domingo, 29 de janeiro de 2012

Música: Do simples ao incomum (29.01.12)

Já não é possível
Do simples ao incomum
Meu mundo invisível
Minha história nervosa
Enredada em fios
Que não unem
Mais nada

Madrugadas inteiras
Não servem pra sonhar
E de todos pesadelos
Existe um que sempre
Vai vingar

(Me fazer desabar)
Cair sem intervalo
Para situar

Sem sorte o exagero
Se volta contra mim
É só mais um dia
Chegando ao fim

Um sorriso desfeito
Por trás do sangue
Que fica

Nas lágrimas amargas
Com tanto pra contar
Quem dera entre esse sangue
Ter a chance de enxergar

(Do simples ao incomum)
O êxito é finado
Em um mundo tão vital
Conversas que nunca
Chegam ao final
Não indicam qualquer sinal
Atravessam o meu peito
Engatilhadas sem perdão

Deixando por toda
A parte
Um pouco de mim
Pelo chão

Do simples ao incomum
Nada mais parece funcionar
(E o ar)
Aonde foi parar?
Queria ao menos
Conseguir respirar

Inútil vontade
Medo sem solução
Me engasgo em prantos
Caio sem perceber
Derrepente outra vez
Tudo está a escurecer

Ensurdeço então
Quando amanhecer
Vou saber
Foi em vão
Mais uma vez

Madrugadas inteiras
Não servem pra sonhar
E de todos pesadelos
Existe um que sempre
Vai vingar

(Já não é possível)
Do simples ao incomum
(Meu mundo invisível)
O êxito é finado
Em um mundo tão vital

Do simples ao incomum
(Nada mais parece funcionar)
E o ar
Aonde foi parar?
Queria ao menos
Conseguir respirar

(Ah, ha, rarara, ra, ha)

By: Lulu
29.01.12

sábado, 28 de janeiro de 2012

Música: Foco de luz (28.01.12)

Será que ainda quer
Mostrar uma saída
Para que eu possa
Me salvar?

Dando voltas
A cutucar sempre
A mesma ferida
Eu não saí mais
Do lugar

E onde fica
Essa prisão
Eu não sei
Nem mesmo explicar
Para que possas
Encontrar o caminho
E me ajudar
A libertar o coração

Se ao menos
O corpo entender
Souber enfim
Pr'onde correr
Talvez eu possa
Enxergar uma estrada
Onde o amanhecer
Vai valer mais
Uma jornada

Não demore, por favor
Vem depressa
Quero te contar
Preciso dar fim
Ao silêncio

Aquecer meu colo
Só e frio
Gelado, arredio
Confuso, despedaçado

Tão cansados os meus passos
Se fizeram anulados
Desde então
Aqui fiquei
A procurar o que
Já nem eu mesma sei

Não cabe a ninguém tentar
Explicar ou entender
Basta que possa
Acompannhar esse sussurro
Aflito e esperançoso
Enquanto ainda sobra voz

Será que ainda quer
Mostrar uma saída
Para que eu possa
Me salvar

Dando voltas
A cutucar sempre
A mesma ferida
Eu não saí mais
Do lugar

E onde fica
Essa prisão
Eu não sei
Nem mesmo explicar
Para que possas
Encontrar o caminho
E me ajudar
A libertar o coração

Se ao menos
O corpo entender
Souber enfim
Pr'onde correr
Talvez eu possa
Enxergar uma estrada
Onde o amanhecer
Vai valer mais
Uma jornada

Não demore
Vem agora
Que já não posso
Esperar

Não demore
Vem agora
Está perigoso
Lá fora

Traga luz
Para que eu possa
Continuar


By: Lulu
28.01.12

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Música: Badb (26.01.12)

Os nossos caminhos
Nunca mais cruzaram
Suas mãos me faltaram
Quando mais precisei

Tentei sem sucesso
Acabar com o jejum
Em outros abraços
Com outras palavras
Escutando outras vozes
Mudando de ar

Jamais imaginei que pudesse ocorrer
Tamanho silêncio entre eu e você
Depois da negligência
Um ponto final
Quem dera a saudade
Fosse ocasional

Tal como as vezes
Em que eu ri de tudo
Tentando fingir
Que era tão normal

Olhar para tudo
Sem enxergar a sombra
Do que erámos nós
Faz sentir no peito
Uma dor letal

