Já faz tanto tempo
Mas ainda me retém
Posso sentir o cheiro
Como se fosse agora
A repugnância a incorporar meu ser
Incapaz de ver o que acontecia
A sombra maldida
Do seu gozo vão
Cobria toda a minha perturbação
Dias e noites tentando sobreviver
Escravizada em sua frustração
Impedida de prestar atenção
Sodomizando nossa direção
Extasiando-se em mera ilusão
Pintando de sangue as memórias
Que jamais se vão
Eu não entrego o presente
Dos fatos mas não sei por que
Não há como escapar
Do passado atormentado
Que faz meu silêncio sufocado urrar
Seus suspiros revelavam
O estupro conscientido da minha emoção
Todo o vestígio de revolta
Era feito da solidão
Medo e coragem
Na mesma linha torta
Estupidez e vantagem
Em direções opostas
Nossas almas a sangrar
No abuso da minha alma já deflorada
Soprava pétalas em meu túmulo sem notar
Como o fio da espada
Que durante a madrugada
Rompe meu sono
Mutilando seu intímo
Cada vez que eu despertar
Findaram-se as orgias
Jamais as agonias
Anos passam
Dias seguem
Sem levar o que sobrou
Da sua macabra plenitude
Mas o Sol que brilha hoje
Expressa a paz
De suas atitudes
Quando desperço pesadelos
Prezo o âmparo da nossa lucidez
Quem sabe dessa vez
A noite seja serenata
O pervertido não volta
Mesmo quando sangra a revolta
Alucinando o repousar
No abuso da minha alma já deflorada
Soprava pétalas em meu túmulo sem notar
Como o fio da espada
Que durante a madrugada
Rompe meu sono
Mutilando seu intímo
Cada vez que eu despertar
Findaram-se as orgias
Jamais as agonias
Anos passam
Dias seguem
Sem levar o que sobrou
Da sua macabra plenitude
Mas o Sol que brilha hoje
Expressa a paz
De suas atitudes
Quando desperço pesadelos
Prezo o âmparo da nossa lucidez
Quem sabe dessa vez
A noite seja serenata
O pervertido não volta
Mesmo quando sangra a revolta
Alucinando o repousar
By: Lulu
29.11.12
Nenhum comentário:
Postar um comentário