sexta-feira, 29 de abril de 2011

Música: O último dia da semana (29.04..11)

Eu já perdi a voz
Caminhando a sós
Com os meus próprios medos
Em meio a tantos nós

Busquei seus olhos
Suas mãos e coração
Acordo a cada dia
Mais frágil em solidão

Diariamente uma intenção
A se afundar
Furiosamente um tempo ruim
Sempre à predominar

Escureceu aqui
Tanto tempo faz
Que eu me perdi

Sinto um grito profundo
Rasgar tudo o que em mim há
Meu pulso abriu
Todo o sangue saiu
Meu semblante enfim sorriu
Sumiu tudo agora

O vento lá fora
Já não vai mais assustar
Cada alguém que vai mbora
Já não sinto abandonar
Deliríos não se ampliam
Aos sonhos que eu sonhar
Não vou mais dormir
Pois nunca mais vou acordar

Enfim cessou a hemorragia
Já não me cega a luz do dia
Esqueço tudo o que sofria

Ver o sol nascer
Sem saber pr'onde ir
Sem saber como seguir

Querendo covardemente ser
Muito mais do que sou
Querendo inútilmente um pouco
Mais de amor

Um consolo tão estúpido
Do buraco de onde estou
A vida continua
Mas minha alma se enterrou

Como viver assim?
Ninguém pode me convencer
De que é melhor
Do que o fim

Eu já perdi a voz
Caminhando a sós
Com os meus próprios medos
Em meio a tantos nós

Busquei seus olhos
Suas mãos e coração
Acordo a cada dia
Mais frágil em solidão

Diariamente uma intenção
A se afundar
Furiosamente um tempo ruim
Sempre à predominar

Escureceu aqui
Tanto tempo faz
Que eu me perdi

Ver o sol nascer
Sem saber pr'onde ir
Sem saber como seguir

Querendo covardemente ser
Muito mais do que sou
Querendo inútilmente um pouco
Mais de amor

Como viver assim?
Ninguém pode me convencer
De que é melhor
Do que o fim

Ver o sol nascer
Sem saber pr'onde ir
Sem saber como seguir

Querendo covardemente ser
Muito mais do que sou
Querendo inútilmente um pouco
Mais de amor

Como viver assim?
Ninguém pode me convencer
De que é melhor
Do que o fim

By: Lulu
29.04.11

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Música: Notas (27.04.11)

Mesmo depois de tudo
Ainda resta em mim
A vontade de te trazer
De volta ao mundo
Dos reais

Seres mortais
Tão permeáveis
De pele, osso, muscúlos
E emoções

Injeto em mim
Um pouco além da dor
Tento enxergar alguma cor
Onde o sangue possa fluir
Sumir o talho que surgiu
Desde o dia que sumiu
Aquele alguém a quem entreguei
Meu próprio ser

Corra, ainda estou aqui
Venha, ainda quero te ver sorrir
Encontre, em mim algo maior
Que o medo de perder

De que adianta o dinheiro
Se não vale o seu viver?
Assim não há luz
Pra ninguém
Eu ando em circúlos
Você também

Perseguindo o irreal
Finjindo crer que é natural
Usar, vestir, ir e vir
No vácuo de só existir
Para mostrar
Uma mentira estampanda
Em tudo o que alguém olhar

Quando por dentro não sorri
Só quer chorar por aceitar
Tentar acreditar viver intensamente
Só para justificar o mau-estar

Recolha as notas que te dou
Não são dinheiro
São meus sons
Tentando por mais uma vez
Te revelar o que restou

De que importa tanto ter
Se nada disso
Te bastou
É porque dentro de você
Algo melhor não se saceou

Sente falta do tal valor
Que ninguém poderá quitar
Se persistir em assim agir
Em pleno conforto estará
Profundamente miserável
Pode apostar

Recolha as notas que te dou
Não são dinheiro
São meus sons
Tentando por mais uma vez
Te revelar o que restou

De que importa tanto ter
Se nada disso
Te bastou
É porque dentro de você
Algo melhor não se saceou

Corra, ainda estou aqui
Venha, ainda quero te ver sorrir
Encontre, em mim algo maior
Que o medo de perder

