Lágrimas
Da escuridão
Fosca
Secam quando
A luz do sol
Chega
Fica no rosto
A ardência estranha
Uma vontade que arranha
A voz
Que já não quer
Sair
O espelho assusta
Os olhos querem
Se fechar
Mais um dia inteiro
Mais uma lágrima
Irá se formar
Bem aqui dentro
Onde ninguém pode
Enxergar
Vou guardar tudo
Em segredo
Até a lua
Voltar
Embalando meus sonhos
Que afundam sem querer
Na profundidade escura
Que faz de cada noite
Um dia ruim que perdura
Sem cura e vira um rio
Fundo demais
A hora é agora
Não vou esperar
No silêncio calo
O que não quer silenciar
No nada derramo
O tanto que tenho
A chorar
Não vai passar
Sem cortar
Não vai passar
Sem doer
Não vai passar
Sem sangrar
Em lágrimas
Que sempre vão cristalizar
Tornando concreto, afiado
Jamais por encerrado
Estará sempre ligado
A face escrava
Lágrimas
Da escuridão
Fosca
Secam quando
A luz do sol
Chega
Fica no rosto
A ardência estranha
Uma vontade que arranha
A voz
Que já não quer
Sair
Não vai passar
Sem cortar
Não vai passar
Sem doer
Não vai passar
Sem sangrar
Em lágrimas
Não vai passar
Sem cortar
Não vai passar
Sem doer
Não vai passar
Sem sangrar
Em lágrimas
By: Lulu
08.06.11
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