Em meio as vertigens
Dos dias comuns
Vejo nesse espelho
Meu ser degradar
Atravesso o medo
Sem encostar

De tudo o que resta
Entre as frestas da solidão
Destilo verdades enganando o coração

Nunca é tão tarde quanto parece
Enquanto o dia se vai
Uma a uma de minhas lágrimas
Também caem

Vem da verdade
Que por muitas vezes
Já não saí

Fica a se policiar
Agarrando com toda a força
Em outras mãos
Se esforçando para acreditar
Que encontrou uma solução
Em outro lugar

Tentei sem sucesso
Acabar com o jejum
Em outros abraços
Com outras palavras
Escutando outras vozes
Mudando de ar

Jamais imaginei que pudesse ocorrer
Tamanho silêncio entre eu e você
Depois da negligência
Um ponto final
Quem dera a saudade
Fosse ocasional

Outra tarde chega ao fim
Não sei se isso
É bom ou ruim
Pra mim

Já não sei de nada
Vou mesmo sem saber
Quem sabe possa descobrir
Quem saber possa realmente existir
Algum sentido para nunca mais
Te ter aqui

By: Lulu
26.01.12

Música: Lembranças (26.01.12)


Nada vai me fazer esquecer
Quando sonhar vou trazer
Você de volta
E em minha volta
Ao procurar
Sei que não vai mais estar
Seu sorriso, seu olhar

Lembro até do que cansei
Dói sentir que não volta mais
Quando me sujeito a viver
O tempo faz meu coração chorar

Quando eu olho pra frente
Nada a fazer
Olhando pra trás
Tentei entender
Nada explicou
Segui sem pensar
E sem resultado
Me vi outra vez
A te procurar

Nunca mais virá
O outro dia
Como ontem
Desde a primeira vez
Que por mais
Que tudo desse errado
Seria ao seu lado
Que meu coração machucado
Estaria curado

Nada vai me fazer esquecer
Quando sonhar vou trazer
Você de volta
E em minha volta
Ao procurar
Sei que não vai mais estar
Seu sorriso, seu olhar

Lembro até do que cansei
Dói sentir que não volta mais
Quando me sujeito a viver
O tempo faz meu coração chorar

Quando eu olho pra frente
Nada a fazer
Olhando pra trás
Tentei entender
Nada explicou
Segui sem pensar
E sem resultado
Me vi outra vez
A te procurar

Deixa a vida
Consertar as marcas
Desse tempo até agora
Tantas coisas já mudaram

Você nunca se foi
Você jamais irá
E do vazio
Que em mim
Se encontra
Sobra amor
E eu vou cantar

By: Lulu
26.01.12

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Música: Nada fácil (25.01.12)

Não parece fácil
Olhar entre os anos
Ver tudo o que passou

Não é mesmo fácil
Seguir em solidão
Quando os dias
Insistem em arrancar
Aos poucos o coração

Todas as memórias
Despedaçam cada parte
E uma a uma das chances
Vão ficando pra trás

Não parece fácil
Sentir que acabou
Entender e contudo
Saber que nada mais sobrou

Não é mesmo fácil
Necessário então
Ao abrir os olhos
Encarar o vazio
De outro Verão

Sem você
Com o pouco
Que existe em mim
Tentar sobreviver
Pra contar
Que essa história
Acaba muito além
Do tempo que faz
A canção parar

Não parece fácil
É tão normal
Viver acima de tudo
Sem pensar em bem ou mal

Não é mesmo fácil
Nada é igual
Todos os dias
Mais um pouco
Até chegar ao fim

Se tudo continua
Vou dar o melhor
De mim

Não parece fácil
No silêncio tentar dançar
Raspar da própria respiração
Solução pra não parar

Não é mesmo fácil
Acertos em vão
Quando o dia morre
Levando toda a direção
O vento se torna fogo
E queima a intenção

Não parece fácil
Mas vou aguentar
Não é mesmo fácil
Sem cicatrizar nunca

Resistir sem procurar
Saber como aconteceu
Em uma soma dos minutos
A vida inteira desapareceu

Não é mesmo fácil
Necessário então
Ao abrir os olhos
Encarar o vazio
De outro Verão

Sem você
Com o pouco
Que existe em mim
Tentar sobreviver
Pra contar
Que essa história
Acaba muito além
Do tempo que faz
A canção parar

By: Lulu
25.01.12

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Música: Cada memória (18.01.12)

Lembro de você
Aconte mesmo sem desejar
Por onde estará você agora?