By: Lulu
27.04.11

sábado, 23 de abril de 2011

Música: Repentinamente inexistente (23.04.11)

Quem eu sou
Pra você
Já não cabe
Na sua vida

Mais uma ferida
Dolorida demais para contar

Quem sou eu
Será que um dia fui
Pra você

Algo mais que a melodia
Do meu próprio querer

Tão só meu sentimento
Resolvu se esconder
Foram tantos os momentos
Mas de que adianta
Ficar falando sozinha
O tempo todo

Guardei no peito sua voz
Dizendo tanto sem pensar
Sentindo pouco
Resolvendo estar em outro lugar

Já não sei
Se um dia estive
Junto de você

Ou se fui só
Mais um olhar cansado
Machucado a se perder

Se render a dor
Sofrer ao perceber
Que não te faço falta
Por nada meu pertencer
Ao seu banco de dados
Senti,mental

Então se é assim
Fazer o que
Finjo esquecer
Sigo por aqui
A beber a dor

Vou chorar sua indiferença
Mas tem problema
Não

Quem eu sou
Pra você
Já não cabe
Na sua vida

Quem sou eu
Será que um dia fui
Pra você

Ou se fui só
Mais um olhar cansado
Machucado a se perder

Vou chorar sua indiferença
Mas tem problema
Não

Saiba não foi
Minha primeira decepção
E eu sei
Que a última também
Não

By: Lulu
23.04.11

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Música: O verão que não chegou (21.04.11)

Pouco antes do verão chegar
Me entreguei pois não queria mais lutar
Hoje eu senti cheiro de verão

Lembrei você e mil punhais
Que voltam
Cada vez mais letais
Devolvendo a lembrança
De que não estás aqui

Não é verão
Não deixei ele vir
Não senti nunca mais aquecer
Desde que te vi partir

Queria pegar na tua mão
Pedir abrigo
Talvez solução

Olhando nos teus olhos
Sentindo a tradução
De tudo o que
Eu ainda preciso pra viver

Chegou novamente
A sensação de derrota
Até quando eu não sei
Será que vai passar?

Te vejo quando sonho
Só não quero acordar
Por que a vida faz assim?
Afasta teu olhar de mim

Deixa em vertigem o meu mundo
E eu me afundo sem querer
No meu semblante um grito
Para quem ousar saber
Dentro do meu sorriso
A solidão a corroer

Eu não sei como agir
Queria peitar o mundo
Antes de fugir

Não esquivar
Não mais desejar
Te ver aqui

Te ver voltar
Te ver e alcançar
Tudo que um dia eu perdi
Quando pedi e não consegui

Queria pegar na tua mão
Pedir abrigo
Talvez solução

Olhando nos teus olhos
Sentindo a tradução
De tudo o que
Eu ainda preciso pra viver

Te ver voltar
Te ver e alcançar
Tudo que um dia eu perdi
Quando pedi e não consegui

Um pouco mais de ti
Um inteiro dando voltas por aí
O tempo todo
Contido em cada instante
Em que eu existir
E desistir

Te ver voltar
Te ver e alcançar
Tudo que um dia eu perdi
Quando pedi e não consegui

Queria pegar na tua mão
Pedir abrigo
Talvez solução

Olhando nos teus olhos
Sentindo a tradução
De tudo o que
Eu ainda preciso pra viver

By: Lulu
21.04.11

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Música: Tempestade de facas sob um chão de espinhos (20.04.11)

Uma faca no peito
Tanta dor no coração
Hoje acordei sorrindo
Era só mais uma ilusão

Vinda de um sonho ruim
Para viver a escuridão
Sangra minha voz
Quando alguém passa
Pra saber como estou

Ardem meus olhos
Arranhando meu rosto
E de desgosto eu vou
Me sentir sufocar
Mais uma vez

Não dieferente de sempre
Toda vez que eu levantei
Sem você

Todos os dias
Minha história
Sumia devagar
Entre meus passos
Sujos, estranhos
Já não queria mais andar

Olha pra mim agora
Minh'alma chora
Seu nome
Eu não vou mais chamar

Meu mundo excplode
Dentro de m,im
Você não vai voltar

A gente sempre sofre
E se fode, sim
Não quer mais saber
Nada sobre mim
Mas eu vou
Fazer qustão de dizer
Mesmo assim

