quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Música: Degenerar (31.01.13)

Bala após bala
Como não sentir fuzilar?
Dia após dia
Meus olhos sempre a enxergar
Através do sangue

Uma visão nunca nitída
Atordoando o andar
Correndo sem nunca chegar

Tanto a enfrentar
Tanto p'ra suportar
É tanto que as vezes
Há vontade de escapar
Fugir p'ra qualquer outro lugar
Longe disso tudo
Talvez houvesse cura

Eu sou capaz de acreditar
Em recomeço outra vez
Mas confesso que com frequência
Esqueço como é viver
Sem sentir todas as feridas
Sangrarem de uma só vez

Eu sei que estou aprisionada
Em mim
De encontro com o próprio fim
Diáriamente a lutar
Queria que não fosse em vão
Acordar e tentar mais uma vez

Meu esforço é lembrar
Os dias em que a verdade
Coube em minhas canções
Marcos de saudade
Imunes a contradições

Me fazem apostar
Que algo ainda vai me pertencer
Além da dor, do desespero, do erro
E do sofrer absoluto

Eu luto, por vezes eu grito
Não consigo repetir a glória
Prossigo tentando guardar
O melhor da minha história

Pés no chão
Asas dilaceradas
Fênix ensanguentada
Impossível de abater
Olhos atentos jamais permitirão
Escurecer por muito tempo

Logo o céu vai azular
A paisagem vai mudar
A cena ganhar novo ar
Eu vou voar
Eu vou chegar
Estar bem longe
Desse lugar

Me encontrar
Me pertencer
Me adaptar
Ao que não volta
E dar a volta
Em cada marca
Dentro do meu coração

Bala após bala
Dia após dia
A agônia não dissolve
O violado não tem salvação

A nostálgia não constrói
Auto-regeneração
A aflição não vai partir
E mesmo querendo
Eu sei que não vou fugir

Eu vou ficar até o fim
Mostrar em outra ocasião
O brilho nos meus olhos
Por sí só falarão

Eu luto, por vezes eu grito
Não consigo repetir a glória
Prossigo tentando guardar
O melhor da minha história

Pés no chão
Asas dilaceradas
Fênix ensanguentada
Impossível de abater
Olhos atentos jamais permitirão
Escurecer por muito tempo

Logo o céu vai azular
A paisagem vai mudar
A cena ganhar novo ar
Eu vou voar
Eu vou chegar
Estar bem longe
Desse lugar

Me encontrar
Me pertencer
Me adaptar
Ao que não volta
E dar a volta
Em cada marca
Dentro do meu coração

Eu vou ficar até o fim
Mostrar em outra ocasião
O brilho nos meus olhos
Por sí só falarão

By: Lulu
31.01.13

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Música: Hipóxia (24.01.13)

No caminho desse nevoeiro
O mundo inteiro parece opôr
Os passos meus

Deito sob punhais
Que habitam madrugada a dentro
Meus olhos quando presos
A escuridão

É tão venenoso adormecer
Vertinoso abrir os olhos
Sentindo o peito rasgar
Caminhando contra o vento
Sem ar para respirar

Agonizam movimentos
Qualquer força é em vão
Não são poucos os momentos
A sangrar junto ao chão

Sem repouso
Sem sossêgo
Sem reação
Entregue ao desespero
Desaba o corpo
E o coração

Se eu pudesse dormir para sempre
Talvez não haveriam pesadelos
Certamente não despertariam os sonhos meus

Condenados, enfraquecidos
Feridos de morte
Vivos se fazem notar
Logo ao abrir a janela
E não conseguir voar

By: Lulu
24.01.13

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Música: Evilblue (18.01.13)

Quantos almejos perdidos
Doloroso despertar
Entre as frestas da janela
Mais um dia vai chegar

Não venha condenar
A sombra da minha alma
Quando minha face sente a luz
É porque o abate se aproxima

Não diga que foi
Acidental
Premeditando cada ação
Com a intenção de parecer

Melhor, maior
Padrão, normal
Não diga nada mais
Cala essa boca

Me deixa perder a visão
Escurecendo qualquer pretensão
De lutar p'ra sobreviver

Fique onde está
Sei que não vai ajudar
Sendo dejeto fetal
O mal camuflado em azul cinzento

Olhar maldito, violento
Sempre a zombar
Do meu sofrimento

Otário, filho da mentira
Desgraçado, tolo, hipócrita
Pagando falsa moral

Em seu disfarce de anjo
Me inoza até enforcar
Decapitada e banhada em sangue
Não mais sinto
Meu peito estourar

