Caminho contra o vento
Sinto o tempo
Me cegar
Em pleno sofrimento
Procurei seu rosto
Sem saber onde está
Seu coração
A essa altura da ilusão
Buscando auto-aceitação
Caindo fundo
Sem chance de restauração
Pedaços meus
Arrastados pelo vento
Ou pelas chamas
Do passado chamuscado
Erronêo, impiedoso, desgraçado
Por todos esses anos
Me agarrando a foices envenenadas
Dilacerando as mãos
A alma e a sensação
Do êxito revogado
Inconscientemente
Tantas vezes me doeu
Imagine que sempre foi
Mais forte do que eu
A cor que nós pintamos
Meu sangue rasurou
Os espinhos que ficaram
Desbotaram os tons de calor
Sentimentos se calaram
E nada nos sobrou
Inaugurei sozinha
A estrada de um adeus
Sem fim
Jamais dimensionei
A profundidade
Desse jardim mortal
Terra antes fértil
Vira areia movediça
Por que será
Que o ser humano
Sempre desperdiça
Flor por flor?
E com o passar dos anos
Dispersa o bem de sí?
Como se a beleza
Deixasse de existir
Pisa pouco a pouco
Ferindo o que conquistou
Como se nunca
Tivesse importado
Se torna poeira
Sangueira e finalmente
Destroçado
Marcado eternamente
O desamor
Por que será
Que o ser humano
Sempre desperdiça
Flor por flor?
E com o passar dos anos
Dispersa o bem de sí?
Como se a beleza
Deixasse de existir
Pisa pouco a pouco
Ferindo o que conquistou
Como se nunca
Tivesse importado
Se torna poeira
Sangueira e finalmente
Destroçado
Marcado eternamente
O desamor
By: Lulu
23.03.12
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