Não sei brincar
De conto de fadas
Não quero representar
Outras estradas

Aqui está frio e as sombras
Me alcançam
Mesmo que em pedaços
Eu tente correr
Tente sobreviver

Não posso mais aguentar
Vou me estender no chão
Me entregar, deixar
O solo me consumir
Antes de um novo dia vir

A gente sempre sofre
E se fode, sim
Não quer mais saber
Nada sobre mim
Mas eu vou
Fazer qustão de dizer
Mesmo assim

Não sei brincar
De conto de fadas
Não quero representar
Outras estradas

Aqui está frio e as sombras
Me alcançam
Mesmo que em pedaços
Eu tente correr
Tente sobreviver

Não posso mais aguentar
Vou me estender no chão
Me entregar, deixar
O solo me consumir
Antes de um novo dia vir

By: Lulu
20.04.11

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Música: Silenciosamente (18.04.11)

Tento não olhar
Quando te vejo vir
Me sinto tão feliz
De te encontrar aqui

Todas as canções são pra você
Tudo o que eu não poder ser
Vira um pedaço de mim
E se tornam poemas

Pequenas frases
Grandes verdades
Impossíveis de engolir
Junto da angústia
De existir sem te ver voltar

Eu fecho os olhos
Pra não ver
Mais uma vez
Você me deixar
Tão sozinha

Com os espinhos
Que ocultam o som
Da minha voz
Minha garganta dói

Sinto o amargo correr
Meu rosto ao dizer
Tão por dentro

Eu não sei fingir
Eu já não consigo
Existir sem viver
Ao seu lado

Passando manhãs caladas
Dias inteiros tão dormentes
Guardam palavras ausentes
Que eu deixo de presente
Só pra você

Pra que possa saber
Que eu não parei de chorar
Sempre vão sobrar
Verdades demais
Pra expandir ou musicar
Profundas demais
Que se fazem guardar

By: Lulu
18.04.11

Música: Passos atrás (18.04.11)

Quais são as coisas
Que você deixou pra trás?
Quem são aqueles
Que já não te importam mais?

Será que algo seu
Lembra de mim
Quando sorri
Será que fui só eu
Que ainda não esqueci

Dos dias que nunca
Foram iguais
Que os nossos sorrisos juntos
Eram sinônimo de paz

E agora o que eu faço?
Se tudo o que eu preciso
Não cabe a minha intenção

Por te ter tão fundo
No meu coração
Resolvi fugir
Só pra não ter convicção

De ser aos seus olhos
Só mais uma visão
Tão vazia de lembranças
Tão distante de qualquer emoção

Quais são as coisas
Que você deixou pra trás?
Quem são aqueles
Que já não te importam mais?

Será que algo seu
Lembra de mim
Quando sorri
Será que fui só eu
Que ainda não esqueci

By: Lulu
18.04.11

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Música: Novo calendário (14.04.11)

Desculpe a ausência
Ocasional
Acordei sentindo um frio
Tão anormal
(Abril chegou)

Estava vazio e eu
Não podia evitar
Não havia mais formas
De deixar de lembrar
(Abril chegou)

Por isso eu não
Quis mais ninguém
Não quis sorrir
Mas não podia
Chorar, não

Afinal sempre há
Uma lição
Nas mãos do tempo

Quem se lança
Ao sofrimento é sábio
E merecedor

Um dia o corte
Que o espinho deixou
Vai servir pra lembrar
Existe vida pra recuperar

Pode haver no solo seco
Lágrimas pra fazer brotar
Da semente da gente
Um jardim para apreciar

Desculpe a franqueza
Da canção
Meu dia é só
Recordação
(Abril chegou)

Estava vazio e eu
Não podia evitar
Não havia mais formas
De deixar de lembrar
(Abril chegou)

Por isso eu não
Quis mais ninguém
Não quis sorrir
Mas não podia
Chorar, não

Estava rasgada a história
Mais linda que eu já li
Em pedaços tão miúdos
Que meu coração
Guardou bem aqui
(Abril chegou)