Será que ainda lembra
De mim
Quando sorri?
Ou talvez enquanto chora

Queria poder desistir
Jogar todo esse afeto fora
Dizer que passou
Como você por aqui
Exatamente igual ao dia
Em que eu me despedi

Sinto se não sei mais mentir
Parece tolo ou mesmo contradição
Mas é somente
Uma parte de você
Escrita para sempre
Muito além dessa canção

Arrastando-se comigo
Pr'onde vai meu coração
Não sei se é castigo
Ou ainda pode me levar
A algum lugar

Longe da sua voz
Escuto você
Não há mais abrigo
Não vou me esconder
Sinto que chegou
O momento de confessar
O ar que eu respiro
Devolve você a cada vez
Que eu tentar

Com isso aprendi
Que não me perdeu
E nem mesmo eu
Nada aconteceu
Simplesmente o mundo
Nos levou tão fundo
E ninguém mais venceu

By: Lulu
18.01.12

domingo, 15 de janeiro de 2012

Música: Mourir (15.01.12)

Urros esculpem desordem
Acordando o mundo inteiro
Sem fazer despertar

Está pequeno, estranho
Sofrido e desconfortável
Esse lugar

Saindo porta a fora
Sem janelas ao redor
A pressa sem sentido
Faz sentir faltar o ar

Com sangue nos olhos
Convulsionando em canções
São gritos esquecidos
De um tempo proibido
Que volta sem intenção

Aproveita o intervalo
Do verão
Zomba das ideias
De mantér um lado são

Tráz consigo perigo
Dilatando a pulsação
Nada mais faz sentido

(Só quero correr)
Fugir sem saber
Pr'onde vou
(Sem ter chance de escapar)
Não consigo mais abrigo
Chega a hora
De se entregar

É uma luta tão antiga
(Impossível triunfar)
Quando busco por amigos
Minhas sombras me fazem chorar

Me encontro em desatino
Me atiro sem pensar
(Que não tem volta)
E nem mesmo solução
Depois de perder as forças
Vejo que nada sobrou

Sem promessas
Sem castigos
Sem vozes para acusar

Sem escudos
Sem batalhas
Tudo para como está

Realmente estagnado
Calando a boca essa sangueira
Só para quando acabar
De fluir toda essa asneira
Que alguém resolveu gestar

Ninguém mais vai ouvir
(Sem nada pra contar)
Nenhum pedido
(Lágrimas secando)
Sorrisos se enterrando
Junto ao temporal
Que vai embora
Outra vez

Não demora 
Por favor
Se quer modificar
Essa história de insucesso,
De fracasso e desamor

O tempo é tão escasso
E o cansaço pede paz
Um dia se apavora
E leva sem mais devolver
Todas essa memórias
Que tanto fazem doer

(Só quero correr)
Fugir sem saber
Pr'onde vou
(Sem ter chance de escapar)
Não consigo mais abrigo
Chega a hora
De se entregar

(Só quero correr)
Fugir sem saber
Pr'onde vou
(Sem ter chance de escapar)
Não consigo mais abrigo
Chega a hora
De se entregar

Sem promessas
Sem castigos
Sem vozes para acusar

Sem escudos
Sem batalhas
Tudo para como está

Realmente estagnado
Calando a boca essa sangueira
Só para quando acabar
De fluir toda essa asneira
Que alguém resolveu gestar

By: Lulu
15.01.12

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Música: Programado para destruir (12.01.12)

Céu aberto
Chão deserto
Queda livre
Precisão sem direção

Paredes nulas
Vozes duras
Turbilhões arremessados
Contra o vácuo
Apenas vão

Dando voltas
Pairando no ar
Sem oxigenação
Espinhos fantasiados
De pulmões
Fluíndo estranhamente
Entre o presente e as pressões

Métodos atentos
Se fazem distrações
Tornando gravetos acertos mortais
Construindo prisões inseguras demais

Tudo organizadamente
Deixado pra trás
Lentamente agora é tarde
Ou nunca mais

Insuficiente, incoerente
Excessivo, igual
Tudo o que não faz bem
É semente do mal

Métodos atentos
Se fazem distrações
Tornando gravetos acertos mortais
Construindo prisões inseguras demais

Tudo organizadamente
Deixado pra trás
Lentamente agora é tarde
Ou nunca mais

By: Lulu
12.01.12

Música: Off (12.01.12)