Não mais escuto
Sua voz
Me torturar
No semblante de anjo ruim

Poucos podem perceber
A raiz do problema
Nó cego
Morte lenta

A cada ano
Mais distante do bem
Infinita tormenta pintada de azul
O céu escurece também

Não diga que foi
Acidental
Premeditando cada ação
Com a intenção de parecer

Melhor, maior
Padrão, normal
Não diga nada mais
Cala essa boca

Me deixa perder a visão
Escurecendo qualquer pretensão
De lutar p'ra sobreviver

Fique onde está
Sei que não vai ajudar
Sendo dejeto fetal
O mal camuflado em azul cinzento

Olhar maldito, violento
Sempre a zombar
Do meu sofrimento

The bad boy's coming
Everybody want look at his eyes
But nobody can see
Evil's hiding into this blue

By: Lulu
18.01.13

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Música: Distúrbios (15.01.13)

Moro onde as tempestades
Duram para sempre
Vivo aonde a escuridão
É permanente

Nesse frequente auge
De aflição
Toda intenção de opôr
O medo parece mortal

Acordo cedo
Intimidada pelos pesadelos
São tantos cheiros
Tantas lembranças inteiras
Que dilaçeram ideias
Dissolvendo tudo o que
Eu poder sonhar

Feito só p'ra combinar
Com este lugar
Que tem de traiçoeiro
O mesmo efeito do Luar
Age o dia inteiro
Só p'ra me fazer chorar
Invade minha alma
Até fazer engasgar

Sou sangue em desespero
Tentando de qualquer maneira
Não deixar de circular

Moro onde as tempestades
Duram para sempre
Vivo aonde a escuridão
É permanente

E quando a luz
Do Sol vem
Ela chega morta também
Não serve para envolver
Não salva e não faz aquecer

As sombras se fazem mais fortes
E o norte das noites sem fim
Não sai por nem um instante
De dentro de mim

O dia começa
Mas a madrugada não quer adormecer
Momentos terríveis, nunca invisíveis
Arrancando pedaços de mim
Queria apenas por um dia
Não despertar assim

Moro onde as tempestades
Duram para sempre
Vivo aonde a escuridão
É permanente

Não há luz
Não existe som
O brilho da noite
Não seduz
Somente reproduz
Confusão e tormenta

Aumenta a dor
Suador e angústia
É cedo para se entregar
Mas é tão tarde p'ra tentar
Chegar em outro lugar

By: Lulu
15.01.13

sábado, 12 de janeiro de 2013

Música: Evitar seus olhos enquanto eu viver... (12.01.13)

Dei as costas
Pouco a pouco
Até tornar invisíveis
Os olhos seus

Quem diria
Que algum dia
Me traria paz dizer
Que o melhor que faço
É me mantér longe de você

Posso ouvir sua voz
Mas não reconheço o tom
Talvez quando em distração
Me pegue lembrando
De algum refrão
Feito só p'ra você

Quantas flores eu plantei
Quantos espinhos me fizeram
Sangrar em solidão?

Deixa que caía
No esquecimento
Deixa que se vá
Junto com o Verão
Que parece estar dormente

A gente era feliz
Quem sabe
Não realmente
Era apenas mais uma impressão
Que se perdeu no vento
E hoje força a direção contrária

Vá, com a mesma força
Que destruiu meu querer
Não ouse olhar além
Da esquina e o nevoeiro
Que me faz sumir agora

Quando eu esperava
Enxergar um pouco mais
Olhos nos olhos
Suas mentiras me condenaram
Ao nunca mais

E agora escolho desviar
Não mencione mágoa
Isso não cabe ao meu cantar
Apenas saiba que acontece
Algumas vezes o peito não esquece

Aprende em dor a solução
Tecendo em lágrimas
A face da decepção

Hoje eu sei
Que pouco importa
P'ra você o que aconteceu

Não ficou no passado
Simplesmente se perdeu
Jamais registrado
Meu olhar desapontado
Dizendo adeus

Vá, com a mesma força
Que destruiu meu querer
Não ouse olhar além
Da esquina e o nevoeiro
Que me faz sumir agora

Que me faz sumir p'ra sempre
E acrescenta vida em mim
Logo após a tempestade
O arco-irís seca as flores
Renovando tons e cores
Cada dia um pouco mais
Longe do fim

O que termina é a nuvem negra
E o Sol então sorri bem mais
Não tente me encontrar
Entre as estações
Sob os dias
Escrevi novas canções

By: Lulu
12.01.13

domingo, 6 de janeiro de 2013

Música: À salvo (06.01.12)

Se ouviu dizer
Que há algum tempo
Havia vontade de voltar

De minha parte
É bom saber
Nada mais vai mudar

Ao te sentir faltar
Foi que eu pude perceber
Que eras tu quem
Acabava com o meu viver
Ofuscando minha razão