Estava vazio e eu
Não podia evitar
Não havia mais formas
De deixar de lembrar
(Abril chegou)

Por isso eu não
Quis mais ninguém
Não quis sorrir
Mas não podia
Chorar, não

By: Lulu
14.04.11

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Música: 15 Estações (13.04.11)

Quando faltam melodias
As sombras também
Se perdem

Nada resta
E nada presta
Por aqui

O mês inteiro
Desbotou
Você se foi
Mas ficou
Aqui
No escuro

Sem enxergar
Seus olhos
Sem alcançar
Sua luz
Sem tocar
Seus sentimentos

Meus braços se abrem
Rumo ao nada
Outra vez

Eu estou
Caíndo
Não quero escutar
Sua voz dizendo
Além do que carregam
Minhas melhores
Canções

Entre 15 estações
Foi logo o verão
Que faltou

E nada mais
Pode completar
O vácuo tão frio
Violento
Que vem
Pra me cortar

Amanhã não terão
Lindas histórias
Pra brindar

Amanhã meu coração
Não vai ter lar
Não vai estar
Em nenhum lugar
Não vai querer
Despertar

Chorar
Sangrar
Congelar
No momento
Que tudo fazia
Sorrir sem pensar

Um enterro na hora
Do parabéns
Um desespero feliz
Ao terminar

O gelo de inverno
Que interte e também
Pode queimar

Flores de Primavera
Que encantam
E inflam
Quem os espinhos
Tocar

O Sol do Verão
Dos que amam
É o calor
Que vai fazer
Alguém virar
A noite sem descansar

Folhas secas de Outono
Que também servem
Pra fazer tropeçar

Não importa mais
Deixa tudo pra trás
Eu sei que é assim
Que você faz

Pra esquecer
Pra não sentir doer
Pra não adoecer
Ao perceber

Que hoje não existe mais
Um ano que se passa
Um novo dia nada mais

Quando faltam melodias
As sombras também
Se perdem

Nada resta
E nada presta
Por aqui

O mês inteiro
Desbotou
Você se foi
Mas ficou
Aqui
No escuro

Sem enxergar
Seus olhos
Sem alcançar
Sua luz
Sem tocar
Seus sentimentos

Meus braços se abrem
Rumo ao nada
Outra vez

Eu estou
Caíndo
Não quero escutar
Sua voz dizendo
Além do que carregam
Minhas melhores
Canções

Entre 15 estações
Foi logo o verão
Que faltou

Entre 15 estações
Veja que nada sobrou
Pra contar
Que um dia
Existiu vida
Nesse lugar

By: Lulu
13.04.11

Música: Estranha conhecida (13.04.11)

Olhando assim
Ninguém pode imaginar
Que é tanto
O que eu tenho
De você
Para lembrar

Toda vez
Que a dor
E o medo
Encolherem minha voz
Recolherem minha canção
Nada muda o poema
Que está em meu coração

E ele é tão só
Ele é só
Por você

E nunca consegue
Se esconder
Por muito tempo
Precisa se encontrar

Um copo de whisky
E um refrão
Só pra afirmar

Toda vez
Que a dor
E o medo
Encolherem minha voz
Recolherem minha canção
Nada muda o poema
Que está em meu coração

Tudo aqui é tão seu
Tudo é tão nosso
Que não cabe
Só em mim

Desliza assim
Feito a brisa
Que se confunde
Com as lágrimas
Que agora estão
Em mim

By: Lulu
13.04.11

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Música: Vida restante (11.04.11)

Ainda há saudade
Mesmo ao tentar
Não lembrar
Tenho tantas novidades
Queria te contar

O tempo passou
Mas não calou
Em mim
O que sempre foi
Tão real

Persiste em meus olhos
Todo o meu amor
Mas você disse tchau

Não voltou
Pra olhar
As flores que morriam
Não serviam mais pra ti

Eu não desisti
Vou resistir
A mais um vendaval

Se o outono passado
Me deixou ferida
Atingida, ardida
E ainda dolorida
Me resta uma vida

