sábado, 24 de março de 2012

Música: Mórbido desespero (24.03.12)

As últimas manhãs
São o retrato
Dos dias que nascerão
Depois que o Sol partir
Somente o frio ficará

Atrás dessas paredes
Alguém prestes a congelar
Enquanto chora

Cada risco feito pelas lágrimas
Rasga sua face fria
Petrifica e corta
O ar não circula
E o sangue
Que não derramar
Apodrecerá

Olhar paralisado
Mente em colisão fatal
Cada pensamento
Se torna mortal

Plantas carniceiras
Crescem envolvendo os pés cansados
As veias pesadas
Não permitem mais ações

Antes que anoiteça
Essa prisão tem que ruir
O extremo externo
Das feridas
Sem cicatrização
São portas de saída
São a única direção

Pulsos rasgados
Em plena convulsão
Olhos vidrados
Longe da realização
Um final

Cada risco feito pelas lágrimas
Rasga sua face fria
Petrifica e corta
O ar não circula
E o sangue
Que não derramar
Apodrecerá

Olhar paralisado
Mente em colisão fatal
Cada pensamento
Se torna mortal

Fuga estúpida
Rejeição moral
Tudo termina
Dando vida ao pesadelo
Sonhos perdidos
Em um mórbido desespero
 
By: Lulu
24.03.12

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