Antes era com o pé na porta
Hoje causando arrepio
Tudo o que eu sinto desova
Simplesmente porque existiu
Metal extremo ou blues falho
Palavras ou somente
Mais um solo
Funebre, arredio
Furioso ou vulnerável
Mas jamais vazio
Quem me viu
Quem me vê
Sempre poderá saber
Exatamente como é
Enxergar através dos olhos
A exatidão de como
Minh'alma é
Quem me viu
Quem me vê
Pode até não entender
Demorar para sacar
Talvez nunca aceitar
Mas certamente vai viver
Tudo o que o meu peito pulsar
Hoje o dilúvio me invade
Além da chuva lá fora
E a escassez da amizade
O vento que rasga
A dizer como é bom
Se conhecer
Ecoando por estar
Sempre tão só
Na amplitude do próprio ser
A solidão faz chorar
Mas também serve
P'ra aprender
Valor é p'ra cativar
Cultivar e ampliar
Se ontem era unipotente
Hoje acaba de se enterrar
Quando vi você desaparecer
Acabei por me libertar
Abrindo os olhos
De vez
P'ra essa prisão
Não quero mais voltar
Quem me viu
Quem me vê
Já não te enxerga em mim
É sempre assim no final
Não sobra nem sinal
Sem coração
Não mais respira
O que jamais foi real
Quem me viu
Quem me vê
Desde o primeiro amahecer
Viu do fogo renascer
Leão pronto p'ra vencer
By: Lulu
26.08.12
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