Ardem as mãos agora
Lá fora não está
Chovendo mas ficou
O gosto do desgosto
De toda a vez que anoitece
Em plena manhã
Lembrei quão doce
Era seu riso
Parecia real demais
Para que alguém
Pudesse questionar
Quando aquela Primavera
Demorou mais que o normal
Foi o seu otimismo
Que me salvou do caos
Tudo em mim doia
Hoje estou sozinha outra vez
Sentindo a vida das mesmas feridas
Sem você
E sem mais te procurar
Com coragem olho
O que o espelho
Tem pra me contar
A mesma coragem vem sempre anunciar
Que seus olhos
Eu não posso mais encontrar
São marcas de um tempo
Que acabou
Lembranças que dormem
Em paz aqui dentro
E que eu sei
Que nunca mais irão acordar
Melhor assim
Deixa tudo sossegar
Sem despertar
Nunca terá fim
O mais lindo sonhar
Esquecido, perdido por nós
Em algum canto tão "vul"
Quanto os cortes
Que o frio do inverno
Deixa quando vai
Ardendo a cada quimera
Junto as lágrimas
By: Lulu
07.07.11
Nenhum comentário:
Postar um comentário