Sinto, por desligar
Sem nunca sintonizar
Não vai zunir, desnortear
Causar desarmônia

Tanta agônia
Rendida em ruídos
Extensos demais
(Que desmontam a paz)

Sinto, tanto túmulto
Sem nunca fazer dançar
Repetitivo até tontear
Cansativo sem movimentar

Não espero mais um pouco
Passou da hora de arrancar
De vez daqui
Todo esse barulho
Incapaz de se definir

Sinto, partir
Sem nunca transmitir
Algum sinal real
É hora de agir
Rumo ao final

Pouco a pouco
Até nada mais se ouvir
O som rompido, desigual
(Mais que infernal)

Enfim desconstruído
Parado muito além do ouvido
Acaba aqui
E nada se escutou
Foda-se isso agora
O barulho terminou

By: Lulu
12.01.12

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Música: Nos vãos da escuridão (11.01.12)

Tanta estranheza
Quase parece irreal
Lembrar tanta dureza
Faz toda a razão letal

Não sei por que
Chegamos ao ponto
De não mais reconhecer
O que faz bem
Ou faz doer

Incoerente com tudo
O que está ao meu redor
Sinto presente
O que já não está aqui

Faz tanto tempo
Que eu não sei
O que é vencer

Perdemos as chances
De renascer
Restaram versos
Prontos para se fazer esquecer

Cada vez que eu tentar
E me ver voltar
Ao mesmo lugar
Minha única certeza
É não mais procurar

Entender ou encontrar
No fundo dos seus olhos
Uma nova direção

De todas as partidas
Sempre sobra uma canção
Uma nova vida
Uma redenção

Não quero mais sentir
Faltar alguém
Que já não quer saber
Se ganhei ou perdi
Se lutei, se sofri

Fiquei pensando sem falar
Passei olhando
Por todo o caminho
Sem mais esperar

Tantos passos esquecidos
Tão sofrido caminhar
Me deixando tão sozinha
Eu vou andar
Mesmo assim

Sei que ainda
Não é meu fim
Só mesmo o Sol
Mudou um pouco
Mas ainda não se apagou

De todas as partidas
Sempre sobra uma canção
Uma nova vida
Uma redenção

Tantos passos esquecidos
Tão sofrido caminhar
Me deixando tão sozinha
Eu vou andar
Mesmo assim

De todas as partidas
Sempre sobra uma canção
Uma nova vida
Uma redenção

De todas as partidas
Sempre sobra uma canção
Uma nova vida
Uma redenção

By: Lulu
11.01.11

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Música: A sobra de cada Verão (09.01.12)

Dias contados
Abandonados
Antes de terminar

Honestamente
Não pude esquecer
Dos dias quentes
A esperar você

Queria ter algo
Pra falar
Dizer que esqueci
Deixar tudo como está

Mas sinto admitir
Não tem como mudar
Aprendi que mentir
Não leva a nenhum lugar

Por isso escute agora
Todas as palavras
Que eu guardei aqui

Escritas as memórias
Vivem sem desistir
Não presto atenção
Mas sei que é esta emoção
Que não me deixa
Aos poucos acabar

Há no coração
Um silêncio cansado
Que mesmo maltratado
Conheceu um dia
Como é viver sem chorar

Então não peça
Que eu suma, agora
Não iria dizer
O que ainda
Existe em mim

Muitas falhas choram
Todos os dias
Sem entender
Como pode acontecer

Como é possível
O bem se perder?
E ao olharmos
Um pr'o outro
Nada dizer

Por isso escute agora
Todas as palavras
Que eu guardei aqui

Escritas as memórias
Vivem sem desistir
Não presto atenção
Mas sei que é esta emoção
Que não me deixa
Aos poucos acabar

Há no coração
Um silêncio cansado
Que mesmo maltratado
Conheceu um dia
Como é viver sem chorar

Então não peça
Que eu suma, agora
Não iria dizer
O que ainda
Existe em mim

Só vim mesmo
Confirmar
Que tudo tem
Um fim

Termina assim
Sem querer
Sem que possamos
Dizer adeus

Até o dia escurecer
E talvez você
Também perceber
Que só restou
Dentro de nós
O que faz sobreviver

Não, eu não voltei
Prometi sem dar som as palavras
Não vou descumprir
Só vim pra garantir
Que nada acaba
Enquanto eu existir

