Uma dor que não se vai
Esvai em sangue
E faz voltar todo o calor
No frio que ainda arde
Cada vez que respirar
Na ânsia, mora a angústia
Que aflige ao tentar
Algo vem
De longe
Com força
Pra me derrubar
Algo vem
Bem maior do que
Eu posso suportar
Queima o meu silêncio
Um litro amargo
E meia madrugada
Passou mais uma vez
O Sol já está de volta
Minha alma tão nervosa
Cochila na espreita e nunca mais
Quer ver
A dor se estender
Cada vez que o sol nascer
E nada poder tocar
O brilho que ontem tinha
Junto ao copo descartável
Foi embora e ninguém viu
Partiu meu coração
Recordo com saudade e faz chorar
Tal sensação
Não posso crer
Que foi tudo em vão
Não vou destruir
A minha capacidade de perdão
Mesmo sem alguém
Para dar a mão
Busco a auto-proteção
Perdida e sangrenta
Não vou ser violenta
Vou esmorecer
Maldade que inoja
Trás nó na garganta
Engulo a emoção
Na ânsia, mora a angústia
Que aflige ao tentar
Algo vem
De longe
Com força
Pra me derrubar
Meu peito vazio
É um elo sombrio
Entre eu e o nada
Que me tornei
Vou mentir pra mim
E crêr sem mais ver
O sorriso no espelho
À me entristecer
Na ânsia, mora a angústia
Que aflige ao tentar
Algo vem
De longe
Com força
Pra me derrubar
(Vai me aniquilar outra vez)
By: Lulu
10.10.10
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