domingo, 28 de outubro de 2012

Música: Pilze

Misantropia eterna
Ibernar em plena Primavera
E como poderia ser diferente?

Se ninguém se quer
Olha nos olhos da gente
E já se acha crente
De que sabe aonde
O nosso coração é capaz
De chegar

Não quero mais
Fingir sentir cheiro de alegria
Nas flores que enfeitam
O granito deste funeral

Não vou ficar
Nem mais um instante
E ninguém me garante
Que algo irei perder

Sei que eu não sei de tudo
E ainda posso aprender
Porém se olhar em volta
Não a nada a acrescentar
Utopia idiota
Ilusão tentar mudar

Quem não consegue
Nem mesmo enxergar
Que não existe limiar

Todo o socialmente aceito
É digno de um questionar
Maluco é todo aquele
Que não conseguir se calar

Se gritar aos quatro ventos
Que há algo estranho aqui
Logo aparece alguém
Tentando persuadir

Procurando por dentro
Refletir é a solução
O reflexo soa insano
E durante todo o ano
Eu sei que não vou encontrar
Quem concorde sem temer
O que outro vai pensar

Misantropia eterna
Ibernar em plena Primavera
E como poderia ser diferente?

Será que há no presente
Alguém capaz de responder?
Por que ainda
É necessário morrer
P'ro mediocre crescer?

Em meio a solidão
A salvo da escravidão
Em meio ao povo da mentira
Minha verdade está no chão

Senti saudade da tal alucinação
Porque essa realidade
Só me faz enlouquecer
Olhando para o lado
Sem ninguém a recorrer

Quando silêncio é profundo demais
Em um segundo sei o que fazer
O convite é fatal

Garrafa em mãos
Na contra-mão
Retorno a nave espacial

Eu digo tchau
Foi bom saber
Que por aqui
Nada é real

By: Lulu
28.10.12

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