Escritas as memórias
Vivem sem desistir
Não presto atenção
Mas sei que é esta emoção
Que não me deixa
Aos poucos acabar

By: Lulu
09.01.12

domingo, 8 de janeiro de 2012

Música: Estrada de Mephisto (08.01.12)

As horas não voltam
Correm sem parar
E sem intervalo
Vejo derramar
Dos olhos resvalos
Que abalam o andar

Escrever, cantar
Uma forma limpa
De chorar
Girar, sem se quer
Movimentar
O corpo dorme
Sem que a alma
Consiga se libertar

O vento não trouxe alívio
As palavras foram inúteis
Sem sonorizar

Insistem pesadelos
A aterrorizar
Qualquer tentativa
Sóbria de apagar

Escrever, cantar
Uma forma limpa
De chorar
Girar, sem se quer
Movimentar
O corpo dorme
Sem que a alma
Consiga se libertar

Não há ninguém
No escuro das lágrimas cortantes
Um rosto que não mais se viu
No espelho estilhaçado
Pra própria dor sorriu

Amargo, mórbido
Amedontrado e mortal
Em um fundo esquecido
De uma lar sem quintal

Escrever, cantar
Uma forma limpa
De chorar
Girar, sem se quer
Movimentar
O corpo dorme
Sem que a alma
Consiga se libertar

Correntes de vidro
Olhos feridos
E pulso sangrando

Correntes da mente
Visão vacilante
Cortes sem dimensão

No mês a sequência
De mais dia
Na alma a consequência
Sem absolvição

Escrever, cantar
Uma forma limpa
De chorar
Girar, sem se quer
Movimentar
O corpo dorme
Sem que a alma
Consiga se libertar

Demasiada a dor
Está arrebentando
Tudo em volta

No cenário da destruição
Todos os sentidos
Pemanecem intactos
Cabeça, tronco e membros
Inteira alusão a vida
Na marcha sem sentido
Condenados
A sofrer

Escrever, cantar
Uma forma limpa
De chorar
Girar, sem se quer
Movimentar
O corpo dorme
Sem que a alma
Consiga se libertar

By: Lulu
08.01.12

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Música: Ulnarrompida (06.01.12)

Uma voz sem direção
Se desfez
No ar
A aflição tomou
O seu lugar

Nada para o sangue
Enquanto houver vida
Vai derramar
Muito além dos olhos
Mais alto que os gritos

Estourando timpanos
Rasgando pulmões
Sem nunca chegar

Calou-se em extremos
Ponta a ponta
Um corte e...

Nunca mais sentir
Sem precisar fingir
Ou se esconder
Em algum lugar
Menos vazio

O Sol apagou
A Lua morreu
Escuridão prevaleceu
Tristeza disse adeus

Riscando a face
Em um vermelho sorridente
Um semblante decadente desfaleceu

Nada para o sangue
Enquanto houver vida
Vai derramar
Muito além dos olhos
Mais alto que os gritos

Estourando timpanos
Rasgando pulmões
Sem nunca chegar

Calou-se em extremos
Ponta a ponta
Um corte e...

Nunca mais sentir
Sem precisar fingir
Ou se esconder
Em algum lugar
Menos vazio

Calou-se em extremos
Ponta a ponta
Um corte e fim

By: Lulu
06.01.12

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Música: Movimentos inúteis (05.01.12)

Velas acesas
Palavras em tom baixo
A espera de um amanhecer
Mais ameno e justo

Velas queimam a casa
Sussurros atormentam
E nada acontece além
Da dor do próprio sofrer
Quando você vai aprender?

Ninguém está te ouvindo
Não há quem se importe
Com o teu pranto
Cortando teu coração

Abandone as promessas
Siga sem olhar pr' o alto
Vem de mãos vazias
Sentir no asfalto quente

O que é real
O que é presente
E enfrente
Sem esperar

Aguente até simplesmente parar
Vá adiante mesmo enquanto soluçar

Velas queimam a casa
Sussurros atormentam
E nada acontece além
Da dor do próprio sofrer
Quando você vai aprender?

Ninguém está te ouvindo
Não há quem se importe
Com o teu pranto
Cortando teu coração

Não há quem possa resolver
É só uma forma insana
De viver
Fingindo ter alguém
Que te ajude a fazer
A vida valer

Velas queimam a casa
Sussurros atormentam
E nada acontece além
Da dor do próprio sofrer
Quando você vai aprender?