Então
Eu vou
Sem você
Aqui comigo

Eu vou
Até aonde
Meu Sol adormecer

Até onde está
Minha constelação
Estrelas são laços
Que estendem o céu

Mais uma manhã
Vem pra nos convencer
Não há mente sã
Capaz de esquecer

O tempo passou
Mas não calou
Em mim
O que sempre foi
Tão real

Persiste em meus olhos
Todo o meu amor
Mas você disse tchau

Então
Eu vou
Sem você
Aqui comigo

Eu vou
Até aonde
Meu Sol adormecer

Até onde está
Minha constelação
Estrelas são laços
Que estendem o céu

Mais uma manhã
Vem pra nos convencer
Não há mente sã
Capaz de esquecer

Se o outono passado
Me deixou ferida
Atingida, ardida
E ainda dolorida
Me resta uma vida


By: Lulu
11.04.11

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Música: A brisa de Abril (08.04.11)

Salvo-me tão só
Conversando comigo
No sol meus amigos
Caudas eufóricas
Olhos tão cheios de amor

Todas canções que fiz
Respiram em minhas mãos
Senti no vento cortar
Um pouco mais
Do meu coração

Sensação confusa
Que todo o tempo cruza
Por mim
Não vai passar
Tão fácil assim

Abril chegou
Você não voltou
Tudo recomeçou
Como há tanto tempo

Mas meu sofrimento
Não desiste de mostrar
Que nada mais existe
Entre tudo o que insiste
Por você chamar

Não vou esperar
Nunca passou na minha mente
Algo tão vulgar
Desrespeitar minha versão
De viver feliz
Respirando o que fiz

Solto no vento
Tentando encostar
Em alguém que se faça capaz
De penetrar
Entre os restos do vento
Um pouco do luar

Que ficou pra trás
Que virou canção
Permanece no céu
Sob o mesmo chão

Habita a vida
Se fazendo imagem
A quem quer do sol
A mesma emoção

Por isso eu não vou
Rasgar as frases
Que escrevi

Não vou deixar fugir
Algo tão lindo
Pra que possa interferir
Se não for nada pra você
Quem sabe possa haver

Solto no vento
Tentando encostar
Em alguém que se faça capaz
De penetrar
Entre os restos do vento
Um pouco do luar

By: Lulu
08.04.11

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Música: Quem vai dormir melhor? (07.04.11)

Você dorme demais
É tudo o que eu posso dizer
Sonha enquanto eu vivo o pesadelo
De nunca esquecer

Falta tão pouco tempo
Pra nada mais faltar
Quero que passe ligeiro
Como as lágrimas
Que rolam sem parar

Tamanho é meu desespero
Que nem mesmo um litro inteiro
Me faz parar de cantar

Canto a noite inteira
E você finge não ligar
Monitores coloridos de telas mudas
São sua razão
Se calam minha dores
E seus monitores explodem no chão

Você dorme demais
É tudo o que eu posso dizer
Sonha enquanto eu vivo o pesadelo
De nunca esquecer

Não sei como vai ser
Nunca mais te ver
Encontrar em seus olhos
Motivos pra dizer
O que o meu peito guardou
Intactamente longe
De toda essa dor

Você dorme demais
É tudo o que eu posso dizer
Sonha enquanto eu vivo o pesadelo
De nunca esquecer

Isola os sentimentos
Fragmentando teses sem qualquer convicção
Só pra sustentar
Sua escolha sem razão
De viver tão no presente
Mesmo que falte coração

By: Lulu
07.04.11

terça-feira, 5 de abril de 2011

Música: Paz de espírito (05.04.11)

Do fundo
Do meu coração
Mais uma canção
Nascendo pra você

Espero mesmo que
Esteja em paz
Resolvi não mais
Tentar te convencer

Porque eu sei
Nem meu silêncio
Você quer mais

Meus olhos tristes
Não te dizem nada
Você finge não ver
Segue sua estrada

Eu aqui na escada
Tentando crer
Tentando ser
Um pouco mais

Espero mesmo que
Esteja em paz
Resolvi não mais
Tentar te convencer

Porque eu sei
Nem meu silêncio
Você quer mais

Ainda sorrio por dentro
Enquanto lembro
De nós

Ainda há sofrimento
Por não ouvir
A sua voz

Deixa como está
Você não quer
Se importar

Se eu me cortar
Nas garrafas
Destilando minha dor
Em lágrimas confusas
Que esqueceram como é
Viver

