Natureza mórbida
Dilúvio das canções
Sem um final feliz
Ensaios do medo
Se encontram em segredo
Orquestrando desespero
Quando os olhos encostam
Um reflexo inverso
De tudo o que faz feliz
Tormenta dos metais avessos
Fraqueza de nylon afiado
Assombra a percepção
Mais um Verão perdido
Sorriso interrompido
E canções sem final feliz
Sangra, sangra
Sangra espelho
Sangra meu olhar
Corta, corta
Minhas veias
Demonstra minha derrota
Sem repetição
Dessa vez é em outra direção
Que eu vou
Pra não voltar
Transbordando em aflição
O choro em compulsão
Não vai parar
E assim como o sangue
A derramar toda a dor
De assim estar
Sem nada ou alguém
Que possa contornar
Os dias são mais quentes
Quando estou a soluçar
Sangra, sangra
Sangra espelho
Sangra meu olhar
Corta, corta
Minhas veias
Demonstra minha derrota
Sem repetição
Dessa vez é em outra direção
Que eu vou
Pra não voltar
O gosto não é de mentira
Amargo, ácido, intoxicante
Aniquilador de dentro pra fora
Em meio a descompensação
Essa canção termina agora
Sem final feliz
Mas sem sinal de sequência
Ou qualquer possível consequência
Sangra, sangra
Sangra espelho
Sangra meu olhar
Corta, corta
Minhas veias
Demonstra minha derrota
Sem repetição
Dessa vez é em outra direção
Que eu vou
Pra não voltar
By: Lulu
15.02.12
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