sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Música: O Homem de Lata (12.10.12)

Resisto um pouco mais
E novamente sempre crente
De que é pela última vez

Era inocente quando aconteceu
O chão ferveu, se abriu, caiu
Infinitamente me pondo a despencar

Milhões de motivos
Para desistir de tentar
Desmembrada, permaneço inteira.
E quanto a você?
O que ainda podemos ver?

Nada certeira a tal justiça
Sempre areia movediça
Afundando quem não trapacear

Mundo de mentiras
Na minha verdade
Procuro sobreviver
O presente é um erro
Composto pelo desespero
De futuro ser

Não há mais nada
P'ra agora
Se conforme
Eu fui embora
E agora eu sei
Qual é o meu lugar

Longe da saudade
O peito se blinda
Vou petrifcar
Fazer da coragem
Chance de verdade
E assim caminhar

Seguir sem sentir
Nessa humanidade
É a única forma de existir

Por não concordar
Sou minha própria conduta
A questionar minha missão
Entregue ao que vejo
Quase não percebo
Me suicidar

Então se é assim
Decreto meu fim
Mas que permaneça longe de mim
A tal necessidade de viver
Imune a sensação

Hoje em silêncio
Recordo crueldades
Do último verão

Desgosto ou mentiras
Que fodam-se as rimas
Não quero ilusão

Alcançar é ser muito mais
Do que o ar presente nos pulmões
Pegar e soltar a mão
Escarrar toda e qualquer razão

Sem voz gritar
Até sumir o som
E tornar sem cicatrização
A dor na garganta que sangra
Mostrando que nada
Toca seu coração

By: Lulu
12.10.12

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