sexta-feira, 23 de março de 2012

Música: Jardim mortal (23.03.12)

Caminho contra o vento
Sinto o tempo
Me cegar
Em pleno sofrimento
Procurei seu rosto
Sem saber onde está
Seu coração

A essa altura da ilusão
Buscando auto-aceitação
Caindo fundo
Sem chance de restauração

Pedaços meus
Arrastados pelo vento
Ou pelas chamas
Do passado chamuscado
Erronêo, impiedoso, desgraçado

Por todos esses anos
Me agarrando a foices envenenadas
Dilacerando as mãos
A alma e a sensação
Do êxito revogado

Inconscientemente
Tantas vezes me doeu
Imagine que sempre foi
Mais forte do que eu

A cor que nós pintamos
Meu sangue rasurou
Os espinhos que ficaram
Desbotaram os tons de calor
Sentimentos se calaram
E nada nos sobrou

Inaugurei sozinha
A estrada de um adeus
Sem fim

Jamais dimensionei
A profundidade
Desse jardim mortal
Terra antes fértil
Vira areia movediça

Por que será
Que o ser humano
Sempre desperdiça
Flor por flor?
E com o passar dos anos
Dispersa o bem de sí?

Como se a beleza
Deixasse de existir
Pisa pouco a pouco
Ferindo o que conquistou

Como se nunca
Tivesse importado
Se torna poeira
Sangueira e  finalmente
Destroçado

Marcado eternamente
O desamor

Por que será
Que o ser humano
Sempre desperdiça
Flor por flor?
E com o passar dos anos
Dispersa o bem de sí?

Como se a beleza
Deixasse de existir
Pisa pouco a pouco
Ferindo o que conquistou

Como se nunca
Tivesse importado
Se torna poeira
Sangueira e  finalmente
Destroçado

Marcado eternamente
O desamor

By: Lulu
23.03.12

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