Resisto um pouco mais
E novamente sempre crente
De que é pela última vez
Era inocente quando aconteceu
O chão ferveu, se abriu, caiu
Infinitamente me pondo a despencar
Milhões de motivos
Para desistir de tentar
Desmembrada, permaneço inteira.
E quanto a você?
O que ainda podemos ver?
Nada certeira a tal justiça
Sempre areia movediça
Afundando quem não trapacear
Mundo de mentiras
Na minha verdade
Procuro sobreviver
O presente é um erro
Composto pelo desespero
De futuro ser
Não há mais nada
P'ra agora
Se conforme
Eu fui embora
E agora eu sei
Qual é o meu lugar
Longe da saudade
O peito se blinda
Vou petrifcar
Fazer da coragem
Chance de verdade
E assim caminhar
Seguir sem sentir
Nessa humanidade
É a única forma de existir
Por não concordar
Sou minha própria conduta
A questionar minha missão
Entregue ao que vejo
Quase não percebo
Me suicidar
Então se é assim
Decreto meu fim
Mas que permaneça longe de mim
A tal necessidade de viver
Imune a sensação
Hoje em silêncio
Recordo crueldades
Do último verão
Desgosto ou mentiras
Que fodam-se as rimas
Não quero ilusão
Alcançar é ser muito mais
Do que o ar presente nos pulmões
Pegar e soltar a mão
Escarrar toda e qualquer razão
Sem voz gritar
Até sumir o som
E tornar sem cicatrização
A dor na garganta que sangra
Mostrando que nada
Toca seu coração
By: Lulu
12.10.12
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