Sempre a posse da verdade
Era tua e de mais ninguém
Como pude em tanto tempo
Me contentar em não ser alguém

Não mais vagando
As tuas sombras
Não mais procurando em vão
Um só resquício
De alma nessa tua ambição

Longe e fora de perigo
Meu abrigo foi saber
Por um instante como agir
Mesmo sem ter p'ra onde correr

Longe de ti
Fui capaz de aprender

Que eras tu quem
Acabava com o meu viver
Ofuscando minha razão

A eterna contradição
Em teu olhar
Nunca mais vai me afetar
Quando soltou minha mão
Pude sentir o meu pulsar

Não mais vagando
As tuas sombras
Não mais procurando em vão
Um só resquício
De alma nessa tua ambição

Adeus mentiras
Adeus as tuas negações
Não preciso de falsos sorrisos
Meu passado constragido
Sempre tirou o melhor da dor
Se ontem fomos bons unidos
Hoje só serei melhor

O valor de tudo está
No tom do verdadeiro
É certeiro o futuro
Por tantas vezes traiçoeiro
Se conquistas teu lugar
Sem amor e sem amar
Cedo ou tarde eu sei
Vai afundar

Nada irá sobrar
E o meu semblante em paz
Ainda vai estar

Mesmo depois do sangue
Verdade é a ave
Que rege cada uma dessas canções

Não mais vagando
As tuas sombras
Não mais procurando em vão
Um só resquício
De alma nessa tua ambição

Corações purificados
Mesmo estraçalhados
Sempre vencerão

By: Lulu
06.01.13

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Música: Coliseu (04.01.13)

De olhos fechados
Coração aberto
Mente em colapso

A todo tempo os passos
São como pisões
Em circulos agindo
Como pontas afiadas
Mutilando o que restar
Dos sonhos bons

Nada conseguirá voltar
Quando os olhos se abrirem
Eu sei, não vou acordar

Vivo a tragédia
Que faz não querer mais levantar
Dias inteiros escurecem
Sem ao menos iluminar

Semblante maldito
Dito pelo não dito
Queria esquecer
Ou ao menos não perceber
Que não há mais
O que tentar

Luta fatal
Sem vencedor
Mera mortal
Sangue e suador

Tormentos eternos
Já não formam berros
Sussuram por dentro
A aniquilar

Quantos sentimentos
Tentando preservar
Alguma chance de perseverar

Está tão distante
Esse Luar
Que naquele dia parecia
Minh'alma encostar
Me dando certeza
Que era o caminho
Se enconrajar

Mas
A todo tempo os passos
São como pisões
Em circulos agindo
Como pontas afiadas
Mutilando o que restar
Dos sonhos bons

Luta fatal
Sem vencedor
Mera mortal
Sangue e suador

Tormentos eternos
Já não formam berros
Sussuram por dentro
A aniquilar

Ninguém pode me tirar d'aqui
Cansei de gritar por socorro
Desgastei minha própria salvação
Banhada pelo resultado
De toda essa dor

Suspiro e seguro
Sei que além desse muro
Há algo melhor
Feito só p'ra mim

Vou sem curativos
Andar juntando os pedaços
Ludibriar o fim

By: Lulu
04.01.13

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Música: Partituras de uma história partida (02.01.13) - A 1ª de 2013

Como eu pude
Ficar assim
Eu não sei bem
Como explicar
Se há ou houve
Explicação

Nem sempre a razão
É capaz de sustentar
Me cabe agora a expressão
De outra derrota
Sem intenção

A desesperança
A desilusão
O sofrimento
Os pesadelos
E mais uma canção

Sem sentido
Todos os sentimentos
De quem está no chão

Caso eu desista
Saiba que doeu
Tentar mais essa vez
E outras tantas

Nada aconteceu
O solo se perdeu
Do campo de visão

Não sei andar assim
Não consigo encontrar
Nada de mim

Não sei se ao menos sobrou
Além do não
Mais uma chance
De vencer a frustração

Talvez a melodia
Que tráz de volta a luz
Ao dia que se foi
Mais uma vez
Sem começar

Nem sempre a razão
É capaz de sustentar
Me cabe agora a expressão
De outra derrota
Sem intenção

A desesperança
A desilusão
O sofrimento
Os pesadelos
E mais uma canção

Sem sentido
Todos os sentimentos
De quem está no chão

Não sei andar assim
Não consigo encontrar
Nada de mim

Não sei se ao menos sobrou
Além do não
Mais uma chance
De vencer a frustração

Talvez a melodia
Que tráz de volta a luz
Ao dia que se foi
Mais uma vez
Sem respirar

By: Lulu
02.01.13