quinta-feira, 12 de julho de 2012
Música: Fobetor (12.07.12)
Branco e preto
Céu suspenso
Durmo o sono
Dos tormentos
Nada para em mim
Minha mente é assim
Dia todo a chorar
Madrugada a dentro
Nada vai parar
Aqui está frio
Uma turbulência
Invisível e cruel
Fina, amarga
Cortantemente desgostosa
Feito brisa ardilosa
Que sufoca
Por nunca cessar
Sombras compostas
Pela escuridão deixada
Pelo vão dos anos
Que não se vão
E voltam sem que os possa
Deter ou ignorar
Ao meu lado
Em minha frente
Barrando a passagem
Da minha circulação
Me fazendo respirar
A própria pulsação
Violência interna
Maldição vestida de cansaço
Fez cegos os meus passos
Paralizando minha voz
Meu ego adormeceu
Junto com tudo o que morreu
E apodrece aprisionado
Em mim
Quando abrir os olhos
Todo o suor frio
Se faz de sangue
Terminou outra noite
Que esqueceu de vingar
Nasceu um novo dia
Que não lembrou
De clarear
Nada repousa
Quando a Lua também pesa
E o Sol queima
Nenhum silêncio basta
Quando o frio congela tudo
O vento não move
Derruba e desmonta
Mas não desfaz
Cortes profundos
Rasurando dias
Sem traçar a paz
Quando abrir os olhos
Todo o suor frio
Se faz de sangue
Terminou outra noite
Que esqueceu de vingar
Nasceu um novo dia
Que não lembrou
De clarear
By: Lulu
12.07.12
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