar maldito, violento
Sempre a zombar
Do meu sofrimento

The bad boy's coming
Everybody want look at his eyes
But nobody can see
Evil's hiding into this blue

By: Lulu
18.01.13

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Música: Distúrbios (15.01.13)

Moro onde as tempestades
Duram para sempre
Vivo aonde a escuridão
É permanente

Nesse frequente auge
De aflição
Toda intenção de opôr
O medo parece mortal

Acordo cedo
Intimidada pelos pesadelos
São tantos cheiros
Tantas lembranças inteiras
Que dilaçeram ideias
Dissolvendo tudo o que
Eu poder sonhar

Feito só p'ra combinar
Com este lugar
Que tem de traiçoeiro
O mesmo efeito do Luar
Age o dia inteiro
Só p'ra me fazer chorar
Invade minha alma
Até fazer engasgar

Sou sangue em desespero
Tentando de qualquer maneira
Não deixar de circular

Moro onde as tempestades
Duram para sempre
Vivo aonde a escuridão
É permanente

E quando a luz
Do Sol vem
Ela chega morta também
Não serve para envolver
Não salva e não faz aquecer

As sombras se fazem mais fortes
E o norte das noites sem fim
Não sai por nem um instante
De dentro de mim

O dia começa
Mas a madrugada não quer adormecer
Momentos terríveis, nunca invisíveis
Arrancando pedaços de mim
Queria apenas por um dia
Não despertar assim

Moro onde as tempestades
Duram para sempre
Vivo aonde a escuridão
É permanente

Não há luz
Não existe som
O brilho da noite
Não seduz
Somente reproduz
Confusão e tormenta

Aumenta a dor
Suador e angústia
É cedo para se entregar
Mas é tão tarde p'ra tentar
Chegar em outro lugar

By: Lulu
15.01.13

sábado, 12 de janeiro de 2013

Música: Evitar seus olhos enquanto eu viver... (12.01.13)

Dei as costas
Pouco a pouco
Até tornar invisíveis
Os olhos seus

Quem diria
Que algum dia
Me traria paz dizer
Que o melhor que faço
É me mantér longe de você

Posso ouvir sua voz
Mas não reconheço o tom
Talvez quando em distração
Me pegue lembrando
De algum refrão
Feito só p'ra você

Quantas flores eu plantei
Quantos espinhos me fizeram
Sangrar em solidão?

Deixa que caía
No esquecimento
Deixa que se vá
Junto com o Verão
Que parece estar dormente

A gente era feliz
Quem sabe
Não realmente
Era apenas mais uma impressão
Que se perdeu no vento
E hoje força a direção contrária

Vá, com a mesma força
Que destruiu meu querer
Não ouse olhar além
Da esquina e o nevoeiro
Que me faz sumir agora

Quando eu esperava
Enxergar um pouco mais
Olhos nos olhos
Suas mentiras me condenaram
Ao nunca mais

E agora escolho desviar
Não mencione mágoa
Isso não cabe ao meu cantar
Apenas saiba que acontece
Algumas vezes o peito não esquece

Aprende em dor a solução
Tecendo em lágrimas
A face da decepção

Hoje eu sei
Que pouco importa
P'ra você o que aconteceu

Não ficou no passado
Simplesmente se perdeu
Jamais registrado
Meu olhar desapontado
Dizendo adeus

Vá, com a mesma força
Que destruiu meu querer
Não ouse olhar além
Da esquina e o nevoeiro
Que me faz sumir agora

Que me faz sumir p'ra sempre
E acrescenta vida em mim
Logo após a tempestade
O arco-irís seca as flores
Renovando tons e cores
Cada dia um pouco mais
Longe do fim

O que termina é a nuvem negra
E o Sol então sorri bem mais
Não tente me encontrar
Entre as estações
Sob os dias
Escrevi novas canções

By: Lulu
12.01.13

domingo, 6 de janeiro de 2013

Música: À salvo (06.01.12)

Se ouviu dizer
Que há algum tempo
Havia vontade de voltar

De minha parte
É bom saber
Nada mais vai mudar

Ao te sentir faltar
Foi que eu pude perceber
Que eras tu quem
Acabava com o meu viver
Ofuscando minha razão

Sempre a posse da verdade
Era tua e de mais ninguém
Como pude em tanto tempo
Me contentar em não ser alguém

Não mais vagando
As tuas sombras
Não mais procurando em vão
Um só resquício
De alma nessa tua ambição

