terça-feira, 7 de agosto de 2012

Música: Zehn (07.08.12)


Sujeira branda
A dor sem fim
Morri n'aquele dia
Quando a noite
Visitou meu jardim

A brisa de Novembro
Me cortava sem que eu
Soubesse o que fazer

Algo me faltava
Além do que nos separava
Não sobrava nada
Para dizer

Eu já nem chorava
Suava sem perceber
Se existem motivos
Já desisti de entender

Não procuro mais respostas
Vivo só para
Não lembrar
Que n'aquela noite
Eu acabará de morrer

Outro lugar
(outrolugar)
Um novo vento
P'ra rasgar tudo
O que eu senti

Ideias novas
Todas feitas
Do que não existiu

Desde que você partiu
Exatamente n'aquele tempo
Tudo se foi tão de repente

A nostalgia manteve
Meu corpo quente
Mas nunca pude voltar

Era tão diferente
Quando senti a vida arrancar
O que me fazia valente
Tão crente de que
Sabia sempre como triunfar

Virgem de pesadelos
Meus sonhos  se fizeram deflorar
Violentados em desespero
Até hoje se põe a sangrar

Um sono de memórias
Que não param
E atropelam o bem estar

Pedras na janela
Não vão evitar o fim
Quando tudo acontecer
Não vai restar nada
De mim

No fundo eu
Sabia que nada mais
Seria igual
Outra menina
Me domava
Tornava meu peito mau

De tanto sentir
O que me machucava
Tentava fazer igual
Em tudo o que batia
Voltava mil vezes
Mais letal

Desigual bem como
A vida é
Pouco a pouco
Tomando a razão
Ferve tanto
O meu coração

Desde então em prantos
Tentando sustentação

Ficou tudo no porão
Não amanheceu
Desde aquela ocasião

As flores do quintal
Desapareceram antes do Natal
As luzes não acenderam
Meus olhos romperam
Minha imaginação

Sumiu a criança
E toda a esperança
Tornou-se ilusão

Vou tentar mais uma vez
Modificar a sensação
De adormecer p'ra sempre

A fim de encarar
Um novo dia
P'ra quebrar esse 'p'ra sempre'

Quanto tempo pode durar?
Será que alguém
Se importa em aceitar?

Que há momentos
Que petrificam
A essência em um lugar

Há dores que não cessam
E não se apressam em sarar
Quando cortes são profundos
Todo o mundo é pequeno demais
Há uma ideia absurda
De que a solidão
É a única certeza de paz

Há tristeza a cada segundo
E nenhum minuto a mais

Quanto tempo pode durar?
Será que alguém
Se importa em aceitar?

Que há momentos
Que petrificam
A essência em um lugar

Há dores que não cessam
E não se apressam em sarar
Quando cortes são profundos
Todo o mundo é pequeno demais
Há uma ideia absurda
De que a solidão
É a única certeza de paz

By: Lulu
07.08.12

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