As últimas manhãs
São o retrato
Dos dias que nascerão
Depois que o Sol partir
Somente o frio ficará
Atrás dessas paredes
Alguém prestes a congelar
Enquanto chora
Cada risco feito pelas lágrimas
Rasga sua face fria
Petrifica e corta
O ar não circula
E o sangue
Que não derramar
Apodrecerá
Olhar paralisado
Mente em colisão fatal
Cada pensamento
Se torna mortal
Plantas carniceiras
Crescem envolvendo os pés cansados
As veias pesadas
Não permitem mais ações
Antes que anoiteça
Essa prisão tem que ruir
O extremo externo
Das feridas
Sem cicatrização
São portas de saída
São a única direção
Pulsos rasgados
Em plena convulsão
Olhos vidrados
Longe da realização
Um final
Cada risco feito pelas lágrimas
Rasga sua face fria
Petrifica e corta
O ar não circula
E o sangue
Que não derramar
Apodrecerá
Olhar paralisado
Mente em colisão fatal
Cada pensamento
Se torna mortal
Fuga estúpida
Rejeição moral
Tudo termina
Dando vida ao pesadelo
Sonhos perdidos
Em um mórbido desespero
By: Lulu
24.03.12
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