Longe e fora de perigo
Meu abrigo foi saber
Por um instante como agir
Mesmo sem ter p'ra onde correr

Longe de ti
Fui capaz de aprender

Que eras tu quem
Acabava com o meu viver
Ofuscando minha razão

A eterna contradição
Em teu olhar
Nunca mais vai me afetar
Quando soltou minha mão
Pude sentir o meu pulsar

Não mais vagando
As tuas sombras
Não mais procurando em vão
Um só resquício
De alma nessa tua ambição

Adeus mentiras
Adeus as tuas negações
Não preciso de falsos sorrisos
Meu passado constragido
Sempre tirou o melhor da dor
Se ontem fomos bons unidos
Hoje só serei melhor

O valor de tudo está
No tom do verdadeiro
É certeiro o futuro
Por tantas vezes traiçoeiro
Se conquistas teu lugar
Sem amor e sem amar
Cedo ou tarde eu sei
Vai afundar

Nada irá sobrar
E o meu semblante em paz
Ainda vai estar

Mesmo depois do sangue
Verdade é a ave
Que rege cada uma dessas canções

Não mais vagando
As tuas sombras
Não mais procurando em vão
Um só resquício
De alma nessa tua ambição

Corações purificados
Mesmo estraçalhados
Sempre vencerão

By: Lulu
06.01.13

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Música: Coliseu (04.01.13)

De olhos fechados
Coração aberto
Mente em colapso

A todo tempo os passos
São como pisões
Em circulos agindo
Como pontas afiadas
Mutilando o que restar
Dos sonhos bons

Nada conseguirá voltar
Quando os olhos se abrirem
Eu sei, não vou acordar

Vivo a tragédia
Que faz não querer mais levantar
Dias inteiros escurecem
Sem ao menos iluminar

Semblante maldito
Dito pelo não dito
Queria esquecer
Ou ao menos não perceber
Que não há mais
O que tentar

Luta fatal
Sem vencedor
Mera mortal
Sangue e suador

Tormentos eternos
Já não formam berros
Sussuram por dentro
A aniquilar

Quantos sentimentos
Tentando preservar
Alguma chance de perseverar

Está tão distante
Esse Luar
Que naquele dia parecia
Minh'alma encostar
Me dando certeza
Que era o caminho
Se enconrajar

Mas
A todo tempo os passos
São como pisões
Em circulos agindo
Como pontas afiadas
Mutilando o que restar
Dos sonhos bons

Luta fatal
Sem vencedor
Mera mortal
Sangue e suador

Tormentos eternos
Já não formam berros
Sussuram por dentro
A aniquilar

Ninguém pode me tirar d'aqui
Cansei de gritar por socorro
Desgastei minha própria salvação
Banhada pelo resultado
De toda essa dor

Suspiro e seguro
Sei que além desse muro
Há algo melhor
Feito só p'ra mim

Vou sem curativos
Andar juntando os pedaços
Ludibriar o fim

By: Lulu
04.01.13

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Música: Partituras de uma história partida (02.01.13) - A 1ª de 2013

Como eu pude
Ficar assim
Eu não sei bem
Como explicar
Se há ou houve
Explicação

Nem sempre a razão
É capaz de sustentar
Me cabe agora a expressão
De outra derrota
Sem intenção

A desesperança
A desilusão
O sofrimento
Os pesadelos
E mais uma canção

Sem sentido
Todos os sentimentos
De quem está no chão

Caso eu desista
Saiba que doeu
Tentar mais essa vez
E outras tantas

Nada aconteceu
O solo se perdeu
Do campo de visão

Não sei andar assim
Não consigo encontrar
Nada de mim

Não sei se ao menos sobrou
Além do não
Mais uma chance
De vencer a frustração

Talvez a melodia
Que tráz de volta a luz
Ao dia que se foi
Mais uma vez
Sem começar

Nem sempre a razão
É capaz de sustentar
Me cabe agora a expressão
De outra derrota
Sem intenção

A desesperança
A desilusão
O sofrimento
Os pesadelos
E mais uma canção

Sem sentido
Todos os sentimentos
De quem está no chão

Não sei andar assim
Não consigo encontrar
Nada de mim

Não sei se ao menos sobrou
Além do não
Mais uma chance
De vencer a frustração

Talvez a melodia
Que tráz de volta a luz
Ao dia que se foi
Mais uma vez
Sem respirar

By: Lulu
02.01.13