Por todo o canto
Cacos de um destino
Sem rima, sem verso
Sem ponto final
Um novo dia
Isento a melodia
Degrada o que resta
Nada interessa
Sei que há pressa
Mesmo sem entender
Porquê
O sol nasce sem aquecer
O vento conta
O que eu tento esquecer
São absurdos
Uma vida, uma prisão
Tudo é tormento
Meus gritos são vãos
A tempestade perdura
Emocionalmente insegura
Desaba outro temporal
A luz do dia finda
Sem querer
Não há espaço
Não sei pra onde correr
Se aproxima a determinação
O impossível encosta
Minha solidão
Se vai mais uma vez
Toda gana de vencer
A dor
Cicatrizes cinzentas
Inflamam, enraizam
Me toca o dia
Feito lâmina
Aberta minh'alma sangra
Desesperada minha garganta
Sempre arranha
Sem retorno
Vou cantar
Um novo dia
Isento a melodia
Degrada o que resta
Nada interessa
Sei que há pressa
Mesmo sem entender
Porquê
O sol nasce sem aquecer
O vento conta
O que eu tento esquecer
Todos os dias
Sem intervalo
É sucção
Que se revela
Em auto-destruição
E assim
Meio sem perceber
Me entrego
Me vejo
Desabando ao chão
By: Lulu
10.08.11
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