Espero mesmo que
Esteja em paz
Resolvi não mais
Tentar te convencer

Porque eu sei
Nem meu silêncio
Você quer mais

Se um dia
Olhar pra fora
De você

Tente ver meus passos
Antes que
Eu possa
Me perder

Sei que você
Ainda pode
Me alcançar

Basta voltar ao dia
Em que sorria
Me dizendo
O quanto é bom
A alegria
De celebrar outra vez

O dia que fazia
Renascer no coração
A certeza da vitória
A nos dar as mãos

Espero mesmo que
Esteja em paz
Resolvi não mais
Tentar te convencer

Porque eu sei
Nem meu silêncio
Você quer mais

Então eu vou
Sem olhar pra nada mais
Eu vou em paz
Com a lembrança e a esperança

Não vou jamais
Sentir chorar
A dor de não lutar
E deixar alguém
Ferido, esquecido
Enquanto ainda doído
Fez pra mim um pedido
Em pról de tentar
Fazer seu coração
Acreditar

By: Lulu
05.04.11

domingo, 3 de abril de 2011

Música: Decrescente (03.04.11)

Mesmo enquanto eu sangrar
Nada mais vai te importar
Você decidiu mudar
A direção

Lançar seus passos
Na contramão
Por onde anda
O meu coração

Eu tenho medo
De errar
Você tem medo
De voltar
E entender
Que era pra ser
Aqui comigo
O seu lugar

Eu tenho medo
De pedir
Você tem medo
De aceitar
E ficar aqui
De onde eu nunca
Te deixei sair

No fim das contas
Nada sobra pra ninguém
Enquanto eu sigo
Sem sorrir
Você seguirá
Sem chorar
Eu sei

Não vai acreditar
Se escutar o que
Eu cantar
Não importa
Se eu gritar
Vai ser inútil
Para quem
Nunca pode
Perceber além

Outra vez
Tudo acaba
Sem conclusão alguma
Eu piro na tequila
E você se mata
De rir enquanto lê

Faz de conta
Que a dor passa
Depois que eu escrever

Cada frase é um pouco
Meu que se perdeu
Pra nunca mais
Encontrar um bom motivo
Pra voltar

Vou fingir esquecer
Você vai fingir
Que não me vê
Tentar naturalizar
Passar por você
Sabendo que sou
Só mais um olhar

Eu tenho medo
De errar
Você tem medo
De voltar
E entender
Que era pra ser
Aqui comigo
O seu lugar

Eu tenho medo
De pedir
Você tem medo
De aceitar
E ficar aqui
De onde eu nunca
Te deixei sair

Tudo bem
A vida sempre continua
Ontem fui dormir
Sorrindo e acordei
Me sentindo nua

É fato
Está vazio
O mês de Abril
Nunca mais
Vai ser igual

By: Lulu
03.04.11

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Música: 24 Horas (1º de Abril, 2011)

Faltam 24 horas
Mas eu sei muito bem
Que tudo o que virá
Será melhor do que está

Só pode ser assim
Do contrário
O que sobraria?

Não mais teria
Alguém aqui
Para compor
O que se passa
Depois que a semana
Acaba com a gente

Faltam 24 horas
Talvez um pouco menos
Não sei bem
Mas sempre sei
Que vai mudar
Que o jogo vai virar
Pra nós

Não estaremos sós
teremos um pouco mais
De voz e luz
Algo além
Que tanto nos seduz

E reluz nos olhos
Que trazem poemas
Mais extensos e profundos
Que gritam verdades
Ao alcance do Mundo

Faltam 24 horas
Cada vez menos
Faltará

Olhando fundo nos seus olhos
O que mais temos pra contar
Deixa o vento levar
Deixa trazer outra vez
Um novo dia

Cafézinho preto
Biscoitos e algo mais
Alguns litros de whisky
E o resto a gente inventa

Só merece quem aguenta
Sempre um pouco mais
A cada dia
Tentando lembrar

Faltam 24 horas
Tudo pode mudar
Faltam 24 horas
Tudo vai recomeçar

By: Lulu
1º de Abril, 2011