sexta-feira, 18 de maio de 2012

Música: Atrom (18.05.12)

Frio repentino
Posso sentir
Toda a vez que você passar

O sopro dos dias
Que ficaram para trás
Me congelam em dor
Descrente, nostálgica
Aterrorizada e sem voz
Nada mais saí daqui

Aprisionei os meus medos
E desde então me escondi
Ainda guardo segredos
Sem cuspir meu sangue
Em ti

Por tudo o que eu perdi
Pelo que eu jamais vi
Todos os dias
Que eram nossos
E eu ainda não esqueci

Não sinto nada
Não há o que sentir
Seu sangue não ferve
Pois há muito tempo
Eu sei que deixou de fluir

Sua respiração me passa arrepio
Constrói um exagero sombrio
Indescritível e impossível de esconder
Se eu abrir essa garrafa
Nada mais poderei fazer

Você vai derramar
Através do meu reflexo
Ardente toda a dor irá sangrar

Vou te procurar
Dizer o que existiu
Criar além dos dias
Em que você não mais viu

Estava em suas mãos
Um a um dos meus refrões
Soluções que se perderam
Nem vale a pena lembrar
Agonizo dia a dia
E prefiro não comentar

Quando o Sol resfria
Me aterroriza o despertar
Deixo tudo em seu lugar
Não vou mais tentar mudar
O desfecho da história

Depois que o seu peito calou
Muitas doses sem direção
Me abstenho da intenção
De lutar para salvar
Chegou a sua vez
De morrer devagar

Sem meus olhos molhados
Tentando buscar seu pulso
Em um passado
Sem volta 

Por tudo o que eu perdi
Pelo que eu jamais vi
Todos os dias
Que eram nossos
E eu ainda não esqueci

Não sinto nada
(Mais nada)
Não há o que sentir
(Tudo parou dentro de ti)
Seu sangue não ferve
Pois há muito tempo
Eu sei que deixou de fluir

By: Lulu
18.05.12

Nenhum comentário:

Postar um comentário