Todos os dias
Quase iguais
Acordar tanto faz
Missão não vai faltar
Abrir os olhos
Sem enxergar
O que está
Por trás de tudo
O que respirar
Será que alguém
Ainda é capaz
De escutar
Nossa voz
Em meio a tantos
Zunidos estúpidos
Que só tendem a piorar
Cidade explosiva
Quem pagará pra ver
Os restos dos dias
Quando tudo apodrecer
Buzinas são artérias
Que se entopem sem saber
Nas esquinas faces tristes
Sem entender porquê
Tudo insano
Movimentos sem planos
São erros urbanos
Não vou desistir
Surto quase total
Não ousem me dizer
Que se perde
Quem tenta viver
Gestos cancerigenos
Surdos, cegos e mudos
Confusos em tela plana
Vão ladeira a baixo
Até sufocar
Motores furiosos
Corações ansiosos
Gatilhos nas mãos
Não vou desistir
Surto quase total
Não ousem me dizer
Que se perde
Quem tenta viver
Um pouco meu
Um pouco meu
Tão diferente de tudo
O que eu possa ver
A beleza escúlpida
Nas mãos de quem quer
Não sucumbir
Por medo de agir
O contrário anda a pé
Chega até aonde
Aguenta a fé
E só é avesso
Porque essa gente
Acostuma e mente
Sem pensar como é
Não vou desistir
Surto quase total
Não ousem me dizer
Que se perde
Quem tenta viver
Não vou desitir
Um pouco meu
Um pouco meu
Não vou desaparecer
Um pouco meu
Um pouco meu
É seu se quiser
Não vou desistir
Surto quase total
Não ousem me dizer
Que se perde
Quem tenta viver
Não vou desitir
Não vou desistir
Não vou desaparecer
By: Lulu
19.05.11
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