domingo, 10 de outubro de 2010

Música: Aniquilação cotidiana (10.10.10)

Uma dor que não se vai
Esvai em sangue
E faz voltar todo o calor
No frio que ainda arde
Cada vez que respirar

Na ânsia, mora a angústia
Que aflige ao tentar
Algo vem
De longe
Com força
Pra me derrubar

Algo vem
Bem maior do que
Eu posso suportar

Queima o meu silêncio
Um litro amargo
E meia madrugada
Passou mais uma vez

O Sol já está de volta
Minha alma tão nervosa
Cochila na espreita e nunca mais
Quer ver

A dor se estender
Cada vez que o sol nascer
E nada poder tocar
O brilho que ontem tinha
Junto ao copo descartável
Foi embora e ninguém viu

Partiu meu coração
Recordo com saudade e faz chorar
Tal sensação

Não posso crer
Que foi tudo em vão
Não vou destruir
A minha capacidade de perdão

Mesmo sem alguém
Para dar a mão
Busco a auto-proteção

Perdida e sangrenta
Não vou ser violenta
Vou esmorecer

Maldade que inoja
Trás nó na garganta
Engulo a emoção

Na ânsia, mora a angústia
Que aflige ao tentar
Algo vem
De longe
Com força
Pra me derrubar

Meu peito vazio
É um elo sombrio
Entre eu e o nada
Que me tornei

Vou mentir pra mim
E crêr sem mais ver
O sorriso no espelho
À me entristecer

Na ânsia, mora a angústia
Que aflige ao tentar
Algo vem
De longe
Com força
Pra me derrubar
(Vai me aniquilar outra vez)

By: Lulu
10.10.10

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