Ninguém está te ouvindo
Não há quem se importe
Com o teu pranto
Cortando teu coração

Deixa todo esse delírio
Permita-te afundar e renascer
Distante de todas as chances
De que exista uma força
Capaz de interceder

Lute, grite
Ciente de que a solidão
É a trilha imposta
Sem qualquer razão
A vida é uma aposta
Não permite ilusão

Velas queimam a casa
Sussurros atormentam
E nada acontece além
Da dor do próprio sofrer
Quando você vai aprender?

Quando enlouquecer de vez
Buscando se encontrar
Talvez possa enxergar
O que espera
Enquanto sangra sem cessar

By: Lulu
05.01.12

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Música: Acima de todos os sentidos (02.01.12)

Posso te ver de longe
E mesmo sem querer
Sentir o quanto dói
Não poder te dizer

Não esqueci de nada
Só achei melhor fugir
Me esconder dessa história
Que há tanto tempo
Deixou de me divertir

Não sei mais mentir
Viver de ilusão
Simulando outra chance
Sabendo que é em vão

Posso te ver de longe
Exatamente como é
Não quero mais
Sentir correr a dor
De te perder

Por isso eu me escondi
Não fui capaz de estar
Frente a frente
Com toda essa verdade
Que ainda me faz chorar

Posso te ver de longe
Posso te ver sumir
Te ver partir
Jamais vai ser comum
Um dia após o outro
Assimilando esse jejum

Posso te ver de longe
E mesmo que eu tentasse
Me aproximar
No fundo eu sempre soube
Que não existe mais
Lugar pra mim

Por mais que o tempo
Não seja capaz
De fazer desaparecer
Você dentro de mim
Nunca vai ter fim
Eu sei

Tudo está aprisionado e enraízado
Nesse adeus tão mal curado
Quanto os gritos assustados
Que se perdem na canção

Posso te ver de longe
Nada proposital
Posso te ver aqui
Onde por mais que me esconda
Não há como fugir

Posso te ver de longe
Posso te ver seguir
Passo a passo o vento conta
O quanto custa desistir

Posso te ver de longe
Posso te ver seguir
Passo a passo o vento conta
O quanto custa desistir

By: Lulu
02.01.11

domingo, 1 de janeiro de 2012

Música: Porta entreaberta (A 1ª de 2012 - 1º de Janeiro, 2012)

Tudo sob controle
Nada vai se perder
Ao menos dessa vez

Por um segundo
Esqueço de tudo o que
O mundo faz sem ver
Deixo minha porta aberta
Para quem quiser vir
Um futuro tão presente
É um passado a refletir

Pr'onde foram as riquezas agora?
Quem está ao seu lado
Enquanto chora?

Existe um bom motivo
Para o amigo aparecer
Basta estar despido
De tudo o que não for você

Perdido no silêncio assustador
Afogando-se em lágrimas intermináveis
Só mais um gesto
Para que seja possível enxergar
Aqui ainda existe um lugar
Só seu

Nada muda o que aconteceu
Nos dias que passam
Levando a dor
Resta a alegria
Ao lembrar todo valor

O que parecia jamais acabar
Morreu aos poucos
Até não mais ter forças
Para respirar

O que sobrou de nós?
Quem pediu colo
Enquanto chora
Não fui eu

No mesmo instante
Que o vão da porta desapareceu
A resposta que um dia
Eu sei que você esqueceu

Pr'onde foram as riquezas agora?
Quem está ao seu lado
Enquanto chora?

Existe um bom motivo
Para o amigo aparecer
Basta estar despido
De tudo o que não for você

Pr'onde foram as riquezas agora?
Quem está ao seu lado
Enquanto chora?

Estou tranquila a sua espera
Sabendo que não vai voltar
Aprimorando de dentro pra fora
Minhas chances sinto aumentar

E agora
Quem parece estranho?
Quem sorri sozinho
Lutando pra não ir embora
E sem ninguém desaba
Fingindo viver?

Pr'onde foram as riquezas agora?
Quem está ao seu lado
Enquanto chora?

Pr'onde foram as riquezas agora?
Quem está ao seu lado
Enquanto chora?

Eu fui embora
Deixando entreabertas
Todas as promessas
Deixando uma fresta
Mas você não percebeu
Já não restam mais chances
E a culpada não fui eu

By: Lulu
1º de Janeiro, 2012